quarta-feira, 31 de março de 2010

CONSUMIDORES MOVIMENTAM COMÉRCIO NAS VÉSPERAS DA SEMANA SANTA

A venda de vários produtos tradicionalmente comercializados durante a Semana Santa, como peixes, queijos, ovos de páscoa, entre outros, movimenta o comércio de Juazeiro do Norte, principalmente, em estabelecimentos localizados em bairros da periferia. No Mercado do Peixe, os consumidores procuram fazem suas compras para evitar, inclusive, corre-corre de última hora. Produtos como o bacalhau, chocolate, ovo e vinho, são considerados indispensáveis. É o caso da dona-de-casa Jassira Bezerra de Oliveira que já está se preparando para a Semana Santa. “Não posso deixar de comprar o bacalhau, mesmo com o preço um tanto elevado”, frisou, enquanto empurrava o carrinho em um supermercado. O quilo do produto está variando entre R$ 17,00 e R$ 20,00.
A comerciante conhecida como Lia do Peixe, estabelecida no Mercado Central, diz que para a Semana Santa, o quilo do peixe vai ficar entre R$ 8,00 e R$ 12,00. “O quilo da tilápia grande custa R$ 8,00, tucunaré é R$ 10,00 e o dourado R$ 12,00”, explicou, acrescentando que as vendas ainda estão fracas, mas que com a chegada da Semana Santa, devem melhorar consideravelmente. Dona Lia diz que vende cerca de 50 quilos de peixe por semana. Segundo ela, todo o peixe que comercializa é procedente dos rios São Francisco, Castanhão e Orós. Em alguns supermercados e mercearias, o quilo do queijo de coalho custa R$ 9,60. Enquanto o queijo de manteiga fica entre R$ 11,40 e R$ 15,39.

Vigilância Sanitária
“Enquanto o consumo cresce e os estabelecimentos comerciais preenchem as prateleiras, o consumidor deve estar mais atento a qualidade do peixe que está comprando”. É o que recomenda o veterinário da Vigilância Sanitária de Juazeiro do Norte, Huedo Gonçalves. Ele adverte que a falta de cuidados com a qualidade do peixe pode afetar a saúde do consumidor.
Segundo informou durante as inspeções em mercados públicos e em alguns pontos de vendas não específicos na cidade, é comum constatar pescados armazenados de forma incorreta, congeladores com estoque além da capacidade e a manipulação do produto sem o uso de equipamento necessário, como luvas, aventais e toucas. “Estes fatores comprometem o produto, que mal conservado pode conter bactérias, como estafilococos ou salmonelas”, adverte.
Ele orienta que é recomendável observar algumas características relacionadas ao aspecto do alimento. Antes de tudo, é necessário avaliar as condições higiênicas do estabelecimento onde é vendido o peixe. Procurar o alvará sanitário do local de venda é primeira providência.
Em segundo lugar, analisar as características sensoriais, “o cheiro do peixe é um indício de que o produto pode estar fora dos padrões de consumo. Ele não deve apresentar odor de amônia nem aroma muito forte”, explica.
Constatar os detalhes quanto a aparência também é necessário, a coloração deve ser esbranquiçada ou rosa, com aspecto reluzente, principalmente, na área dos olhos. Caso haja tons arroxeados ou cores amareladas e escuras, o produto pode estar estragado. As escamas devem estar sempre aderentes, o que indica que o peixe está novo. Já a presença de secreção não é um bom sinal. Em relação ao bacalhau, a consistência deve ser firme e sem pigmentação.
A Vigilância Sanitária explica que o exame antes da compra é recomendado aos peixes in natura, pois como são frescos, e não sofreram nenhum tipo de tratamento, serão consumidos rapidamente. Quando o produto for industrializado a dica é observar os rótulos das embalagens e verificar o prazo de validade, sem esquecer de procurar estabelecimentos que contenham os padrões de qualidade exigidos pela vigilância sanitária.

Chagas Lima e Carolina Barros

FONTE: Jornal do Cariri (http://www.jornaldocariri.com.br/)

terça-feira, 30 de março de 2010

Energia terá R$ 1,09 tri e garante Premium II


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Energia eólica: País terá 71 projetos com financiamento do PAC 2, sendo dez usinas no Ceará 
KID JÚNIOR

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Fac-símile: na edição de 24/03/09 Diário do Nordeste anteci- pou que refinaria cearense estaria no PAC 2
São Paulo/Fortaleza Os gastos na área de energia do PAC 2 vão somar R$ 1,09 trilhão, o maior montante do programa. Desse recurso, R$ 465,5 bilhões devem serão usados até 2014 e R$ 627,1 bilhões depois do período. A maior parte dos recursos será destinado para projetos de petróleo e gás natural com R$ 879,2 bilhões (R$ 285,8 até 2014 e R$ 593,4 bilhões no período seguinte).

Em seguida, aparecem os investimentos em geração de energia elétrica. Serão usados R$ 136,6 bilhões do programa para os projetos da área. O PAC 2 prevê a destinação de R$ 125,7 bilhões para os projetos do pré-sal, dos quais R$ 64,5 bilhões serão investidos até 2014.

Os recursos serão distribuídos nos segmentos de exploração e produção, pelas bacias de Campos (RJ), Santos (SP), Amazonas, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará.

Sondas e refinarias

Está prevista a compra de 28 sondas para exploração e perfuração em águas profundas e oito navios para exploração e armazenamento de petróleo e gás natural. Há previsão de estudos de longa duração e avaliação de áreas como Tupi-Nordeste, Carioca e Iracema. É esperado também o início da produção nos campos de Guará, Iara, piloto da Tupi e piloto Baleia Azul.

O PAC 2 garante investimentos para as refinarias Premium II, do Ceará, Premium I, do Maranhão, e Abreu e Lima, em Pernambuco, além do complexo petroquímico do Rio de Janeiro e a Petroquímica de Suape (PE). O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, disse que estão incluídos no PAC 2 projeto da Petrobras até o valor de R$ 250 bilhões, até 2014, e mais R$ 462 bilhões para depois de 2014. Ainda na área de energia, o programa prevê construção e ampliação de unidades de fertilizantes. Os investimentos somarão R$ 9,1 bilhões até 2014 e R$ 2,1 bilhões no período seguinte. Com isso, o governo espera reduzir a dependência de insumos importados e reduzir o custo da produção agrícola. Em fevereiro, o governo divulgou balanço do PAC 1apontando que, em três anos, 63,3% dos investimentos foram executados, incluindo empenho do setor privado.

Origem dos recursos

De acordo com o balanço, foram executados investimentos de R$ 403,8 bilhões entre 2007 e 2009 a previsão do governo é, até o fim de 2010, chegar a R$ 638 bilhões. Do montante gasto nos três anos, R$ 126,3 bilhões foram investimento do governo federal, R$ 88,8 bilhões do setor privado e o restante de contrapartidas de municípios, entre outros. Ainda segundo o governo, foram concluídas 40,3% das obras. O setor mais adiantado é o de habitação e saneamento, com 66,4% das obras concluídas. Logística e energia teve 27,6% das obras concluídas.

Opinião
Governo precisa se estruturar

Francisco Lima Matos
Economista e diretor da Fiec

O Governo Federal precisa se estruturar melhor para fazer essas obras, porque alguns problemas têm sido a nível de Tribunal de Contas. Precisa também destinar mais recursos para investimentos, em vez de custeio, pois se está gastando muito nisso, então falta verba para investimentos. Não importa o nome, se é PAC 1 ou 2, é preciso reduzir o custeio. Politicamente, o Ceará precisa se unir para trazer mais recursos. Como o PAC 2 será mais político, acredito que o Nordeste será mais beneficiado, já que há o interesse de conquistar essa região em função das eleições.

OBRAS DO PAC 2
BNDES financiará infraestrutura

Além de projetos de infraestrutura, o BNDES poderá financiar, com a Caixa, projetos do PAC 2 nas áreas sociais

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ressaltou ontem, que a instituição participará da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com financiamentos para os investimentos do setor privado mais voltados às concessões de projetos de infraestrutura. "Concessões de rodovias, hidrelétricas e portos. De infraestrutura em geral", resumiu Coutinho, ao chegar para o evento de lançamento do PAC, em Brasília.

Ele não soube dizer, no entanto, de quanto será a cifra destinada no banco de fomento para esses projetos. "Esse número foi fechado na semana passada, mas não o tenho aqui de cabeça", disse. De acordo com ele, os projetos do PAC mais voltados à área social também poderão contar com recursos do BNDES, mas pode ser dividido com outras instituições, como a Caixa Econômica Federal, salientou.

Eximbank

Coutinho disse que ainda não está definido se os recursos do Proex, programa de estímulo à exportação, administrado pelo Banco do Brasil, e do Fundo Garantidor das Exportações (FGE), integrarão a carteira do futuro Eximbank, que será criado pelo governo. "Estamos ultimando entendimentos com o Tesouro. Não temos uma definição", diz. O novo banco deve ser uma subsidiária do BNDES.

Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios

Bancos americanos são mais lucrativos, mas brasileiros são mais rentáveis

da Folha Online

Levantamento da consultoria Economática aponta os bancos dos EUA como os mais lucrativos do continente americano, levando em conta somente as instituições financeiras de grande porte. Mas no país que detém algumas das maiores taxas de juros do planeta, as instituições brasileiras foram melhores em fazer seus capitais renderem, na comparação com as demais instituições do continente.

Pelo critério da Economática --ativos acima dos US$ 100 bilhões--, somente 20 bancos se encaixam nesse recorte, sendo 16 com sede nos EUA. A amostra não considera as instituições canadenses.

Dentre esses 20 maiores, os quatro mais lucrativos (base 2009) são dos EUA: Goldman Sachs, Wells Fargo, JP Morgan Chase, Bank of America. Todos eles, sem exceção, receberam ajuda do governo dos EUA durante a pior fase da crise de 2008. Os lucros oscilaram entre US$ 13,38 bilhões e US$ 6,2 bilhões.

Os bancos brasileiros vêm logo abaixo, em ordem decrescente: Banco do Brasil, Itaú-Unibanco e Bradesco, que apresentaram ganhos entre US$ 5,8 bilhões e US$ 4,6 bilhões.

Rentabilidade

A Economática também fez a comparação levando em conta a rentabilidade desses bancos, calculada pelo conceito ROE (rentabilidade sobre patrimônio), que considera o lucro da instituição financeira contra o patrimônio líquido.

A ROE é um indicador ao qual analistas financeiros dão muita atenção porque, de forma simplificada, reflete o quanto uma empresa consegue crescer sem fazer novos investimentos, usando apenas o patrimônio que já possui.

Nesta base de comparação, as instituições brasileiras se saíram melhor: Banco do Brasil (ROE médio de 34,74%), Itaú-Unibanco (24,19%) e Bradesco (23,82%) detém a primeira, segunda e terceira posição entre os bancos de maior rentabilidade, a frente de Goldman Sachs (19,82%), American Express (16,23%) e Wells Fargo (11,64%), para citar somente os melhores colocados.

Por definição, a lucratividade indica o percentual de ganho obtido sobre as vendas ou atividade e rentabilidade indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa.

FONTE: Folha ONLINE - UOL

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u714038.shtml

segunda-feira, 29 de março de 2010

Programa de sustentação do investimento terá mais R$ 80 bilhões

Informação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo ele, programa foi prorrogado até o fim deste ano.

Alexandro Martello

Do G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (29) que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), será estendido até dezembro e terá mais R$ 80 bilhões. Sem a prorrogação, o programa terminaria no fim de junho.

"Agora estamos prorrogando [o PSI] até dezembro. Tem mais R$ 80 bilhões disponíveis para este ano, para os programas de juros baixos", afirmou o ministro da Fazenda, durante a cerimônia de lançamento do PAC 2 em Brasília.

Atualmente, o programa financia a compra de bens de capital (ônibus, caminhões, tratores, máquinas agrícolas, aeronaves, locomotivas e máquinas para produção, entre outros), a inovação e as exportações.

Segundo ele, as taxas cobradas permanecerão estáveis até junho, sendo as menores de 4,5% ao ano. A partir de julho, porém, a menor taxa passará a ser de 5,5% ao ano, com exceção do Pró-caminhoneiro, que permanecerá com juros de 4,5% ao ano, disse Mantega.

FONTE: Economia e Negócios, do G1.

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1549262-9356,00-PROGRAMA+DE+SUSTENTACAO+DO+INVESTIMENTO+TERA+MAIS+R+BILHOES.html

domingo, 28 de março de 2010

Projeções para o crescimento da economia brasileira

São Paulo, domingo, 28 de março de 2010 

Gastos públicos e economia fechada beneficiaram Brasil


Por outro lado, medidas anticíclicas e comércio exterior tímido podem prejudicar o desempenho do país no futuro

Projeções de crescimento indicam que Brasil, antes de ultrapassar desenvolvidos, será deixado para trás por economias mais dinâmicas 

Alexander Zemlianichenko - 9.jul.09 /Associated Press
Os líderes Manmohan Singh (Índia), Dmitri Medvedev (Rússia),Hu Jintao (China) e Lula

ESPECIAL PARA A FOLHA
Enquanto em 2009 o PIB da Espanha se contraiu 3,6%, o da Rússia caiu 7,9% e o do Canadá registrou queda estimada de 2,4%, o brasileiro ficou praticamente estável. Esse melhor desempenho relativo da economia brasileira também ajudou o país a ser tornar a oitava economia do mundo.
Políticas anticíclicas adotadas pelo governo (como concessões de incentivos fiscais) sustentaram a demanda doméstica. Embora muitos números ainda sejam estimativas, tudo indica que o Brasil esteve em 2009 entre os 30 mercados que registraram maior expansão do consumo de suas famílias. O dado é significativo porque nada menos que 73 países amargaram contração do consumo privado no ano passado, segundo estimativas da Economist Intelligence Unit (EIU).
Um outro fator que jogou a favor do país em 2009 foi o grau ainda pequeno de abertura da economia brasileira. Com a forte contração do comércio mundial, a vasta maioria dos países viu seu volume de exportações encolher. O Brasil não foi exceção. No entanto, enquanto para a média dos países emergentes as exportações representam cerca de 40% do PIB, no Brasil esse número não passou de módicos 13,4% no ano passado.
Ou seja, em comparação com seus pares, o Brasil depende muito menos do desempenho do seu setor exportador para crescer, o que ajudou a prevenir uma queda mais brusca do PIB no ano passado.
Mas, agora, 2009 é passado. Embora a recuperação da economia mundial ainda seja frágil, sujeita a percalços e retrocessos, a tendência de médio e longo prazos é de retomada mais vigorosa, com recuperação também do comércio global. Nesse cenário, os elementos que foram parte da vantagem do Brasil em 2009 -governo gastador, economia fechada- podem se tornar problemáticos novamente.
Um setor público inchado acaba competindo com investidores privados por financiamento e contribuindo para um cenário de crescimento inflacionário, como o que ameaça despontar agora no Brasil. Já uma economia fechada está menos exposta à concorrência -e, portanto, a melhorias de produtividade que favorecem o crescimento econômico a longo prazo.
Em parte por isso, as projeções de crescimento para o Brasil indicam que, a médio e a longo prazos, o país tende a se manter estável no ranking de maiores economias do mundo.
Embora deva ultrapassar outros países desenvolvidos, como Itália e Reino Unido, até 2030, antes disso será quase certamente deixado para trás por economias dinâmicas como a indiana e, novamente, pela -nada dinâmica, mas rica em petróleo- russa.
Estar em oitavo lugar no ranking das maiores economias do mundo certamente não é nada mau. Mas, dado o vasto potencial do Brasil, sua posição poderia ser melhor.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo -
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2803201003.htm

Economia Internacional - Posição do Brasil no ranking dos PIBs

São Paulo, domingo, 28 de março de 2010 

País volta a ser oitava maior economia


Após 11 anos, Brasil voltou ao posto que havia sido perdido para a Rússia segundo ranking que considera PIBs em dólares

Crescimento ajuda a atrair mais investidores e a elevar influência geopolítica; dados foram compilados pela Economist Intelligence Unit 

ÉRICA FRAGA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A recente crise mundial alçou o Brasil à condição de oitava maior economia do mundo em 2009. É a primeira vez desde 1998 que o pais ocupa essa posição no ranking global com o PIB (Produto Interno Bruto) medido em dólares.
A crise econômica no mundo desenvolvido, a fortaleza do real e políticas anticíclicas bem sucedidas adotadas pelo governo contribuíram para esse resultado. Mas por trás da performance brasileira há também deficiências, como uma economia ainda fechada, que se travestiram de vantagem durante a crise, mas que no longo prazo tendem a voltar a pesar negativamente na trajetória do país.
O desempenho da economia brasileira já havia sido favorável entre 2007 e 2008, quando passou da décima à nona posição no ranking mundial, deixando para trás a Espanha e o Canadá, embora tenha sido ultrapassado pela Rússia. Com esse movimento, o Brasil também passou a ser a segunda maior economia das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Ganhar posições no ranking de maiores economias é positivo porque torna o país mais atrativo para investidores externos e aumenta seu peso geopolítico. Mas desde que a mudança seja sustentável; e, de preferência, se trouxer chances de mais progresso no futuro.
Colocando o caso brasileiro em perspectiva histórica, não se pode dizer que a melhoria registrada nos últimos dois anos represente um fato inédito. Há décadas o país oscila entre a oitava e a décima posição (embora tenha estado pontualmente também em sétimo e décimo terceiro lugares desde 1980).
O câmbio costumava ser fator primordial nas mudanças do Brasil no ranking das maiores economias. Na última vez em que havia ocupado a oitava posição, em 1998, foi derrubado pela maxidesvalorização do real em janeiro do ano seguinte, caindo para décimo lugar.
No ano passado a força do real também colaborou para a melhoria relativa do Brasil. Prova disso é o fato de que o tamanho da economia brasileira medido pela chamada paridade do poder de compra (PPP) -que ajusta os valores absolutos do PIB de acordo com o custo de vida em cada país -se manteve na nona posição.
Mas não foi só o câmbio. Outros fatores também ajudaram o Brasil, como o próprio desempenho da economia e o fato de ser relativamente fechado.

ÉRICA FRAGA é editora sênior da consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU)


Fonte: Jornal Folha de São Paulo -
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2803201002.htm

Agricultura Familiar - dificuldades no Cariri com poucas chuvas


Agricultura familiar em debate

27/3/2010 Clique para Ampliar
ENCONTRO DA AGRICULTURA Familiar em Caririaçu. Uma das principais preocupações do agricultores foi discutir alternativas viáveis para convivência com o ano de seca 
ELIZÂNGELA SANTOS
Os produtores estão apreensivos com a falta de chuva que está ocasionando perdas na agricultura

Caririaçu. Alternativas para a convivência num ano que se configura com perda de 100% da produção agrícola foram debatidas durante o Encontro Regional da Agricultura Familiar do Cariri, neste município. Os produtores da agricultura familiar, de cerca de 20 municípios, se reuniram com essa finalidade e com a esperança de novos projetos para minimizar o sofrimento causado pela seca, já que consideram perda total do que foi plantado. Mesmo que a chuva venha em abril, já não há mais possibilidade de plantar, conforme a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Estado do Ceará (Fetrafe). O presidente da Federação no Estado, Arimatéia Anselmo, afirma que vários encontros da entidade são realizados no Ceará, com a finalidade de colher informações dos próprios agricultores da realidade que estão vivenciando.

Ele já caracteriza este ano de 2010 como um dos piores. "Por onde temos passado, o quadro é desolador no Estado. Em todas as regiões, não há praticamente produtividade e mesmo sem um laudo dos órgãos estaduais, podemos admitir que a perda é total", adianta Anselmo.

Em alguns municípios do Estado, podemos verificar situações de cidades que estão sendo abastecidas com água de carro-pipa. No Cariri, um deles é Araripe. Ele afirma que dos encontros serão retirados relatórios, de todas as regiões do Ceará e, até o dia 31 deste mês, quer organizar esse material. Todos os dados serão avaliados, disse ele, e depois apresentados ao Governo do Estado e encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Representantes de bancos e órgãos de fomento nas áreas agrícola e do artesanato estiveram presentes, para esclarecer formas de participação e de apoio para trabalhadores voltados à agricultura familiar e créditos disponíveis para projetos. A pretensão do Sindicato da Agricultura Familiar do Cariri Central (Sintraf) foi também fazer uma avaliação da agricultura familiar no Cariri, falar dos créditos de custeio e direito previdenciário. Para o presidente do Sindicato, Waldemir de Melo, há necessidade de maior assistência aos produtores da agricultura familiar. Uma das alternativas é o incentivo para a produção irrigada. Mas há necessidade de orientação técnica e crédito para investimento.

PREJUÍZO

"Plantar, agora, só se for com irrigação. Não tem produtividade. Este ano não tem milho e nem feijão"
Waldemir Alves de Melo
Presidente do Sintraf

MAIS INFORMAÇÕES 
Sindicato da Agricultura Familiar do Cariri Central (Sintraf)
Rua São Salvador, 8, Bairro São Miguel, Juazeiro: (88) 9986.1840

Elizângela Santos
Repórter

Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional. Fortaleza, 28 de março de 2010. 

Energia alternativa no Sertão do Ceará


Usina solar pode mudar perfil de Tauá

27/3/2010 Clique para Ampliar
Paulo Monteiro: usina terá inicialmente 4,4 mil placas fotovoltaicas
MARÍLIA CAMELO
Usina solar é vista como chance de atração de novos investimentos para o município que vive da agricultura

Com economia pautada basicamente na agricultura de subsistência, na produção de arroz e milho, e na caprinocultura, o município de Tauá, recebeu ontem, um empreendimento que pode, no médio prazo, transformar o perfil sócio-econômico dos Inhamuns. Em ato público, que reuniu lideranças políticas da região, o vice-governador Francisco pinheiro e o diretor de Novos Negócios e Meio Ambiente da empresa MPX, Paulo Monteiro, assinaram no início da noite de ontem, na sede do Município, ordem de serviço para início das obras de construção da Usina de Energia Solar de Tauá, a primeira do País a gerar energia elétrica, a partir dos raios solares, interligada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

"Nós temos sol o ano todo. Aqui o índice pluviométrico é de apenas 400 milímetros por ano, em média. Agora, com esta usina, Tauá vai se destacar pelo pioneirismo desta tecnologia no país e no mundo", projeto o prefeito da cidade, Ocilon Aguiar, em pronunciamento minutos antes do evento começar. "Há bem pouco tempo o Ceará importava 100% da energia que consumia, agora já produz quase 50%, com as usinas eólicas. Mas, o mais importante, é que vamos produzir e exportar energia limpa, renovável", destacou o vice-governador.

Projeto estratégico

Para ele, a usina solar é um projeto estratégico para o Estado, que poderá se transformar, no futuro próximo, em um "laboratório mundial de pesquisa de energia solar", a partir de Tauá. Instaladas em área de 204 hectares, as obras da usina serão iniciadas em abril próximo, conforme anunciou Paulo Monteiro. Segundo ele, a usina irá contar inicialmente com 4.400 placas fotovoltaicas, que transformam a energia do sol em elétrica, e que podem gerar 1 MW de energia, capacidade suficiente para alimentar cerca de 850 residências populares, ou cerca de quatro mil pessoas. Ainda de alto custo, a energia solar tende a tornar-se comercial somente daqui a uns dez anos. No entanto, explica Monteiro, os benefícios para o município e a região dos Inhamuns poderão começar a ser sentidos bem antes, a partir da possibilidade de instalação de outras empresas, como indústrias de placas, de exploração de silício, matéria-prima para os painéis, de cabos e refletores elétricos e até turísticas. Além disso, serão gerados 200 empregos na fase de construção.

"Nas cidades da Alemanha, , Espanha, Canadá e Índia, onde usinas solares foram instaladas, o turismo cresceu, a partir da atração das pessoas pela nova tecnologia", destacou o gerente de Infraestrutura da MPX, Marcos Antônio Oliveira. Segundo ele, logo, logo um hotel novo deverá ser construído na cidade, para atender pesquisadores, cientistas e empresários interessados na nova tecnologia.

PIRAMBU É POSSIBILIDADE
Estaleiro: Balhmann admite plano B

O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, admitiu ontem, pela primeira vez, que o governo do Estado apresentou aos empresários da PJRM, empresa interessada em construir um estaleiro no Ceará, duas opções de localização para instalação do empreendimento: a praia do Titanzinho, no Serviluz, e o Pirambu,na zona oeste da cidade, onde a Prefeitura constrói hoje, a Vila do Mar. "Inicialmente, apresentamos dois planos, mas os empresários rejeitaram a opção do Pirambu", confirmou Balhmann, ao ser questionado sobre o plano B do Estado para o empreendimento. Ele negou, no entanto, que esta será a "carta na manga", a alternativa que Cid Gomes irá discutir com a prefeita Luizianne Lins e os secretários dos dois executivos, na reunião da próximo dia 5.

Novo discurso

"O Pirambu tem área de lazer, está urbanizado, não é área portuária, mas que pode ser feito, pode", disse Balhmann, ao confirmar a elaboração de dois planos para o estaleiro. Ele explicou que a área do Pirambu tem calado semelhante à área do Titanzinho e como conta com dois espigões de pedra, teria condições de abrigar o estaleiro, desde que fossem feitos investimentos na área, mais elevados do que os US$ 110 milhões que o grupo STX Europe e a PJMR terão de fazer no Titanzinho, caso fechem as negociações com a Transpetro, para a construção dos oito gaseiros. Ele não disse quanto será necessário investir para levar o empreendimento para o Pirambu.

Para o presidente da Adece, no entanto, o local mais adequado, tendo em vista os custos de instalação, continua sendo a área do Titanzinho. Ressalta que a construção do estaleiro no Pirambu seria prejudicial para a área, tendo em vista a obra de reurbanização e a avenida que está sendo feita no bairro. "Lá sim, o tráfego de caminhões seria intenso, porque fica longe do porto", assinalou.

Conforme explicou, a possibilidade de instalação lá é técnica, mas cabe aos investidores decidir. Quanto à posição do IAB, de que a construção do estaleiro no Titanzinho geraria problemas ambientais, Balhmamn lamentou a interpretação do instituto. "Esta é uma conclusão completamente desfocada. O Titanzinho está inserido em área portuária. Um estaleiro não produz efluentes, não gera poluição, mas gera emprego e renda". (CE)


CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER

Fonte: jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios. Fortaleza, 27 de março de 2010. http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=758591

sábado, 27 de março de 2010

Grécia pode lançar bônus na próxima semana

ATENAS -
A Grécia poderá lançar um plano multibilionário de eurobônus na próxima semana, depois de firmado o acordo com o líderes da União Europeia para ajudar o país a sair da atual crise, segundo reportagem publicada neste sábado no jornal Financial Times.
O chefe da agência de administração da dívida do governo grego, Petros Christodoulou, disse que o país quer obter 5 bilhões de euros (US$ 6,7 bilhões). Para isso, deve lançar bônus de três a sete anos ainda este mês, seguido por emissão similar em abril, iniciativa que representará um teste crucial de confiança, destacou o Financial Times.
Entretanto, fonte ligada ao ministério das finanças grego disse hoje que o governo ainda não estabeleceu uma data para o lançamento dos bônus. "Por ora, nenhuma decisão foi tomada sobre a data da operação. Tal medida não será adotada até o país atingir condições apropriadas", disse a fonte.
Os líderes dos 16 países da zona do euro fecharam um acordo, na última quinta-feira, para ajudar a Grécia a sair da crise de dívida. Pelo plano, os países europeus vão fornecer crédito bilateral à Grécia juntamente com financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O plano prevê o financiamento como um último recurso desde que haja concordância de todos os membros do grupo do euro. O acordo fornecerá recursos não à taxa de juro média em euro, mas a taxas que encorajarão a Grécia a retornar aos mercados o quanto antes. O primeiro-ministro, George Papandreou, disse hoje à população grega que esta é uma oportunidade de o país "renascer".
"Devemos considerar a crise como a abertura de um novo capítulo, reconhecer os erros do passado e não permitir que estes modelos, que dominaram o país por décadas, sejam repetidos", afirmou Papandreou à publicação semanal Kosmos tou Ependyti. As informações são da Dow Jones.

Fonte: O Estadão

sexta-feira, 26 de março de 2010

Investimentos das fabricantes de veículos no Brasil já somam mais de R$ 5 bilhões

Em março, quatro montadoras brasileiras anunciaram investimentos.Novas marcas começam a chegar ao país de olho no mercado nacional.


Do G1, em São Paulo


A retomada da indústria automobilística nacional impulsiona as fabricantes de veículos no Brasil. Em março, quatro montadoras anunciaram investimentos no país. O montante é superior a R$ 5 bilhões – dinheiro destinado à ampliação de fábricas e à produção de novos modelos nacionais nos próximos dois a cinco anos.

A Mercedes-Benz irá aplicar R$ 1,2 bilhão na fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, até 2012. Os recursos serão somados aos R$ 300 milhões já disponibilizados pela própria fabricante.

De acordo o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Jüergen Ziegler, 60% do investimento serão voltados ao aumento da capacidade produtiva de 65 mil para 75 mil unidades. “Vamos seguir a expectativa de crescimento ao redor de 15% do mercado brasileiro de veículos comerciais. Mas podemos aumentar ainda mais esta capacidade com jornadas extras, se for necessário”, afirma o executivo. Outros 30% do investimento serão voltados ao desenvolvimento de novos produtos. Isso inclui a produção de motores a diesel, adequados à nova legislação ambiental, que entra em vigor em 2012. Outro investimento da Mercedes em tecnologia é no teste do diesel de cana-de-açúcar.


A Mitsubishi produzirá no país o utilitário-esportivo Pajero Dakar e o Lancer. A nacionalização irá exigir o investimento de R$ 800 milhões nos próximos cinco anos para a ampliação da fábrica em Catalão (GO). No primeiro semestre de 2011, a unidade iniciará a produção do Pajero Dakar que será comercializada pelo mesmo preço do modelo atual (a partir de R$ 153 mil). Em 2012 entrará em produção uma nova plataforma de carros de passeio da família Lancer. O contrato com a Mitsubishi Motors do Japão prevê ainda a opção de fabricação de outros modelos ainda em estudo, entre eles, carros elétricos. A General Motors e o grupo PSA Peugeot-Citroën anunciaram quase que simultaneamente o investimento de R$ 1,4 bilhão, cada uma, no país. O montante da GM será destinado a modernização e ampliação de suas fábricas em São Caetano e Mogi das Cruzes, em São Paulo, para a produção de dois novos modelos inéditos no mercado brasileiro.
A produção dos novos veículos terá início na segunda metade de 2011 e irão gerar 1,5 mil vagas de emprego, de acordo com o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila. Ele não quis revelar quais serão os modelos, mas disse que serão "produtos de alto volume de vendas". Isso significa, segundo afirmou, produção anual superior a 50 mil unidades. O anúncio do investimento faz parte do plano da companhia de investir R$ 5 bilhões para fazer a renovação completa de seus veículos até 2012.

O grupo PSA Peugeot-Citroën irá investir R$ 1,4 bilhão para a produção da picape Hoggar, baseada na linha 207, que foi desenvolvida exclusivamente para o mercado nacional. O novo modelo deve estrear nas lojas em maio.

“Em 2009, vendemos 150 mil veículos para brasileiros. Nossa expectativa é que este número cresça em 2010”, disse o presidente da empresa Philippe Varin, destacando a contratação de 700 funcionários. “A América Latina e mais particularmente o Brasil são fundamentais para a concretização de nossa ambição de sermos um grupo cada vez mais global", disse Varin. Novas marcas, que não estavam presentes no Brasil, também começam a apostar no país. Na última semana a Bentley inaugurou em São Paulo sua primeira loja na América do Sul. Ao todo serão 18 modelos vendidos aqui até o final do ano. O mais barato é o Continental Flying Spur, por R$ 868 mil, e o mais caro o Supersports, por R$ 1,31 milhão.

A fabricante chinesa JAC também entra no mercado nacional e já deve estrear no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro de 2010. Inicialmente um sedã, uma minivan e um compacto em versões hatch e sedã serão importados e, segundo a marca, terão preços competitivos com automóveis brasileiros. A também chinesa BYD confirmou sua estreia no Brasil. A estimativa é que os modelos da marca comecem a desembarcar por aqui em 2011.


FONTE: Economia e Negócios, do G1

http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1545215-9658,00-INVESTIMENTOS+DAS+FABRICANTES+DE+VEICULOS+NO+BRASIL+JA+SOMAM+MAIS+DE+R+BILH.html

Brasil - Crescimento da economia em 2010

25/03/2010 - 14:59:59 

Ipea prevê crescimento de 5,2% da economia neste ano

Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil
Previsões do setor produtivo nacional indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer em torno de 5,2% em 2010 e a taxa de inflação deve girar em torno de 4,7% no ano. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (25/3) pelo Sensor Econômico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A taxa básica de juros da economia – Selic – deve fechar o ano em 10,28% (na semana passada o Banco Central manteve a taxa em 8,75%) e o dólar, cotado em R$ 1,89.
Segundo a pesquisa, em 2010 as exportações das entidades associativas do setor produtivo devem ficar em cerca de US$ 170 bilhões e as importações, em US$ 155 bilhões. A taxa média de investimento deve ser de 12,1%.
Com relação ao emprego, o setor produtivo avaliado pelo Ipea tem a perspectiva positiva de que 1,5 milhão de postos de trabalho sejam criados até o final de 2010.
O Sensor Econômico mostra a perspectiva dos principais indicadores macroeconômicos para o ano, com base em projeções de diversos grupos do setor produtivo nacional, além de entidades de trabalhadores e alguns institutos ou centros de estudos. O indicador é divulgado bimestralmente.
(Agência Brasil)
Fonte: Mercado Ético

quinta-feira, 25 de março de 2010

IBGE: desemprego é o menor para fevereiro desde 2003


A taxa de desemprego de 7,4%, apurada peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro deste ano, é a menor para o mês desde o início da série histórica do instituto, que para meses de fevereiro ocorreu em 2003. A informação foi dada nesta quinta-feira pelo gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Azeredo.
Segundo ele, a taxa é a mais baixa para o mês em todas as seis regiões pesquisadas. "Houve uma evolução favorável no mercado de trabalho de janeiro para fevereiro. Não houve ampliação no número de desocupados", disse. Para Azeredo, os dados do mês passado mostram que "pelo menos por enquanto, o mercado de trabalho está absorvendo, não está dispensando os temporários contratados no fim do ano passado".
Além disso, a alta de 2,1% no total de desocupados em fevereiro ante janeiro é considerada por Azeredo como "estabilidade". De acordo com o técnico, é natural a elevação da taxa de janeiro (7 2%) para fevereiro (7,4%), um movimento também considerado pelo instituto como de "estabilidade". Ele argumenta que esse é um comportamento histórico do mercado de trabalho, que sempre eleva as taxas no início do ano.
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios

Política Monetária no Brasil


Copom: poderá haver aumento de juros em abril

BC vai aguardar a evolução do cenário macroeconômico até a próxima reunião, para então dar início ao ajuste da Selic
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A maioria dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entendeu ser “mais prudente aguardar a evolução do cenário macroeconômico até a próxima reunião, para então dar início ao ajuste da taxa básica” de juros, a Selic.
A informação consta da ata da última reunião do colegiado, realizada na semana passada, quando ficou decidido manter a Selic, em 8,75% ao ano.
Segundo a ata, a maioria dos integrantes do Copom avaliou o “fato de que já está em curso o processo de retirada dos estímulos introduzidos durante a crise”.
Por outro lado, informa o documento, os demais membros do comitê entendendo que as projeções de inflação e o balanço de riscos considerado justificariam o início do ajuste já nesta reunião, votaram por uma elevação imediata de 0,50 ponto percentual.
Apesar de a decisão de aumentar a Selic ainda ter acontecido na reunião deste mês, a ata mostra que houve consenso entre os membros do comitê quanto à necessidade de se implementar um ajuste na taxa básica de juros, para conter descompasso entre expansão da demanda doméstica e a capacidade produtiva da economia, bem como o aumento das expectativas de inflação.
Na reunião do Copom da semana passada, foram cinco votos a favor da manutenção da taxa e três pela elevação da taxa em 0,5 ponto percentual.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 27 e 28 de abril.
Fonte: Tendências e Mercado, 25 de março de 2010.