quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cariri é o 4º destino turístico do Estado

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TAPERA CULTURAl, espaço em Nova Olinda que reúne trabalho de mais de 30 artesãos da cidade 
ELIZÂNGELA SANTOS
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Participantes do evento que lançou o "Caminhos do Sabor", em frente à Fundação Cada Grande 
ANTÔNIO VICELMO
O turismo está em alta no Cariri, com a apresentação de novo programa federal para dinamizar o setor

Nova Olinda. Baião de dois, galinha caipira e carne de sol são os principais pratos do cardápio do Cariri. Este foi o resultado de uma pesquisa apresentada ontem neste Município, durante o lançamento da 3ª etapa do projeto "Caminhos do Sabor - A União Faz o Destino", desenvolvido na região em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Cariri), Sebrae e Ministério do Turismo. Esta é a quarta região do Estado a receber o projeto já lançado, anteriormente, em Canoa Quebrada, Fortaleza e também Jericoacoara.

O programa possui cinco etapas: envolvimento das lideranças locais; pesquisa de oferta e demanda; plano de ação do destino; lançamento oficial; e qualificação empresarial. No Cariri, já foram realizadas as duas primeiras etapas e, neste mês, o programa avança com as três etapas mais importantes. As reuniões terão continuidade hoje no auditório do Sebrae, em Juazeiro do Norte, com palestras sobre consultoria e treinamento nas áreas de gestão financeira, atendimento ao cliente e segurança alimentar.

De acordo com o presidente da Abrasel Cariri, José Bezerra Feitosa Júnior, o projeto beneficiará toda a cadeia produtiva do turismo regional. Ele salienta que, graças à atuação da Abrasel Cariri, o projeto federal foi ampliado na região.

Já o presidente da Abrasel nacional, Augusto Mesquita, destaca que o programa visa fortalecer o turismo por meio do segmento gastronômico, ao propor ações de aprimoramento da gestão empresarial e da qualificação dos profissionais que atuam no segmento. A meta é tornar o produto culinário mais atrativo e competitivo, melhorando a qualidade dos restaurantes dos 65 destinos indutores do desenvolvimento turístico regional. Mesquita acrescenta que o Cariri possui um grande potencial turístico.

Identidade gastronômica

O projeto é uma ação conjunta que tem por objetivo principal dar identidade à gastronomia regional, transformando-a em atrativo turístico. No âmbito nacional, visa atrair e cativar turistas por meio de um atendimento de qualidade e de uma gastronomia característica.

A cidade de Nova Olinda foi incluída pelo Ministério entre os 65 destinos indutores do turismo no Brasil em função de sua projeção nacional por meio da Fundação Casa Grande Memorial do Homem do Cariri, uma Organização Não Governamental que tem como objetivo a formação educacional de crianças e jovens com oficinas de comunicação artes e turismo. O Município não possui nenhum restaurante cadastrado no projeto. Além da Casa Grande, o principal ponto turístico é uma ponte de pedra natural, localizada na descida da Serra do Araripe. Crato, Juazeiro e Barbalha cadastram 22 restaurantes.

De acordo com Feitosa Júnior, integrante do grupo de governança, os bares e restaurantes do Cariri estão se adequando para oferecer aos turistas uma grande variedade de pratos típicos, como a galinha caipira, carne de sol, galinha à cabidela, buchada e mungunzá.

A direção do projeto em cada localidade será realizada por um grupo de trabalho formado pela Abrasel, Sebrae e representantes de empresários e instituições locais. O plano de ação foi desenvolvido baseado em uma pesquisa realizada em julho de 2010. No perfil dos turistas, a maior parte era do próprio Estado do Ceará (64%), seguido por Pernambuco, Pará, Minas Gerais e Piauí - 50% estavam na cidade a negócio e 46% a lazer.

A pesquisa também aponta a avaliação que os turistas entrevistados fizeram dos estabelecimentos locais em notas de um a dez. Os melhores desempenhos ficaram por conta do sabor da comida e da higiene no preparo dos pratos. Os piores desempenhos apontados foram para falta de espaço e serviços para crianças e a falta de acessibilidade para idosos e pessoas com necessidades especiais.

Otimismo
"O projeto vem confirmar a vocação de Nova Olinda para o turismo regional"
Afonso Domingos Sampaio
Prefeito de Nova Olinda

"O programa visa fortalecer o turismo por meio do segmento gastronômico"
Augusto Mesquita
Presidente da Ass. Bras. de Bares e Restaurantes

"Sabemos das transformações econômicas nas cidades participam do projeto"
José Bezerra Feitosa Júnior
Presidente da Abrasel-Cariri

MAIS INFORMAÇÕES SEBRAE/CE, Escritório Regional em Juazeiro do Norte
Região do Cariri
(88) 3523.2025/ Fax: (88) 3523.4455

Antônio VicelmoRepórter
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Regional

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Guerra Cambial

26/10/2010 - 15h17

Emissão de dólares está "fora de controle", diz ministro chinês

PEQUIM, 26 de outubro (Reuters) - A emissão de dólares pelos Estados Unidos está "fora de controle", levando a um aumento da inflação na China, disse o ministro chinês do Comércio em comentários divulgados nesta terça-feira.
Chen Deming, falando em uma feira comercial no sul da China, afirmou que os exportadores têm feito um bom trabalho ao prepararem-se para mudanças na taxa de câmbio e também para o aumento nos custos trabalhistas, mas foram repentinamente confrontados com novos desafios.
"Uma vez que a emissão de dólares pelos Estados Unidos está fora de controle e os preços das commodities internacionais continuam subindo, a China está sendo atacada pela inflação de importados. As incertezas com isso estão causando grandes problemas", disse Chen, segundo a agência de notícias oficial do país Xinhua.
Autoridades chinesas vêm criticando a política monetária norte-americana, dizendo que ela é excessivamente frouxa, mas raramente o fazem em discurso tão explícito.
No encontro do G20 na Coreia do Sul, terminado no último sábado (23), o ministro de Finanças chinês, Xie Xuren, afirmou que os emissores das principais moedas de reserva --liderados pelos EUA-- têm de seguir políticas econômicas responsáveis.
Junto com o risco inflacionário, o dólar mais fraco também impõe pressão de valorização sobre o iuan.
A inflação ao consumidor chinês avançou para 3,6% no acumulado do ano até setembro, máxima em 23 meses. O aumento dos preços ocorre basicamente pelos custos dos alimentos, e muitos economistas esperam que a inflação atinja o pico antes do final do ano.
Apesar da preocupação com o impacto da política monetária dos EUA, Chen fez uma perspectiva positiva para o comércio chinês no próximo ano. Ele disse que o crescimento das exportações será estável, enquanto o das importações será forte.
(Por Simon Rabinovitch)

domingo, 24 de outubro de 2010

Como o Brasil enfrentou a crise financeira

A inflexão do governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda (Nelson Barbosa e José Antonio Pereira de Souza) 

6 de outubro de 2010
Crises e Oportunidades, outubro de 2010
Os autores produziram um descrição excepcional, em termos de qualidade e clareza, de como o Brasil “navegou” na crise financeira mundial de 2008, o que em si constitui excelente leitura, mas sobretudo explicitam os meacanismos que articulam as macrovariáveis da economia, não através de teoria geral, mas mostrando as medidas adotadas e os seus impactos. Uma rara ocasião para entender como funciona o “miolo” da economia, e as razões do sucesso.
Segundo os próprios autores, “durante o governo Lula, o Brasil iniciou uma nova fase de desenvolvimento econômico e social, em que se combinam crescimento econômico com redução nas desigualdades sociais. Sua característica principal é a retomada do papel do Estado no estímulo ao desenvolvimento e no planejamento de longo prazo. Nos últimos anos, o crescimento do produto interno bruto acelerou, o número de famílias abaixo da linha de pobreza descresceu, e milhões de pessoas ingressaram na classe média, isto é, na economia formal e no mercado de consumo de massa. A aceleração do desenvolvimento econômico e social foi alcançada com manutenção da estabilidade macroeconômica, isto é, com controle da inflação, redução do endividamento do setor público e diminuição da vulnerabilidade das contas externas do país diante de choques internacionais. O objetivo deste texto é apresentar um resumo da política econômica que possibilitou tal desempenho.”

sábado, 23 de outubro de 2010

Orçamento municipal

Oito cidades do Ceará terão mais recursos do Fundo de Participação dos Municípios em 2010

Publicado em agosto 26, 2009 by dialogospoliticos


O crescimento no número de habitantes garantiu a oito municípios cearenses mais repasses do Fundo de Participação dos Municípios em 2010. O valor a mais pode chegar a R$ 2 milhões para cada cidade. Lavras da Mangabeira é o único que pode perder recursos

Oito municípios do Ceará devem receber mais repasses do Governo Federal ano que vem. Com o aumento da estimativa de população em 2009, Aquiraz, Camocim, Capistrano, Guaiúba, Mauriti, Nova Olinda, Pacatuba e Trairi vão ganhar quase R$ 2 milhões a mais em 2010, dinheiro garantido pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que está diretamente ligado com o número de habitantes de cada cidade. Lavras da Mangabeira foi o único no Estado a perder recursos do FPM com a diminuição da estimativa da população de 2008 para 2009.
Além dele, 13 municípios cearenses tiveram queda no número de habitantes, conforme a pesquisa realizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a 2009. Mas só Lavras da Mangabeira pode perder recursos do FPM. “A Prefeitura já foi avisada. O município está na fronteira das cotas do FPM”, afirma Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A cidade pode perder parte dos recursos por causa de 41 habitantes a menos.
Isso porque, em 2008, a população era de 30.612, o que deixava o município dentro do coeficiente 1,6 (de 30.565 a 37.356 habitantes). Já em 2009, o IBGE estimou 30.524 pessoas, fazendo com que Lavras da Mangabeira caísse para o coeficiente 1,4 (de 23.773 a 30.564 habitantes). O FPM é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A distribuição dos recursos aos municípios é feita de acordo com o número de habitantes.
A partir dos dados do IBGE, são fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. O mínimo é de 0,6, para municípios com até 10.188 habitantes, e o máximo é 4,0, para aqueles acima de 156 mil. O município de Camocim, por exemplo, passou do coeficiente 2,2 para o 2,4. Um aumento de 149 habitantes garantiu cerca de R$ 2 milhões a mais ano que vem. “Faz diferença. É uma possibilidade de investimento. Queremos aplicar na educação”, afirma Ricardo Ferro, secretário da gestão administrativa de Camocim.
Do outro lado do ranking, a população que mais diminuiu foi a de Guaramiranga, uma queda de 3,71%. De acordo com o prefeito Luis Viana, o problema é geográfico. “Temos algumas localidades na zona rural que são consideradas do município de Mulungu, pelo IBGE, mas são nossas. Já pedimos a recontagem”. A cidade não chegou a perder recursos do FPM, mas, segundo ele, perdeu uma campanha de vacinação de idosos por causa da redução este ano. “E corremos o risco de perder uma equipe do PSF (Programa Saúde da Família). Hoje temos três”.
EMAIS
- Do total de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), 10% são destinados às capitais, 86,4% para os demais municípios e 3,6% para o fundo de reserva, que é distribuído entre os municípios do Interior com população superior a 142.633 habitantes.
- De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o coeficiente mínimo do FPM representa três cotas 0,2, ou seja, 0,6. O valor máximo, representa 20 vezes a cota 0,2, que é o coeficiente 4,0. Uma cota 0,2 do FPM deste ano representa R$ 142 mil por mês e mais um adicional, uma espécie de 13ª parcela, totalizando quase R$ 2 milhões por ano.
- A recontagem da estimativa da população pode ser solicitada ao IBGE até o dia 4 de setembro. No Brasil, 24% dos municípios apresentaram redução populacional.
COEFICIENTE
POPULAÇÃO/HABITANTES COEFICIENTE
1 a 10.188 0,6
até 13.584 0,8
até 16.980 1,0
até 23.772 1,2
até 30.564 1,4
até 37.356 1,6
até 44.148 1,8
até 50.940 2,0
até 61.128 2,2
até 71.316 2,4
até 81.504 2,6
até 91.692 2,8
até 101.880 3,0
até 115.464 3,2
até 129.048 3,4
até 142.632 3,6
até 156.216 3,8
acima de 156.217 4,0

MUNICÍPIOS COM REDUÇÃO NA POPULAÇÃO
Guaramiranga, Reriutaba, Granjeiro, Porteiras, Farias Brito, Tarrafas, Lavras da Mangabeira, Morada Nova, São João do Jaguaribe, Orós, Arneiroz, Aurora, Chorozinho e Jardim

Fonte: O Povo Online

Orçamento do município de Fortaleza

PARA 2011

Orçamento da Capital sobe R$ 626 mi e vai a R$ 4,48 bi

20/10/2010 Clique para Ampliar
Com os recursos destinados à Copa do Mundo de 2014, serão realizados alargamentos de avenidas, construção de túneis e outros melhoramentos viários
FOTO: THIAGO GASPAR

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Com acréscimo de 16,2% sobre o orçamento deste ano, proposta da Prefeitura é de R$ 4,4 bilhões

A proposta orçamentária estimada pela Prefeitura de Fortaleza para 2011 é de R$ 4,483 bilhões. Pela primeira vez, ultrapassa a marca dos R$ 4 bilhões. O acréscimo é de 16,2% sobre o orçamento deste ano, que foi superado em R$ 626,737 milhões. Os recursos destinados a projetos especiais e as obras viárias que visam a realização da Copa do Mundo de 2014 são responsáveis por essa elevação. A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada, na última sexta-feira, 15, à Câmara Municipal, e deverá ser apreciada até o fim de dezembro pelos vereadores.

A LOA é dividida em 20 funções pela Secretaria de Planejamento e Orçamento do Município (Sepla), destas, 14 apresentam crescimento nas verbas para o ano que vem. Três áreas respondem juntas por 62,56% do total do dinheiro. Saúde é a principal delas, com 28,15% de participação do bolo, o mesmo que R$ 1,262 bilhão - um acréscimo de R$ 187,134 milhões sobre o que foi destinado a essa área específica neste ano.

Educação vem em segundo lugar, com participação de 18,72% e volume de recursos acima de R$ 839,331 milhões. Isso quer dizer que esse setor terá em 2011, caso a LOA seja aprovada da maneira como está pela Câmara, R$ 165,421 milhões a mais do que foi disponibilizado em 2010. Urbanismo fecha os três segmentos que irão requerer mais dinheiro no próximo exercício, com 15,69% de participação do todo, ou seja, R$ 703,407 milhões - avanço de R$ 111,143 milhões em relação ao que foi aprovado para ser utilizado neste ano.

Conforme o titular da Sepla, Alfredo Pessoa, um conjunto de fatores contribuiu para que o cálculo final da contas pudesse chegar a esse volume jamais estipulado. "O cenário econômico é bastante favorável. A economia girando bem incide em maior arrecadação de tributos, como o ISS, por exemplo, que acaba repercutindo bem e tem grande peso nas contas. Estamos trabalhando com uma base de crescimento de 5,5% nacional e de 6% no Estado, além da correção da inflação", cita o secretário.

Outros setores que vão ganhar com a proposta orçamentária de 2011 são Previdência Social, com 27,8% a mais sobre este ano, e Comércios e Serviços, que acrescentam 144,5 %.

Menos dinheiro

Porém, o maior volume de dinheiro não é para todas as áreas. Na Reserva de Contingência (-8,6%) e em outros quatro segmentos, a previsão é de reduzir o orçamento. São elas Habitação (-6,3%), Saneamento (-47,9%), Desporto e Lazer (-50,1%) e Ciência e Tecnologia (-54,8%). "Isso não quer dizer que haja diminuição de valores para estes setores em específico. Os vereadores, geralmente, propõem emendas e remanejam os recursos entre as áreas entes de aprovar a matéria", explica Alfredo, destacando que por conta disso o fato da proposta 2011 ser inferior a deste ano em determinada função não implica necessariamente em menos recursos.

Cenário favorável

"A economia girando bem incide em maior arrecadação de tributos"

Alfredo Pessoa
Secretário de Planejamento e Orçamento

PROJETOS ESPECIAIS

Obras viárias com foco na Copa terão R$ 83 milhões

Outro fator que impulsiona esse salto no orçamento da Prefeitura de Fortaleza para o próximo ano, segundo a Sepla, é a existência de projetos especiais. Entre eles, o PAC da Mobilidade Urbana referente às obras que visam a preparação, sobretudo, da parte de infraestrutura viária do Município, para receber os jogos da Copa do Mundo do Brasil de 2014. "São R$ 83,174 milhões que irão servir para alargamento de ruas, construção de túneis e outros melhoramentos nesta área de mobilidade urbana", diz o secretário Alfredo Pessoa, revelando que o BNDES já liberou R$ 250 milhões de empréstimo para que a Prefeitura o utilize até a Copa.

Além disso, ele ressalta os programas Vila do Mar (R$ 57,482 milhões), Drenurb (R$ 56,488 milhões), Transfor (R$ 41,260 milhões), Cuca (R$ 33,461 milhões), Prodetur Nacional e a requalificação da orla marítima (R$ 30,850), obras na Avenida Beira-Mar (R$ 18,433), Projovem (R$ 12,910 milhões) e Preurbis (R$ 29,435 milhões). "O dinheiro é oriundo de empréstimos do Banco Mundial ou do Governo Federal com contrapartida municipal", conta o secretário.

Crack

Outro destaque, segundo o secretário Alfredo Pessoa, é a destinação de mais de R$ 7,173 milhões exclusivos para política de prevenção e redução de drogas, em especial, o crack. "Essa é uma ação que vai ser intensificada no próximo ano pelo Executivo através da implementação de um Centro de Recuperação para usuários e, também, de atendimento a familiares, capacitação de pessoas e campanhas preventivas". (ISJ)

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER

Economia Brasileira - previsão para o PIB de 2010

Fazenda eleva previsão do PIB para 7,5% em 2010

21/10/2010 - 14:50 
Agência Estado

Na 8ª edição do boletim Economia Brasileira em Perspectiva, referente aos meses de agosto e setembro, o Ministério da Fazenda aumentou de 6,5% para 7,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2010. O ministério também reestimou para 5,9% o crescimento médio da economia nos próximos cinco anos, incluindo 2010. No boletim anterior, o crescimento médio estimado era de 5,7%.
A Fazenda elevou ainda de 9,1% para 10,3% a previsão de crescimento da demanda interna em 2010. De acordo com o boletim, a demanda interna deve atingir o patamar de crescimento de 10,3% o maior dos últimos anos, sem refletir o aumento de preços. Isso porque a parcela excedente da demanda será atendida pelo setor externo.
O Ministério da Fazenda prevê ainda uma queda de 2,8% da demanda externa. A previsão anterior era de um recuo de 2,6%. O ministério projeta que, ao fim de 2010, os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) fiquem em 19,1% do PIB.
Segundo a Fazenda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são responsáveis por grande parte da retomada dos investimentos em 2010. Para os próximos anos, segundo o boletim, com a Copa do Mundo, a Olimpíada e o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), o governo prepara uma série de medidas para criar condições de financiamento a longo prazo para o setor privado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Emprego no Brasil: A taxa de desocupação é de 6,2%


22 de outubro de 2010 - 14:09 - Por TM

IBGE: Taxa de desocupação em setembro é a menor desde 2002

Desemprego no Brasil registrou apenas 6,2% no último mês; Variação de mais destaque foi em Salvador, com -1,4 p.p.
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Foto: Estado de Ohio
A taxa de desocupação de 6,2% no Brasil, segundo o IBGE, atingiu seu menor nível na série iniciada em março de 2002 e recuou 0,5 ponto percentual em relação a agosto último (6,7%) e 1,5 pp em relação a setembro de 2009 (7,7%).
A população ocupada (22,3 milhões de pessoas) cresceu 0,7% em relação a agosto e 3,5% em relação a setembro de 2009. A população desocupada (1,5 milhão) caiu 7,5% em relação a agosto e 17,7% no ano.
O número de trabalhadores com carteira assinada (10,3 milhões) ficou estável no mês e cresceu 8,6% no ano. Já a taxa de desocupação de setembro (6,2%) foi a menor desde o início da série da pesquisa iniciada em março de 2002 para o conjunto das seis regiões metropolitanas.
A taxa caiu 0,5 ponto percentual frente a agosto e 1,5 ponto percentual em relação a setembro de 2009 (7,7%). A média de janeiro a setembro da taxa de desocupação, foi estimada em 7,1%, com redução de 1,3 ponto percentual em relação a igual período do ano passado (8,4%).
Regionalmente, a taxa de desocupação teve variação estatisticamente significativa apenas na Região Metropolitana deSalvador, onde sofreu redução de 1,4 ponto percentual frente ao mês anterior.
Na análise anual foram registrados declínios em Recife (1,7 p.p.), em Belo Horizonte (1,5 p.p.) em São Paulo (2,4 p.p.) e em Porto Alegre (1,3 p.p.). Em Salvador e no Rio de Janeiro não houve variação.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Política Monetária e Política Cambial

São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010 

Real é a moeda mais valorizada desde 2003
Alta foi de 89%, maior taxa entre 20 principais emergentes; valor está 8% acima de 1998, quando o câmbio era fixo

Câmbio real efetivo mede competitividade dos países; México e Coreia se beneficiam de moeda desvalorizada 

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO 

O valor do real em relação às moedas de seus principais pares comerciais -descontada taxas de inflação- já é hoje 8% superior à média registrada em 1998, último ano de sobrevivência do câmbio fixo quando a evidente apreciação excessiva culminou na maxidesvalorização de janeiro de 1999.
A conta foi feita com base em dados do JPMorgan para o chamado câmbio real efetivo -importante medida de competitividade de um país- que no caso do Brasil atingiu em setembro passado o patamar mais apreciado desde meados de 1990.
O câmbio real efetivo mede o valor de uma moeda em relação àquele de seus principais parceiros comerciais, descontando as variações de inflação registradas pelos mesmos. No caso do Brasil, o índice de inflação utilizado pelo JPMorgan é o IPC (Índice de Precos ao Consumidor), da Fundação Getulio Vargas.
O comportamento do índice brasileiro aponta para sobrevalorização crescente do real e consequente perda de competitividade doméstica.
Entre as moedas de 20 dos principais emergentes, o câmbio real efetivo brasileiro é o que mais se apreciou (88,7%) desde dezembro de 2003, época em que boa parte do efeito da forte depreciação ocorrida em 2002, em meio à eleição de Lula, já havia passado e em que a volatilidade das moedas de países em desenvolvimento estava bem acomodada.
Outra medida muito acompanhada por economistas é a posição do câmbio real efetivo em relação à sua média histórica. Usando essa comparação (e tomando dezembro de 1992 como início da série), o real é a terceira moeda mais valorizada (33%), perdendo para Rússia (41%) e Hungria (38%).
Júlio Callegari, economista do JPMorgan, diz que a principal causa da apreciação do câmbio real efetivo brasileiro é a robusta demanda pelas commodities produzidas pelo país. Isso tem feito com que os preços dos bens exportados pelo Brasil estejam em patamar bem mais elevado que os dos produtos importados.
"Todos os importantes exportadores de commodities estão passando por isso."
Em seguida na lista de causas da apreciação do real, segundo Callegari, vêm as boas perspectivas de crescimento da economia doméstico e os juros elevados praticados no Brasil, que ajudam a atrair capitais de fora.
Ainda que parte da atual sobrevalorização do real reflita causas positivas, seu efeito negativo sobre a competitividade da indústria brasileira provoca preocupação.
Ruben Damião, sócio da Galeão Serviços de Investimentos, aponta que o câmbio real efetivo de México e Coreia está desvalorizado em relação às suas médias históricas: "Isso tem um efeito perverso para o Brasil. O México afeta nossa competitividade na indústria automotiva, e a Coreia, na indústria pesada e de componentes".
Essa dinâmica tem contribuído para um crescente deficit nas transações do Brasil com o exterior, que chegou a 2,32% do PIB (Produto Interno Bruto) em agosto e caminha rumo à média de 4% registrada entre 1998 e 2000.