quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Política Fiscal - Arrecadação de tributos no Brasil

16/09/2010 - 14h49

Arrecadação cresce 15% em agosto e atinge recorde de R$ 62,7 bi

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

A arrecadação federal de impostos e contribuições bateu em agosto deste ano o recorde histórico para o mês ao atingir R$ 62,721 bilhões, informou nesta quinta-feira a Receita Federal.

O resultado representou uma alta nominal de 20,5% ante mesmo mês do ano passado e avanço real (com correção pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 15,32%.

Com o resultado de agosto, a arrecadação acumula no ano R$ 510,185 bilhões, um avanço nominal de 18,07% ante os oito primeiros meses de 2009. Corrigida pela inflação, a arrecadação do ano acumula R$ 513,816 bilhões, uma alta real de 12,59% ante igual período do ano passado.

Apesar do bom resultado em agosto, a arrecadação do mês ficou abaixo da registrada em julho, quando foram arrecadados, ao todo, R$ 67,973 bilhões. O recuo de agosto ante julho é da ordem de 7,76% em termos reais e de 7,73% em termos nominais.

Em todos os meses deste ano houve avanço na arrecadação na comparação com igual mês do ano anterior.

A Receita Federal atribui esse resultado especialmente à recuperação de indicadores macroeconômicos que influenciam a arrecadação de tributos, como a produção industrial, a venda de bens e a massa salarial, que influenciam diretamente IPI, PIS/Cofins e contribuição previdenciária.

TRIBUTOS

Em relação aos tributos, as receitas que mais puxaram o crescimento nesse período foram o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com alta de R$ 2,368 bilhões em relação ao ano passado. As receitas da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), imposto ligado às vendas e ao faturamento, subiram R$ 2,368 bilhões.

Em termos percentuais, no entanto, o imposto com maior alta na arrecadação foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com aumento de 39,51%. De acordo com a Receita, o principal fator para essa variação foi a taxação de IOF sobre o capital estrangeiro que entra no país, em vigor desde outubro do ano passado.

No acumulado do ano, as receitas que mais cresceram foram a da Cofins e do PIS/Pasep, com alta de R$ 15,593 bilhões. Em seguida, vêm as receitas previdenciárias, com incremento R$ 14,075 bilhões, e o Imposto sobre Operações Financeiras, que subiram R$ 4,237 bilhões de janeiro a agosto.


Com Agência Brasil

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