segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cresce adesão europeia a imposto para bancos

Taxa vem sendo debatida na Alemanha, na França e no Reino Unido.
Fundo serviria como garantia em caso de risco ao sistema financeiro.

Da Agência Estado

A 20 dias da realização da assembleia de verão do Fundo Monetário Internacional (FMI), as três maiores economias da União Europeia (UE) estão acertando uma proposta comum para a criação de um imposto sobre o sistema financeiro.

Antes bombardeada por críticas nos Estados Unidos, a taxa agora é objeto de debates públicos na Alemanha, na França e no Reino Unido, cujos governos estudam a adoção de uma legislação europeia sobre o tema.

A proposta de taxar o sistema financeiro começou a ter visibilidade internacional em setembro, quando da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) em Pittsburgh, nos EUA. Em novembro, durante a reunião ministerial do G-20, em Saint Andrews, na Escócia, ganhou força com o apoio oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. À época, o premiê sugeriu a adoção de uma taxa global de seguro, destinada a servir como garantia em caso de risco generalizado ao sistema financeiro.

Passados quatro meses, o assunto voltou com força nessa semana na Europa, quando os governos da Alemanha, da França e do Reino Unido assumiram em público que trabalham pela implantação de um imposto sobre os bancos, seguradoras e fundos de investimentos.

Na dianteira do processo está a chanceler alemã Angela Merkel, que planeja transformar o projeto em lei na Alemanha até o início do verão europeu, em três meses. Segundo seu ministro de Finanças, Wolfgang Schäuble, o objetivo da iniciativa é oferecer recursos aos órgãos reguladores para estes que possam desmembrar bancos que representem ameaça sistêmica.

Os recursos, explicou Schäuble, seriam mantidos em um fundo de reestruturação, sem relação com o orçamento do Estado. A ideia alemã é coletar entre 1 bilhão de euros e 1,2 bilhão de euros por ano, montante que seria aplicado apenas em caso de crise, uma forma de evitar o contágio das contas públicas, como ocorre neste momento na Europa.

FONTE: Economia e Negócios, do G1

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1557177-9356,00-CRESCE+ADESAO+EUROPEIA+A+IMPOSTO+PARA+BANCOS.html

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