O governo argentino informou nesta terça-feira (2) que espera avanços na relação comercial com o Brasil, seu maior sócio regional, durante as reuniões que os chanceleres de ambos os países farão a partir de quinta-feira (4).
"Prevemos que possa ter algum tipo de avanço a partir de melhores condições gerais. Estamos falando dos temas históricos", disse o secretário de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria, Alfredo Chiaradía.
Um dos objetivos será buscar alguma definição sobre o código alfandegário do Mercosul e, em particular, sobre a eliminação da dupla cobrança de impostos sobre os produtos importados de países terceiros ao circular dentro do bloco. "Se rompermos essa noz, teremos uma evolução histórica no Mercosul", disse Chiaradía.
"Temos a expectativa de que isso possa ser alcançado (...) É um desejo europeu para que se resolva porque sem dúvida eles querem fazer um acordo [com o Mercosul], e um acordo implica que a fronteira seja a fronteira externa do Mercosul, não a fronteira interna", afirmou.
O secretário acrescentou que está prevista a partir de março uma série de reuniões de trabalho entre o Mercosul e a União Europeia para aproximar posições como preparação para a cúpula entre os dois blocos, que acontecerá em meados de maio.
A relação entre Argentina e Brasil foi abalada no fim de novembro por um conflito envolvendo licenças comerciais. Espera-se que essas diferenças sejam resolvidas nos encontros, que também terão a participação dos ministros de Economia e Indústria.
Os encontros serão abertos pela reunião entre o chanceler argentino, Jorge Taiana, e seu homólogo brasileiro, Celso Amorim.
Fonte: Folha OnLine - Dinheiro
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