sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

FMI: Brasil e Indonésia correm risco de sofrer bolha econômica

Washington, 26 fev (EFE).- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alertou hoje que Brasil, Indonésia e outros países emergentes correm um "risco real" de sofrer uma bolha no preço de seus ativos por causa da avalanche de dinheiro externo que entra nestas nações.

"Grandes quantidades de capital entram no Brasil, Indonésia e outros países, que estão em risco real de sofrer com bolhas", advertiu o diretor do FMI em um fórum econômico em Washington.

O Índice Bovespa, que caiu dos 30 mil pontos no final de 2008, durante o pior da crise, hoje passava dos 66 mil pontos, apesar de registrar perdas neste ano, o que significa uma valorização de mais do dobro do dinheiro investido.

Altas similares foram registradas na Indonésia e em outros mercados emergentes.

Para frear o influxo de capital externo, o Brasil estabeleceu controles de capital, ao instituir um imposto de 2% aos investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa ou variável.

O Fundo Monetário tinha se manifestado contra esse tipo de medidas no passado, mas agora as aceita em determinadas ocasiões.

Strauss-Kahn disse que os controles de capital não são a panaceia dos Governos para resolver o problema. No entanto, ele acrescentou: "se no final das contas não houver outro recurso fora usá-los de forma temporária para evitar mais danos à economia, por que não deveriam fazer?".

O ex-ministro da Economia francês disse que a resposta "normal" aos influxos de capital é permitir a valorização da moeda, mas isso pode levar a uma alta excessiva da taxa de câmbio, reconheceram analistas do FMI.

Outra possibilidade é que o banco central acumule reservas de divisas, mas alguns países já têm mais do que o suficiente.

Nessas circunstâncias, os controles de capital são uma medida "legítima" para lidar com o problema, afirmaram analistas do FMI em um estudo sobre o tema publicado em 19 de fevereiro.
e capital,
No entanto, eles advertiram que sua aplicação generalizada poderia prejudicar o crescimento mundial e redirecionar os fundos externos a países que não são capazes de absorvê-los.

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/02/26/fmi-brasil-e-indonesia-correm-risco-de-sofrer-bolha-economica.jhtm

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma economia do tipo “pega-fabrica-descarta” esgota os recursos naturais

Liza Jansen, da IPS
Para deter a perda da diversidade biológica e dos recursos naturais é preciso realizar mudanças profundas em nosso sistema econômico e na comunicação de questões científicas, segundo a ecologista holandesa Louise Vet. Vivemos em uma economia linear de “pega, fabrica e descarta” que esgota os recursos naturais e destroi os ecossistemas, disse Vet, professora de Ecologia Evolutiva na Holanda. Mas o choque entre os interesses econômicos e ecológicos pode ser conciliado pela chamada “economia circular”, propõe.

Vet, que é diretora do Instituto de Ecologia da Holanda, conversou com a IPS sobre as soluções concretas que a economia circular oferece para evitar maiores perdas ecológicas e permitir obter benefícios comerciais.

IPS: A senhora é uma pesquisadora profissional em questões ecológicas, mas também procura acertar um bom casamento entre economia e ecologia. Como consegue?
Louise Vet: Fazer as coisas de outro modo é, antes de tudo, um desafio empresarial. Muitas pessoas agora pensam e tratam de inovar em beneficio do planeta, da economia e das pessoas ao mesmo tempo, conhecido como triplo resultado. Os políticos têm a tendência de ouvir mais os empresários do que os ambientalistas, e por isso fazemos as coisas com esse setor. Por exemplo, quando há uns dois anos foi formado um novo governo na Holanda, cerca de 80 empresários de multinacionais começaram a destacar a importância da sustentabilidade na hora de decidir a integração do novo gabinete. A notícia apareceu na primeira página do jornal holandês mais importante, o NRC, com as assinaturas de todos eles. Antes, consideravam que a sustentabilidade era uma temática da esquerda, mas como a apresentamos como um desafio à inovação com possibilidade de lucro, e não como um problema, a direita começou a se interessar. Eu e meus companheiros temos almoços regulares com políticos holandeses e falamos sobre desmatamento e programas de pesca para introduzir esses temas em suas agendas.

IPS: Qual o maior obstáculo para alcançar esse acordo?
LV: Damos muito pouca atenção aos objetivos de longo prazo, algo difícil para a indústria atual. Um dos principais obstáculos é a forma como nossa economia valoriza as coisas. Tributamos o trabalho, não os recursos. Se mudarmos nosso sistema financeiro, o que penso que deveríamos fazer, outras coisas serão valorizadas. Há uma grande quantidade de recursos em nosso planeta que são limitados e que, portanto, é preciso aumentar seu preço. Tentamos obter um tipo de cálculo econômico financeiro diferente, por exemplo, cobrar por cada molécula de carbono utilizada. Quanto mais raro for, mais caro será, e os impostos serão maiores. Isso mudará o sistema financeiro por completo e, assim, os benefícios serão diferentes.

IPS: Quanto tempo mais é necessário?
LV: Espero que os países ocidentais possam reunir dinheiro para salvar as selvas que são tão importantes para nosso planeta. Uma árvore se valoriza sozinha pela quantidade de madeira que proporciona. Mas, quando é avaliada por seus serviços ao ecossistema, é enormemente importante para todos os habitantes do planeta. O corte tem consequências de longo prazo sobre os serviços do ecossistema. A árvore absorve dióxido de carbono, filtra o ar, tem importância em matéria de micro fauna e flora e para a diversidade. Uma árvore tem muito mais valor do que uma simples peça de madeira para uma mesa e uma cadeira.

IPS: Há pouco, a senhora convidou todo o mundo a fazer suas necessidades em seu centro de pesquisa. Por quê?
LV: Um de nossos recursos mais limitados é o fósforo, que está em todos as células de nosso DNA, em todos os organismos vivos, plantas ou bactérias. Usamos o fósforo em nossos fertilizantes artificiais para facilitar a agricultura e alimentar a população mundial. Perturbamos o círculo do fósforo no mundo, apesar de termos apenas 80 anos antes que se acabe e sua disponibilidade fique limitada a poucos lugares. Quando isso ocorrer, não teremos mais fertilizantes artificiais, o que será um desastre para a produção de alimentos. No futuro, o fósforo será como a água potável. Na Holanda, o esgoto corre por um sistema de tubulação que cobre todo o país. Os desperdícios lamacentos contêm grandes concentrações de fósforo, mas não o aproveitamos. Tentamos construir um novo modelo para recuperar o fósforo da urina e dos excrementos, fechando o ciclo de nutrientes. Temos privadas a vácuo, onde é usada água de origem subterrânea, não a potável. Os excrementos vão para tanques de fermentação e após produzirem energia a partir da “água negra”, como a chamamos, o resto fica ali com todos os seus minerais. Depois vai para as algas que tomam os valiosos nutrientes como o fósforo. Após serem colhidas, voltam ao solo como fertilizantes. Seremos o primeiro laboratório desse tipo.

IPS: A senhora diz que “vivemos em uma economia equivocada”. A que se refere?
LV: Temos um sistema econômico de pega-fabrica-descarta, sem pensar no que usamos do planeta e o que fazemos depois com isso. Essa economia linear é que está mal. Não valorizamos o suficiente nossos próprios recursos. A energia não é o verdadeiro problema – podemos resolvê-lo. São os recursos. Estamos em uma nave espacial, temos poucas coisas no planeta e, se as destruirmos, será virtualmente impossível viver aqui. Temos de ter uma economia circular para, no mínimo, manter a atual quantidade de recursos limitados, em lugar de reduzi-los ainda mais.

(IPS/Envolverde)



Fonte: Mercado Ético

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Economia brasileira é destaque na América Latina, segundo estudo da FGV





É grande o otimismo em relação à recuperação da economia latina-americana frente à crise internacional, de acordo com a Sondagem Econômica da América Latina, divulgada ontem (22/2) pela Fundação Getulio Vargas. O destaque na região, segundo os especialistas consultados, é o Brasil, que apresentou o melhor Índice de Clima Econômico (ICE), de 7,8 pontos, para uma média regional de 5,6 pontos, numa escala de um a nove, entre outubro do ano passado e janeiro deste ano.


O superintendente de Ciclos Econômicos da FGV, Aloísio Campelo, afirmou que o otimismo é grande em relação aos próximos seis meses. "Mas a gente nota que a avaliação sobre a situação atual ainda é desfavorável na maior parte dos países."

O economista da FGV observou que os países mais dependentes dos Estados Unidos, como México, República Dominicana e Costa Rica, estão mais atrás na recuperação. Na Venezuela, o clima é de recessão. Ele disse que há um desânimo do investidor privado, e petróleo - principal produto do país - tem recuperação lenta, porque a exportação depende da retomada do mercado internacional, "que está indo devagarzinho".

Na América do Sul, os países que já tinham uma maior solidez no período pré-crise – Brasil, Chile, Peru e Uruguai – tiveram recuperação mais rápida. "O Brasil saiu muito bem, saiu muito rápido realmente e o clima econômico já está bom". Campelo afirmou que no caso brasileiro a própria avaliação sobre a situação atual é boa.

"A gente já passou da fase de recuperação do consumo e está entrando na fase de realização de investimento. A maioria dos especialistas diz que os investimentos vão aumentar. Os outros países ainda não chegaram a essa fase, com exceção, talvez, do Chile, que estaria também pensando em expansão [dos investimentos]", comentou.

Segundo Campelo, o cenário favorável traçado para o Brasil seria um chamariz para o investimento. Ele salientou, entretanto, que isso depende da disponibilidade, ou seja, da liquidez internacional. "O que precisa é manter os fundamentos macroeconômicos, trazer de volta o equilíbrio fiscal, fazer um esforço para voltar a ter superávits primários mais perto de 4% e não de 2%, que foi o caso de 2009. E, na área de inflação, manter a seriedade."

Isso significa que, se houver um descasamento entre oferta e procura este ano por conta de uma aceleração de demanda interna que a indústria não possa acompanhar, o Banco Central deverá agir e manter uma sintonia fina para que a inflação permaneça próximo da meta, recomendou.

O cenário, frisou Campelo, é virtuoso, "a não ser que a gente comece a tomar medidas equivocadas doravante". Com o cenário positivo para investimentos, a expectativa é de geração de empregos no Brasil. Ele informou que, por enquanto, apenas a indústria não retomou o patamar de empregos pré-crise. Já os setores de serviços e comércio apresentam expansão nessa área. "E a tendência é continuar com aumento da oferta de empregos nos próximos meses."

A Sondagem Econômica da América Latina de janeiro de 2010 consultou 139 especialistas de 17 países e foi realizada pela FGV em parceria com o Institute for Economic Research at the University of Munich, na Alemanha.

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL ACUMULA u$ 735 MILHÕES EM FEVEREIRO

O superávit comercial nas três semanas de fevereiro somou US$ 735 milhões, segundo informou ontem (22/2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O saldo é resultado da diferença entre as exportações, no total de US$ 8,768 bilhões, e das importações, que chegaram a US$ 8,033 bilhões.

Nessas três semanas do mês, somente a primeira apresentou déficit comercial (US$ 172 milhões). A partir da segunda foi registrada recuperação, com saldo positivo de US$ 691 milhões na segunda semana e de US$ 216 milhões, na terceira.

De janeiro até a terceira semana de fevereiro deste ano, o superávit comercial é de US$ 569 milhões. Em janeiro, houve déficit comercial de US$ 166 milhões. Com isso, o saldo preliminar acumulado deste ano é 31,4% menor do que o registrado no mesmo período de 2009 (US$ 830 milhões).

No ano, as exportações somam US$ 20,073 bilhões e as importações, US$ 19,504 bilhões, até a terceira semana de fevereiro.

A previsão dos analistas do mercado financeiro consultados peloBanco Central (BC) é que o superávit comercial deste ano chegue a US$ 10 bilhões e no próximo ano caia para US$ 1,6 bilhão. No ano passado, o superávit comercial ficou em US$ 25,348 bilhões.

REGULAMENTADO CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO SOBERANO

O governo constituiu o Conselho Deliberativo do Fundo Soberanos do Brasil (CDFSB). A medida foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (22/2). A decisão foi tomada conforme o disposto no Art.6 daLei nº 11.887, de 24 de dezembro de 2008, que criou o fundo.

O Conselho será presidido pelo ministro da Fazenda com participação do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo presidente do Banco Central do Brasil.

Dentre as ações desenvolvidas pelo conselho estão a orientação, aplicação e o resgate dos recursos de fundo. As reuniões do conselho serão trimestrais e seus representantes não serão remunerados adicionalmente.

O Fundo Soberano do Brasil foi criado para fortalecer as estratégias de exportação, aquecendo o setor para competir no mercado internacional, além de diversificar e aumentar a rentabilidade da aplicação das reservas internacionais do país.

FONTE

Thais Leitão, Kelly Oliveira e Alana Gandra - Repórteres 
Tereza Barbosa e João Carlos Rodrigues - Edição

Links referenciados

www.mdic.gov.br

www.cesifo-group.de/portal/page/portal/i
foHome/f-about/f3aboutifo

portal.in.gov.br

www.fgv.br

www.agenciabrasil.gov.br

www.bcb.gov.br





Redução de déficits europeus vai demorar até 20 anos, prevê FMI

MILÂO - A redução do déficit orçamentário na Europa será "extremamente dolorosa" e vai demorar até 20 anos, afirmou o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, em uma entrevista ao diário italiano La Repubblica. "O ajuste é mais fácil para países que podem desvalorizar sua moeda. Nos países que não têm essa opção, é legítimo dizer que a redução será extremamente dolorosa", disse Blanchard.

A autoridade do FMI afirmou que o processo vai exigir esforços combinados durante 10 ou 20 anos. No curto prazo, alertou Blanchard, os países terão taxas de crescimento baixas e "sacrifícios sobre salários serão inevitáveis, com o objetivo de recuperar a competitividade".

Falando em termos mais gerais, Blanchard afirmou que os governo da Europa e dos EUA terão de impor cortes nos gastos e aumentos de impostos para colocar as finanças públicas de volta nos eixos, após a crise econômica global.

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI seguem pressionando a Grécia a controlar sua crescente dívida, enquanto sindicatos gregos preparam greves contra medidas de austeridade. Sob pressão dos 15 parceiros da zona do euro, o governo grego prometeu reduzir seu déficit para 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, por meio de cortes dos gastos públicos. As informações são da Dow Jones.


Fonte: O Estado de S. Paulo - Economia

Geração de Empregos


Micro e pequenas empresas criam 74% das vagas de emprego

Empreendimentos que empregam até quatro pessoas responderam por 181.419 vagas criadas no mês passado
Foto: SXC
Foto: SXC
As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 74% dos 181.419 novos empregos com registro em carteira criados em janeiro de 2010. O resultado equivale a um crescimento de 0,55% em relação ao estoque de empregos do mês anterior e supera em 27% o recorde de janeiro de 2008. Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), publicados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e cujos resultados subsidiam a tomada de decisões para ações governamentais.
Segundo análise feita pelo Sebrae, os empreendimentos que empregam até quatro pessoas responderam por 57,1% (103.590) das novas vagas. As empresas que empregam entre 5 e 19 empregados responderam por 2,8% do saldo. O percentual referente às pequenas empresas, que empregam entre 20 e 99 trabalhadores, foi de 14,1%. Já a participação das médias e grandes empresas foi, respectivamente, de 18% e 8% do total.
A justificativa para o saldo positivo está na geração de empregos em diferentes setores de atuação das micro e pequenas empresas e o aumento da demanda governamental. Com a Lei Geral houve aumento significativo nas compras feitas pelo governo às microempresas, principalmente, nos setores do comércio, serviço e construção civil. Tal fator contribuiu significativamente para a expansão dos lucros, expandindo a demanda de pessoal e favorecendo novas contratações.

CEARÁ - INFRAESTRUTURA NO CARIRI


Obras de terraplenagem são feitas na Rodovia Pe. Cícero

23/2/2010 Clique para Ampliar
São 540 dias previstos para a construção da Rodovia Padre Cícero. As obras ainda estão no município de Caririaçu

Caririaçu. A obra da Rodovia Padre Cícero, no trecho entre os municípios de Caririaçu e Lavras da Mangabeira, ainda se encontra na fase de terraplenagem, sem previsão de quando será iniciada a fase de asfaltamento. A nova estrada deverá reduzir a distância entre o Cariri e Fortaleza em até 90 quilômetros. Serão quase 47 quilômetros de via asfaltada, facilitando o tráfego até a Capital do Estado. Na região, trata-se de uma luta de mais de duas décadas para receber o benefício da execução da obra, com investimento de cerca de R$ 38 milhões.

Segundo o engenheiro do Departamento de Edificações e Rodovias (DER), Adailton Leite, que vem acompanhando de perto os serviços, já foi feita terraplenagem em cerca de 10 quilômetros de estrada. Mesmo sendo um trecho que necessite de toda infraestrutura, o engenheiro afirma que a obra está dentro do prazo. São 540 dias desde que o projeto foi autorizado pelo governador do Estado, Cid Gomes, no trecho que sai de Caririaçu, iniciado em outubro do ano passado.

Produção

O asfaltamento da via só será iniciado após a terraplenagem de todo o percurso. A rodovia CE-385 liga o município de Caririaçu ao distrito de Quitaiús e este à rodovia BR-230. Atualmente o trecho é de piçarra.

Além de auxiliar no escoamento de produção realizado na rodovia CE-060, a obra trará melhores condições de trafegabilidade para os motoristas, promovendo um deslocamento mais seguro e confortável, inclusive melhorando o acesso ao Estado da Paraíba, para os motoristas que se deslocam até lá, passando pela cidade de Lavras da Mangabeira.

Os recursos para a obra são do Tesouro Estadual e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Estão sendo utilizados em serviços preliminares e auxiliares, drenagem, pavimentação, obras d´arte correntes, obras d´arte especiais, sinalização (horizontal e vertical), proteção ambiental e outros. O DER, órgão vinculado à Secretaria da Infra-Estrutura (Seinfra) do Estado do Ceará, executa e fiscaliza as obras.

Além de Caririaçu e Lavras da Mangabeira, também serão beneficiados os municípios de Aurora e Granjeiro, no Cariri. As vias asfaltadas facilitarão o escoamento da produção agrícola nessas localidades. Para a cidade de Caririaçu, que será uma das mais beneficiadas com o desvio, o prefeito local, Edmilson Leite, classifica como uma nova fase de desenvolvimento.

O tráfego, via Capital, passará por dentro da cidade, e a localidade poderá receber até novas pousadas e hotéis. Ele afirma que será uma oportunidade de desenvolvimento do comércio e o surgimento de novos empregos na região.

O município de Caririaçu tem uma das festas religiosas mais prestigiadas da região, a de São Pedro, dentro do calendário das festas juninas do Cariri, e poderá também ser incrementada durante o mês de junho.

O comércio de hortaliças e o mercado da pesca serão os mais beneficiados no município, já que os produtores investem em criadouros, além do milho, leite, entre outros produtos. Duas comunidades bastante prejudicadas com o acesso, Quitaiús e Distrito dos Feitosa, principalmente durante a fase invernosa, serão beneficiadas com a nova estrada. Durante as chuvas, a população dessas localidades ficava praticamente impedida de se deslocar para a cidade.

A pavimentação faz parte de mais um trecho rodoviário, ligando o município de Caririaçu ao distrito de Quitaiús e este à rodovia BR-230. Atualmente o trecho é de piçarra.

Além de auxiliar no escoamento de produção realizado na rodovia CE-060, a obra trará melhores condições de trafegabilidade para os motoristas, promovendo um deslocamento mais seguro e confortável. O prefeito classifica a obra da rodovia tão importante para a região quanto o Hospital Regional do Cariri (HCR), com investimentos de mais de R$ 53 milhões. Será o maior do Interior do Estado, atendendo a clientela de municípios do Cariri e Centro-Sul, empregando mais de mil profissionais do setor de saúde. A obra está em execução, no município de Juazeiro do Norte, com previsão de ser inaugurada até o meio do ano. Mais de 70% das edificações já estão em fase de construção.

Empreendimentos

Além dessas duas obras para a região, mais dois empreendimentos foram direcionados para os municípios do Crato, o Centro de Convenções do Cariri, em plena execução, e a Central de Abastecimento do Cariri, que tem sede em Barbalha e a previsão de funcionamento é até maio deste ano. A Ceasa deverá ter uma movimentação anual de produção, de início, de mais de 70 toneladas de hortifrutigranjeiro, e, em curto espaço de tempo, chegar a 150 mil toneladas. O Hospital Regional ocupará uma área de 16 mil metros quadrados. O HRC está localizado em ponto estratégico da região, no conhecido triângulo Crajubar, na saída da área urbana de Juazeiro.

O Centro de Negócios e Convenções do Cariri obtém avanços significativos em sua construção. Com quatro pavimentos, o prédio está sendo construído no Bairro Muriti, no Crato, com investimentos do Estado, e terreno doado pela administração municipal. São R$ 7,8 milhões investidos. O total da área construída é de 2,4 mil metros quadrados. No espaço serão construídos um auditório principal com 417 lugares e mais três auditórios complementares de 144 lugares cada.


MAIS INFORMAÇÕES 
Departamento de Edificações e Rodovias (DER)
Rua Rodolfo Teófilo, 10, Centro
Crato (CE): (88) 3102.1224


ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Brasil no mundo


21/02/2010 - 16h29

Economia do Brasil deverá superar a italiana em cinco anos, diz jornal

ANSA
ROMA, 21 FEV (ANSA) - O jornal italiano Corriere della Sera publicou em sua edição deste domingo um texto no qual estima que a economia do Brasil ultrapassará a italiana dentro dos próximos cinco ou seis anos, tornando-se a sétima maior do planeta.

Na nota, o diário trata de maneira irônica o fato de que, hoje, são alguns dos países que pertencem ao mundo desenvolvido, como a própria Itália, Espanha e Grã-Bretanha, que têm de lidar com problemas antes atribuídos a nações mais pobres, como déficit alto, desemprego e dúvidas sobre a capacidade de honrar pagamentos.

"A fuga de capitais que antes afetava o Brasil, a Tailândia ou a Coreia do Sul hoje é uma realidade para a Grécia e a Espanha e um fantasma para a Grã-Bretanha", diz o jornal. "Enquanto isso, o fluxo de investimentos nos países emergentes superou os US$ 700 bilhões neste ano".

Em outro trecho, o Corriere afirma que a China deverá superar o Japão para se tornar a segunda maior economia do planeta em 2010.

Mais adiante, indica que, no sétimo posto, "durante a recessão global" gerada pela crise financeira, "o Brasil já ultrapassou a Itália se é considerada a paridade do poder de compra (PPC)", método usado para apurar quanto uma moeda pode comprar em termos internacionais.

O objetivo, neste caso, é comparar o poder aquisitivo e o custo de vida em diferentes economias.

"Em um dado momento, dentro dos próximos cinco ou seis anos, um pouco antes ou um pouco depois segundo as taxas de câmbio e de crescimento, o Brasil também passará a Itália em termos absolutos", afirma o texto.

"Assim, nosso país poderá deixar o grupo das sete maiores economias do mundo pela primeira vez em duas gerações", ressalta o jornal italiano.

Segundo números oficiais divulgados neste mês, o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália caiu 4,9% no ano passado, pior desempenho desde 1971.

Fonte: UOL Notícias

Estado aposta em novos polos industriais


Clique para Ampliar
Clique para Ampliar
Com as bÊnçãos do Padre Cícero, região do Cariri é a 3ª maior do País em produção de calçados
Cidades de economia tradicionalmente agrícola e agroindustrial estão ganhando indústrias, graças aos incentivos
A política de desconcentração produtiva no Ceará avança mais um passo, com a implantação de distritos industriais (DI) em cidades de economia tradicionalmente agrícola e agroindustrial. Depois de Jaguaribe, é a vez do município de Morada Nova ensaiar a implantação de um polo de produção para o setor secundário.

De acordo com o deputado estadual Manoel Castro (PMDB), o DI de Morada Nova conta com pelos menos quatro empresas em fase de implantação, com expectativa de gerar mais de dois mil empregos até o fim de 2010. A principal delas é uma alemã, fabricante de calçados esportivos, cujo investimento soma R$ 10 milhões, devendo abrir 600 postos de trabalho diretos, ao entrar em operação.

Mecanismos

Conforme o governador Cid Gomes, o Estado atua em pelo menos três frentes na área de atração de investimentos. O principal é concessão de incentivos fiscais - isenção de 25% a 75% do valor do ICMS devido pela empresa a ser instalada, dependendo da cidade escolhida e da sua renda per capita.

A ideia, como se sabe, não é de sua autoria. "Alteramos a legislação para dar mais incentivos aos investimentos que queiram ir para o interior", disse Gomes, por ocasião da reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa. Assim, quanto mais distante for a cidade escolhida e tanto pior a sua renda per capita, maior o porcentual de isenção do tributo.

A segunda vertente de atuação baseai-se na atração de indústrias de base. Leia-se aí a siderúrgica e a refinaria. Projetos gestados há décadas e que agora começam a se materializar. "No caso da refinaria, estamos com 60% da área desapropriada", comentou Gomes.

A terceira frente é a que o governador classificou de varejo. É o corpo a corpo com os investidores, capitaneado pela. Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece). Há ainda o que ele classificou como trabalho de formiguinha, como é caso da Prefeitura de Jaguaribe. "O prefeito conhece uma pessoa de São Paulo que já trouxe sete médias empresas para a cidade. O estado está dando apoio, com terra, energia e incentivos fiscais", contou.

Para Gomes, a atração de investimentos produtivos gera uma reação em cadeia na economia local. "Se a gente consegue gerar empregos, os demais problemas são atenuados". Sua lógica é a seguinte: ao atrair empresas, gera-se mais emprego, amplia-se a renda, o consumo e, consequentemente, o recolhimento de tributos. Dinheiro este que retorna à população sob a forma de serviços estatais.

Uma teoria que pode ser comprovada em números. Entre 1999 e 2006, o Estado gerou uma média de 23 mil empregos formais por ano. De 2007 a 2009, a média anual foi de 48 mil vagas/ano, sendo 64 mil só no ano passado. "O Estado tem um papel importante. Por meio das obras licitadas, temos 30 mil pessoas trabalhando".

FORTALEZA, CARIRI E SOBRAL
Produção ainda é bem concentrada

Governo desenvolve ações para atração de empreendimentos em cada ponto do Ceará, conforme a Codece

O Estado conta hoje com três centros concentradores de produção industrial: a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o Cariri e o município de Sobral. Entretanto, de acordo com Frederico Acário, coordenador de Planejamento da Companhia de Desenvolvimento do Ceará (Codece), há municípios que passaram a oferecer terrenos e infraestrutura para abrigar empresas.

"Se levarmos em conta o Estado como um todo, em cada ponto existe uma ação do governo para atração de empreendimentos", comenta Acário. Em termos de polos de atividades, ele explica que há uma total desconcentração no Ceará. "A indústria calçadista, por exemplo, está espalhada em praticamente todo o território", diz.

Na Grande Fortaleza estão os dois principais distritos industriais, o DIF I e o DIF III. "O primeiro, em Maracanaú, podemos dizer que está consolidado porque toda a estrutura foi feita e não há mais terrenos disponíveis para a implantação de empreendimentos", explica. No caso do DIF III, que fica à margem direita da BR-116, na altura do Anel Viário, ainda existe disponibilidade de terrenos.

Acário acrescenta que, no Cariri, há concentração industrial mais precisamente no centro geográfico de Juazeiro, Crato e Barbalha, mas ainda com terrenos disponíveis para novos projetos. O Estado, continua ele, vai aportar recursos, este ano, para garantir o tráfego de veículos pesados naquela região, numa extensão de 8 km de rodovia. "Serão obras do Departamento de Edificações e Rodovias (DER) no valor de R$ 1,5 milhão", informa.

Acário comenta que sempre coube ao órgão a tarefa de garantir a infraestrutura para a implantação dos investimentos privados. "A Codece sempre esteve mais ligada à questão dos terrenos", diz. Sobre a área do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, como polo de produção industrial, ele lembra que é um espaço com tratamento diferenciado, atrelado ao porto ou à Zona de Processamento de Exportação (ZPE), cuja legislação ainda não está fechada. (SC) 

SAMIRA DE CASTROREPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Apoio ao desenvolvimento

19/02/2010 - 12:39:17 

BNDES encerra 2009 com lucro líquido de R$ 6,735 bilhões

Alana Gandra, da Agência Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou o ano passado com um lucro líquido de R$ 6,735 bilhões. O aumento foi de 26,8% em comparação ao resultado líquido de 2008, que atingiu R$ 5,313 bilhões. Um dos fatores que levou ao lucro foi o resultado com intermediação financeira, que subiu de R$ 4,312 bilhões, em 2008, para R$ 5,815 bilhões, no ano passado.
A chefe do departamento contábil da instituição, Vânia Borgerth, informou hoje (18) que esse aumento ocorreu mesmo com as reduções dos spreads - diferença entre os juros cobrados pelo banco nos empréstimos e a taxa paga na captação de recursos - do BNDES. A explicação para isso foi a ampliação do volume de crédito concedido às empresas. “Ou seja, o que perdemos em termos de spread foi compensado pelo volume”, disse ela.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, lembrou que o spread médio do BNDES é o mais baixo do mercado, equivalente a 1,1% ao ano. Ele considerou o lucro apresentado pela instituição “extremamente satisfatório”, tendo em vista que 2009 foi um ano difícil para a economia brasileira devido à crise internacional, que exigiu que o banco ampliasse o seu volume de empréstimos e ativos. Ressaltou também que o esforço do BNDES foi concretizado sem deterioração “da excelente qualidade dos ativos do banco e de sua carteira de crédito”.
Coutinho explicou que por causa da crise, 2009 não foi um ano que favoreceu a ida do banco ao mercado de capitais. “Foi um ano desfavorável para vender”. Já as perspectivas para 2010 são positivas, acentuou. Dentro de sua política de longo prazo, admitiu que a subsidiária BNDES Participações (BNDESPar) poderá ir a mercado vender ações, “se os negócios forem relevantes e olhando tanto a qualidade da estrutura de negócio como a oportunidade”.
Os ativos totais do BNDES somaram em dezembro de 2009 cerca de R$ 387 bilhões, mostrando aumento de 39,4% sobre 2008. O patrimônio líquido atingiu R$ 27,628 bilhões, o que significou um patrimônio de referência (que é a base usada pelo Banco Central para estabelecer limites prudenciais que devem ser seguidos pelas instituições financeiras) de R$ 54 bilhões.
O índice de inadimplência continuou baixo, afirmou Coutinho, alcançando 0,20% da carteira bruta. Ele esperava, inclusive, que diante da crise houvesse elevação significativa da inadimplência. Em 2008, o índice era de 0,11%. Na avaliação do presidente do BNDES, o que houve foi uma “flutuação natural”.
De acordo com os dados divulgados pelo banco, 97,7% da carteira consolidada de crédito do BNDES foram constituídos por crédito de baixíssimo risco.
(Agência Brasil)
Fonte: Mercado Ético

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No aniversário do programa de estímulo, Obama diz que medida evitou depressão


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o programa de estímulo de seu país, que hoje completa um ano, evitou uma possível depressão econômica.

Em 17 de fevereiro de 2009, Obama assinou no Colorado a lei que autorizou o Governo a usar US$ 787 bilhões para incentivar a atividade econômica.


Diante dos milhões de desempregados, o líder reconheceu que a situação econômica atual "ainda não é de recuperação", mas para a Casa Branca o cenário seria pior sem os estímulos.


Obama enfatizou que o plano criou e evitou a destruição de 2 milhões de empregos no primeiro ano de funcionamento e salvará outros 1,5 milhão de vagas em 2010. "Uma segunda depressão não aconteceu graças ao plano de estímulo", disse Obama, em uma referência à Grande Depressão dos anos 1930.

Atualmente, o desemprego afeta 9,7% da população e o governo prevê que chegue a 10%, em média, neste ano.

Obama pediu ao Congresso que aprove "o mais rápido possível" medidas adicionais para incentivar as contratações e criticou os legisladores republicanos por atacar o programa por motivos políticos. Apenas três republicanos, todos no Senado, votaram a favor do programa, que seu partido criticou e definiu como um desperdício de dinheiro.

John Boehner, seu líder na câmara baixa, afirmou que as "comemorações" pelo plano demonstram que a administração "está isolada da realidade". "O povo americano assumiu uma quantidade recorde de dívida para financiar o estímulo de US$ 1 trilhão dos democratas de Washington e um ano depois a taxa de desemprego da nação está perto de 10%", asseverou Boehner.

Obama também destacou em sua declaração que um terço dos fundos do programa foram utilizados para a redução de impostos de 95% dos americanos. Com isso, tentou refutar a impressão refletida nas pesquisas que a sua administração aumentou tributos. Outro terço do dinheiro do plano é destinado a ajudar os desempregados e assistir aos Estados.

Obama disse que os fundos evitaram o despedido de milhares de funcionários no ano passado, mas reconheceu que em 2010 os governos estaduais poderiam ser obrigados a reduzir seus planos por sua precária situação econômica, o que preocupa a Casa Branca.

O último terço do dinheiro será usado para estabelecer bases econômicas mais robustas, que potencializem as energias alternativas, disse o presidente.

Até agora o governo usou US$ 300 bilhões do programa e pretende fazer novas aplicações, chegando a US$ 551 bilhões até o fim de setembro. Entre os projetos que receberão financiamento em 2010 estão ferrovias de alta velocidade, rede elétrica e a área pesquisa da saúde.


Fonte: Folha OnLine - Dinheiro

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Demanda de cias por crédito sobe 11,4% em janeiro

A demanda das companhias brasileiras por crédito aumentou 11,4% em janeiro, na comparação com dezembro, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito. Em relação a janeiro de 2009, o crescimento foi de 3,1%, a terceira alta anual consecutiva. De acordo com o Serasa, o resultado consolida o cenário de recuperação da demanda por crédito das empresas, duramente atingido pela crise financeira internacional durante grande parte do ano de 2009. Em todo o ano passado a procura das empresas por crédito foi 4,4% menor do que a do ano de 2008.

A elevação de 11,4% em janeiro foi puxada pelo crescimento de 12 2% na procura por crédito por parte das micro e pequenas empresas. Essas empresas estão em fase de recomposição de estoques após as vendas de final de ano e, por isso, aumentaram a demanda por capital de giro. Já os índices para as médias e grandes empresas ficaram próximos da estabilidade. A busca por crédito das médias empresas teve queda de 0,4% e, a das grandes, aumento de 0,4%.

Na análise setorial, as empresas do comércio lideraram a expansão da demanda por crédito em janeiro de 2010, totalizando um avanço de 13,2% ante dezembro de 2009. A boa performance em termos de vendas de final de ano provocaram elevação na demanda por crédito da atividade varejista tendo em vista a necessidade de recomposição de estoques, ou seja, aumento na procura por capital de giro.

Em menor escala, a indústria e o setor de serviços também apresentaram crescimento em suas demandas por crédito no mês passado de 11% e 9,5%, respectivamente. Cabe observar que, na comparação anual, o comércio destaca-se com alta de 4,4% na procura por crédito dado o crescimento do consumo privado ao passo que somente a indústria, relativamente mais exposta ao cenário internacional, registrou queda de 1,7% na sua procura por crédito em janeiro de 2010 na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Região

Todas as regiões do País registraram elevação da procura por crédito de suas empresas superior a 10% no mês passado. O maior avanço deu-se na Região Norte (alta de 16,9%) ao passo que a menor alta foi na Região Sudeste (crescimento de 10,4%). Na comparação anual, todas as regiões também apresentaram variações positivas na procura por crédito de suas empresas, destacando-se a Região Nordeste com crescimento de 10,1% em relação ao mês de janeiro de 2009.


Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

UE dá à Grécia prazo até 15 de maio para 'medidas urgentes'

Foto: Louisa Gouliamaki/AFP

Repartição pública fechada por greve de funcionários em Atenas, na Grécia; vários setores marcaram paralisações nesta semana (Foto: Louisa Gouliamaki/AFP)

Os ministros das Finanças da União Europeia determinaram o prazo de 15 de maio para que a Grécia adote "medidas urgentes" para controlar seu déficit fiscal.

O bloco disse ainda que o progresso das medidas do país será revisado em 16 de março.

"O Conselho [...] convoca a Grécia a implementar medidas específicas de consolidação orçamentária, incluindo aquelas apresentadas em seu programa de estabilidade", disseram os ministros em um comunicado após reunião para discutir os problemas de dívidas e déficit da Grécia.

"Medidas urgentes a serem tomadas até 15 de maio de 2010; apoio a medidas para proteção de metas orçamentárias para 2010; outras medidas a serem adotadas até o fim de 2010; e outras medidas a serem adotadas até 2012".

O comunicado diz que a Grécia deve apresentar um relatório até 16 de março determinando um cronograma para a implementação de medidas para metas do orçamento para 2010, e outro até 15 de maio sobre as medidas políticas necessárias para lidar com a decisão dos ministros das Finanças. Eles disseram ainda que relatórios trimestrais serão exigidos a partir de então.

"O Conselho, portanto, convoca a Grécia a desenhar e implementar o mais rápido possível, começando em 2010, um pacote de reforma estrutural abrangente e arrojado. Ele determina medidas específicas para salários, reforma previdenciária, reformas para a área de saúde, administrações públicas...e crescimento do emprego", diz o documento.

Nesta segunda-feira, em reunião de ministros de Finanças da zona do euro, vários países pressionaram a Grécia para que o país tomasse medidas adicionais de austeridade fiscal.


Fonte: Portal G1 de Notícias - Economia e Negócios

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Moradores já têm celular antes do sinal

Clique para Ampliar

Clique para Ampliar
Parte do interior do Ceará convive sem comunicação via celular. Telefonia móvel começa a chegar ao Cariri
Na Serra da Meruoca, apenas uma antena da Claro foi instalada


Juazeiro do Norte. A chegada da telefonia móvel em municípios da região do Cariri que não tinham o sinal, como Araripe (a 526 quilômetros de Fortaleza) e Antonina do Norte (a 481 quilômetros da Capital), ainda é algo quase inacreditável para alguns moradores dessas localidades.

"Seria uma revolução, mesmo", diz ainda sem acreditar que a realidade esteja próxima de acontecer, o funcionário público, Elisandro Carvalho, de Araripe. Alguns moradores até já têm o aparelho, aguardando a concretização da novidade.

Só a torre

O comerciante de Antonina do Norte, Romero Aguiar de Freitas, diz que a cidade recebeu a torre recentemente e as pessoas pensavam que, em seguida, já poderiam adquirir os seus aparelhos. É uma grande novidade e um avanço significativo, segundo ele. "Há muitos anos estávamos aguardando o sinal", conta. Algumas pessoas adquiriram os seus aparelhos, mesmo quando se deslocam para outras cidades vizinhas, como Assaré.

Para o comerciante, esse é um sonho concretizado e a população, a partir de agora, não vai ficar apenas na dependência da telefonia fixa para se comunicar. Destaca os benefícios, como poder sair de casa com mais tranquilidade.

Elisandro Carvalho ainda ressalta que mesmo com a telefonia fixa, o município ainda está no atraso, já que metade das linhas ainda é analógica e a outra parte digital.

"Isso representa a ampliação da comunicação na cidade, que vai melhorar o trabalho e a vida das pessoas", diz Carvalho. Para o médico de Araripe, Arnaldo Pereira, a inserção da telefonia móvel significa, acima de tudo, desenvolvimento.

"Apesar do atraso, é muito bem vindo. Significa um avanço no nosso sistema de comunicação", afirma.

Na sua profissão mesmo, a falta de um instrumento de comunicação, pode acabar prejudicando o trabalho, e deixa de ser ponto favorável para o próprio paciente e o profissional que o acompanha. (LB)

APÓS SEIS MESES
Comunicação ainda não é de qualidade

Sobral No município de Senador Sá, na região Norte do Ceará, a população que abrange quase 7 mil habitantes já conta com o serviço de telefonia móvel há mais de seis meses, oferecido pela operadora Claro. Mas, segundo os clientes o sinal ainda não é de boa qualidade.

"Tem dia que os aparelhos ficam sem serviço e se nos distanciarmos um pouco mais da cidade também não conseguimos nem falar e nem receber ligação", relata o funcionário público Francisco Galberto.

Na pequena cidade existem três lojas especializadas na venda de aparelhos celular. Uma delas pertence ao comerciante Ari Vasconcelos Marques. Ele acredita que por lá existam uma média de 3 mil clientes. "Tenho tido boas vendas não só de aparelho, mas também de recarga, apesar da qualidade do serviço deixar muito a desejar", afirma.

Em Alcântaras, na Serra da Meruoca, até agora a população viu apenas se instalar no município uma antena da operadora Claro. Erguida há quase um ano a população ainda não conta com a tecnologia da telefonia móvel. Francisco Galdino lembra que foi ele quem forneceu todo o material para a instalação do equipamento.

"Aqui não tem sinal, mas se você andar uns dois quilômetros já consegue ligar ou receber ligações. Eles estiveram aqui e prometeram que em pouco tempo o serviço estará disponível. Espero que cumpram que foi dito", diz com expectativa.

O funcionário público Gilberto Freire Carvalho informou que, recentemente, técnicos da empresa OI estiveram na cidade com a finalidade de encontrar um terreno para implantação do serviço. A área escolhida para a instalação dos equipamentos fica localizada, segundo o morador no bairro da Cohab.


ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
 
 
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Produção nacional de petróleo subiu 6,6% em 2009, diz ANP

Divulgação/Divulgação

Plafatorma de exploração de Petróleo da Petrobras. (Foto: Divulgação)

A produção nacional de petróleo chegou a 2,029 milhões de barris por dia em 2009, um crescimento de 6,6% com relação ao ano anterior. O dado inclui volumes de líquidos de gás natural (LGN), extraídos nos campos de gás. A informação consta da mais recente revisão dos dados estatísticos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), publicada esta tarde no site da agência.
É a primeira vez que o Brasil fecha o ano com uma produção média acima dos 2 milhões de barris por dia, desempenho obtido com alguma contribuição de companhias privadas: a Petrobras divulgou recentemente que fechou 2009 com produção de 1,970 milhão de barris de óleo e LGN por dia, o que indica que a produção privada durante o ano foi de 59 mil barris por dia.

Os dados da ANP apontam que houve grande crescimento (8,3%) na produção de petróleo (sem contar LGN) em campos marítimos durante o ano, para 1,771 milhão de barris por dia, enquanto a produção terrestre caiu 1,3%, ou 176,6 mil barris por dia.

A ANP não discrimina de onde vem a produção de LGN, que caiu 9,2% em 2009, 78,6 mil barris por dia, acompanhando o ritmo lento da produção de gás natural durante o ano.
 
 
Fonte: Portal G1 de Notícias - Economia e Negócios