Segundo dados apresentados nesta quinta-feira, 16, pelo Birô Nacional de Estatísticas (BNE) chinês em entrevista coletiva, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado na primeira metade do ano chegou a 13,98 trilhões de iuans (US$ 2,04 trilhões), o que representa um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2008.
O comércio exterior chinês, um dos pilares da economia do país asiático, caiu 23,5% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, para US$ 946,1 bilhões, por causa da crise econômica global.
Segundo o porta-voz do BNE, Li Xiaochao, as exportações sofreram uma diminuição de 21,8%, até US$ 521,5 bilhões, enquanto as importações tiveram queda de 25,4%, para US$ 424,6 bilhões.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chinês perdeu 1,1% ao longo do semestre. Só em junho, a queda foi de 1,7%.
O que garantiu a retomada do crescimento chinês, segundo o governo, foi a expansão da demanda doméstica, com o aumento das vendas das propriedades e de automóveis.
O porta-voz do BNE acrescentou que a demanda externa permanece fraca e que o lucro das empresas em algumas indústrias e companhias estão caindo. Li advertiu também para a situação do emprego, que ainda enfrenta fortes pressões. Ele disse, entretanto, que o governo vê alguns sinais "ativos" ou desdobramentos positivos na criação de novos empregos durante o primeiro semestre.
Li afirmou ainda que a China utilizará a crise financeira global como uma chance para reestruturar sua economia. Li observou que o aumento nos preços das commodities internacionais tem impacto nos preços locais na China e que o governo monitora de perto a movimentação interna dos preços.
Segundo Li, tanto a inflação quanto a deflação podem afetar negativamente o saudável desenvolvimento da economia chinesa. O governo monitora também o aumento no crédito, disse Li, acrescentando que algumas indústrias operam com capacidade excedente. Analistas estão preocupados com a possibilidade de a expansão da liquidez em meio a recuperação econômica do país possa trazer aumento das pressões inflacionárias e criar bolhas no mercado acionário e imobiliário.
A renda per capita da população urbana chinesa cresceu 9,8% durante o semestre e chegou aos 8.856 iuans (US$ 1.296), enquanto a da população rural, que representa mais de 60% do país, aumentou 8,1%, até os 2.733 iuans (US$ 400).
Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/economia,crescimento-chines-volta-a-acelerar-e-pib-avanca-79-no-2-tri,403559,0.htm
Imagem: Bobby Yip/ Reuters
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