Chile é único país a ter elevado produtividade em comparação com EUA.Já o Brasil aparece entre países na qual produtividade diminuiu menos.
Da Agência Estado
O lento avanço dos índices de produtividade é a principal razão para a América Latina e o Caribe crescerem menos que as nações mais ricas e alguns países do leste da Ásia. A conclusão é de um estudo divulgado neste sábado, em Cancún, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Intitulado "A Era da Produtividade: transformando economias de baixo para cima", o estudo analisa a eficiência dos países no uso de seus recursos produtivos e compara as perdas e os ganhos de produtividade de 76 nações, tendo por base os Estados Unidos. Dos 76 países analisados, 17 são da América Latina e do Caribe.
O Chile é o único país da região a ter elevado sua produtividade em comparação com os EUA desde 1960. Ainda assim o país fica atrás de potências emergentes, como China e India.
Ao mesmo tempo, Brasil, Panamá, República Dominicana e Equador aparecem entre os países na qual a produtividade diminuiu menos, em comparação com os EUA, nas últimas cinco décadas. Na ponta de baixo da tabela, metade dos 20 países de pior performance estão na América Latina ou no Caribe.
O estudo, a ser publicado em formato de livro em abril, com o selo do BID, assegura que a região poderia acelerar seu crescimento se promovesse um melhor uso dos recursos existentes na economia. Segundo o BID, as informações rompem com uma noção amplamente aceita segundo a qual a região não cresce mais por falta de investimentos.
Pela avaliação do banco, um país latino-americano típico poderia ter visto sua renda per capita aumentar em até 54% nos últimos 50 anos, se a produtividade tivesse seguido o mesmo ritmo do resto do mundo. Além disso, a renda per capita de um país latino-americano típico teria quase dobrado, caso sua produtividade estivesse próxima de seu pleno potencial.
"Mais do que investimentos adicionais, os países da região precisam fazer melhor uso dos estoques existentes de capitais físico e humano", argumenta em nota a economista Carmen Pagés-Serra, coordenadora do estudo. "Há uma imensa e ainda não aproveitada oportunidade para que os formuladores de política da região invistam em reformas e medidas capazes de permitir que a América Latina e o Caribe rapidamente alcancem o desempenho das demais regiões do mundo", acredita Santiago Levy, vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID.
Os autores do estudo acreditam que o crescimento econômico e a renda per capita da região poderiam aumentar dramaticamente com medidas como expansão do crédito, regimes tributários mais simples e eficazes, melhoria dos sistemas de transporte e políticas sociais destinadas à redução do trabalho informal. Um melhor ambiente regulatório e o aperfeiçoamento da infraestrutura também beneficiariam a produtividade, assim como medidas para fomentar a inovação tecnológica no setor privado.
"Uma década depois de conquistar estabilidade econômica, a América Latina e o Caribe têm agora pela frente o desafio de acelerar o crescimento econômico", afirma Carmen Pagés-Serra. "Uma maior produtividade será vital para desencadear esse processo no decorrer dos próximos anos. Somente utilizando os recursos com mais eficiência a região será capaz de alcançar os índices de crescimento que abrirão o caminho para tirar milhões de pessoas da pobreza", conclui. O BID divulgou na sexta-feira (19) os resultados de um relatório interno, segundo o qual a qualidade e a prestação de contas de seus projetos na América Latina e no Caribe melhoraram. No entanto, o banco de fomento admitiu que a situação ainda não é a ideal. Entre as metas para os próximos cinco anos, o BID pretende multiplicar por cinco os empréstimos destinados a iniciativas ligadas a mudanças climáticas, energias renováveis e sustentabilidade ambiental, alcançando 25% do total de empréstimos até 2015. Já o dinheiro destinado à redução da pobreza e a programas de promoção da igualdade deve passar de 40% para 50% em cinco anos. O BID está realizando, em Cancún, sua reunião anual de governadores.
Embora a participação das mulheres no mercado de trabalho latino-americano esteja aumentando rapidamente, a região ainda não aproveita ao máximo o potencial delas para elevar a produtividade e impulsionar o crescimento econômico. A conclusão é do estudo "O dividendo do gênero: capitalizando o trabalho da mulher", divulgado pelo BID.
Segundo o documento, apesar de a participação feminina no mercado de trabalho da região ter passado de 35% em 1980 para 53% em 2007, as mulheres ainda sofrem salários menores e índices de desemprego maiores, na comparação com os homens.
Intitulado "A Era da Produtividade: transformando economias de baixo para cima", o estudo analisa a eficiência dos países no uso de seus recursos produtivos e compara as perdas e os ganhos de produtividade de 76 nações, tendo por base os Estados Unidos. Dos 76 países analisados, 17 são da América Latina e do Caribe.
O Chile é o único país da região a ter elevado sua produtividade em comparação com os EUA desde 1960. Ainda assim o país fica atrás de potências emergentes, como China e India.
Ao mesmo tempo, Brasil, Panamá, República Dominicana e Equador aparecem entre os países na qual a produtividade diminuiu menos, em comparação com os EUA, nas últimas cinco décadas. Na ponta de baixo da tabela, metade dos 20 países de pior performance estão na América Latina ou no Caribe.
O estudo, a ser publicado em formato de livro em abril, com o selo do BID, assegura que a região poderia acelerar seu crescimento se promovesse um melhor uso dos recursos existentes na economia. Segundo o BID, as informações rompem com uma noção amplamente aceita segundo a qual a região não cresce mais por falta de investimentos.
Pela avaliação do banco, um país latino-americano típico poderia ter visto sua renda per capita aumentar em até 54% nos últimos 50 anos, se a produtividade tivesse seguido o mesmo ritmo do resto do mundo. Além disso, a renda per capita de um país latino-americano típico teria quase dobrado, caso sua produtividade estivesse próxima de seu pleno potencial.
"Mais do que investimentos adicionais, os países da região precisam fazer melhor uso dos estoques existentes de capitais físico e humano", argumenta em nota a economista Carmen Pagés-Serra, coordenadora do estudo. "Há uma imensa e ainda não aproveitada oportunidade para que os formuladores de política da região invistam em reformas e medidas capazes de permitir que a América Latina e o Caribe rapidamente alcancem o desempenho das demais regiões do mundo", acredita Santiago Levy, vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID.
Os autores do estudo acreditam que o crescimento econômico e a renda per capita da região poderiam aumentar dramaticamente com medidas como expansão do crédito, regimes tributários mais simples e eficazes, melhoria dos sistemas de transporte e políticas sociais destinadas à redução do trabalho informal. Um melhor ambiente regulatório e o aperfeiçoamento da infraestrutura também beneficiariam a produtividade, assim como medidas para fomentar a inovação tecnológica no setor privado.
"Uma década depois de conquistar estabilidade econômica, a América Latina e o Caribe têm agora pela frente o desafio de acelerar o crescimento econômico", afirma Carmen Pagés-Serra. "Uma maior produtividade será vital para desencadear esse processo no decorrer dos próximos anos. Somente utilizando os recursos com mais eficiência a região será capaz de alcançar os índices de crescimento que abrirão o caminho para tirar milhões de pessoas da pobreza", conclui. O BID divulgou na sexta-feira (19) os resultados de um relatório interno, segundo o qual a qualidade e a prestação de contas de seus projetos na América Latina e no Caribe melhoraram. No entanto, o banco de fomento admitiu que a situação ainda não é a ideal. Entre as metas para os próximos cinco anos, o BID pretende multiplicar por cinco os empréstimos destinados a iniciativas ligadas a mudanças climáticas, energias renováveis e sustentabilidade ambiental, alcançando 25% do total de empréstimos até 2015. Já o dinheiro destinado à redução da pobreza e a programas de promoção da igualdade deve passar de 40% para 50% em cinco anos. O BID está realizando, em Cancún, sua reunião anual de governadores.
Embora a participação das mulheres no mercado de trabalho latino-americano esteja aumentando rapidamente, a região ainda não aproveita ao máximo o potencial delas para elevar a produtividade e impulsionar o crescimento econômico. A conclusão é do estudo "O dividendo do gênero: capitalizando o trabalho da mulher", divulgado pelo BID.
Segundo o documento, apesar de a participação feminina no mercado de trabalho da região ter passado de 35% em 1980 para 53% em 2007, as mulheres ainda sofrem salários menores e índices de desemprego maiores, na comparação com os homens.
FONTE: Economia e Negócios
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