segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Meirelles diz que não há mais espaço para "inflexões políticas"
Ao saudar o novo diretor do BC, Aldo Luiz Mendes, que assume a área de Política Monetária no lugar de Mario Torós, Meirelles disse que "o momento é de continuidade" da política econômica, baseada em três pilares: sustentabilidade do crescimento e da redução do risco-país; redução da volatilidade nas taxas de evolução da atividade e sustentabilidade social com consequência na sustentabilidade política.
"É importante que seja levada a mensagem ao mundo todo, que a política econômica brasileira é sustentável e têm sustentabilidade política", afirmou. Segundo ele, isso aumenta o apoio da sociedade à estabilização econômica, trazendo ganhos sociais, aumento do emprego e mais investimentos.
Ele elogiou a atuação de Torós - que está de folga no exterior e retorna amanhã para fazer a transição - e saudou Mendes por seu perfil técnico, "que preenche os requisitos para ser um diretor do Banco Central." (Azelma Rodrigues | Valor)
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2009/11/30/meirelles-diz-que-nao-ha-mais-espaco-para-inflexoes-politicas.jhtm
sábado, 28 de novembro de 2009
'Brasil tem um chão enorme para andar', diz José Roberto Mendonça de Barros
Investimentos em conhecimento e infraestrutura precisam aumentar, diz ele.
O Brasil é a bola da vez e passou bem pela crise, mas o país precisa de investimentos para garantir o crescimento sustentado, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, que prevê expansão de 5% para a economia nacional em 2010. Ele falou a internautas do G1 em chat nesta quinta-feira (26).
"Tem um chão enorme para andar", afirma o economista. "Para ficar competitivos temos muito o que avançar. Esses investimentos têm que ser muito acelerados."
Para o especialista, no momento o país "chama a atenção" dos investidores. "É uma democracia, é um país grande, é mais fácil investir aqui do que na China", afirma ele. "O Brasil nesta crise tem uma grande vantagem, que é negociar com todo mundo e ter um grande mercado interno."
O crescimento de 5% em 2010 deve se refletir no mercado de trabalho, segundo o consultor da MB Associados. "O aumento do emprego representa aumento de salários porque, em muitos segmentos, vemos que como a educação deixa a desejar. Chega a uma situação que a empresa precisa roubar funcionários do 'vizinho'. E isso aumenta os salários e as oportunidades", frisa.
Ele relativiza, entretanto, a comemoração do governo com a geração de mais de 1 milhão de vagas formais entre janeiro e outubro de 2009. "Nós ainda temos muita gente nova entrando no mercado de trabalho. Esses empregos novos ainda estão em ocupações muito modestas, com faixa de um salário mínimo e meio. É o início de um processo, mas é positivo. Não vai resolver tudo."
Mendonça de Barros alerta também para fatores que podem atrapalhar o crescimento do país no futuro. "O que está bonito neste ano é a recuperação, mas o jogo é ganho na sustentabilidade. Precisa ser competitivo, e o Brasil está muito aquém: basta olhar as estradas, os aeroportos. Investimos pouco em infraestrutura", diz.
Bric
Mendonça de Barros também falou sobre o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Segundo ele, a China cresce muito, mas tem governo muito centralizado e impõe barreiras para o investidor: "O estrangeiro sofre", diz. Com isso, o economista afirma que o Brasil ganha espaço.
E a Rússia, há alguns anos considerada uma "aposta" mais segura que o Brasil, ficou de lado. "A Rússia foi a bola da vez por algum tempo e agora está com cartão amarelo, está sofrendo muito", diz o economista.
O fortalecimento do mercado interno tem um papel fundamental nessa nova visão internacional sobre o Brasil. "A população do Brasil é grande e há uma incorporação grande da chamada nova classe média, que está entrando no mercado de consumo. A escala de produção aumenta e a industria fica mais competitiva", diz.
Segundo ele, a chancela do "grau de investimento" dado ao Brasil pelas agências internacionais tem que ser relativizado. "As agências de risco olham mais do que tudo a capacidade de o país pagar suas dívidas. A grande mudança foi que, depois da desvalorização de 1999, o Brasil passou a exportar bastante. Diminuiu a dívida externa", ressalta.
Ele alerta, porém, que as mudanças estruturais avançaram lentamente. "Do ponto de vista qualitativo, nosso desafio é enorme. Existem grandes oportunidades no mercado de trabalho brasileiro e a pessoa tem que se preparar para isso. O que move os países hoje é a qualidade da infraestrutura e a qualidade do conhecimento das pessoas", explica.
Fonte: Portal G1 de Notícias - Economia e Negócios
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Dubai pede prazo para pagamento de dívida de US$ 59 bilhões
da BBC Brasil
A empresa de investimentos estatal de Dubai, a Dubai World, pediu nesta quinta-feira aos seus credores um prazo de seis meses para pagar as dívidas relacionadas ao rápido desenvolvimento do emirado.
As dívidas da empresa totalizam U$59 bilhões --uma dívida que a companhia pretende pagar até maio de 2010. O pedido de prazo também se aplica para as dívidas da Nakheel, uma companhia do setor imobiliário e subsidiária da Dubai World.
A empresa ainda indicou o grupo de contabilidade Deloitte LLP para ajudar na reestruturação financeira da Dubai World, fortemente afetada pela crise econômica global.
A crise afetou todos os setores de Dubai, onde depois de seis anos de rápido crescimento, a economia despencou desde meados de 2008 e o mercado imobiliário foi fortemente atingido, com queda nos preços dos imóveis.
Dubai é um dos sete emirados semiautônomos que formam os Emirados Árabes Unidos.
Segundo analistas, o governo está pagando o preço por um modelo econômico exibicionista, centrado no capital estrangeiro e em projetos gigantescos de construção.
Alguns especialistas especulam que o emirado pode ser voltar a Abu Dhabi, que tem uma economia mais conservadora, para pedir ajuda financeira.
O anúncio da Dubai World foi feito na véspera do festival muçulmano Eid al-Adha, que implica no fechamento temporário de diversas empresas e agências do governo até 6 de dezembro.
Fonte: Folha Online - BBC Brasil
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Brasil ameaça Europa com painel na OMC contra novas taxas ao frango
Exportadores de frango e o governo do Brasil avaliam formas de abrir um painel na OMC (Organização Mundial de Comércio) contra a União Europeia caso seja confirmada uma anunciada elevação de tarifas de importação e coloque barreiras não-tarifárias ao produto brasileiro, disse nesta quarta-feira o presidente da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), Francisco Turra.
Segundo o executivo da Abef, a UE já notificou à OMC a sua intenção de elevar tarifas para oito linhas de produtos de frango, a partir de maio de 2010, e também quer impedir que o produto in natura do Brasil importado seja reprocessado no bloco europeu.
"Essas novas tarifas poderiam causar um estrago de até US$ 300 milhões por ano ao Brasil", disse Turra. No ano passado, as exportações de frango do Brasil para a União Europeia somaram 526 mil toneladas, rendendo ao país uma receita de US$ 1,4 bilhão.
A UE --terceiro maior destino do frango brasileiro, após Ásia e Oriente Médio-- tem um histórico conflituoso com o setor brasileiro. O Brasil já ganhou em 2006 um painel na OMC contra eles, quando foram estabelecidas cotas de importação com tarifas menores, de 8% a 15%.
Atualmente, o Brasil consegue exportar dentro da cota cerca de 350 mil toneladas por ano, e o restante segue para a UE com importadores arcando com tarifas maiores, entre 1.024 euros e 1.300 euros por tonelada.
"Esse aumento de tarifas gera obrigação de compensação aos fornecedores dos produtos, isso é a regra. E essa compensação está sendo discutida com os europeus", declarou o presidente da Abef, referindo à elevação das taxas previstas para maio.
Ele destacou que já passou informações para o escritório de advocacia que ganhou o painel contra a UE em 2006, com o objetivo de entrar com processo na OMC, no caso de as negociações não terem um bom resultado.
Turra disse ainda que o Brasil considera as duas medidas, tanto o aumento de tarifa como a proibição do reprocessamento do frango in natura importado, como protecionistas. "Mas estamos tentando negociar", ponderou.
Exportações
Os ânimos com os europeus estão acirrados em um ano em que os preços no mercado internacional estão em queda, afetando os negócios de empresas brasileiras, ainda por conta da crise financeira global.
De janeiro a outubro, as vendas externas totais de frango do maior exportador mundial caíram 21%, para US$ 4,4 bilhões. Os volumes exportados estão caindo menos --2,6%, para 2,8 milhões de toneladas.
Apesar de os negócios mostrarem queda na comparação anual, Turra ainda confia que, com as vendas de novembro e dezembro, o Brasil fecharia 2009 com aumento de exportações, em volumes, de 1% a 2%. De acordo com a Abef, o Brasil exportou 3,6 milhões de toneladas em 2008, que renderam US$ 6,9 bilhões.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u657499.shtml
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Arrecadação reage após 11 meses
Em outubro, também entraram R$ 776 milhões referentes aos primeiros pagamentos do parcelamento de dívidas com a União, conhecido como "Refis da Crise". De acordo com o coordenador-geral de Estudos Previsão e Análise da Receita, Raimundo Eloi de Carvalho, se não houvesse a contabilização desses recursos extras, a retração da arrecadação no mês seria de 5,96%. "Já estamos experimentando pequenas recuperações, embora sozinhas não tenham sido suficientes para resultar em crescimento. Mas, mesmo sem os valores pontuais, a queda ainda seria menor que a média dos meses anteriores".
Ainda assim, a previsão do fisco a partir de novembro é de expansão, pois a retração das receitas começou justamente no penúltimo mês de 2008.
Além da retomada da atividade econômica, que se reflete no melhor desempenho no recolhimento de tributos sobre lucro e faturamento das empresas, parte da melhora esperada pela Receita está na retirada gradual das desonerações, que de janeiro a outubro representaram renúncia de fiscal de R$ 21,5 bi.
Ainda em novembro, mais R$ 1 bilhão pode entrar na conta do Tesouro Nacional, proveniente de um resíduo dos depósitos judiciais em estoque na Caixa Econômica Federal, enquanto o prazo para o pagamento à vista do total ou da primeira parcela do Refis acaba no fim do mês.
E, segundo Carvalho, outros R$ 3,6 bilhões em inadimplência, ou seja, declarados e não pagos, devem ser recuperados até o final do ano em meio ao endurecimento das ações de fiscalização do órgão.
A cobrança de 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na entrada de capitais estrangeiros na Bolsa ou em aplicações de renda fixa a partir de 20 de outubro gerou R$ 100 milhões em arrecadação no restante do mês. A expectativa é de até R$ 360 milhões nos primeiros 30 dias. Para o consultor de finanças públicas Amir Khair, as receitas previdenciárias, com crescimento de 10% no ano, têm participação importante para a melhora do resultado do fisco. `É o que está salvando um pouco, pois a massa salarial se manteve na crise, com reflexo no recolhimento de Imposto de Renda na fonte e de FGTS".
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=695904
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Países da OCDE saem da recessão, mas reativação ainda é frágil
Os dados da OCDE estão em sintonia com suas previsões divulgadas na semana passada, segundo as quais a recuperação econômica será no melhor dos casos modesta, com os governos enfrentando dívidas maiores decorrentes dos planos de resgate orçamentário.
As 30 economias da OCDE registraram um crescimento médio de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre do ano.
A OCDE indicou que entre as economias dos países mais industrializados do G7 existem grandes diferenças: enquanto o Japão cresceu 1,2% no terceiro trimestre, a Grã-Bretanha sofreu uma contração de 0,4% de seu PIB.
No caso da Grã-Bretanha, este foi o sexto trimestre consecutivo de retrocesso da economia.
Outra economia importante que ainda não se recuperou é a Espanha, que registrou queda de 0,3% do PIB no terceiro trimestre.
Por sua vez, a economia dos Estados Unidos cresceu 0,9% entre julho e setembro passado, após ter caído 0,2% no segundo trimestre.
Os 16 países da zona euro saíram da recessão no terceiro trimestre, com um crescimento de 0,4%, de acordo com a OCDE.
No entanto, a economia do México, único país latino-americano que integra a OCDE, teve uma expansão de 2,93% durante o terceiro trimestre de 2009, voltando a dados positivos após dois trimestres consecutivos de queda.
Mas, apesar destes dados positivos, o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, advertiu que a economia mundial continua sendo altamente vulnerável.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2009/11/23/paises-da-ocde-saem-da-recessao-mas-reativacao-ainda-e-fragil.jhtm
Dívida do governo recua 1,11% em outubro, diz Tesouro
BRASÍLIA - A Dívida Pública Federal (DPF) diminuiu 1,11% em outubro, para R$ 1,472 trilhão. Em setembro, o estoque do endividamento estava em R$ 1,488 trilhão, segundo o Tesouro Nacional. A DPF representa a soma do endividamento público interno e externo, em reais.
Esse resultado se deveu ao comportamento da dívida interna federal em títulos, que caiu 1,09% em outubro, para R$ 1,37 trilhão, e à dívida externa, que recuou 1,38% sobre setembro, passando de R$ 103,04 bilhões para R$ 101,62 bilhões (US$ 58,26 bilhões).
Segundo o Tesouro, a queda na dívida externa se deveu à valorização do real frente às demais moedas no período. Em setembro e outubro, também foram recomprados bônus da República com valor de face total de US$ 202,17 milhões. Para isso, o Tesouro desembolsou efetivamente um total de US$ 259,22 milhões.
O Tesouro informa ainda que de janeiro até outubro de 2009, as recompras resultaram numa redução de juros equivalente a US$ 1,33 bilhão no cronograma da dívida externa que vai até 2040. Desde 2007 as recompras reduziram o fluxo de pagamento de juros projetado ao fim de outubro em US$ 13,1 bilhões.
(Azelma Rodrigues | Valor)
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2009/11/23/divida-publica-federal-total-recua-111-em-outubro-diz-tesouro.jhtm
domingo, 22 de novembro de 2009
Iraque pode aderir à OMC até 2011, diz autoridade dos EUA
BAGDÁ (Reuters) - O Iraque pode se filiar à OMC (Organização Mundial do Comércio) até o final de 2011 se efetivamente tentar a adesão, o que poderia ajudar nos esforços para reconstrução do país com o aumento do comércio e do investimento, disse uma autoridade norte-americana.
O Iraque iniciou seu processo de adesão em 2004, mas deu apenas os passos iniciais necessários para se tornar membro. Os benefícios do Iraque podem ser limitados, pois o Irã, um de seus principais parceiros comerciais, não é um membro.
Mas alguns ministros iraquianos, como o das Finanças, querem a adesão, porque ela aumentará do comércio e a receita, afirmou Larry Morgan, diretor de comércio internacional do projeto Tijara, da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional, que assessora o Ministério do Comércio iraquiano em assuntos da OMC.
"Vem sendo um processo muito lento, mas eles não estão tão longe da trajetória," afirmou Morgan. "Eu diria que, se eles tentarem de forma aceitável através da assiduidade, podem entrar até o final de 2011. Seria o mais rápido que podem conseguir."
A adesão à OMC deve aumentar o acesso do Iraque a bens importados, introduzir padrões e controles de qualidade e abrir caminho para práticas habituais menos caóticas e burocráticas, disse Morgan.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2009/11/22/iraque-pode-aderir-a-omc-ate-2011-diz-autoridade-dos-eua.jhtm
sábado, 21 de novembro de 2009
Ford anuncia investimento de R$ 4 bilhões no Brasil até 2015Ford anuncia investimento de R$ 4 bilhões no Brasil até 2015
Trabalhadores da Ford montam veículo (Foto: Divulgação)
A Ford anunciou nesta sexta-feira (20), na Bahia, que planeja investir R$ 4 bilhões no Brasil entre 2011 e 2015 para aumentar a produção de veículos. O motivo é, segundo a montadora, preparar as operações para atender o crescimento da economia brasileira e aumentar a competitividade da multinacional no mercado. O anúncio foi dado pelo presidente da empresa para as Américas, Mark Fields.
A maior parte dos recursos, R$ 2,8 bilhões, será direcionada para duas fábricas do Nordeste.
A capacidade da unidade de Camaçari, na Bahia, será ampliada. Com isso, a produção na fábrica deverá aumentar dos atuais 250 mil veículos por ano para 300 mil e mil novos postos de trabalho devem ser criados. Além disso, a fábrica da Troller, em Horizonte, no Ceará, será modernizada, disse a Ford.
O plano de investimento foi divulgado em um evento em Camaçari com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner (PT). Como parte do plano, o governo ampliará benefícios fiscais estaduais e federais para a Ford.
Segundo a montadora, o investimento corresponde a maior aplicação de recursos, num mesmo ciclo, nos 90 anos da montadora no Brasil. Esse novo programa tem como objetivo preparar suas operações para atender o crescimento da economia brasileira e aumentar a competitividade em níveis globais.
A fábrica afirma que o valor de R$ 4 bilhões é adicional a demais investimentos anunciados recentemente, como os R$ 600 milhões aplicados na unidade industrial de Taubaté (SP), para lançar uma nova família de motores e dobrar a capacidade de produção, e R$ 370 milhões para as operações da Ford Caminhões, em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, o novo investimento representa um passo importante para a continuidade do crescimento da Ford no Brasil. Segundo ele, a Ford Brasil é a terceira maior subsidiária mundial da empresa em termos de vendas.
No Brasil, a Ford possui fábricas em São Bernardo do Campo, Taubaté e em Camaçari, além de um Campo de Provas em Tatuí (SP) e da operação Troller no Ceará.
Complexo Industrial de Camaçari
O Complexo Industrial Ford Nordeste foi inaugurado em outubro de 2001 e, de lá para cá, já produziu 1,5 milhão de veículos. De acordo com a empresa, o complexo responde pela criação de 8,4 mil postos de trabalho diretos e cerca de 90 mil indiretos.
Fonte: Portal G1 - Economia e Negócios
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A valorização do real diante do dólar preocupa a indústria brasileira. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, o Brasil deve adotar medidas extraordinárias para proteger a sua moeda e evitar o agravamento das condições provocadas pela queda do dólar.
Ele alertou o setor ontem, durante a abertura do 4° Encontro Nacional da Indústria (Enai). O evento, em Brasília, reúne 1.500 empresários e líderes setoriais de todo o País.
Segundo ele, o câmbio valorizado prejudica o desenvolvimento do setor.
"A indústria brasileira não pode ser desmontada por conta de fatores conjunturais que reclamam uma atitude firme do governo", disse. Monteiro Neto advertiu que diante de um cenário atípico, com taxas de juros negativas nos Estados Unidos e adoção estratégica, pela China, de política cambial atrelada à desvalorização do dólar é justa uma posição ativa e vigilante da indústria. Cabe, segundo o líder empresarial, um aperfeiçoamento da política cambial, estabelecida quando o problema era a escassez de divisas.
"Não é mais este o problema do Brasil. Uma atualização da política cambial traria, portanto, elementos mais eficazes, sobretudo em relação à saída de recursos", observou. Em sintonia com a CNI, está a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O presidente da Fiec, Roberto Macêdo, afirmou que seria bom que houvesse uma pequena desvalorização do real para ajudar as exportações. "Minha opinião é que ao perder o controle do câmbio, de modo que as exportações se tornem realmente inviáveis, será necessária a intervenção direta do governo para inibir a liberdade de flutuação que o câmbio tem hoje. Para isso, o governo deverá adotar medidas temporárias, que ainda precisam ser estudadas", disse Macêdo.
O presidente da CNI também destacou a forte expansão do gasto público. Ele lembrou que houve aumento de 13,5% na rubrica de pessoal do governo este ano. De acordo com a CNI, ao todo, os gastos correntes já representam 17,6% do Produto Interno Bruto (PIB), toda a riqueza produzida pelo País. "E como resultado, o espaço para o investimento no setor público fica cada vez mais restrito", alertou Monteiro Neto.
A CNI defende que, no curto prazo, ainda é possível construir pontes em direção a um modelo voltado para a competitividade, o que pressupõe a desoneração do investimento e a aprovação de marcos regulatórios eficientes, o fortalecimento da qualidade e independência dos órgãos de regulação.
Carta da Indústria
Ao fim do Enai, hoje, às 13h, a CNI entrega da Carta da Indústria, que é o ponto de partida para o documento consolidado que a entidade entregará, no ano que vem, aos candidatos à Presidência da República. O documento foi elaborado durante o evento. O encerramento terá a participação do vice-presidente da República, José Alencar, e dos presidentes do Senado, José Sarney, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A carta traz as diretrizes sugeridas pelos industriais nas áreas de infraestrutura, meio ambiente, inovação, relações do trabalho, política econômica e economia internacional para a agenda do País até 2014.
DE JANEIRO A SETEMBRO
Exportações apuram redução de 24,1%
São Paulo As exportações da indústria manufatureira acumularam queda de 24,1% entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008, "a maior redução desde os anos 1980", segundo o diretor do Derex (Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior) da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca. Considerando a indústria geral, a queda é de 18,5%. De acordo com ele, a diminuição nas vendas externas do País tem acontecido por dois fatores: a recessão nas principais economias mundiais e o real cada vez mais valorizado frente ao dólar.
Como as transações com outros países são feitas em dólar, quando a cotação da moeda cai, o volume vendido ao exterior também se reduz. Além disso, com a recessão, muitos países diminuíram sua demanda por produtos industrializados. Dados do Derex divulgados ontem apontam que a participação das exportações no PIB brasileiro caíram de 22,9% no segundo trimestre para 21,3% no terceiro, enquanto as importações subiram de 18,1% para 19%. No terceiro trimestre do ano passado os coeficientes eram de 22,5% e 21,3%, respectivamente. Giannetti afirmou que o câmbio valorizado é ruim para a indústria do País porque, além de reduzir o volume das exportações, aumenta a compra de produtos importados, que ficam mais baratos, reduzindo a competitividade brasileira. "Os números preocupam e exigem um esforço coletivo", disse. Segundo ele, se o câmbio continuar nesses patamares, em 2011 o Brasil voltará a ter deficit comercial. Para o diretor do Derex, o patamar equilibrado seria entre R$ 2 e R$ 2,20.
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
China quer superar EUA e se tornar a maior parceira comercial da América Latina
Apesar das barreiras culturais, idiomáticas e a distância, as oportunidades de negócios são "brilhantes", afirmaram os representantes de três dos quatro principais bancos da China na 43ª Assembleia Anual da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban) que se celebrou em Miami (EUA.).
"É um futuro muito brilhante. Acho que China será o principal parceiro da América Latina em um futuro muito próximo. Se observamos a média da taxa de crescimento entre China e América Latina, o volume será de perto de 40% cada ano", disse Feng Lui, primeiro vice-presidente do Banco da China em Nova York.
A ávida demanda de matérias-primas procedentes da América Latina e as vigorosas vendas de produtos chineses na região, elevou a troca comercial de US$8,4 bilhões em 1995 a US$140 bilhões no ano passado.
Um número que segundo Lui localiza o gigante asiático como o segundo parceiro comercial da América Latina.
A China é o principal mercado para as exportações do Brasil e Chile e o segundo para as vendas do Peru.
Do Brasil, o Banco da China observa o resto dos países para sua tomada de decisões de negócios a futuro.
"Temos um plano ambicioso de abrir novas filiais na região. Brasil é uma prova de fogo" para os negócios da entidade na América Latina, comentou Lui.
A China atualmente é o maior cliente do Brasil e o país exportou US$20 bilhões em bens em 2008 à nação asiática e importou US$16,4 bilhões, segundo dados da ONU.
Mas o primeiro vice-presidente do Banco da China cotou que há obstáculos que se devem superar como a atual estrutura do comércio baseada só em matérias-primas e produtos terminados, porque poderia estar influenciada pelo fluxo da economia mundial.
Os outros dois assuntos são problemas culturais como a diferença de idioma, inclusive de religião. "Ambos necessitam tempo para adaptar-se".
Yung-Chang Ho, diretor-executivo para a área da China e Ásia do Banco Wachovia, que foi o moderador do fórum, destacou que a nação asiática necessita petróleo, soja, cobre e outros minerais provenientes da região para poder seguir com seu crescimento econômico.
"A demanda obrigou a afiançar seus vínculos com a região. O investimento na região chegou a US$24 bilhões", indicou.
Acrescentou que a "China representa uma alternativa para a América Latina em seu comércio com os Estados Unidos. Realmente é uma situação de ganho para ambos".
Shiqin Li, chefe representante do Banco Agrícola da China em Nova York, explicou que a troca comercial "tem um futuro muito brilhante" e isso está baseado, em parte, em que os Governos da China e América Latina têm uma política comum: encorajar o consumo interno e os investimentos em infraestruturas.
"Para o futuro vemos um crescente comércio entre América Latina e China, é uma tendência muito boa. Passamos de exportar aos países da Europa Ocidental e Estados Unidos à África e América Latina", previu.
Li informou que este ano o negócio de exportações à América Latina sofreu uma substancial queda de cerca de 34% pela recessão, mas registraram um aumento de importações da ordem de 64% e disse: "Vemos isso como um bom sinal".
Da mesma forma que Lui, a direção comentou que gostaria de trabalhar com a região em comunicação e em participação em mais eventos internacionais para um entendimento entre as duas culturas.
Também que "nossos reguladores podem ter maior informação para convencer-lhes que aceitem o risco dos senhores como nós aceitamos os seus".
Explicou que é necessária uma aproximação nas comunicações porque o tema dos idiomas incide no clima de negócios: China tem poucas pessoas que falem espanhol ou português e o mesmo sucede com os latino-americanos com o chinês.
Assegurou que China e a indústria bancária dessa nação têm políticas muito abertas.
"Temos as portas abertas para nossos amigos da América Latina", asseverou.
John Weinshank, vice-presidente do Banco de Construção da China da filial de Nova York, manifestou que a América Latina tem recursos naturais e os chineses os necessitam para poder manter seu motor de crescimento.
Enquanto os países latino-americanos aumentam seus ingressos e "como essas duas tendências não se reverterão em um futuro próximo, me sinto muito encorajado sobre a troca comercial".
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2009/11/18/china-quer-superar-eua-como-maior-parceiro-comercial-da-america-latina.jhtm
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Governo não pode basear previsões otimistas no consumo', diz economista
Ruy Quintans alerta para expansão das compras baseada no crédito.
Especialista falou a internautas na nova série de chats do G1.
Ruy Quintans alerta para expansão das compras baseada no crédito (Foto: Reprodução/G1)
O Brasil deve crescer cerca de 5% no próximo ano, mas o investimento e o consumo preocupam, na opinião do professor de Finanças da escola de negócios Ibmec-RJ, Ruy Quintans, que participou da nova série de entrevistas do G1 com o tema "O Brasil é a bola da vez da economia?", nesta terça-feira (17).
Ele alerta que o consumo está hoje muito apoiado no crédito. "O governo não pode basear suas previsões otimistas no consumo do povo brasileiro", diz o economista. "O consumidor brasileiro é 'jovem', por ter entrado no mundo do consumo recentemente. O consumo é feito em cima do crédito e isso tem limite. Uma das limitações é a capacidade de produção. Não podemos nos tornar um país em que tudo se importa", afirma Quintans.
Na opinião de Quintans, o consumo das classes C, D e E, que avançou muito, não é baseado na distribuição de renda, mas sim na tomada de crédito e também em uma "demanda reprimida", reflexo da carência de bens dessa população. "Normalmente essas classes consomem com base no crédito, não é pelo Bolsa Família ou por distribuição de renda. [O Bolsa Família] não é distribuição de renda, e sim de dinheiro", critica o economista.
Em vez de focar a atenção no consumo, o professor diz que o governo deveria se preocupar em atrair investimentos produtivos, que geram emprego e renda de forma sustentável. Segundo ele, o Brasil vive um "círculo vicioso" em que precisa aumentar a taxa de juros toda a vez que a economia se aquece. Dessa forma, fica mais caro para o empresário nacional captar dinheiro, o que inibe o investimento produtivo. "É uma prisão", define.
O papel de destaque que o Brasil teve durante a crise econômica, em sua visão, está calcado em dois aspectos: o aumento do consumo de produtos primários no mundo nos anos anteriores à turbulência e o aumento das reservas, com o país se tornando credor de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Foi fundamental guardar dinheiro, o que se deveu principalmente ao comedimento do [presidente do BC], Henrique Meirelles."
Infraestrutura
O especialista também alertou para a falta de infraestrutura no país para permitir mais investimentos e sustentar o crescimento da economia. "A falta de infraestrutura inibe o investimento. O consumidor consome e o empresário investe. O que faz você consumir é sua vontade, seu desejo. O empresário não, ele precisa ver condições como logística, segurança, energia, esgoto etc., que é a parte do governo", diz Quintans.
O economista acredita que a Copa do Mundo e a Olimpíada no Brasil podem trazer "disposição e oportunidade de criar investimentos em infraestrutura". "Esse é o aspecto que vejo como mais positivo", diz ele, lembrando que os investidores sabem que, caso o governo não faça a parte dele e ofereça infraestrutura, o dinheiro para as instalações terá de sair do próprio caixa dos investidores, que nem sempre estarão dispostos a fazer o gasto "extra".
A carência do setor estrutural brasileiro, de acordo com Quintans, fica transparente quando se compara a produção de energia do Brasil com a dos Estados Unidos. "Temos uma população em torno de 35% menor do que a população amerciana, e nosso sistema elétrico cabe na Califórnia. Temos 1/52 avos da capcidade de distribuição de energia deles. Isso mostra a nossa pobreza", explica.
Papel do governo
Para Ruy Quintans, o papel de destaque que o Brasil teve durante a crise econômica esteve baseado principalmente no controle rígido que o Banco Central exerce há tempos sobre o setor bancário. De acordo com o especialista, a corrente econômica que defende um papel maior para o Estado na economia ganhou força com a crise que explodiu no ano passado.
"Acho que o governo tem que intervir mesmo. Mas o papel dele no momento de crise é intervir com gastos saudáveis. É um papel regulatório nos setores mais interessantes para a sociedade. E o investimento dele na educação, economia, saúde e infraestrutura", diz o professor.
Entretanto, ele vê o poder público brasileiro gastando na direção oposta, do curto prazo. "São gastos permanentes, o que o impede de fazer uma reforma tributária. Há muito gastos com funcionários. São gastos que vão ficar e que não geram nada a não ser uma pequena distribuição de renda", explica.
Indústria quer ampliar exportação do interior
A iniciativa acontece em parceria com a Apex Brasil. O setor quer se articular para voltar a exportar com mais vigor
O remanejamento da produção local para o mercado interno resultou no fortalecimento da economia cearense. Apesar de a estratégia ter resguardado o Estado dos graves efeitos da crise, o setor industrial já se articula para voltar a exportar com mais vigor. Um projeto piloto que pretende promover a interiorização das exportações e ampliar sua participação nas vendas externas do Brasil, foi lançado ontem na Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-CE).
A iniciativa é uma parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Inicialmente, deverão ser contemplados os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que terão o papel de ajudar suas empresas a se relacionarem comercialmente com outros mercados.
"O governo do Ceará tem procurado fazer com que o desenvolvimento industrial se dê de maneira uniforme. E, ao longo do tempo, tem realizado a atração de empresas de forma vitoriosa. A interiorização da indústria foi o primeiro passo. Agora a ideia é promover a interiorização das exportações, identificando o que pode ser exportado no interior e eliminando barreiras que inibem a inserção das empresas dos municípios cearenses nesse mercado", explica o presidente da FIEC, empresário Roberto Proença de Macêdo. Segundo João Kertch, que atua na Unidade de Atendimento da Apex-Brasil instalada na FIEC, a ação de fomento que começa na RMF se estenderá em breve a todos os municípios do interior cearense. "A gente quer divulgar no Ceará inteiro o que a FIEC e a Apex-Brasil têm a oferecer, como projetos de promoção comercial, de inteligência e de apoio à inserção no mercado internacional".
Apex local
O CIN-CE foi a primeira federação de indústria do País a implantar uma unidade de atendimento da Apex-Brasil. O posto, instalado em abril do corrente ano, atendeu 140 empresas do Estado, número considerado pequeno por Kertch. Dados da Apex mostra que, em 2008, foram registrados no Brasil cerca de 1.400 atendimentos, especialmente para empresas de micro e pequenos portes.
No período, conforme o executivo da Apex-Brasil, o volume total de receita dessas empresas foi ampliado de R$ 16 bilhões para R$ 26 bilhões. A Apex concentrou 45% de seus esforços na promoção comercial em feiras no exterior.
Para Roberto Macêdo, com a implementação no Ceará, em poucos anos, do polo siderúrgico e do petroquímico, a tendência é que muitas outras empresas se instalem no Estado. E as empresas locais também precisam estar preparadas para competirem dentro desse novo cenário que se avizinha.
"Essa iniciativa do CIN com a Apex-Brasil vem potencializar nossos esforços. Nos próximos dois anos teremos como medir os efeitos desse trabalho conjunto", estima. Na avaliação da empresária Verônica Perdigão, da Santana Têxtil, o esforço conjunto da Apex-Brasil com o CIN-CE está sendo empreendido no momento certo.
"Essa é a hora de as empresas se prepararem para exportar. Passada a crise, quando o mercado estiver mais receptivo, já estaremos prontos para comercializar lá fora", observa. Na avaliação da empresária, o foco da Apex não são indústrias do porte da Santana, mas empresas que não têm experiência e precisam de suporte para conseguirem exportar.
Enquete
Apoio
ABDIAS PATRÍCIO DE OLIVEIRA
Prefeito de Itaitinga
"Para Itaitinga, que é o município mais pobre da RMF, a Apex e o CIN vêm ajudar a mudar nossa realidade"
Manoel Gomes de Farias Neto
Prefeito de Horizonte
"Somos o 5º município em arrecadação de ICMS do Estado e só temos duas empresas em Horizonte que estão exportando"
Francisco Airton lima Filho
Prefeito de Chorozinho
"Muitas de nossas indústrias vão precisar de instruções e apoio para desenvolver a comercialização com exterior"
ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER
Fonte: Jornal Diário do Nordeste. Caderno Negócios. 17 de novembro de 2009.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Investidor prefere mais riscos, e dólar fecha em baixa, a R$ 1,711
O dólar acompanhou um movimento global de baixa em meio à valorização de ativos ligados a risco, como commodities e ações.
O gatilho para a jornada de desvalorização do dólar foi o encerramento da reunião de cúpula do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), que terminou no final de semana sem uma referência clara a respeito do enfraquecimento da moeda norte-americana. Participam do fórum países como Estados Unidos, China e Japão.
Investidores no exterior interpretaram o silêncio como um sinal para continuar vendendo dólares, na expectativa de que será mantida por enquanto a atual conjuntura de déficit comercial dos Estados Unidos e de crédito barato em todo o mundo.
A queda só perdeu força no meio da tarde, brevemente, quando o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que o banco central norte-americano está atento ao declínio do dólar, para evitar que prejudique a tarefa de controlar a inflação e estimular o emprego.
"A pressão (de baixa) é muito grande. Os Estados Unidos estão muito longe de aumentar os juros. E a China não vai mudar a política cambial dela", disse José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
No entanto, agentes de mercado têm a expectativa de que o prolongamento desse movimento leve o governo brasileiro a adotar novas medidas para tentar frear a valorização do real.
Em outubro, começou a ser cobrado 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa.
O mercado também monitora a situação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Mario Torós. Cresceram as expectativas no mercado de que Torós possa deixar o cargo após entrevista ao jornal Valor Econômico publicada no final da semana passada, em que detalhou os bastidores da crise global no país.
(Com informações da Reuters)
Fonte: UOL Notícias - Economia
sábado, 14 de novembro de 2009
Expansão do crédito tem riscos
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou ontem a necessidade de que as instituições financeiras estejam atentas à ampliação na concessão de crédito no País "de maneira que possamos agora continuar a construir um sistema sólido dentro dessa trajetória de expansão do momento´´. "O problema sempre aparece, é criado, na expansão, mas se revela na retração´´, afirmou Meirelles durante palestra em seminário promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). O presidente do BC disse ainda que "é muito fácil sermos complacentes em momentos em que a expansão começa a ficar acelerada.´´ Apesar de ressaltar que o Brasil foi um dos países menos afetados pela crise mundial, Meirelles destacou que é importante aprender "não só com o fracasso, mas com o sucesso também, reforçando aquilo que deu certo´´.
Caminho de volta
Um pouco antes, Fabio Barbosa, presidente da Febraban, havia dito na abertura do evento que "o pior já passou, mas temos um longo caminho de volta rumo à retomada do ritmo de crescimento das operações de crédito e do nosso sistema financeiro´´.
Ao abordar a taxa de desemprego no País, admitiu que, embora já esteja de volta aos níveis pré-crise, "a qualidade não é a mesma´´. "Uma certa parte do emprego na indústria numericamente foi substituída por empregos na construção civil´´, disse.
Para ele, no entanto, o Brasil apresenta um dos melhores quadros no mercado de trabalho no mundo. "E com a melhoria da mão de obra na indústria, estamos vendo uma recuperação rápida também da qualidade, o que significa que nós podemos vir a ter índices de desemprego melhores do que no ano passado, no período pré-crise.´´
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=691722
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Economia da zona do euro melhora no 2º semestre, diz BC europeu
A atividade econômica da zona do euro deve melhorar no segundo semestre deste ano, mas a recuperação será gradual em 2010, afirmou o Banco Central Europeu (BCE) em seu boletim mensal publicado nesta quinta-feira (12).
Os comentários do boletim foram praticamente idênticos ao último comunicado do conselho de política, feito pelo presidente do BC, Jean-Claude Trichet, na última quinta-feira, quando o banco manteve o juro no recorde de baixa de 1%.
"As últimas informações continuam sinalizando uma melhora da atividade econômica no segundo semestre do ano", afirmou o boletim. "O conselho espera que a economia da zona do euro em 2010 se recupere em ritmo gradual, reconhecendo que as perspectivas continuam cercadas de elevadas incertezas."
O boletim também reiterou que o atual patamar do juro segue apropriado.
Produção industrial
Também nesta quinta-feira, a agência oficial de estatísticas Eurostat informou que a produção industrial da zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) subiu 0,3% em setembro ante agosto, mas caiu 12,9% na comparação com setembro do ano passado, na menor queda porcentual em termos anuais desde dezembro.
A alta em termos mensais é a quinta consecutiva. Os dados de agosto foram revisados para um ganho de 1,2% ante julho, de alta de 0,9% divulgada anteriormente, e queda anual de 15,1%, de 15,4% anteriormente. Economistas esperavam que a produção industrial aumentasse 0,5% no mês e caísse 14,2% no ano em setembro.
O detalhamento dos números de produção industrial mostra que ainda há fraqueza em algumas áreas. A produção de bens de consumo duráveis caiu 6,0% em setembro, na maior queda mensal desde que os registros começaram, em 1990, enquanto a produção de energia diminuiu 2,1%, o declínio mais forte desde março.
A produção de bens de capital subiu 1,7% em setembro, a de bens de consumo não duráveis aumentou 1,1% e a de bens intermediários cresceu 0,6%.
Com informações da Reuters e da Agência Estado
Fonte: Portal G1 - Economia e Negócios
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Festival UFC de Cultura
Mais informações no endereço www.festivalufcdecultura.ufc.br ou pelo telefone (85) 3366.7319.
Apagão mexe até com os DIs, que operam em alta na BM&F
SÃO PAULO - O apagão de energia elétrica, que tomou de assalto vários Estados do país na noite de ontem, é parte das justificativas para a alta das taxas de Depósitos Interbancários (DIs) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) nesta quarta.
O forte crescimento da atividade chinesa e o aumento da inflação local um pouco acima do previsto são as outras razões para a abertura dos prêmios.
Por volta das 11h30, na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), o contrato de DI para janeiro de 2011 apontava alta de 0,04 ponto percentual, a 10,18%. Janeiro de 2012 avançava 0,02 ponto, a 11,52%. Janeiro 2013 ganhava 0,01 ponto, a 12,20%.
Na parte curta da curva, o DI com vencimento em janeiro de 2010 também operava com aumento de 0,01 ponto, a 8,64%. Julho de 2010 avançava 0,02 ponto, a 9,06%.
Gestores do segmento comentam que o componente de incerteza sobre as razões que levaram ao apagão tendem a elevar as taxas. "Mesmo que os reservatórios estejam cheios, comenta-se que o sistema de transmissão estaria no limite e sendo muito exigido por uma forte demanda", diz um gestor de um banco em São Paulo.
Um excesso de demanda sempre pressupõe risco inflacionário e exigiria uma nova calibragem da política de juros no país. "Mas trata-se também de um conjunto de fatores favoráveis hoje ao aumento dos prêmios", acrescenta o gestor.
Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB, avalia, no entanto, que a principal razão para o aumento das taxas está nos dados robustos da China.
Conforme dados divulgados hoje, a produção industrial da China teve expansão de 16,1% em outubro, no confronto com um ano antes. Foi o acréscimo mais expressivo desde março de 2008. Nos 10 primeiros meses de 2009, a produção industrial avançou 9,4%. As vendas no varejo da China cresceram 16,2% no mês passado, no comparativo há um ano, com alta acumulada de 15,3% no ano.
"A atividade no país veio muito forte", diz Folchini. Como a China vem sendo o motor de crescimento e recuperação das demais economias, o mercado levanta a perspectiva de que a economia no Brasil também possa crescer mais do que o projetado, o que também seria um fator de pressão para a política monetária.
Ao mesmo tempo, o dado oficial de inflação medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou elevação de 0,28% em outubro, acima do 0,24% apurado um mês antes e também maior do que a projeção de 0,25% feita pelo mercado.
(Bianca Ribeiro | Valor)
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2009/11/11/apagao-mexe-ate-com-os-dis-que-operam-em-alta-na-bm--f.jhtm
Saiba como usar melhor o 13º salário
Até o próximo dia 30 de novembro, as empresas que ainda não pagaram a primeira parcela do 13º salário deverão fazê-lo sob pena de multa, caso o empregador não observe os prazos previstos na legislação.
A primeira parcela da gratificação natalina deve ser paga pelos empregadores até 30 de novembro e corresponde a, no mínimo, 50% do valor do benefício. Já a segunda metade tem que ser paga até o dia 20 de dezembro.
Aí surge a dúvida. O que fazer com este dinheiro extra? Gastar, guardar ou aplicar? O 13º pode representar a chance de acabar com dívidas, saldar contas atrasadas ou pagar despesas que surgem no início do ano seguinte. Mas também pode ser usado em uma viagem de férias, em uma reserva financeira ou ainda na realização de um sonho de consumo. Mas dificilmente o dinheiro dará para tudo isso.
A Fundação Procon-SP elaborou um material com orientações que podem ajudar a decidir qual a melhor forma de utilizar o 13º salário. Confira abaixo:
Planeje o uso do seu 13º salário
- Dê prioridade ao pagamento de dívidas
- Liste todas as dívidas (cartão de crédito, cheque especial, empréstimo, financiamento etc.);
- Aproveite as campanhas de renegociação e quitação de dívidas;
- Dê prioridade para quitar as dívidas que cobram juros mais elevados como cartão de crédito e cheque especial;
- Antecipe o pagamento de prestações, como por exemplo as de empréstimo e financiamento, aproveite o desconto proporcional de juros. Adiantar o pagamento pode ser mais vantajoso que aplicar o valor em caderneta de poupança para o pagamento de futuras parcelas;
- Reserve economias para o pagamento de despesas sazonais;
- Os descontos para pagamento à vista do IPTU e IPVA, podem ser mais vantajosos que aplicar o dinheiro e pagar em parcelas;
- Não esqueça das despesas com matrícula e material escolar. Pesquise os preços da lista de material escolar em diversos estabelecimentos;
- Reserve o valor correspondente à renovação do seguro do automóvel. Caso não seja possível o pagamento total à vista, reserve, ao menos, o valor para pagamento da primeira parcela.
Programe os possíveis gastos do final de ano
- Não compre por impulso. Faça uma relação completa de todas as pessoas que você deseja presentear estipulando o valor máximo para gastar com cada presente ou lembrança;
- Controle sua ansiedade. Avalie se o que vai comprar é necessário. Resista aos modismos e aos supérfluos, pois eles encarecem suas compras. Evite comprar o que não precisa gastando o que não tem. Adiar a compra de um bem pode representar uma boa economia em seu orçamento;
- Fuja dos financiamentos, parcelamentos, compras no cartão de crédito e cheques pré-datados. Não se esqueça que o vencimento da primeira parcela do financiamento, da fatura do cartão ou a compensação de cheques, costuma ocorrer nos primeiros meses do ano;
- Negocie descontos para pagamento à vista;
- Se não for possível pagar suas compras à vista, cuidado com os juros.
- Antes de efetuar a compra parcelada pesquise os prazos, o valor das parcelas e a taxa de juros que será cobrada;
- Pesquise preços. Na hora de comprar faça substituições, se achar conveniente;
- Relacione as “caixinhas” de final de ano;
- Liste todas as despesas do mês e as que envolvam as festas de final de ano: ceia, roupas novas, presentes, cabeleireiro etc.
- Se pretende viajar nas férias, calcule e provisione os possíveis gastos com hospedagem, passagens, alimentação, seguro viagem, aluguel de automóvel, combustível, pedágios, passeios, lembranças etc.;
Cuidados na hora de investir
Se decidiu investir o que sobrou do 13o salário, analise as aplicações disponíveis no mercado, levando em consideração o período em que deseja usar o dinheiro, o tempo necessário para capitalizar (juntar) a importância desejada, a rentabilidade oferecida e o risco do investimento escolhido. Caderneta de Poupança ou Fundos de Investimentos podem ser uma boa opção para os mais conservadores.
Fonte: Meusalario.org.br
http://meusalario.uol.com.br/main/renda/saiba-como-usar-melhor-o-13o-salario
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Dólar sobe pela 1ª vez no mês; após vai-e-vem, Bolsa avança
O dólar subiu nesta terça-feira pela primeira vez em novembro, em um dia de ajustes no exterior e de expectativa quanto a novas medidas do governo para frear a tendência de valorização do real.
A cotação do dólar comercial subiu 0,88%, com a moeda sendo vendida a R$ 1,717. Ainda assim, o dólar acumula baixa de 2,22% em novembro, com cinco quedas em seis sessões.
Num dia de sobe-e-desce, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu o rumo mais de uma vez durante o dia e acabou com leve alta de 0,13%, aos 66.303,48 pontos. No mês, o ganho é de quase 8%.
O gatilho para a recuperação pontual da moeda norte-americana foi o movimento de correção internacional, com baixa das bolsas de valores e do preço das commodities.
Operadores no exterior afirmaram que a realização de lucros desta sessão teve mais motivos técnicos que estruturais. O euro, por exemplo, havia voltado a superar o patamar psicológico de US$ 1,50, e havia espaço para vendas.
Em meio ao fraco noticiário do dia, o destaque foi o alerta da agência de risco Fitch, que comentou que a Grã-Bretanha é o país que mais corre risco de ver seu rating rebaixado entre as grandes economias por causa da crescente dívida.
"Estamos tendo uma sobrevalorização da moeda brasileira, o que dá situação vantajosa para outros países comerciarem com o Brasil", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento com empresários e autoridades italianas nesta terça-feira.
(Com informações da Reuters)
Fonte: UOL Notícias
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Setor privado nunca ganhou tanto dinheiro como hoje, diz Lula a jornal britânico
Pequenas empresas terão novo crédito para exportação
30/10/2009 - 23:00
As micro e pequenas empresas terão mais uma alternativa de financiamento à produção de bens e serviços a serem exportados. O ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) criou nesta sexta-feira,(30) uma nova modalidade do Programa de Financiamento às Exportações - o Proex pré-embarque -, que vai financiar empresas com faturamento anual de até R$ 60 milhões. Os exportadores poderão receber o dinheiro até 180 dias antes do embarque.
O Proex-financiamento, no modelo atual, só financia a comercialização das exportações já embarcadas. Ou seja, ele serve para antecipar à empresa o pagamento das vendas. A diretora dos programas de financiamento do Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), Lúcia Helena Monteiro Souza, explicou que as empresas de menor porte precisam de recursos ainda na fase de produção. "Esta medida atende os pequenos que não têm acesso ao mercado bancário", afirmou.
As empresas, após realizarem a exportação e quitarem o financiamento do pré-embarque, ainda podem solicitar a linha de crédito do pós-embarque. O pequeno exportador, no entanto, pode ter dificuldades para operar a nova modalidade do Proex. Lúcia Helena explicou que estão sendo feitos ajustes nas apólices do seguro de crédito com garantias do Tesouro (Fundo de Garantia às Exportações - FGE).
A portaria que criou o Proex pré-embarque estabelece que o certificado de garantia de cobertura do seguro de crédito deverá ser apresentado ao Banco do Brasil, que opera o programa, antes do embarque ou do início da prestação do serviço. Lúcia Helena disse que o exportador pode apresentar outras garantias, mas admitiu que as micro e pequenas empresas têm dificuldades para consegui-las. "Estamos trabalhando para que esteja operando até o final do ano", disse.
O Tesouro não fará nenhum reforço no orçamento do Proex para operar a linha de pré-embarque. A diretora disse que ainda está disponível, no Banco do Brasil, cerca de 40% do orçamento de R$ 1,3 bilhão. "Existe recurso suficiente para essa nova demanda até o final do ano", afirmou. "Houve uma queda grande na procura por financiamento às exportações e nós sentimos isso no Proex", explicou. O setor exportador é o que mais tem sentido a retração do mercado mundial, após a crise financeira internacional.
Agência Estado
http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=274459&modulo=968
domingo, 8 de novembro de 2009
Aeroporto do Cariri tem projetos da Infraero
CARIRI (7/11/2009)
Um dos projetos pretende construir, no prazo de 20 anos, um novo terminal para atender à demanda
Juazeiro do Norte. O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Murilo Marques Barbosa, desembarcou em Juazeiro do Norte, num jato da Força Aérea Brasileira, com o objetivo de discutir com autoridades da região propostas relacionadas ao Plano Diretor do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes.
"O investimento da Infraero na construção e reformas de aeroportos não é um favor, é uma obrigação", disse o presidente da Infraero ao final de uma reunião com políticos, empresários e imprensa, no auditório do Verdes Vales Hotel. O desenvolvimento do Cariri, segundo Murilo Barboza, é reconhecido não somente na região, mas em todo o Brasil, o que justifica este investimento.
A direção da Infraero chegou à região com dois anteprojetos prontos. O primeiro é emergencial, a ser executado em seis meses. O superintendente de Gestão Operacional da Infraero, Marçal Goulart, anunciou que serão construídos módulos móveis no terminal de passageiros e setor de cargas para atender de imediato à demanda regional. Durante a execução da obra não será alterado o funcionamento do aeroporto. A cada etapa de conclusão, os equipamentos serão incorporados à estrutura já existente.
O segundo plano, projetado para 2029, será executado depois de vencidas as barreiras burocráticas e cumpridas as exigências do convênio que será firmado entre a Infraero, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal. O convênio consiste na construção da infraestrutura necessária ao funcionamento de um aeroporto moderno. Uma delas é a preservação do sítio portuário, que envolve a demolição de casas, meio ambiente, curvas de ruídos.
Para isso, será necessária a participação da bancada cearense no Congresso Nacional, com a alocação de recursos para a execução da obra, que deve fazer parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O presidente da Infraero lembrou que, até agora, não recebeu, oficialmente, o patrimônio do aeroporto, que está sob a responsabilidade do Estado. Ele espera brevemente voltar a Juazeiro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para a assinatura da ordem de serviço das obras.
A vinda do presidente da Infraero a Juazeiro é resultado de uma audiência com a bancada federal cearense, coordenada pelo deputado José Guimarães (PT), que destacou a ampliação do aeroporto como fundamental para o crescente surto de desenvolvimento da região. O posicionamento do parlamentar foi reforçado pelos deputados federais Arnon Bezerra, José Airton, Manoel Salviano e o prefeito de Juazeiro, Manoel Santana.
Crescimento.
O Aeroporto de Juazeiro do Norte é um dos que mais crescem em número de passageiros na rede Infraero. No mês de julho registrou 23,9 mil passageiros, apresentando aumento de 73,48% nas operações de embarques e desembarques, em comparação a julho de 2008. O movimento acumulado totaliza 139,3 mil passageiros e já subiu 49,55% em relação ao ano passado. Estima-se que até o fim do ano, 250 mil passageiros tenham utilizado o aeroporto. Os números foram apresentados pelo vice-prefeito de Juazeiro, José Roberto Celestino.
Com base nestes números, Celestino reivindicou a construção de um terminal de passageiros com capacidade para um milhão de pessoas. O terminal atual foi projetado para apenas 50 mil pessoas. Ele defende a construção de uma pista com uma extensão de 2.700 metros que possibilite a operação com aviões Boeing-767-300 e aviões cargueiros que atendam à demanda regional. Celestino argumenta que a Região Metropolitana do Cariri é o principal centro comercial, turístico, industrial e educacional do interior do Nordeste. Ele cita os polos calçadista, as universidades, prestação de serviços e metal mecânico. Somente a Singer, segundo José Roberto, exporta seus produtos para 120 países.
José Roberto Celestino chama a atenção também para o Cariri do futuro. O Geopark Araripe, em fase de implantação, vai incrementar o turismo científico internacional. A Região Metropolitana vai concentrar um maior número de indústrias, prestação de serviços e estabelecimentos comerciais.
Mais Informações:
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)
(85) 3477.1150
http://www.infraero.gov.br/
Antônio Vicelmo
Repórter
Fonte: Jornal Diário do Nordeste. Caderno Regional. Fortaleza, 7 de novembro de 2009.
4,6 milhões de nordestinos deixam a extrema pobreza
O crescimento econômico do País e os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, foram os principais motivos para que 4,6 milhões de nordestinos deixassem a extrema pobreza e passassem a receber mais de R$ 188 por mês
Para Suely Chacon, o Bolsa Família ajudou no crescimento econômico (Divulgação)
Sandra Nagano
nagano@opovo.com.br
Em 10 anos, os nordestinos tiveram um aumento da renda individual e passaram a consumir mais bens e serviços. Para se ter uma ideia, no período entre 1998 e 2008, o Nordeste foi a segunda região, depois do Sudeste, que mais contribuiu para o movimento da mudança na estrutura social na base da pirâmide brasileira. Cerca de 4,6 milhões de nordestinos deixaram a extrema pobreza e começaram a receber mensalmente entre R$ 188 a R$ 465.
É o que evidencia a análise realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2008), que traça a nova estrutura social do Brasil. O crescimento e a estabilidade econômica do País e os programas de transferência de renda foram os principais indutores para essa movimentação entre os mais pobres.
Para a economista e coordenadora do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação do Semiárido da Universidade Federal do Ceará (UFC), Suely Chacon, os programas como o Bolsa Família, foram importantes para alavancar o crescimento econômico regional nos últimos 10 anos.
``As classes sociais mais baixas tiveram acesso ao consumo e isso foi muito importante para a região. O mercado interno foi fortalecido. Veja que se você não tiver um mercado interno razoável, não terá crescimento econômico forte e contínuo``, avalia Suely.
Para ela, a Região não chegou ``ao ideal, nestes 10 anos``, mas está no meio de um processo de mudanças. ``Hoje a gente tem um cenário positivo com possibilidade de transformar este processo de crescimento econômico que estamos passando em desenvolvimento regional sustentável. Esse será o nosso grande desafio``, completa a economista.
Pobreza
Mesmo com uma população com mais renda e poder de compra, a região tem outro grande desafio a vencer. Ao longo dos anos de 1998 a 2008, o Nordeste continuou representando 50,9% do total dos brasileiros pertencentes à base da pirâmide social brasileira. Ou seja, mais da metade da população pobre do País.
Para o pesquisador do Laboratório de Estudo da Pobreza, ligado ao curso de Pós-Graduação em Economia (Caen) da UFC, Carlos Manso, os programas de transferência de renda foram importantes, mas não corrigiram as distorções sociais regionais em território brasileiro.
"O Nordeste representa 28% da população nacional e mais de 50% dos pobres do País. Trata-se de uma grande disparidade", avalia Manso. 'É preciso qualificar as pessoas daqui, oferecer educação e saúde. Não é uma questão apenas de justiça social, mas de crescimento econômico regional".
E MAIS:
- O estudo do Ipea mostra que o Sudeste detém 47% da população brasileira com renda mensal individual superior a R$ 465. Enquanto no Nordeste, apenas 18% estão inseridos dentro deste estrato social.
- A pesquisa também mostra que 46,4% da população nordestina recebe mensalmente menos de R$ 188.
- O estudo do Ipea dividiu as camadas sociais em três estratos: o primeiro considera o rendimento individual de até R$ 188 mensais no ano de 2008. O segundo, entre R$ 188 a R$ 465 mensais. E o terceiro, rendimentos acima de R$ 465 mensais.
- No que se refere à distribuição da população por grandes regiões geográficas, percebem-se modificações na composição do estrato superior de renda, com decréscimo significativo da região Sudeste (58,1%, em 1998, para 53,2%, em 2008). Em compensação, a maior presença da região Sul (18,6%, em 1998, para 20%,em 2008), do Norte (3,6%, em 1999, para 5,2%, em 2008), do Nordeste (12,6%, em 1998, para 13,6%, em 2008) e Centro-Oeste (7,1%, em 1998, para 8,1%, em 2008).
- Em relação à parcela da população com ascensão social, observa-se que ela concentra-se no meio urbano, embora quase 20% dos que alçaram o segundo estrato de renda tenham a moradia no campo.
POTENCIAL DA REGIÃO NORDESTE
- A Tendências Consultoria, Fundação Getúlio Vargas e a Datamétrica Consultoria divulgaram nesta semana dados sobre o potencial econômico da região Nordeste. Veja abaixo os principais pontos da pesquisa:
- O PIB nordestino vem crescendo acima da média nacional. Este ano, a previsão é de que o crescimento seja de 1,5%, contra -0,1% do Brasil. Em 2008 a média nacional foi de 5,1%, enquanto a do Nordeste foi de 5,3%.
- Nos próximos cinco anos, o Nordeste brasileiro deve receber R$ 52 bilhões.
- Pernambuco e Bahia têm o maior número de investimentos em infraestrutura e novas fábricas - em andamento ou concluídos este ano.
- O perfil dos consumidores nordestinos mudou com a ascensão social da população que antes fazia parte das classes D e E. Desde 2003, cerca de 10 milhões de nordestinos ingressaram nas classes C e D.
- Desde 2003, a renda do trabalhador na região cresce 7,27% ao ano, diante dos 5,3% da média nacional.
- De janeiro a junho, as vendas varejistas na Região cresceram 5,24%, ultrapassando a média nacional, que estacionou em 4,43%.
- Segundo o Datamétrica Consultoria, a vitalidade do consumidor nordestino é alimentada pelos programas de transferência de renda do governo federal, a oferta de crédito e a desoneração tributária.
Fonte: Jornal O Povo. Caderno Economia. Fortaleza, 6 de novembro de 2009.
http://opovo.uol.com.br/opovo/economia/925912.html
sábado, 7 de novembro de 2009
Lula: "Brasil será a 5ª economia"
Foto: Reuters
"Nem nós os brasileiros temos a dimensão do que está acontecendo no país´´, disse Lula. Segundo ele, isso se deve ao fato de que o país passa por "uma revolução silenciosa´´.
Ontem, o presidente visitou Londres, na Inglaterra, onde convidou os empresários britânicos e europeus a investir no Brasil, um país que, segundo ele, "está vivendo um momento quase mágico".
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff também participou da visita a Londres. De acordo com a ministra, o Brasil já retomou o processo de crescimento econômico.
Lula ainda foi recebido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e pela rainha Elizabeth II. O presidente também recebeu o prêmio Chatham House 2009, concedido pelo prestigioso instituto britânico de Relações Internacionais a figuras políticas que contribuíram de maneira significativa para a melhoria das relações internacionais no ano anterior.
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Internacional
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=688005
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Brasil pode isentar IOF em lançamento de ações
Por Carolyn Cohn
LONDRES (Reuters) - O Brasil estuda isentar as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) da taxa de 2% sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa, disse nesta sexta-feira o diretor-executivo de desenvolvimento da BM&FBovespa, Paulo Oliveira.
O Brasil começou a cobrar o tributo no mês passado para tentar conter a valorização do real. Neste ano, o dólar já acumula queda cerca de 26% em relação à moeda brasileira.
"Isso (a isenção para os IPOs) ainda está em discussão", disse Oliveira em encontro com jornalistas.
Entretanto, Oliveira afirmou que o governo também procura outros meios para frear a alta do real.
"Nós estamos falando sobre a possibilidade de termos as garantias depositadas fora do Brasil, estamos discutindo a possibilidade de sermos mais liberais para que fundos de pensão locais possam comprar bônus fora do Brasil, para assim criar um fluxo de capitais a partir do Brasil."
Os investidores não-residentes atualmente têm de depositar garantias em contas locais antes de efetuarem qualquer transação no Brasil.
Autoridades da BM&FBovespa estão em Londres para a abertura da filial da bolsa brasileira na capital inglesa, com o objetivo de atrair investidores da Europa, Oriente Médio e Ásia, disse Oliveira.
A instituição assinou na semana passada um documento de termos de parceria com a Nasdaq OMX, sediada nos Estados Unidos, para envio de ordens e distribuição de produtos, serviços e dados.
A BM&FBovespa, quarta maior bolsa do mundo, não tem planos de aquisição, afirmou Oliveira.
"Não pensamos em termos de aquisições. Pensamos em termos de relacionamentos."
Acordos de parceria com as bolsas do Chile e Colômbia provavelmente devem ocorrer até o primeiro semestre do próximo ano, seguidos por parcerias com as do Peru, México e Argentina, acrescentou.
"A ideia na América Latina é fortalecer os mercados locais", disse Oliveirahttp://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2009/11/06/brasil-pode-isentar-ipos-de-taxa-para-fluxos-em-bolsa.jhtm
Países em desenvolvimento abrem quase metade das disputas na OMC
Por Jonathan Lynn
GENEBRA (Reuters) - Países em desenvolvimento foram responsáveis por quase metade das disputas na Organização Mundial do Comércio em seus 15 anos de história, informou a OMC nesta sexta-feira.
Os números mostram que o sistema de disputa está aberto para países menores e mais pobres, assim como para as potências comerciais ricas, ainda que os Estados Unidos e a União Europeia sejam os maiores usuários.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou não ser uma surpresa que os EUA e a UE dominem o sistema de disputas, já que são os maiores comerciantes do mundo.
"Mas os números também mostram que os países em desenvolvimento não são tímidos em relação a seus parceiros de comércio mais ricos", disse ele em comunicado.
O sistema de disputas, que segundo alguns membros é lento em definir e fazer cumprir determinações, está sendo revisado pelos 153 membros da OMC.
De 1995 até agora, os EUA foram o pleiteante em 93 disputas e a União Europeia em 81. Ambos foram também os maiores alvos das disputas --107 e 66 respectivamente.
Outros grandes usuários são Canadá, pleiteante em 33 disputas; Brasil com 24 e México com 21. A China, alvo de 17 disputas, lançou 6.
Os países em desenvolvimento foram pleiteantes em mais de 45 por cento dos casos.
Mais de metade das 400 disputas foi resolvida sem litígio formal ante um painel da OMC, com as diferenças resolvidas em consultas entre os dois lados.
Um total de 186 foram para litígio, e 12 estão atualmente em consulta.
Até agora neste ano houve 12 disputas na OMC, ante 19 em 2008 e 13 em 2007.
Houve mais disputas nos primeiros anos da OMC, com 50 em 1997 e 41 em 1998.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2009/11/06/paises-em-desenvolvimento-abrem-quase-metade-das-disputas-na-omc.jhtm
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Premiê belga é o favorito para ocupar cargo mais importante da União Europeia
Diplomatas afirmam que quem tem a maior probabilidade de ocupar o posto máximo é o primeiro-ministro Herman Van Rompuy, e que David Miliband, o secretário britânico das Relações Exteriores, está bem cotado para ser o chefe de política internacional da União Europeia, caso o seu governo faça pressões pela sua escolha.
Embora não se saiba ao certo se o Tratado de Lisboa, que cria os dois cargos, entrará de fato em vigor, surgiram novos fatores potencialmente complicadores na quarta-feira após um discurso crítico feito em Londres pelo líder dos conservadores britânicos, que muitos acreditam que vencerá as eleições do ano que vem.
O líder conservador, David Cameron, recuou de um potencial confronto com a União Europeia ao abandonar a sua promessa de instituir um referendo sobre o acordo. Mas Cameron prometeu apresentar uma nova lei determinando que qualquer nova transferência de poder ficará sujeita a um referendo público. Ele também pediu que os poderes da União Europeia relativos à justiça social, trabalhista e penal sejam transferidos para os governos nacionais, e prometeu que, se eleito, criará uma lei soberana "que assegure que a palavra final em relação às nossas leis seja dada aqui, no Reino Unido".
A partir do discurso de Cameron, não ficou claro até que ponto tal medida seria implementada, e não se sabe se ela violaria o princípio de supremacia da lei da União Europeia sobre a qual se baseiam políticas do bloco, como por exemplo aquelas relativas a um mercado único.
O fato de Cameron ter reajustado a sua política comprova que, caso ele vença a eleição no ano que vem, o Tratado de Lisboa e os cargos de liderança por ele criados continuarão em vigor.
De fato, os 27 líderes do bloco deverão discutir informalmente os nomes para os novos cargos quando se reunirem em Berlim na próxima segunda-feira para comemorarem o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim. Depois disso, será tomada uma decisão final em uma reunião especial de cúpula dentro das próximas duas semanas.
As chances de que Tony Blair, o ex-primeiro-ministro britânico, venha a obter o cargo presidencial na União Europeia praticamente desapareceram.
Mas a reação às notícias de que Van Rompuy é um potencial candidato ao cargo tem sido positiva. Outros potenciais candidatos são o primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, e o ex-chanceler austríaco Wolfgang Schussel.
"Os líderes querem alguém que não faça sombra a eles, que seja capaz de assumir compromissos e que fale várias das línguas da união", diz um diplomata, que pediu que o seu nome não fosse divulgado. "Van Rompuy atende a todos esses três quesitos".
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que, embora Blair fosse um bom candidato presidencial, o fato de o Reino Unido ter se auto-excluído da zona do euro constitui-se em um problema para tal nomeação.
Mas essa situação não se aplica ao cargo de política externa porque o Reino Unido é uma força influente na política exterior da União Europeia. Um dos outros candidatos ao cargo é Massimo D'Alema, ex-primeiro-ministro da Itália.
Embora Van Rompuy tenha impressionado Sarkozy e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ainda há algumas reservas à nomeação de um tecnocrata pouco conhecido. "A ideia era nomear alguém que fosse capaz de parar o trânsito em Pequim", diz um diplomata da União Europeia.
Além do mais, não se sabe se Brown deseja que Miliband obtenha o cargo de política externa e deixe o seu governo, porque isso significaria também que o Reino Unido não obteria uma pasta econômica na próxima Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia.
Enquanto isso, Cameron, o líder da oposição britânica, procurou fazer uma distinção difícil entre o fato de se apresentar com um potencial primeiro-ministro pragmático e a possibilidade de perder a credibilidade como crítico da integração europeia.
No seu discurso, Cameron deixou claro que, caso vença as eleições britânicas em 2010, ele não permitirá que os seus primeiros meses no poder sejam eclipsados por uma batalha acirrada com a União Europeia.
Charles Grant, diretor do Centro para Reforma Europeia, afirmou que Cameron evitou a "armadilha" de convocar um referendo que só encorajaria aqueles indivíduos no Reino Unido que desejam abandonar a União Europeia.
"Tendo em vista a pressão a que ele se encontra submetido, este é um pacote inteligente e bastante profissional que provavelmente não provocará nenhum distúrbio drástico na União Europeia. Existe um risco de que ele saia perdendo quanto à política social, embora possa ser possível aplicar uma manobra evasiva", disse Grant.
Embora o Partido Conservador tenha conduzido o Reino Unido ao bloco europeu na década de setenta, a sua posição mudou drasticamente, rumo ao chamado "euroceticismo". Cameron também desagradou os governos francês e alemão neste ano ao abandonar o partido de centro-direita destes países no Parlamento Europeu.
Na quarta-feira, ele negou que o seu partido estivesse agitado devido à política europeia. "Nem um pouco", disse ele à GMTV. "O partido quer, na verdade, que nós abordemos de maneira nova a Europa. Mas, acima de tudo, o voto do qual necessitamos é um voto para que nos livremos de um governo que traiu completamente o povo".
Tradução: UOL
Fonte: UOL Notícias
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2009/11/05/ult2680u935.jhtm