26/05/2010 - 11h00
Previsões mostram PIB, inflação e juros maiores no ano, diz Ipea
Da Redação, em São Paulo
Levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao governo federal, reúne as previsões mais recentes de diferentes instituições econômicas do mercado e conclui que a expectativa é que o país tenha crescimento econômico, inflação e juros maiores no ano. O câmbio do dólar deve cair, de acordo com essas estimativas. Emprego ficou estável, exportações e importações subiram.
As previsões sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, o total das riquezas produzidas no país) subiram de 5,2% em janeiro/fevereiro para 5,5% em março/abril. Esses números representam a mediana dos valores indicados pelas diversas entidades consultadas.
Mediana é diferente da média porque elimina os pontos extremos, para não haver muita distorção quando os intervalos entre os números mais baixos e os mais altos é muito grande.
Diferentemente de outros momentos, agora a preocupação do governo é que o país cresça demais, o que poderia causar desequilíbrio e inflação. Por isso o governo anunciou há duas semanas umcorte de R$ 10 bilhões no Orçamento federal com o objetivo de "esfriar" a economia.
Custo de vida
Quanto à inflação "oficial" pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o mercado elevou a expectativa no último bimestre para 5,2%. Em janeiro/fevereiro, a estimativa era de 4,7%.
Também houve aumento na projeção para a taxa básica de juros, a Selic. A mediana esperada pelas instituições consultadas passou de 10,28% em janeiro/fevereiro para 11% em março/abril.
Com relação ao câmbio, houve um movimento inverso, e o mercado passou a estimar um valor menor. Em janeiro/fevereiro, falava-se no dólar cotado a R$ 1,89. No bimestre março/abril, o valor foi reduzido para R$ 1,83.
A estimativa de criação de empregos no ano se estabilizou em 1,5 milhão. No que diz respeito a comércio exterior, as entidades ouvidas aumentaram a previsão de exportações (de US$ 170 bilhões para US$ 175 bilhões) e importações (de US$ 155 bilhões para US$ 160 bilhões).
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