quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EXPORTAÇÕES CEARENSES

Com queda de 18,2% nas exportações até julho, empresários cearenses aumentam variedade de itens

MEL FOI O produto com melhor desempenho entre os 15 listados pela Secretaria do Comércio Exterior. Em sete meses, alta nas exportações foi de 153,8%


Diversificação na pauta volta a ganhar força
KATHARINE MAGALHÃES
ESPECIAL PARA ECONOMIA

Com 728 itens comercializados no exterior nos primeiros sete meses do ano, a diversificação na pauta de produtos cearenses exportados teve crescimento de 11,1%. O incentivo para que empresários cearenses incrementem a lista de itens vendidos para outros países é um dos destaques do Encontro do Comércio Exterior (Encomex) que termina hoje, no Centro de Negócios do Sebrae.

"O Ceará tem diversificado produtos e empresas que atuam no comércio exterior, inclusive com a presença de empresas de menor porte nas exportações", afirma o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Fábio Martins.

A oferta de novos itens aos países importadores é defendida como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, que ainda assim não deixaram de ser percebidos no resultado de janeiro a julho - em sete meses, com faturamento de US$ 589,5 milhões, o Estado exportou 18,2% menos que no mesmo período do ano passado.

Mel lidera alta

O maior destaque dos últimos sete meses nas exportações cearenses ficou com o mel, que teve alta de 153,8% nas exportações realizadas até julho, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC. Em sete meses, a venda do produto cearense no mercado externo obteve US$ 8,1 milhões, frente ao resultado de US$ 3,2 milhões em 2008. Na relação de 15 itens, além da comercialização de mel, apenas a venda de produtos eletrônicos e eletrodomésticos registrou avanço neste segmento, a alta foi de 45,1% até julho deste ano, com US$ 14,2 milhões em faturamento.

O especialista em mercado agrícola da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), Sérgio Baima, lembra que a diversificação exige planejamento a médio e longo prazo. "Há uma estrutura de compra, que não pode ser modificada de um ano para outro", avalia. "Mas uma crise tem esse aspecto positivo, porque o setor passa a se preocupar em reduzir os custos, procurar outros mercados e diversificar produtos".

O setor de fruticultura, segundo Baima, teve queda de 19,3% até julho, puxado principalmente pela redução de 86,8% na demanda por polpa de fruta, produto que no Ceará é exportado apenas para Estados Unidos.

De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, a participação do Estado nas exportações brasileiras teve ligeira alta de janeiro a julho (passou de 0,6% em 2008 para 0,7% este ano), mas o Ceará continua ocupando a 14ª posição entre os 27 listados. Na Região Nordeste, o desempenho das exportações cearenses foi o terceiro melhor, ficando atrás dos Estados da Bahia e Maranhão.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste. Caderno Negócios. Fortaleza, 13 de agosto de 2009.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=661620

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