quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alta internacional do açúcar aumenta preço do etanol no Brasil

Rio de Janeiro, 14 out (EFE).- O preço do etanol aumentou 8,74% em média no Brasil no último mês, como consequência da forte alta da cotação internacional do açúcar, artigo do qual o país é o maior produtor e exportador mundial, informaram hoje fontes oficiais.

O preço do etanol no Brasil chegou, na semana passada, a uma média de R$ 1,592 por litro, com uma forte alta em comparação com a primeira semana de setembro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O etanol de cana-de-açúcar, do qual o Brasil também é o maior produtor e exportador mundial, supera a gasolina como o combustível mais utilizado pelos automóveis particulares no país, graças a seu preço mais competitivo.

A alta da cotação internacional do açúcar a níveis recordes, no entanto, ameaça a competitividade do etanol, que na semana passada era mais vantajoso em apenas 14 das 27 unidades da federação frente à gasolina, contra as 17 de uma semana antes, segundo a ANP.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), o aumento do etanol obedece tanto à alta do preço internacional do açúcar quanto às chuvas que afetaram as principais regiões produtoras nas últimas semanas.

Com os preços do açúcar a níveis elevados no exterior e com a demanda em alta, os produtores brasileiros preferem refinar a cana para sua exportação que destiná-la à produção de etanol.

Das 568,9 milhões de toneladas de cana processadas durante 2008 no Brasil, 45% foram destinados ao setor açucareiro e 55% à produção de etanol.

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), o volume de cana processado para a fabricação de combustível na segunda quinzena de setembro caiu para 29,9 milhões de toneladas, uma redução de 11,06% frente ao mesmo período do ano passado.

Apesar da redução da produção, a demanda cresceu 14,9% no período e ficou em 2,050 bilhões de litros do combustível.

http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/10/14/ult1767u153405.jhtm

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