Países africanos querem importar metodologias do Sebrae
Entre elas estão estratégias para implantar a Lei Geral da Micro e Pequena empresa e o Empreendedor Individual
A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06) e estratégias para sua implantação, especialmente no que diz respeito ao Empreendedor Individual, poderão servir de modelo para países africanos como Cabo Verde. “Todo mundo deveria copiar a lei do Empreendedor Individual” diz, por exemplo, Adriano Cruz, diretor da Câmara de Comércio daquele País.
Adriano está certo de que esse mecanismo, criado no Brasil e que possibilita a formalização simplificada de empreendedores por conta própria, contribuirá para enfrentar a informalidade também no seu País. Do total de negócios existentes em Cabo Verde, disse, cerca de 35% são informais.
O elevado índice de informalidade, segundo Adriano, é resultado da estratégia utilizada no país para estimular a formalização. “Há muito tempo tentamos resolver o problema da informalidade com metodologia européia, que busca a formalização pela obrigação. Mas no Brasil ela é feita por meio da educação, da sensibilização e do incentivo”.
Adriano integra comitiva de países africanos e da América Latina que participam da 17ª Semana de Capacitação do Sistema Sebrae, em Brasília. Ao todo são 60 representantes de instituições que atuam com micro e pequenos negócios. Da áfrica são mais de 30, a maioria da África do Sul, além de Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
O Sebrae vem trabalhando para promover cooperação com os países africanos. “O objetivo é promover a integração, transferir conhecimento e abrir oportunidades de negócios para as micro e pequenas empresas naquele continente”, explica José Marcelo de Miranda, analista da assessoria internacional do Sebrae.
Na última quarta-feira (14) o Sebrae promoveu encontro específico com representantes desses países para definir um plano de trabalho para essa cooperação, quando foram expostas várias ações e tecnologias desenvolvidas pelo Sebrae e que os visitantes têm interesse em desenvolver em seus países.
Entre as ações estão o Programa Sebrae para Empresas Avançadas, voltado para empresas que estejam funcionando há mais de dois anos; a Feira do Empreendedor On-line, que oferece oportunidades de negócios via internet, além de ações na área de associativismo e a inserção dos pequenos negócios na cadeia de fornecedores das grandes empresas.
“Eles querem saber como o
conseguiu fazer com que as micro e pequenas empresas contribuam para o desenvolvimento do País”, resumiu a assessora da presidência do Sebrae, Etel Thomas, que coordenou a reunião.Informações da Agência Sebrae de Notícias.
Fonte: Mercado e Tendências, 17 de abril de 2010 - 20:27 - Por
O baixíssimo custo e a desburacratização do processo de formalização criado, exclusivamente para os pequenos empreendedores é um grande incentivo para muitos que ambicionavam possuir um "CNPJ", poder ter acesso a crédito, enfim, poder trabalhar sem se esconder e contribuir com a previdência para ter garantias como aposentadoria, entre outras, entretanto, ainda é necessário muita divulgação e orientação para aqueles que estão nessa condição de informal.
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