quarta-feira, 31 de março de 2010

CONSUMIDORES MOVIMENTAM COMÉRCIO NAS VÉSPERAS DA SEMANA SANTA

A venda de vários produtos tradicionalmente comercializados durante a Semana Santa, como peixes, queijos, ovos de páscoa, entre outros, movimenta o comércio de Juazeiro do Norte, principalmente, em estabelecimentos localizados em bairros da periferia. No Mercado do Peixe, os consumidores procuram fazem suas compras para evitar, inclusive, corre-corre de última hora. Produtos como o bacalhau, chocolate, ovo e vinho, são considerados indispensáveis. É o caso da dona-de-casa Jassira Bezerra de Oliveira que já está se preparando para a Semana Santa. “Não posso deixar de comprar o bacalhau, mesmo com o preço um tanto elevado”, frisou, enquanto empurrava o carrinho em um supermercado. O quilo do produto está variando entre R$ 17,00 e R$ 20,00.
A comerciante conhecida como Lia do Peixe, estabelecida no Mercado Central, diz que para a Semana Santa, o quilo do peixe vai ficar entre R$ 8,00 e R$ 12,00. “O quilo da tilápia grande custa R$ 8,00, tucunaré é R$ 10,00 e o dourado R$ 12,00”, explicou, acrescentando que as vendas ainda estão fracas, mas que com a chegada da Semana Santa, devem melhorar consideravelmente. Dona Lia diz que vende cerca de 50 quilos de peixe por semana. Segundo ela, todo o peixe que comercializa é procedente dos rios São Francisco, Castanhão e Orós. Em alguns supermercados e mercearias, o quilo do queijo de coalho custa R$ 9,60. Enquanto o queijo de manteiga fica entre R$ 11,40 e R$ 15,39.

Vigilância Sanitária
“Enquanto o consumo cresce e os estabelecimentos comerciais preenchem as prateleiras, o consumidor deve estar mais atento a qualidade do peixe que está comprando”. É o que recomenda o veterinário da Vigilância Sanitária de Juazeiro do Norte, Huedo Gonçalves. Ele adverte que a falta de cuidados com a qualidade do peixe pode afetar a saúde do consumidor.
Segundo informou durante as inspeções em mercados públicos e em alguns pontos de vendas não específicos na cidade, é comum constatar pescados armazenados de forma incorreta, congeladores com estoque além da capacidade e a manipulação do produto sem o uso de equipamento necessário, como luvas, aventais e toucas. “Estes fatores comprometem o produto, que mal conservado pode conter bactérias, como estafilococos ou salmonelas”, adverte.
Ele orienta que é recomendável observar algumas características relacionadas ao aspecto do alimento. Antes de tudo, é necessário avaliar as condições higiênicas do estabelecimento onde é vendido o peixe. Procurar o alvará sanitário do local de venda é primeira providência.
Em segundo lugar, analisar as características sensoriais, “o cheiro do peixe é um indício de que o produto pode estar fora dos padrões de consumo. Ele não deve apresentar odor de amônia nem aroma muito forte”, explica.
Constatar os detalhes quanto a aparência também é necessário, a coloração deve ser esbranquiçada ou rosa, com aspecto reluzente, principalmente, na área dos olhos. Caso haja tons arroxeados ou cores amareladas e escuras, o produto pode estar estragado. As escamas devem estar sempre aderentes, o que indica que o peixe está novo. Já a presença de secreção não é um bom sinal. Em relação ao bacalhau, a consistência deve ser firme e sem pigmentação.
A Vigilância Sanitária explica que o exame antes da compra é recomendado aos peixes in natura, pois como são frescos, e não sofreram nenhum tipo de tratamento, serão consumidos rapidamente. Quando o produto for industrializado a dica é observar os rótulos das embalagens e verificar o prazo de validade, sem esquecer de procurar estabelecimentos que contenham os padrões de qualidade exigidos pela vigilância sanitária.

Chagas Lima e Carolina Barros

FONTE: Jornal do Cariri (http://www.jornaldocariri.com.br/)

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