terça-feira, 17 de maio de 2011

Importações cearenses crescem 15,7% desde o início do ano

As exportações do Ceará em abril somaram US$ 92,1 milhões, o menor valor do ano. Já as importações cresceram 15,7%, em relação ao ano passado, elevando o déficit da balança comercial para US$ 179,7 milhões

O Ceará exportou US$ 92,1 milhões no mês de abril de 2011, menor valor registrado em 2011. No total acumulado do ano as vendas para o Exterior somam US$ 408 milhões, o que representa 0,6% a mais que o mesmo período de 2010, percentual bem inferior ao crescimento acumulado das exportações brasileiras (31,3%). De janeiro a abril as importações aumentaram 15,7% chegando aos US$ 587,7 milhões e elevando o déficit da balança comercial (exportações menos importações) para US$ 179,7 milhões.


De acordo com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (CIN/Fiec), esse é o maior déficit da balança comercial cearense, quando comparados os primeiros quadrimestres dos últimos 10 anos. O superintendente do CIN, Eduardo Bezerra Neto, diz que o saldo negativo não preocupa porque se compõe de itens que são matéria prima ou essenciais. “O que importamos são produtos vitais para manter a economia do Estado”, comenta, citando o trigo, o algodão, gás natural, gordura vegetal e o óleo de dendê industrial.


Calçados é o principal setor exportador, seguido da castanha de caju. Eduardo Neto destaca a queda dos têxteis observando que passaram do quinto para o sexto lugar no País e para quarto na pauta do Estado. À frente estão São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina, Paraná que concentram 80% das vendas de tecidos. Para ele, a localização das fábricas no Sudeste e Centro-Oeste são determinante para essa situação porque estão próximas dos centros produtores, para tornar o custo da matéria-prima mais baixo. Acrescenta que essa mudança que veio para ficar.


O presidente do Sindicato do Indústria Têxtil no Ceará, Ivan Bezerra Filho, discorda. De acordo com ele, o dólar baixo tem dificultado as exportações e hoje o mercado interno é mais atraente e remunera melhor e não exportar é mais uma questão estratégica. “É prematuro dizer que essa situação é permanente”, avalia. Ressalta que a indústria têxtil do Ceará continua sendo a terceira maior do Brasil e cada vez mais evolui como maior produtora de lingerie, índigo e fios do País.

Por quê


ENTENDA A NOTÍCIA


O Ceará responde por menos de 1% das exportações e importações brasileiras. Ocupa a 15ª posição dentre os estados exportadores, e a quarta dentre os estados nordestinos. Calçados, castanha de caju e couros são responsáveis por 62,4% do exportado pelo Estado nos quatro meses de 2011.


Fonte: O Povo OnLine


Marcadores: Ceará , exportação


http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2011/05/17/noticiaeconomiajornal,2244876/importacoes-cearenses-crescem-15-7-desde-o-inicio-do-ano.shtml


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