sábado, 16 de janeiro de 2010

CE gerou 2,5 mil temporários

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No último fim de ano, no Estado, o número de vagas temporárias para o setor do Comércio registrou um crescimento acima de 10%, quando comparado com igual período de 2008

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No País, cerca de 31 mil trabalhadores temporários entraram 2010 com a efetivação no emprego


O aquecimento da economia brasileira impulsionou o comércio do País no último Natal, gerando 125 mil empregos temporários - incremento de 8,6% ante os 115 mil criados em igual período do ano de 2008, segundo revelam dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem). Deste total, 31 mil pessoas entraram o ano novo com um presente: a efetivação na empresa.

O fim de 2009 trouxe oportunidade de emprego para 2.563 cearenses (2,05% do total de temporários contratados no Brasil no período e participação de 16,64% no Nordeste). Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 10,8% nas efetivações do Estado, que antes, haviam atingido 2.312 pessoas.

Com relação ao número de admissões após o fim de ano, a Asserttem diz que não tem como informar discriminadamente por Estado.

As funções mais solicitadas foram: fiscal de Loja, empacotador, atendente, estoquista, etiquetador, operador de telemarketing, auxiliar de crédito, analista de Crédito e Papai Noel.

"O aumento nas contratações revela que o setor está em evolução e que tem se mostrado uma excelente solução para a formalização da mão-de-obra", comenta o presidente da Asserttem, Vander Morales.

Cenário econômico ajudou

As classes C, D e E que estiveram no foco das atenções no último ano por conta do aumento de seu poder aquisitivo, tiveram participação direta nos resultados das vendas de Natal.

Além dos setor de confecções que tradicionalmente lidera as vendas no período, os eletrodomésticos, sobretudo os de linha branca, e os automóveis destacaram-se no último período natalino, por conta da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

"A oferta de crédito, os juros baixos e a confiança cada vez maior do consumidor foram, sem dúvida, os fatores que induziram o crescimento das vendas, o que refletiu no aumento dos postos de trabalho", diz o titular da Asserttem.

"Candidatos em busca do primeiro emprego representam 28% das vagas preenchidas. Isso mostra que o trabalho temporário é a grande porta para o mercado de trabalho", emenda a diretora de Comunicação da entidade, Jismália Alves.

Páscoa: nova oportunidade

E quem não conseguiu um trabalho no último Natal, é bom ficar atento para as oportunidades que podem surgir com a aproximação da Páscoa. As empresas fabricantes de chocolate já estão começando a admitir funcionários temporários para o período. Serão pelo menos 15 mil vagas no País. A Nestlé, produtora de bombons e ovos de chocolate, informou que contratará 4 mil promotores de vendas em todo o Brasil.

A Garoto também oferecerá a mesma quantidade de vagas em todas as capitais brasileiras. Em ambos os casos, os contratados serão selecionados por agências de emprego.

Na Kraft, responsável pela Lacta, serão abertas 6 mil vagas intermitentes para as áreas de vendas e promoção, mas cerca de 40% dos postos estão destinados à São Paulo. A empresa informou que em setembro foram empregadas 1.100 pessoas para trabalhar até o fim de fevereiro na linha de produção da fábrica, em Curitiba e que todos têm possibilidade de efetivação. A Village deverá contratar 1.100 pessoas para a produção e pontos de venda com a promoção de seus chocolates. Segundo a empresa, no ano passado, o número de admissões foi semelhante à meta deste ano.

Segundo o presidente da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), Getúlio Ursulino Netto, os temporários podem ser aproveitados nas empresas depois da Páscoa, para substituir funcionários em férias e posteriormente ser efetivados. "Não sabemos informar os números precisos, porque temos 18 indústrias. Umas são pequenas, outras maiores, umas são mais automatizadas", observa Ursulino.

Ele informou que os produtos típicos da Páscoa começam a ser fabricados em setembro, junto com os destinados ao Natal. Depois do Natal, a fabricação ganha fôlego para a Páscoa. "O Brasil é o segundo do mundo em fabricação de produtos de Páscoa, isso é um grande volume", completa.

LÍVIA BARREIRA
REPÓRTER


Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=721089

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