quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No aniversário do programa de estímulo, Obama diz que medida evitou depressão


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o programa de estímulo de seu país, que hoje completa um ano, evitou uma possível depressão econômica.

Em 17 de fevereiro de 2009, Obama assinou no Colorado a lei que autorizou o Governo a usar US$ 787 bilhões para incentivar a atividade econômica.


Diante dos milhões de desempregados, o líder reconheceu que a situação econômica atual "ainda não é de recuperação", mas para a Casa Branca o cenário seria pior sem os estímulos.


Obama enfatizou que o plano criou e evitou a destruição de 2 milhões de empregos no primeiro ano de funcionamento e salvará outros 1,5 milhão de vagas em 2010. "Uma segunda depressão não aconteceu graças ao plano de estímulo", disse Obama, em uma referência à Grande Depressão dos anos 1930.

Atualmente, o desemprego afeta 9,7% da população e o governo prevê que chegue a 10%, em média, neste ano.

Obama pediu ao Congresso que aprove "o mais rápido possível" medidas adicionais para incentivar as contratações e criticou os legisladores republicanos por atacar o programa por motivos políticos. Apenas três republicanos, todos no Senado, votaram a favor do programa, que seu partido criticou e definiu como um desperdício de dinheiro.

John Boehner, seu líder na câmara baixa, afirmou que as "comemorações" pelo plano demonstram que a administração "está isolada da realidade". "O povo americano assumiu uma quantidade recorde de dívida para financiar o estímulo de US$ 1 trilhão dos democratas de Washington e um ano depois a taxa de desemprego da nação está perto de 10%", asseverou Boehner.

Obama também destacou em sua declaração que um terço dos fundos do programa foram utilizados para a redução de impostos de 95% dos americanos. Com isso, tentou refutar a impressão refletida nas pesquisas que a sua administração aumentou tributos. Outro terço do dinheiro do plano é destinado a ajudar os desempregados e assistir aos Estados.

Obama disse que os fundos evitaram o despedido de milhares de funcionários no ano passado, mas reconheceu que em 2010 os governos estaduais poderiam ser obrigados a reduzir seus planos por sua precária situação econômica, o que preocupa a Casa Branca.

O último terço do dinheiro será usado para estabelecer bases econômicas mais robustas, que potencializem as energias alternativas, disse o presidente.

Até agora o governo usou US$ 300 bilhões do programa e pretende fazer novas aplicações, chegando a US$ 551 bilhões até o fim de setembro. Entre os projetos que receberão financiamento em 2010 estão ferrovias de alta velocidade, rede elétrica e a área pesquisa da saúde.


Fonte: Folha OnLine - Dinheiro

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