A quantidade de mel exportada no primeiro semestre (2,81 mil toneladas) cresceu 145,23% frente a 2008
DESEMPENHO NO PAÍS
CE é 2º na exportação de mel
O setor apicultor comemora o crescimento da demanda por parte de países da Europa
CE é 2º na exportação de mel
O setor apicultor comemora o crescimento da demanda por parte de países da Europa
Com US$ 7,12 milhões de faturamento, o Ceará ficou em segundo lugar no ranking dos maiores exportadores de mel do País no primeiro semestre de 2009. Em comparação aos primeiros seis meses do ano passado, quando foram exportados US$ 2,97 milhões, a alta de 139,73%.
Em relação à quantidade, chegaram ao mercado internacional no primeiro semestre deste ano 2,81 mil toneladas do produto, o que corresponde a um crescimento de 145,23%, frente a igual periodo 2008, quando foram exportadas 1,15 mil toneladas de mel.
O volume total das exportações brasileiras chegou a US$ 38,84 milhões, o que representa alta de 112,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O Estado de São Paulo, com US$ 11,16 milhões exportados, permanece em primeiro lugar no semestre. Atrás do Ceará aparecem Rio Grande do Sul (US$ 5,79 milhões), Santa Catarina (US$ 4,92 milhões) e Piauí (US$ 3,95 milhões).
O principal destino do mel brasileiro são os Estados Unidos, que compraram US$ 24,86 milhões, ou seja, 60% da produção. Em segundo lugar vem Alemanha, com 21% de participação (US$ 8,16 milhões) na pauta de exportações, seguida pelo Reino Unido, com 8%(US$ 3,15 milhões).
´Nosso desafio agora é diminuir a dependência do mercado americano, que tradicionalmente paga menos que o europeu´, avalia o analista do Sebrae e coordenador nacional da Rede Apis (Apicultura Integrada e Sustentável), Reginaldo Resende. Ele lembra que a alta participação dos Estados Unidos começou em março de 2006, quando o mercado europeu impôs embargo à importação de vários produtos brasileiros, inclusive o mel. ´Esse entrave só chegou ao fim em março de 2008, e foi causado porque o Governo Brasileiro não cumpriu o Programa Nacional de Controle de Resíduos´.
Sérgio Resende comemora o crescimento da demanda de países da Europa por mel, já que, segundo ele, a interrupção das importações pelo continente aconteceu apenas por advertência. ´Não houve nenhuma ocorrência de contaminação que justificasse o embargo. Pelo contrário: o mel brasileiro passou a ser duplamente avaliado, passando tanto pelos laboratórios do Ministério da Agricultura quanto por laboratórios europeus´.
No mês de junho, quando arrecadou US$ 547 milhões, o Ceará ficou em quarto na lista dos maiores exportadores do país, e em segundo no valor do quilo, que foi vendido em média por US$ 2,63. No último mês, foram comercializados para o exterior 2.069.460 quilos de mel nacional, o que representa faturamento de US$ 5,136 milhões para produtores de todo o país. O valor representa alta de 19,9% em relação a junho de 2008, e queda de 35,6% frente à maio.
´Como nós tivemos recordes seguidos de exportação em fevereiro, março e abril, é natural que os próximos meses apresentem queda´, avalia Resende, para quem o aumento inesperado na demanda pelo mel brasileiro se deve ao vazio de oferta no mercado internacional. ´Países com grande produção, como é o caso da Argentina, Uruguai, Austrália e Estados Unidos enfrentaram todos episódios de desastres naturais, como seca, incêndios e fuga de enxames´.
Katharine Magalhães
Especial para Economia
Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=657300
Em relação à quantidade, chegaram ao mercado internacional no primeiro semestre deste ano 2,81 mil toneladas do produto, o que corresponde a um crescimento de 145,23%, frente a igual periodo 2008, quando foram exportadas 1,15 mil toneladas de mel.
O volume total das exportações brasileiras chegou a US$ 38,84 milhões, o que representa alta de 112,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O Estado de São Paulo, com US$ 11,16 milhões exportados, permanece em primeiro lugar no semestre. Atrás do Ceará aparecem Rio Grande do Sul (US$ 5,79 milhões), Santa Catarina (US$ 4,92 milhões) e Piauí (US$ 3,95 milhões).
O principal destino do mel brasileiro são os Estados Unidos, que compraram US$ 24,86 milhões, ou seja, 60% da produção. Em segundo lugar vem Alemanha, com 21% de participação (US$ 8,16 milhões) na pauta de exportações, seguida pelo Reino Unido, com 8%(US$ 3,15 milhões).
´Nosso desafio agora é diminuir a dependência do mercado americano, que tradicionalmente paga menos que o europeu´, avalia o analista do Sebrae e coordenador nacional da Rede Apis (Apicultura Integrada e Sustentável), Reginaldo Resende. Ele lembra que a alta participação dos Estados Unidos começou em março de 2006, quando o mercado europeu impôs embargo à importação de vários produtos brasileiros, inclusive o mel. ´Esse entrave só chegou ao fim em março de 2008, e foi causado porque o Governo Brasileiro não cumpriu o Programa Nacional de Controle de Resíduos´.
Sérgio Resende comemora o crescimento da demanda de países da Europa por mel, já que, segundo ele, a interrupção das importações pelo continente aconteceu apenas por advertência. ´Não houve nenhuma ocorrência de contaminação que justificasse o embargo. Pelo contrário: o mel brasileiro passou a ser duplamente avaliado, passando tanto pelos laboratórios do Ministério da Agricultura quanto por laboratórios europeus´.
No mês de junho, quando arrecadou US$ 547 milhões, o Ceará ficou em quarto na lista dos maiores exportadores do país, e em segundo no valor do quilo, que foi vendido em média por US$ 2,63. No último mês, foram comercializados para o exterior 2.069.460 quilos de mel nacional, o que representa faturamento de US$ 5,136 milhões para produtores de todo o país. O valor representa alta de 19,9% em relação a junho de 2008, e queda de 35,6% frente à maio.
´Como nós tivemos recordes seguidos de exportação em fevereiro, março e abril, é natural que os próximos meses apresentem queda´, avalia Resende, para quem o aumento inesperado na demanda pelo mel brasileiro se deve ao vazio de oferta no mercado internacional. ´Países com grande produção, como é o caso da Argentina, Uruguai, Austrália e Estados Unidos enfrentaram todos episódios de desastres naturais, como seca, incêndios e fuga de enxames´.
Katharine Magalhães
Especial para Economia
Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=657300
PROJETO DE R$ 109 MIL
Apicultores constroem unidade beneficiadora
Passar a atender diretamente o mercado consumidor é o próximo passo dos apicultores de Morada Nova, cidade distante 168 quilômetros de Fortaleza, para consolidar um arranjo produtivo do mel naquela localidade. Atualmente, em torno de 40 produtores estão organizados por meio da Associação Comunitária dos Apicultores daquele Município (APIMN), que com o apoio do governo do Ceará, obtiveram financiamento de R$ 109 mil para construção de uma unidade de beneficiamento e armazenamento de mel, possibilitando o fornecimento do produto em sachês.
´Hoje, comercializamos o mel a granel para empresas que beneficiam o produto e o vendem para o mercado nacional e internacional. Mas agora, com o projeto da beneficiadora, estamos nos organizando para vender diretamente ao mercado consumidor´, destaca o presidente da APIMN, José Aldenir dos Santos.
Para tanto, fala, a Associação já está no processo de obtenção do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), monitorado pelo Ministério da Agricultura, o que vai possibilitar ainda a exportação do produto. Em 2008, a produção local de mel chegou a 330 toneladas.
Ainda de acordo com José Aldenir, depois que a unidade de beneficiamento e armazenamento estiver concluída, a APIMN pretende adquirir novos equipamentos para envasar o mel, além de sachês, também em potes e tambores com capacidade para 300 quilos.
´Todo esse esforço é importante para fortalecer a cadeia produtiva do mel no próprio município, fazendo com que os produtores locais, permaneçam no campo, gerando emprego e renda e fortalecendo a economia da região. Afinal, é do Interior que saem boa parte dos produtos consumidos na Capital. Então, está é uma maneira de ajudar o Interior do Estado a crescer e a se desenvolver´, argumenta o presidente da APIMN. (ADJ)
Fonte: Diário do Nordeste - Caderno Negócios
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=657295
Seria melhor avaliar a performance de cada estado (também) considerando-se o volume de mel embarcado num determinado período e não o equivalente valor em dólar pois o preco diferenciado do mel orgânico e a concentracão de exportacões desse tipo de mel em alguns estados (entre eles o Ceará) pode acarretar em diagnósticos ou análises parcialmente enviesadas.
ResponderExcluir