Ceará é o 7º maior exportador de produtos têxteis e confeccionados do Brasil e o segundo maior do Nordeste. Entre janeiro e março de 2011, o Estado vendeu US$ 24,3 milhões, 43% a mais igual mês do ano passado
O empresariado da indústria têxtil cearense tem se queixado de carga tributária alta, encarecendo o algodão, e da concorrência dos produtos pernambucanos e principalmente chineses. De acordo com o Sindiconfecções do Ceará, o setor estagnou nos últimos três anos. Mas números divulgados recentemente apontam para um lado bem mais positivo.
Entre janeiro e março de 2011, o Estado exportou US$ 24.347.937, número 43,83% maior que o exportado no mesmo período de 2010. Foram mais de três mil toneladas de produtos têxteis e confeccionados enviadas ao exterior pelos portos cearenses, 15,04% a mais em comparação ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Apesar de ser o quinto polo têxtil do País, o Ceará fica em 7º lugar no ranking de dólares exportados, subindo uma posição em relação ao ano de 2009. No Nordeste, ficamos atrás somente da Bahia, que é o terceiro maior exportador do Brasil. Os portos baianos exportaram, entre janeiro e março de 2011, US$ 61,2 milhões em produtos têxteis e confeccionados. Mas a comparação com o ano passado é negativa (-10,21%). Em toneladas, a Bahia exportou 12,88% menos.
Já Pernambuco também teve variação negativa nas exportações dos três primeiros meses de 2011 em relação ao mesmo trimestre de 2010. O vizinho exportou 25,92% menos em dólares e 12,23% menos em toneladas. O crescimento assustador de Pernambuco em 2009, quando as exportações do Estado cresceram 235% no primeiro trimestre.
Tecnologia
Para o presidente do Grupo FCem, Pompeo Madeira, a procura cada vez maior de expositores por feiras têxteis são mais um termômetro de que o Ceará vai bem. O Grupo FCem promove feiras para tecnologia da indústria têxtil nos principais polos do País e, no Ceará, faz a Maquintex, a cada dois anos, desde 2007.
“Se a indústria vai mal, onde estão os desempregados? Está é faltando mão de obra qualificada para operar maquinaria. Há vários setores que trabalham três turnos”, exemplifica o presidente da FCem. Segundo Pompeo, só para a Maquintex 2011 são esperados 70% mais expositores que em 2009.
Cerca de 550 expositores já estão cadastrados, mas o número deve chegar a 700. “Se o setor têxtil estivesse ruim no Ceará esse número seria bem menor”, argumenta. Realizada dos dias 9 a 12 de agosto, a organização da Maquintex espera receber 20 mil visitantes, em quase 23 mil metros quadrados de feira, no ainda inacabado Expo Ceará, o novo centro de eventos do Estado.
“A Maquintex vai inaugurar o novo Expo Ceará. Resolvemos apostar, porque o Governo nos garantiu que estará pronto. Não o equipamento inteiro, mas os 18 mil metros quadrados e mais as seis salas a serem usadas por nós, estarão (prontos)”, acredita.
O quê ENTENDA A NOTÍCIA O setor têxtil cearense afirma enfrentar problemas com o aumento do preço do algodão, em quase 300%, e não poder repassar a alta ao consumidor. As confecções já estão 10% mais caras, mas setor precisava aumentar em 30% para não perder margem de lucros.
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