"Grandes quantidades de capital entram no Brasil, Indonésia e outros países, que estão em risco real de sofrer com bolhas", advertiu o diretor do FMI em um fórum econômico em Washington.
O Índice Bovespa, que caiu dos 30 mil pontos no final de 2008, durante o pior da crise, hoje passava dos 66 mil pontos, apesar de registrar perdas neste ano, o que significa uma valorização de mais do dobro do dinheiro investido.
Altas similares foram registradas na Indonésia e em outros mercados emergentes.
Para frear o influxo de capital externo, o Brasil estabeleceu controles de capital, ao instituir um imposto de 2% aos investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa ou variável.
O Fundo Monetário tinha se manifestado contra esse tipo de medidas no passado, mas agora as aceita em determinadas ocasiões.
Strauss-Kahn disse que os controles de capital não são a panaceia dos Governos para resolver o problema. No entanto, ele acrescentou: "se no final das contas não houver outro recurso fora usá-los de forma temporária para evitar mais danos à economia, por que não deveriam fazer?".
O ex-ministro da Economia francês disse que a resposta "normal" aos influxos de capital é permitir a valorização da moeda, mas isso pode levar a uma alta excessiva da taxa de câmbio, reconheceram analistas do FMI.
Outra possibilidade é que o banco central acumule reservas de divisas, mas alguns países já têm mais do que o suficiente.
Nessas circunstâncias, os controles de capital são uma medida "legítima" para lidar com o problema, afirmaram analistas do FMI em um estudo sobre o tema publicado em 19 de fevereiro.
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No entanto, eles advertiram que sua aplicação generalizada poderia prejudicar o crescimento mundial e redirecionar os fundos externos a países que não são capazes de absorvê-los.
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