O dono da Continental, Jeff Smisek, que deve dirigir a nova empresa, selou acordo com o presidente da UAL, Glenn Tilton, que irá presidir o novo conselho de administração
SHANNON STAPLETON/REUTERS
Companhias formam agora a maior empresa aérea do mundo em um acordo de cerca de US$ 3 bilhões
Washington. Levadas a se aproximar em um setor duramente atingido pela crise econômica, as companhias aéreas americanas Continental Airlines e United Airlines (UAL) anunciaram ontem a sua fusão para formar a número um mundial do setor em um acordo de cerca de US$ 3 bilhões.
A United Airlines, terceira maior companhia americana, e a Continental Airlines, a quarta, se juntarão sob o nome United, e serão dirigidas pelo atual dono da Continental, Jeff Smisek.
Juntas, elas terão acesso a 370 destinos em 59 países, com um valor de negócios de US$ 29 bilhões, uma frota de cerca de 700 aeronaves e por volta de 87.000 funcionários. As duas companhias receberam a autorização de seus conselhos de administração durante o fim de semana.
A fusão, que ainda deve ser aprovada pelas autoridades de concorrência, deverá ser concluída no quarto trimestre de 2010. Ela será realizada por meio de troca de ações, com os acionistas da Continental recebendo 1,05 ação United por ação da Continental, o que valoriza a Continental em US$ 3,2 bilhões. Ao término da operação, os acionistas da United deterão cerca de 55% do capital da nova sociedade; e os da Continental, 45%.
A nova companhia United terá 6,75 bilhões em Bolsa e a fusão deverá render de 1 a 1,2 bilhão em sinergias anuais até 2013. Com isso, as empresas esperam resistir melhor às turbulências enfrentadas pelo setor aéreo. A participação cada vez maior das companhias de baixo custo, as preocupações ligadas às ameaças terroristas, a volatilidade dos preços dos combustíveis e, sobretudo, a recessão mundial, afetaram as empresas do setor.
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Internacional
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