O centro de pesquisa e desenvolvimento atuará em projetos, prestação de serviços e formação de recursos humanos. Apresentado no final de 2009, o instituto é resultado de parceria entre a Ufsc e a Petrobras e soma investimentos de R$ 32 milhões. A expectativa é de que a construção seja finalizada em dezembro deste ano e o INPetro entre em operação em março de 2011. Até o final do segundo ano, espera-se gerar cerca de 150 empregos e, em longo prazo, contratar 500 pessoas e envolver cerca de 300 pesquisadores.
Focado nas áreas do petróleo, gás e energia, o instituto tem a intenção de consolidar as pesquisas na área. Também criará em seu entorno oportunidades para que empresas de base tecnológica sejam constituídas para explorar as aplicações em desenvolvimento.
A iniciativa está sendo viabilizada através de termo de cooperação entre a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc), Ufsc e Petrobras, com recursos disponibilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O coordenador de implantação, professor Armando Albertazzi Gonçalves, deixa claro que embora os recursos para a construção tenham vindo da Petrobras, o INPetro será um instituto da Ufsc, com autonomia para decidir que projetos contratará.
Segundo Albertazzi, uma das maiores contribuições do INPetro será o desenvolvimento da cultura de trabalho multidisciplinar e em equipe. "Ele funcionará como um ponto de convergência, aproximando vários grupos que atuam em áreas distintas que se complementam, permitindo que projetos de maior amplitude e impacto possam ser desenvolvidos".
Sete grupos dos departamentos de Engenharia Mecânica, Automação e Sistemas e Química da Ufsc participam de sua implantação e trabalharão juntos, reunindo competências complementares essenciais no desenvolvimento de projetos avançados.
Estão envolvidos os laboratórios de Metrologia e Automatização; de Soldagem; de Simulação Numérica em Mecânica dos Fluidos e Transferência de Calor; de Controle e Automação; de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos e o de Corrosão.
A Ufsc no Sapiens Parque
No início, foi considerada a ideia o implantar o INPetro no Campus da Ufsc na Trindade. No entanto, como o complexo é amplo (8.800 metros quadrados de área construída), não foi encontrado um terreno adequado.
Em função dos problemas logísticos decorrentes da distância de 24 km do parque ao campus da Trindade, a construção na área doada à Ufsc trouxe o posicionamento contrário de alguns grupos da universidade. No entanto, segundo Albertazzi, esta dificuldade será amenizada com a disponibilização pelo Sapiens Parque de um transporte regular entre a universidade e o instituto.
Nas conversas com os dirigentes do Sapiens Parque, o reitor Alvaro Prata conquistou a doação de uma área no parque com potencial de 250 mil metros quadrados para construção, podendo abrigar futuras unidades avançadas de pesquisa da Ufsc. O INPetro é a primeira, mas já há uma segunda em desenvolvimento: o Instituto de Fármacos.
"Em breve, o INPetro estará cercado por vizinhos de alto nível, contribuindo para a criação de uma área de alta tecnologia, que é um dos componentes perseguidos na concepção do Sapiens Parque", antecipa.
Para Albertazzi, a construção nesse local tem dois outros aspectos positivos que devem ser destacados: a possibilidade de expansão e a criação de empresas. "A disponibilidade de área física para a construção de novas unidades, por exemplo, motivadas por demandas específicas do pré-sal, é uma possibilidade para a qual não devemos fechar as portas. Não pretendemos ampliar o INPetro a curto prazo, mas do futuro, ninguém sabe", afirma.
O outro elemento importante para o coordenador é estar no ambiente propício para a criação de novas empresas de base tecnológica. "O Sapiens Parque tem naturalmente essa vocação. A proximidade do INPetro certamente será mutuamente benéfica", lembra o coordenador.
Segundo ele, a expectativa é motivar e dar apoio a alunos para constituírem novas empresas de base tecnológica a partir dos trabalhos que desenvolvam no INPetro.
(Com informações da Agecom da Ufsc)
FONTE: Jornal da Ciência
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