O governo brasileiro terá de cortar gastos para conseguir ajustar suas contas depois do anúncio de mais um pacote de desonerações tributárias, que custarão mais R$ 3,3 bilhões ao longo do segundo semestre de 2009, avaliou o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria. Para o economista, a queda brusca da arrecadação e o sucessivo aumento das despesas, principalmente com gastos vinculados ao funcionalismo público, obrigam o governo a fazer um ajuste nas contas para atingir a meta de superávit primário (economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida) prevista para o ano. A meta estabelecida para 2009, para todo o setor público (o que inclui Estados, municípios e empresas estatais), é obter um superávit equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em maio, porém, como informou ontem o Banco Central (BC), o superávit acumulado em 12 meses foi de 2,28% do PIB.
"O governo terá de fazer um contingenciamento de gastos para comportar essa renúncia de imposto", disse o economista. "Não dá para cumprir meta de superávit com o atual nível de despesas. É necessário um planejamento dos gastos até o fim do ano para que as contas fiquem ajustadas." Apesar da necessidade de corte dos gastos, o economista frisou que a isenção de imposto tem papel relevante na retomada da atividade econômica. Entre as desonerações anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Salto destacou a isenção do IPI sobre bens de capital (máquinas e equipamentos) até o fim deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Yahoo! Notícias
http://br.noticias.yahoo.com/s/30062009/25/economia-governo-perde-r-9-bi.html
Crédito da imagem: Jornal Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário