Por Jan Strupczewski e Dina Kyriakidou
MADRI/ATENAS, 16 de abril (Reuters) - Os ministros das Finanças da zona do euro concordaram nesta sexta-feira em princípio em criar um mecanismo permanente para administrar crises na região.
Os ministros revisaram os eventos ocorridos desde o anúncio do pacote de ajuda disponibilizado no domingo para a Grécia, e tomaram um primeiro passo na direção de algo mais permanente que administre as dificuldades que o bloco possa enfrentar no futuro.
"Chegamos a um acordo de que precisamos determinar um mecanismo (de solução) de crise permanente", disse o primeiro ministro de Luxemburgo e presidente da reunião, Jean-Claude Juncker, em entrevista coletiva.
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), planeja anunciar propostas sobre o tema em 12 de maio, e o comentário de Juncker sugere que a definição de um plano para a Grécia está forçando um movimento na direção de uma resolução mais geral para a crise.
Atenas, entretanto, buscou esclarecer mais detalhes sobre como um pacote de empréstimos emergenciais oferecido pelos membros da zona do euro em parceria com o Fundo Monetário Internacional (FMI) funcionaria caso fosse necessário.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, afirmou a parlamentares que qualquer pedido de ativação do mecanismo de ajuda entre 40 bilhões e 45 bilhões de euros (56 a 63 bilhões de dólares) seria feito sob as melhores condições para o país, se necessário.
"Estamos realizando todas as ações preparatórias exigidas", disse Papandreou, cujo governo socialista anunciou drásticas medidas de austeridade em um acordo para reduzir o déficit e dissipar temores do mercado financeiro sobre a capacidade de honrarmos nossas dívidas.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI vão enviar autoridades a Atenas na segunda-feira para discutir mais elementos do que seria o primeiro resgate de um país da zona do euro em 11 anos, desde o lançamento da moeda comum.
"É uma questão de preparar um programa conjunto de condições e financiamento caso necessário e se pedido", afirmou o comissário de assuntos monetários europeu Olli Rehn.
FONTE: Economia UOL
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