quarta-feira, 12 de maio de 2010

Expansão do emprego no CE é a maior do País

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Todos os indicadores da indústria (vendas, emprego, exportação, entre outros) foram positivos em março
KID JÚNIOR


Valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cearense cresceu 12,48%


O emprego industrial no Ceará avança pelo terceiro mês consecutivo e fecha março com elevação de 8,66% frente à igual período do ano passado. O resultado coloca o Estado na primeira posição no Nordeste e no País. No trimestre, o indicador acumula alta de 7,68% e nos últimos 12 meses, varia 2,15%. Os dados são da Pesquisa Industrial de Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Para Pedro Jorge Ramos, coordenador de Economia e Estatística do Indi (Instituto de Desenvolvimento Industrial), da Fiec, "todos os indicadores (vendas, emprego, exportação, entre outros) da indústria são positivos em março. O nosso parque fabril, especialmente o da transformação, é muito empregador". "A pesquisa do IBGE não trouxe surpresas, até porque a base de comparação é muito pequena, por conta da crise mundial", avalia.

Por ramo de atividade, a contribuição mais expressiva na ampliação das contratações veio da indústria de transformação, que apresentou elevação de 8,60%, seguida de calçados e couro, que cresceu 6,49%. Influenciaram também de forma positiva na formação do indicador, alimentos e bebidas (1,03%); produtos de metal, excluindo máquinas e equipamentos (0,54%); têxtil (0,46%); e produtos químicos (0,29%).

Apresentaram recuo no número de empregos gerados na indústria: vestuário (-0,15%), borracha e plástico (-0,08%) e madeira (-0,04%).

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cearense também cresceu, atingindo uma taxa de 12,48%, em relação a mesmo mês do ano passado. A indústria de transformação puxou o resultado com alta de 12,36% , mas outros setores apresentaram resultados positivos. Vale destacar: calçados e couro(7,11%), alimentos e bebidas (1,64%)e têxtil (1,35%), entre outros setores menos expressivos.

Com respeito ao número de horas pagas na indústria cearense, o resultado da Pimes aponta para uma evolução de 9,50%, em março. o indicador acumula no trimestre variação de 7,67% e nos últimos 12 meses, 2,36%.

Quanto às taxas de admissão, desligamento, realocação e de rotatividade, os índices mensais são de 3,46%; 2,90%; 6,36%; e 2,90%, respectivamente.

De fevereiro para março, o crescimento no nível de emprego na indústria foi de 0,7%, já descontados os efeitos sazonais, 3º resultado positivo consecutivo. Na comparação com igual mês de 2009, a expansão do emprego alcançou 2,4%, a maior desde agosto/08 (2,5%), e, no acumulado no ano, atingiu 0,7%. Houve avanço no número de horas pagas em março (1,0%) frente ao mês imediatamente anterior. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a alta chegou a 3,7%, e acumulou, no ano, 1,8%.

A folha de pagamento real dos trabalhadores cresceu 1,2% na passagem de fevereiro para março, já descontada a sazonalidade, o que assinalou o terceiro acréscimo consecutivo no período. Frente à março/09, a elevação foi de 5,6%, a mais expressiva desde setembro/08 (7,7%), acumulando 3,3% no ano.

Na região Nordeste, sobressaiu o setor de calçados e couro (18,3%), enquanto, na indústria gaúcha, destacaram-se outros produtos da indústria de transformação (11,5%), máquinas e equipamentos (8,3%) e borracha e plástico (12,6%).


ISILDENE MUNIZ
REPÓRTER


http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=783874

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