terça-feira, 30 de junho de 2009

Governo perde R$ 9 bi em impostos

Em todo o ano de 2009, o governo federal vai abrir mão de aproximadamente R$ 9 bilhões com a isenção temporária da cobrança de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, produtos da chamada linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e material de construção, além do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a farinha de trigo e o pão francês, entre outros, de acordo com dados da Receita Federal.

O governo brasileiro terá de cortar gastos para conseguir ajustar suas contas depois do anúncio de mais um pacote de desonerações tributárias, que custarão mais R$ 3,3 bilhões ao longo do segundo semestre de 2009, avaliou o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria. Para o economista, a queda brusca da arrecadação e o sucessivo aumento das despesas, principalmente com gastos vinculados ao funcionalismo público, obrigam o governo a fazer um ajuste nas contas para atingir a meta de superávit primário (economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida) prevista para o ano. A meta estabelecida para 2009, para todo o setor público (o que inclui Estados, municípios e empresas estatais), é obter um superávit equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em maio, porém, como informou ontem o Banco Central (BC), o superávit acumulado em 12 meses foi de 2,28% do PIB.

"O governo terá de fazer um contingenciamento de gastos para comportar essa renúncia de imposto", disse o economista. "Não dá para cumprir meta de superávit com o atual nível de despesas. É necessário um planejamento dos gastos até o fim do ano para que as contas fiquem ajustadas." Apesar da necessidade de corte dos gastos, o economista frisou que a isenção de imposto tem papel relevante na retomada da atividade econômica. Entre as desonerações anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Salto destacou a isenção do IPI sobre bens de capital (máquinas e equipamentos) até o fim deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Yahoo! Notícias

http://br.noticias.yahoo.com/s/30062009/25/economia-governo-perde-r-9-bi.html


Crédito da imagem: Jornal Brasil

http://www.jornalbrasil.com.br/index.php

sábado, 20 de junho de 2009

CENTENÁRIO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE - CE

Juazeiro define marco zero


Tudo começou com um sonho do Padre Cícero, no natal de 1871. Era a profecia da sua vinda para JuazeiroJuazeiro do Norte. Uma pequena Vila, onde existiam algumas casinhas, uma capela em louvor a Nossa Senhora das Dores, a casa do brigadeiro Leandro Bezerra e três pés de Juazeiro.


Assim começa a história de uma das cidades que mais cresce no Interior do Estado, que em 2011 comemora o seu centenário. O marco zero da cidade será a reprodução do Juazeiro primitivo, resgatado numa pintura da artista plástica e contemporânea do Padre Cícero, Assunção Gonçalves, hoje com mais de 90 anos.


Além da pequena vila, será construída a praça, um obelisco, como em Recife, explicando o marco zero, e a Rua do Centenário, possibilitando o contorno para quem desce pela Rua São Pedro e retorna pela Avenida Padre Cícero, entre o Centro de Apoio ao Romeiro e os arcos da Basílica de Nossa Senhora das Dores. O começo da obra, idéia inicial proposta pala Comissão do Centenário, ainda não se sabe, “mas o final sabemos”, afirma o integrante da Comissão, o escritor e pesquisador Daniel Walker.


No próximo dia 18 de julho, serão abertas as comemorações do centenário do município. O marco será os 100 anos do jornal “O Rebate”, veículo que marcou a luta pela conquista da independência política de Juazeiro do Crato. Mas vários outros projetos estão sendo trabalhados de forma paralela. A comissão tem se debruçado nas pesquisas históricas e feito propostas para o resgate de momentos importantes que se destacaram na história da cidade.


Outro aspecto importante será o resgate do local onde o Padre Cícero teve o sonho. Uma casa, próximo da imagem de “La Pietá”, à frente da Basílica. Tudo indica que foi nas proximidades e para encontrar as bases da casa, será necessário um trabalho de escavação. Segundo o pesquisador Daniel Walker, a casa pertencia a dona Albuína, já falecida. Há informação da presença de um sobrinho da proprietária da casa residindo em Juazeiro.


Caso a “sapata da casa” seja encontrada, a idéia, conforme Daniel Walker, é delimitar a área com correntes e colunas e será colocada uma tampa de vidro. A “casa do sonho” será instrumento de contemplação e resgate de uma história que em pouco tempo teve suas origens apagadas, o que tanto lamenta Assunção Gonçalves, ao observar em seu quadro o início já relatado por pessoas que viveram os momentos de construção da terra do “Padim”.


A Comissão tem se reunido mensalmente. O projeto para construção do marco zero está em fase de desenvolvimento, a cargo da arquiteta da Prefeitura de Juazeiro, Gisele Menezes. Cada passo buscará manter a fidedignidade à simplicidade da pequena vila. Em 15 de setembro de 1827 poderá ser estabelecida como a data do marco inicial da história do município, dia de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade. Marca também uma das maiores romarias da cidade.


Locais onde aconteceram fatos marcantes terão suas histórias registradas em placas. A casinha de taipa onde nasceu a beata Maria de Araújo era exatamente onde hoje se encontra o prédio dos Correios. Uma parceria do órgão com a Prefeitura irá identificar com placas esses locais de destaque em Juazeiro. Além dela, outra casa terá informações históricas afixadas em placa. No local, o “Padim” tomou posse como o primeiro prefeito da cidade.


Mais informações:
Secretaria de Turismo e Romaria
Praça do Cinqüentenário, S/N - Bairro do Socorro
Juazeiro do Norte
(88) 3511.4040


ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter

“O crescimento não nos torna mais ricos, e sim mais pobres”

19/06/2009 - 16:04:17

O economista e cientista político alemão Elmar Altvater teme que na crise sejam escolhidas pelos governos, mas também por movimentos sociais, estratégias de salvação do capitalismo


Ainda repercutindo o debate levantado na IHU On-Line número 295, sobre a necessidade de pensarmos em uma economia mais compatível com a sustentabilidade do planeta, entrevistamos nesta semana, por e-mail, o economista alemão Elmar Altvater. Para ele, “na mais grave crise econômica da forma de produção capitalista desde sua origem, coloca-se de maneira dramática a alternativa entre a salvação do capitalismo e a passagem a uma forma de economia ecológica, ou seja, sustentável”. Ele aponta que “a sustentabilidade ecológica só é possível numa sociedade democrática e de distribuição equitativa de recursos”. No entanto, continua ele, esta sociedade “também é minada pela crise financeira e econômica”.


Elmar Altvater é professor de Ciência Política na Universidade Livre de Berlim. É autor de diversos livros e artigos nos quais estuda a evolução do capitalismo, a teoria do Estado, a política de desenvolvimento, a crise do endividamento e as relações entre economia e ecologia. Entre suas obras publicadas em português, citamos O preço da riqueza. Pilhagem ambiental e a nova (des)ordem mundial (São Paulo: Unesp, 1995).


Confira a entrevista.


IHU On-Line - Nesse momento de crise global da economia capitalista, quais são as possibilidades e os limites de se pensar uma economia que leve em conta a sustentabilidade da terra?

Elmar Altvater - Na mais grave crise econômica da forma de produção capitalista desde sua origem, coloca-se de maneira dramática a alternativa entre a salvação do capitalismo e a passagem a uma forma de economia ecológica, ou seja, sustentável. É de se temer que na crise sejam escolhidas pelos governos, mas também por movimentos sociais, estratégias de salvação do capitalismo. Na Alemanha, com uma absurda subvenção ao sucateamento de automóveis (”Prêmio pelo desmantelamento” [Abwrackprämie]), a manutenção da sociedade automobilística é prorrogada em direção ao futuro, quando, já devido ao “Peakoil” (pico do petróleo) e ao ameaçador colapso climático, ela não tem mais futuro e deve ser abandonada. Em outras nações podem ser encontrados exemplos semelhantes, que explicitam uma só coisa: precisamente na situação de crise é difícil forjar coalizões políticas para uma alternativa duradoura.


IHU On-Line - Pensando em uma economia mais ecológica, quais seriam seus princípios e qual seria sua função na sociedade?


Elmar Altvater - A longo prazo, a economia deve ser ecológica, ou seja, deve levar em conta as condições naturais de todas as transformações de matéria e energia. Caso contrário, a economia capitalista destruirá suas próprias bases. Isto já está acontecendo, porque o rasto ecológico é muito maior do que deveria ser, em vista dos limitados recursos e da capacidade produtiva do Planeta Terra. O princípio ecológico da sustentabilidade deve orientar-se segundo o fluxo de energia e a capacidade de absorção das esferas terrestres para materiais nocivos. Expresso fisicamente, o aumento de entropia deve ser mantido em zero.


IHU On-Line - É possível calcular o custo dos desgastes ambientais provocados pela economia clássica?


Elmar Altvater - Há muitos esforços para calcular os custos dos prejuízos ambientais. O resultado é geralmente assustador. Entrementes, se pode partir do fato de que os custos do acréscimo do produto social são 100 mais do que 100. Em outras palavras: o crescimento não nos torna mais ricos, mas sim mais pobres. Esta é possivelmente a razão para o aumento da pobreza no mundo, embora, nos objetivos de desenvolvimento do milênio, esteja planejada uma redução da pobreza em 50%. Em todo o caso, cálculos monetários dos prejuízos ambientais são mais do que problemáticos. Porque se pressupõe que a natureza possa ser expressa em valores monetários. Isso, por sua vez, exige propriamente um mercado no qual são constituídos preços, e no mercado só podem ser negociadas mercadorias, nas quais existem direitos de propriedade. Uma condição para o cálculo monetário é, por conseguinte: a natureza deve ser transformada em valor, para poder ser calculada monetariamente. Porém, qual é o valor de um peixe-boi, qual é a perda em valores monetários quando uma espécie é extinta? Quem calcularia os custos da perda do Dodô, uma ave de locomoção terrestre que, por ter sido tão lenta, foi abatida no século 18 até seu último exemplar? A avaliação monetária de danos ecológicos não tem nenhum sentido; no melhor dos casos, ela teria um valor pedagógico, de alarme.


IHU On-Line - Que relações podemos estabelecer entre o modo de vida urbano e o consumo desenfreado e não sustentável?


Elmar Altvater - Cidades já existem desde a revolução neolítica na história da humanidade. Elas são os lugares da comunicação, da formação, da ciência, mas também da dominação concentrada e da exploração da terra. Na modernidade, as cidades são expressão do deslocamento da vida econômica da sociedade e da natureza. Pressuposto para isto é a mobilidade moderna com o automóvel, cujo combustível é extraído de portadores fósseis de energia. As cidades modernas são construídas para os automóveis, com autoestradas urbanas e parques de estacionamento, shoppings, os artefatos da superação de distâncias entre locais de moradia, trabalho, recreação, tempo livre etc. Isto só pode ser modificado se for estabelecido outro conceito não-fóssil de mobilidade.


IHU On-Line - Como o senhor relaciona a questão da criação de necessidades, o consumo, o desperdício e o caos climático, considerando a contrariedade e o paradoxo disso com o momento de crise em que vivemos?


Elmar Altvater - Por causa da crise econômica, muitas pessoas são ou serão compelidas à condição de pobreza e já nem tem mais muitas possibilidades para um consumo intensivo de recursos. Por outro lado, o consumo de baixo custo do supermercado é muito intensivo de recursos, pelo menos nas nações industrializadas. Por isso, a pobreza não irá reduzir duradouramente o consumo de recursos. Isto aponta para o fato de que a sustentabilidade ecológica só é possível numa sociedade democrática e de distribuição equitativa de recursos. Mas esta também é minada pela crise financeira e econômica. As medidas econômicas para o estado de necessidade foram todas tomadas, nas nações industrializadas, ao largo dos legítimos órgãos de uma sociedade democrática.


IHU On-Line - Pensando numa sociedade ideal, quais poderiam ser apontadas como “justas” e “reais” necessidades humanas, que favorecessem a qualidade de vida e as condições ambientais? Uma mudança na economia seria aqui necessária?


Elmar Altvater - A pergunta sobre a “vida boa” já foi levantada por Aristóteles. Sua resposta foi: uma vida sem aspirar por aquisição de capital, portanto, sem lucro e juros. Esta resposta também hoje ainda é correta e ela aponta, de maneira diversa do que na época de Aristóteles, por que então, na velha Grécia do 4º século antes de Cristo, ainda não existia nenhum capitalismo, para a necessidade de uma superação do capitalismo e para uma revolução social e ecológica. Uma revolução política pode - como já muitas vezes na história (também são exemplos a revolução francesa e a russa) - ocorrer muito rapidamente como assunção do poder, mas uma revolução social e ecológica necessita muito tempo. Porque o sistema energético e uma forma de produção não podem ser modificados de hoje para amanhã, porém somente em décadas. Não obstante isso, trata-se de uma revolução e ela deve iniciar agora, se quisermos evitar o colapso climático.


IHU On-Line - O senhor acredita que a sociedade está hoje mais consciente em relação ao caos climático, a ponto de mudar seus hábitos e provocar mudanças nas grandes corporações? Não é o capital que ainda tem mais poder?


Elmar Altvater - A consciência da necessidade de frear a mudança climática está amplamente difundida. Mas os interesses econômicos no modo capitalista da agricultura e da indústria são muito fortes. Os consórcios transnacionais subscreveram em parte o compacto global do secretário geral da ONU, se obrigam voluntariamente à “corporate social responsiblity”, porém buscam apenas o princípio do lucro. Eles só podem realizá-lo se a economia cresce e para isso eles necessitam de apoio político. É tarefa dos movimentos sociais defenderem-se contra a dominação dos consórcios multinacionais, formularem seus próprios projetos, intervirem em favor de energias renováveis e formas solidárias de promoção da economia. A crise atual do capitalismo também é, por isso, uma possibilidade de dar passos em frente nessa direção.


Fonte: Mercado Ético
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/o-crescimento-nao-nos-torna-mais-ricos-e-sim-mais-pobres/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mercado-etico-hoje

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dilma anuncia Plano de Desenvolvimento para Nordeste


Em tom de promessa eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje, em Fortaleza, que o presidente Luís Inácio Lula da Silva pediu a ela que pensasse na elaboração de um plano de desenvolvimento para o Nordeste. De acordo com Dilma, o tema estará em discussão nos próximos meses, tornando-se "prioridade dos mais diversos ministérios". "Essa é uma grande preocupação do presidente Lula", garantiu a ministra, virtual candidata à Presidência da República em 2010. Sem dar maiores detalhes, ela garantiu ser esse plano estratégico para o Brasil.

O anúncio foi feito durante reunião de avaliação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no auditório da sede do Banco do Nordeste. Dilma passou o dia em Fortaleza. Além de avaliar o PAC, ela participou, na sede do governo cearense, ao lado do governador Cid Gomes (PSB), da assinatura de um convênio para a instalação de uma siderúrgica no Porto de Pecém; no início da noite, ao lado prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT). A ministra esteve na Favela Maravilha, cuja urbanização integra o PAC.

Dilma garantiu que a economia dá sinais de melhora e que voltará a crescer a partir de 2010. "Nós não somos responsáveis pela crise, mas a crise chegou ao Brasil. O PAC é uma vacina, um antídoto. Como era no passado? O Brasil quebrava e recorria ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não foi isso que aconteceu desta vez", disse a ministra. "Nós não quebramos. Nós não temos nada a ver com aquele País de 2002, que quebrava. Nós não durávamos três dias no passado", completou. Ela também ressaltou o fato de o governo não ter feito cortes no PAC. Ao contrário, ampliou os recursos do programa de R$ 503,9 bilhões para R$ 646 bilhões (2007 a 2010) e de R$ 693 bilhões para R$ 1,148 trilhões (inclusive pós 2010).

"Dizem que PAC é uma obra de pirotecnia. Não é nada disso. É inclusão social e aumento de oportunidades. Um conjunto de obras que tentam que solucionar gargalos para que o Brasil cresça", defendeu Dilma.


Fonte: Yahoo! Notícias

http://br.noticias.yahoo.com/s/17062009/25/politica-dilma-anuncia-plano-desenvolvimento-nordeste.html

Crédito da foto: Blog Amazônia e Sociedade em Foco

http://blogs.universia.com.br/zaqueusouza/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Carga tributária no Brasil chega a 38,45% do PIB no primeiro trimestre

SÃO PAULO - A carga tributária no Brasil, que é a relação entre arrecadação e o PIB (Produto Interno Bruto), chegou a 38,45% no primeiro trimestre deste ano, resultado de uma arrecadação de tributos federais, estudais e municipais na ordem de R$ 263,22 bilhões, de acordo com dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Divulgado nesta quarta-feira (17), o levantamento mostrou que a carga tributária do primeiro trimestre do ano passado foi de 38,95%, quando o pagamento de tributos nas três esferas somou R$ 259,22 bilhões.

Na comparação entre os dois períodos, os tributos federais apresentaram recuo de R$ 55 milhões em seu recolhimento, enquanto os estaduais e municipais cresceram R$ 4,24 bilhões e R$ 30 milhões, respectivamente.

Trimestres

"Tradicionalmente, é no primeiro trimestre de cada ano que a arrecadação atinge seu maior nível", afirmou o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

Isso acontece, segundo explicou, porque é nesse momento que se cobra um grande número de tributos, como o Imposto de Renda, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano). Além disso, também existe a cobrança de impostos referentes a dezembro do ano anterior, como o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

Tributos

A Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) apresentou o maior recuo nominal entre os primeiros três meses de 2008 e 2009, de R$ 3,22 bilhões. O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) veio na sequência, com queda de R$ 1,87 bilhão. Por outro lado, contribuições para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tiveram o maior aumento nominal no período analisado, de R$ 4,70 bilhões.


Fonte: http://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2009/06/17/ult4040u20043.jhtm

Concurso público em Juazeiro do Norte

A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte divulgou o Edital – Concurso Público do Município. Clique aqui para baixar. ou visite o site da prefeitura do Município de Juazeiro do Norte através deste endereço: http://www.juazeiro.ce.gov.br

Concurso público em juazeiro do Norte


A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte divulgou o Edital – Concurso Público do Município. Clique aqui para baixar. ou visite o site da prefeitura do Município de Juazeiro do Norte através deste endereço: http://www.juazeiro.ce.gov.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Critérios técnicos para as RMs

Para Clélia Lustosa, integração entre municípios é prioritária para constituição de regiões metropolitanas.

O projeto de indicação do deputado Idemar Citó (PSDB) para a criação de mais uma região metropolitana no Estado, a de Inhamuns, do ponto de vista geográfico, segundo a professora do curso de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Observatório das Metrópoles, Núcleo de Fortaleza, Clélia Lustosa, não é viável. A estudiosa argumenta que para a criação de uma região metropolitana é preciso levar em conta questões administrativas, organizacionais e geográficas.
Dentre os principais fatores que caracterizam uma região metropolitana, de acordo com Clélia Lustosa, é a integração entre os municípios, ou seja uma complementação de serviços entre as cidades no intuito de garantir a sustentação da região, tendo como conseqüência disso, o desenvolvimento e crescimento igualitário, o que aponta não ser o caso da Região dos Inhamuns.
Além disso é preciso levar em conta outro critério, o da conurbação que é um conjunto formado por cidades reunidas, que constituem uma seqüência, sem, contudo, se confundirem, como é o caso de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, municípios pertencentes a Região Metropolitana do Cariri (RMC). Segundo aponta a geógrafa, tal fenômeno não ocorre nos Inhamuns onde os municípios que a formam não tem limites tão próximos ao passo de quase fundir as cidades.
Gerenciamento
Clélia Lustosa também argumenta que além de observar o aspecto geográfico e organizacional da região, é preciso considerar a administração de bens e serviços básicos para uma região como gestão dos recursos hídricos, saneamento, transporte e outros.Citando exemplo da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) a geógrafa da UFC destaca fatores essenciais para identificar aspectos de uma região metropolitana.
Ela ressalta o exemplo citado acima, da integração, destacando que cada cidade dentro da RMF tem sua peculiaridade e contribui para o desenvolvimento comum dos municípios que formam a Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo aponta, o lixo é de responsabilidade de Caucaia, Maracanaú é o pólo industrial, Pecém contribui com o Porto e Fortaleza se destaca como o pólo criador de serviço e emprego, além das outras cidades.
Clélia Lustosa aponta que é necessário em uma região metropolitana ter pelo menos uma cidade pólo, mais desenvolvida que seja sustentável do ponto de vista de bens e serviços, o que a geógrafa afirma não perceber, entre as cidades que formam a Região do Inhamuns, tal característica.
Infundada
A justificativa apresentada pelo deputado Idemar Citó para transformar Inhamuns em uma região metropolitana, é de que ela é uma das regiões mais pobres do Estado e portanto, precisa de ferramentas para crescer e se desenvolver, porém Clélia Lustosa aponta que isso não a qualifica a tornar-se uma região metropolitana no Estado.
O advogado constitucionalista Valmir Pontes Filho alerta que não basta a intenção de tornar uma região do Estado em metropolitana, tem que haver condições geopolíticas, econômicas e sociais para isso, podendo serem constatadas através de uma avaliação técnica, ratificando o que foi dito pela geógrafa Clélia Lustosa.
Agência
Com a aprovação da mensagem criando a RMC, o Governo do Estado pretende enviar para a Assembléia Legislativa, proposta que cria a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Cariri. Segundo o líder do Governo naquela Casa, deputado Nelson Martins (PT), tal ato deve ocorrer assim que o Conselho Deliberativo da RMC, que foi criado junto com a mensagem, realizar sua primeira reunião.
O petista explicou que a Agência da RMC funcionará nos mesmos moldes da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), no intuito de executar políticas públicas para o Cariri, pois, segundo ele, o conselho tem a função restrita de somente planejar as ações a serem traçadas para aquela Região do Sul do Estado.



Fonte: Jornal Diário do nordeste - Caderno Política - Forlaleza, 15-06-09
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=646653

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Economia do CE cresce 3,75% no 1º trimestre

Economia cearense reagiu melhor à crise financeira que o Brasil, que teve queda de 1,5% em igual período

Não se pode dizer que a crise financeira mundial não teve efeitos sobre a economia cearense, mas os dados do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Estado, apresentados ontem, mostram que as turbulências foram bem menos agressivas por aqui do que com o País como um todo. Resultado: enquanto que o Brasil sofreu queda de 1,5% em seu PIB nos três primeiros meses de 2008 sobre igual período do ano passado, no Ceará, em mesmo intervalo, observou-se alta de 3,75%. Se considerados os dados incluindo os impostos, o incremento na economia cearense ficou em 3,08%, ao passo que, no Brasil, houve uma queda de 1,8%.

A explicação para comportamentos tão diversos está na diferença da composição dos setores econômicos no Estado e no País, segundo explica a atual titular do Instituto de Pesquisa Estratégica e Econômica do Ceará (Ipece), Eveline Barbosa. ´A indústria foi a mais afetada no Brasil, e foi ela que puxou o PIB pra baixo. Aqui, a nossa indústria é mais voltada para o consumo e menos intensiva de capital´, justifica. ´A nossa indústria mais sofisticada é de alimentos, e o consumo se manteve´, complementa.

Mesmo assim, a indústria cearense não deslanchou no primeiro trimestre. Com a queda de 4,8% na indústria de transformação, o resultado total apontou um incremento de apenas 0,3%, puxado, principalmente, pela alta de 5,4% da construção civil. No País, a queda do PIB do setor chegou a 9,3%, com todos os segmentos da atividade em recessão.

Contudo, ainda que os resultados da indústria cearense — que representa 23% do PIB estadual — tenham ficado estáveis, nenhum dos setores da economia local tiveram decréscimo. Os serviços, que respondem por 69% de toda a riqueza produzida no Ceará, mostraram uma alta de 5,0% e a agropecuária, esta com participação de apenas 7% do PIB cearense, cresceu 3,74%.

Força dos serviços

´A natureza da economia de nosso Estado está nos serviços´, afirma a economista do Ipece, Eloísa Bezerra. Dentro do setor, o destaque foi para o comércio, que cresceu 9,7% no primeiro trimestre sobre o mesmo intervalo de 2008. ´O comércio funciona como um termômetro para a nossa economia. E o Ceará obteve o quarto maior consumo do comércio varejista no País neste período´, informa Eloísa.

O turismo contribuiu para os resultados positivos da economia cearense. Em meio à crise, e com o dólar ainda em forte cotação perante o real, os turistas nacionais acabaram optando por destinos nacionais, privilegiando o Ceará. ´Não existe um dado específico para medir o impacto do turismo, mas eles estão em vários segmentos dos serviços, com destaque para o alojamento e alimentação´, esclarece a titular do Ipece.

ACIMA DA MÉDIA NACIONAL - Projeção para o ano é de expansão de 2,5%

A previsão para o crescimento da economia cearense no ano de 2009 permanece a mesma que já havia sido divulgada pelo governo: 2,5%. Apesar de representar apenas a metade do incremento obtido pelo Estado no ano passado, o percentual ainda é bem superior à média do que está sendo projetado para o País, de 1%.

O crescimento do PIB cearense nesse primeiro trimestre reforçou a meta cearense. De acordo com a titular do Ipece, Eveline Barbosa, a alta de 3,08% — valor incluindo impostos — é bem inferior à média que o Ceará vinha apresentando nesse período, que era de um incremento de 5%. Entretanto, o resultado é visto de forma otimista, levando em consideração a atual conjuntura econômica. Para o segundo trimestre, a expectativa é ainda de crescimento, apesar de existirem alguns fatores que preocupam os economistas do Ipece. ´O PIB não deve ter um crescimento tão grande, mas também não deve ter resultado negativo´, aposta a economista do órgão, Eloísa Bezerra. O que pode influenciar de forma mais negativa o desempenho da economia local é a chamada ´seca verde´, ou seja, os estragos às lavouras por conta das chuvas excessivas no período.

´No primeiro trimestre, esperava-se uma safra recorde, e não foi. O milho e o feijão, que representam 80% da nossa agricultura, tiveram queda. A agropecuária, apesar de representar apenas 7% do PIB, tem variações muito grandes, que podem prejudicar o resultado total´, avalia o economista do Ipece, Rogério Barbosa.

Entretanto, o comércio deve continuar equilibrando a economia local nesse período. ´Os incentivos do governo têm feito as vendas crescerem. A Páscoa, que pensavam que seria um desastre, foi muito boa´, pondera a titular do Ipece.

Sérgio de Sousa - Repórter

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza, 11-06-09

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=645595

REGIÃO METROPOLITANA DO CARIRI


Foco para o desenvolvimento
A criação da Região Metropolitana do Cariri evidencia desafios a vencer e a necessidade da união de todos

Juazeiro do Norte. Expectativas de desenvolvimento e investimento em setores prioritários como turismo, indústria, segurança, agricultura e saúde. São estes os pontos destacados por representantes de diferentes segmentos sociais com a criação da Região Metropolitana do Cariri (RMC). A aprovação pela Assembléia Legislativa da mensagem do Governo do Estado que cria a região traz ânimo e poderá dar um novo fôlego para o desenvolvimento intermunicipal.

Pelo menos é o que espera o administrador da Basílica de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, padre Paulo Lemos. Ele ressalta a necessidade de maior integração dos municípios e a RMC vai possibilitar o fortalecimento desse processo. Esse é um dos aspectos que facilitará a obtenção de recursos, segundo avalia.

Padre Paulo destaca Juazeiro dentro desse processo, por ser a cidade que mais se desenvolve atualmente na região. “Mas devemos ver um desenvolvimento integrado com projetos na área da saúde, turismo, entre outros setores”, diz ele, ao acrescentar que ainda tem pouco conhecimento sobre a RMC. “O que a gente espera mesmo é o melhoramento, por meio de políticas integradas, mas com um olhar voltado para o potencial de cada cidade”, acrescenta o religioso.
“Os desafios são muitos e poucos foram concretizados”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro do Norte, Antônio Domingos Alves. Ele cita a agroindústria no Cariri, que está praticamente estagnada. Segundo ele, um dos pontos que precisam ser revistos é o setor canavieiro, já que no Cariri existia uma usina de processamento e o setor está parado, sem gerar empregos, antes com postos de trabalhos distribuídos para toda a região. A agricultura local precisa, segundo o presidente do sindicato, de mais investimentos públicos.
Para o presidente do sindicato há uma preocupação, já que o próximo ano é de eleição e há cobrança de impostos, fiscalização, captação por parte do Estado e poucos investimentos. “Tem blitze para tudo quanto é lado cobrando multa e os buracos são crescentes”, critica. Por outro lado, destaca o início de obras como o Hospital Regional, mas alerta para a importância de se acelerar esses projetos.
Força reivindicatória
O Cariri poderá inovar com o novo conceito de integração, conforme a presidente da Câmara de Dirigentes Lojista (CDL) de Juazeiro do Norte, Antônia Anier Salustriano da Silva. Ela destaca a importância da criação da Região Metropolitana do Cariri, fazendo com que o Cariri ganhe força nas reivindicações para melhorias nos diversos setores de desenvolvimento econômico.
Com isso, ela afirma que o Cariri vai ganhar mais em termos de comércio, as romarias de Juazeiro vão ter mais apoio e o crescimento será uma conseqüência desse processo. Anier ressalta os projetos que estão sendo implantados na região, a exemplo do Ronda do Quarteirão, nas três cidades que formam o Crajubar (Crato, Juazeiro e Barbalha). A segurança tem sido uma reivindicação constante da entidade, e, junto com o trânsito, segundo ela, são setores que merecem atenção especial ao pensar em desenvolvimento regional.
A criação de um plano diretor de desenvolvimento da Região Metropolitana do Cariri (RMC) é o primeiro desafio para o Conselho de Desenvolvimento e Integração, aprovado junto com a mensagem do Governo do Estado, na Assembléia Legislativa, que oficializa a Região Metropolitana.
O líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), destaca os investimentos que serão feitos na região, mas acrescenta a importância de haver um planejamento para as prioridades, como forma de ordenar o desenvolvimento. Conforme os prefeitos da região, há desafios a vencer, mas a união de todos é a meta no processo.
DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES
Conselho coordenará processo de integração
Juazeiro do Norte. O Conselho de Desenvolvimento e Integração do Cariri, explica o deputado Nelson Martins, irá coordenar o processo na região, observando quais os projetos prioritários para serem implantados. Também irá acompanhar a execução e implantação. Será formado por oito secretários do Estado e pelos nove prefeitos da região. Já o Fundo de Desenvolvimento, também criado para a RMC, será constituído, conforme o deputado, de recursos orçamentários do Estado, dos municípios e do Governo Federal, oriundos de empréstimos e bancos internacionais.
Alguns dos projetos considerados prioritários, o deputado afirma que já se encontram em andamento, como o Hospital Regional, Aterro Consorciado, Ceasa e o Cidades do Ceará. Ele destaca a necessidade de inserção de mais recursos para o desenvolvimento do turismo envolvendo as características regionais, além dos setores já bem trabalhados, como a indústria calçadista. Por conta de atividades na prática já serem desenvolvidas de forma integrada, viu-se a necessidade, conforme o líder do governo, de se criar a RMC.
O governo teve uma certa urgência, por conta de investimentos que estão sendo feitos em vários projetos voltados para o Cariri. As cidades que compõem a região metropolitana, além de Crato, Juazeiro e Barbalha, são as que fazem fronteira com esses municípios, como Santana do Cariri, Nova Olinda, Caririaçu, Farias Brito, Missão Velha e Jardim.



Martins ressalta a necessidade de descentralização de recursos no Estado, conforme vem sendo trabalhada pelo governo. O Cariri foi que apresentou melhores condições para se transformar numa região metropolitana, por ser a mais desenvolvida no Estado. A perspectiva é diminuir a desigualdade para os quase 560 mil habitantes da região.
Prefeitos apontam desafios a vencer
"O primeiro grande desafio da Região Metropolitana do Cariri é conseguir integrar os município numa política de desenvolvimento sustentável. Falta sentar e discutir metas e prioridades, com a apresentação de projetos de desenvolvimento econômico, criação de uma Zona de Processamento e Exportação de Produtos Industrializados (ZPE), o que irá diminuir a carga tributária dos produtos da região."

Manoel Santana
Prefeito de Juazeiro do Norte



"A consolidação da Região Metropolitana do Cariri já acontece com o desenvolvimento de projetos em comum, a exemplo do aterro consorciado, mas há questões prioritárias que devem ser mais trabalhadas como a segurança, o turismo integrado, melhoria de acesso aos municípios e ações em educação e infra-estrutura. Já há um trabalho em conjunto no ensino superior e uma discussão para um processo de integração."
José Leite
Prefeito de Barbalha



"Temos grandes desafios para a região, como o Hospital Regional do Cariri, melhoria da estrutura do Aeroporto, Centro de Feiras e Negócios do Cariri, Ceasa e criação da Universidade Federal do Cariri. Também há necessidade de investimento em saneamento ambiental. Precisamos de um planejamento mais amplo, investimento em educação profissionalizante e infra-estrutura para a criação de um parque industrial."

Samuel Araripe
Prefeito do Crato



Mais informações: Prefeituras Municipais
Juazeiro do Norte - (88) 3566.1002
Crato - (88) 3521.8969
Barbalha - (88) 3532.3022

ELIZÂNGELA SANTOS
Repórter


Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios. Fortaleza, 11-06-09
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=645557

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Criação da Região Metropolitana do Cariri é aprovada pela AL

A RMC será formada pelos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, bem como pelos municípios que lhes são limítrofes.

A Assembleia Legislativa aprovou na manhã desta terça-feira (09), a mensagem do governo do Estado que cria a Região Metropolitana do Cariri (RMC). O Projeto de Lei Complementar aprovado também cria o Conselho de Desenvolvimento e Integração, o Fundo de Desenvolvimento e Integração da RMC, além de incluir municípios de Pindoretama e Cascavel na Região Metropolitana de Fortaleza. O texto aceito por unanimidade na reunião conjunta de Comissões e na votação dos deputados altera ainda a composição de microrregiões do Estado.

A RMC será formada pelos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, bem como pelos municípios que lhes são limítrofes: Santana do Cariri, Nova Olinda, Farias Brito, Caririaçu, Missão Velha e Jardim. O secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, afirmou que a criação da Região Metropolitana irá contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Cariri. “Agora tanto o Estado como os municípios do Cariri poderão trabalhar o planejamento e a execução das ações de forma regional”.

Além disso, de acordo com o secretário, o Cariri passará a estar apto a acessar fundos públicos específicos para regiões metropolitanas. Após a aprovação na Assembleia a Lei aguardará a sanção do governador Cid Gomes.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria das Cidades
Carlos Henrique Camelo (chenrique@cidades.ce.gov,br - 3101.4462 / 8603.0369)

sábado, 6 de junho de 2009

Crato - Agricultura familiar vai movimentar R$ 1 milhão

Uma mini-fazenda foi montada na Exproaf. Foto: Antonio Vicelmo

Artesanato produzido pelos agricultores familiares


Pequenos produtores da agricultura familiar do Cariri provam a viabilidade do setor em exposição que acontece até amanhã (07-06)
Crato. Prossegue até amanhã a IX Exposição de Produtos da Agricultura Familiar (Exproaf), que tem como principal objetivo fortalecer a pequena produção de base familiar, por intermédio da exposição de produtos agrícolas, pecuários, pesca, apicultura e artefatos. O evento foi aberto na noite da última quinta-feira e está possibilitando a abertura de novos canais de negociação e comercialização, além da troca de experiências entre os pequenos produtores rurais de 29 municípios do Cariri.
A estimativa de negócios na feira aponta para R$ 1 milhão. O gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Adonias Sobreira, informou que serão assinados mais de 300 contratos de financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que se destina ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não-agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família.
Na solenidade de abertura, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Olinda, Kátia Pereira da Silva, reivindicou a ampliação do número de beneficiados no Programa Garantia Safra, distribuição de cestas básicas com as famílias atingidas pelos efeitos da seca e das enchentes, ampliação do programa de construção de cisternas, entre os pleitos principais.
O evento acontece no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti. Ontem, foi aberto seminário sobre a agricultura familiar que terá prosseguimento amanhã. No decorrer da Exproaf, são promovidos debates sobre projeto alternativo de desenvolvimento sustentável, territorialidade e políticas do programa do Território da Cidadania no Cariri, brucelose, controle e erradicação, inclusão das mulheres no Brasil rural, reforma agrária e alimentação e manipulação de alimentos da agricultura familiar.
Oportunidade de negócios
Os produtos são apresentados ao público em geral, em cerca de 50 estandes, distribuídos na área de exposição do parque, onde são comercializados, livremente, pelos pequenos produtores. O evento conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Rural que, além da ajuda financeira, colocou à disposição dos pequenos produtores a infra-estrutura do parque. O subsecretário estadual de Desenvolvimento Agrário, Antônio Rodrigues Amorim, destacou que uma das finalidades do evento é abrir oportunidade de negócios, com preços competitivos, à pequena produção.
No contexto da feira, foram reativados o engenho de rapadura e a casa de farinha, administrados por trabalhadores da agricultura familiar, que devem faturar cerca de R$ 15 mil com a venda de garapa, alfenim, rapadura, mel, beiju, tapioca, goma e bolo de mandioca. O administrador do engenho, Francisco Antônio da Silva, informou que serão moídas 20 toneladas de cana-de-açúcar durante o evento.No centro do parque, foi montada uma mini-fazenda com todas as atividades desenvolvidas numa grande propriedade: pecuária, ovinocaprinocultura, açude para abastecimento d’água e irrigação, hortifrutigranjeiro, uma pequena bodega e uma amplificadora.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato, José Ildo da Silva, a agricultura familiar constituída por pequenos e médios produtores representa a imensa maioria de produtores rurais do Cariri. É responsável pela produção dos principais produtos básicos da dieta do brasileiro como o feijão, arroz, milho, hortaliças, mandioca e pequenos animais. Em geral, são agricultores com baixo nível de escolaridade e buscam diversificar os produtos cultivados para reduzir os custos, aumentar a renda e aproveitar as oportunidades de oferta ambiental e disponibilidade de mão-de-obra.
A Exproaf, segundo Ildo, será o espelho dessa produção. Além de contribuir para a troca de informações entre os trabalhadores, será também uma oportunidade de comercialização e de divulgação dos produtos orgânicos, um seguimento da agricultura familiar que está tendo grande aceitação.
Mais informações:
Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato
Rua Pedro II, 56, (88) 3523.1623/ 3523.3809
Escritório da Ematerce
Crato (88) 3221.1283
ANTÔNIO VICELMO
Repórter

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 06-06-09

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meio Ambiente - Protocolo de Kyoto


Ilustração: GNU Free Documentation

O Protocolo de Kyoto é um tratado fechado entre os países industrializados e outros integrantes da ONU para redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. O mapa mostra, em verde, os países que assinaram e ratificaram o tratado; em cinza, os que não assinaram; e, em vermelho, os Estados Unidos, que assinaram, mas não ratificaram o tratado.





Veja mais sobre o Protocolo de Kyoto: http://ambiente.hsw.uol.com.br/protocolo-kyoto.htm

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CLADEA 2009 - Chamada de trabalhos


O Conselho Latino-Americano de Escolas de Administração CLADEA 2009 e a Universidad del Pacífico, convidam a participar da XLIV Assembléia Anual e apresentar trabalhos completos em diversas áreas temáticas.Os trabalhos serão revisados por especialistas da área, na modalidade “blind review” e os selecionados serão apresentados nas sessões concorrentes e publicados nos Anais do Congresso.Uma seleção dos melhores trabalhos será publicada em uma edição especial da revista ACADEMIA – Revista Latinoamericana de Administración.


OBJETIVOS DO CLADEA:

  • Promover um Fórum em nível internacional, para a discussão e análise dos resultados de pesquisas que estão sendo realizadas sobre América Latina.
  • Gerar impacto na cultura empresarial, com a participação da academia, para promover o desenvolvimento sustentável da América Latina.
  • Constituir um espaço de interação entre a empresa e a academia para que as competências profissionais estejam de acordo com a demanda.
  • Criar uma plataforma internacional onde os diretores e estudantes de diferentes instituições e países possam compartilhar os resultados de pesquisas.
  • Prover às organizações envolvidas no desenvolvimento da América Latina, informação e dados sobre os trabalhos apresentados.

TEMA DO ENCONTRO:

ACADEMIA E EMPRESA COM DESTINO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMÉRICA LATINA

FUNDAMENTOS DO TEMA

A participação ativa da academia na pesquisa deve conduzir a resultados que permitam tomar consciência dos macro-problemas da América Latina e suas formas de solução. A análise da pesquisa e inovação no tratamento dos problemas da América Latina deve produzir materiais de discussão que se repliquem em fóruns nacionais, através da rede de Universidades-membros do CLADEA, para impulsionar um processo de tomada de consciência e mudança de atitude frente aos múltiplos problemas que a América Latina enfrenta para seu desenvolvimento sustentável.A Academia e o Setor Empresarial, em um esforço conjunto, devem desenvolver formas de encontros permanentes onde a colaboração, a pesquisa, o desenvolvimento de novas carreiras levam a América Latina a um lugar de avançada na ordem de competitividade das nações, fundamentada no valor de contribuição de seu talento humano.


Com esta visão, para a reunião da XLIV ASSEMBLÉIA ANUAL DO CLADEA a ser realizada de 4 a 7 de novembro de 2009 na Universidad del Pacífico, Campus Guayaquil – Equador, foram selecionados sete eixos temáticos, dentro dos quais se deverão apresentar os trabalhos:

I EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO

II GERENCIA E ORGANIZAÇÕES

III ECONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTOIV DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

V CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS

VI DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

VII GLOBALIZAÇÃO E GESTÃO INTERNACIONAL

EVENTOS PARALELOS

Além das sessões temáticas da Agenda, está prevista a realização de painéis e palestras sobre temas indicados na programação, como também estão incluídos Consórcio Doutoral, posters, exibição de obras publicadas pelos Decanos e reuniões da Associação Alexander Von Humbolt.Está sendo promovido um encontro da Academia e o Setor Empresarial, pelo que há um convite especial para que as delegações das Universidades participantes incluam representantes dos setores empresariais, os quais contarão com uma Mesa de Trabalho, entre empresários e acadêmicos, para definir os rumos de encontro.


MESA DE TRABALHO:

RUMOS DE ENCONTRO ENTRE A ACADEMIA E A EMPRESA:
Competitividade
Responsabilidade social corporativa


EIXOS TEMÁTICOS

A seguir, estão sendo incluídos sete temas de modo que sirvam de guias para a apresentação de trabalhos, sem que isso seja excludente para outros temas relevantes. Cada eixo temático conta com um Painel em tema relevante, que permitirá uma análise sobre diferenças e coincidências da diversidade cultural.

I EDUCAÇÃO E GESTÃO NAS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO:

  • As melhores práticas do ensino e pesquisa nos níveis de graduação e pós-graduação em Administração.
  • Os desafios do futuro das Escolas de Administração.
  • Desenvolvimento de Docente: Ferramentas e experiências para incrementar a efetividade e produtividade dos professores.
  • Sistemas de avaliação do desempenho dos docentes e modelos para promover e compensar o docente.
  • Parâmetros éticos dentro da oferta das Escolas de Administração.
  • A sustentabilidade de ¨Marca e Produto¨ da Escola de Administração em um mundo globalizado.

PAINEL: Habilidades e competências para os executivos dascorporações multinacionais frente à globalização.

II GERÊNCIA E ORGANIZAÇÕES: (PRIVADA OU PÚBLICA)

  • Estratégia nas organizações.
  • Governo corporativo.
  • Gestão de investimentos em mercados emergentes.
  • Instituições financeiras de controle, de desenvolvimento, de investimento.
  • Comportamento do consumidor.

PAINEL: O papel das políticas públicas nos sistemas educativos.

III ECONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO:

  • Inserção do setor informal na economia.
  • A organização e os atores da economia informal em suas inter-relações com o setor formal.
  • Modelos de Microfinanças.
  • Microempreendedores como sustentáculo do desenvolvimento.
  • Cadeias produtivas e associativas.
  • Geração de emprego no setor informal.
  • O papel das Escolas de Administração no desenvolvimento dos setores informais e microempresariais.


PAINEL: Como incluir responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e técnicas de mercado para a base da pirâmide, nos currículos das Escolas de Administração.


IV DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

  • Impactos socioculturais dos sistemas tecnológicos e de informação.
  • Processo de tomada de decisões.
  • Impacto da inserção e não inserção tecnológica na América Latina.
  • O custo social pelo avanço tecnológico na América Latina.
  • Impacto das pesquisas em tecnologia para o desenvolvimento.
  • Mecanismos de Transferências Tecnológicas.


PAINEL: Custos da tecnologia para o desenvolvimento da América Latina versus custos nos países desenvolvidos.


V CAPITAL SOCIAL

  • Valorização da realidade social, de individuo ou grupo, por meio de novas metodologias de avaliação de projetos.
  • Novos índices para medir o desenvolvimento local.
  • A articulação de processos (valores, normas de confiança e participação) com a lógica dos resultados sociais e econômicos.


PAINEL: Incubação de Empresas e o perfil dos empreendedores.


VI DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

  • Responsabilidade no comércio e na indústria;
  • Gestão social e ambiental;
  • Avanços na Agenda 21, da Conferencia sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento das Nações Unidas.
  • Maior eficácia e procedimentos limpos nos processos de produção.
  • Articulação das políticas de desenvolvimento sustentável dentro do marco socioterritorial local.

PAINEL: The Yasuni initiative, a creative effort aiming at reducing global warming and other international experiences.

VII GLOBALIZAÇÃO E GESTÃO INTERNACIONAL

  • Integração latino-americana e globalização.
  • Blocos econômicos e de comércio.
  • Benchmarking da integração européia com a América Latina.
  • Estratégias para designar e implantar acordos bilaterais acadêmicos com sócios internacionais: modelos, experiências e inovação.
  • Mecanismos e instrumentos para a implantação de um sistema de padronização de graus e titulações acadêmicas.

PAINEL: Relações com a Ásia-Pacifico e a Bacia do Pacifico.


FORMATO PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS

Os trabalhos a serem apresentados no CLADEA 2009 poderão estar nos idiomas Espanhol, Português e Inglês e para a apresentação do texto e das referencias bibliográficas, inclusive citações, devem obedecer às regras estabelecidas em MLA - Modern Language Association. Os trabalhos serão avaliados por especialistas em cada track, na modalidade “blind review” e os selecionados que forem apresentados na Assembléia, pessoalmente por um dos autores, serão publicados nos Anais do Congresso.

Os trabalhos devem ser inéditos e estar diretamente relacionados a um dos seguintes tracks:
I EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO
II GERÊNCIA E ORGANIZAÇÕES
III ECONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO
IV DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
V CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS
VI DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
VII GLOBALIZAÇÃO E GESTÃO INTERNACIONAL

Os trabalhos deverão ser submetidos com o seguinte formato:
Tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm)
Editor de Texto: MS Word para Windows (versão 2003 ou superior)
Fonte: Times New Roman, corpo 12
Espaçamento entre linhas: Simples
Margens superior, inferior, esquerda e direita: 2,5 cm
Títulos: Negrito, corpo 14 e centrados
Subtítulos: Negrito, corpo 12 e alinhados à margem esquerda.

Texto para Trabalho Completo
(Não deverá possuir identificação de autoria)
O trabalho deverá estar composto das seguintes partes:
Resumo (Abstract) máximo 10 linhas em corpo 103
Palavras-chaves (Keywords)
Introdução
Fundamentos teóricos
Objetivos de pesquisa
Metodologia
Análise de dados
Resultados
Conclusões
Referências bibliográficas (usar formato MLA)
Número de páginas: mínimo 08(oito) e máximo 16 (dezesseis), incluindo ilustrações, bibliografias e notas.

Texto para Resumo
(Não deverá possuir identificação de autoria)
O resumo será enviado para apreciação da aderência e importância do tema relacionado ao track indicado pelo autor ou autores.O texto do resumo deve ter máximo 300 palavras e seu conteúdo requer que se inclua breve introdução, objetivo, metodologia, resultados e conclusões.

Formato para submissão de trabalhos
Na página do site correspondente a envio, será solicitado que se registrem os seguintes dados relativos a autor(es) e trabalho para, depois aceitar o encaminhamento do texto.
Título do trabalho
Nome do autor (es)
Universidade (ou Organização)
Escola, Faculdade ou Departamento
Endereço
País
E-mails
Telefone (código país + código cidade + telefone)

Texto Resumo; ou Trabalho completo
Encaminhamento de trabalhos :
O envio online estará disponível a partir de 02 de março de 2009, na página da Assembléia a ser realizada na Universidad Del Pacífico, Guayaquil – Equador, no endereço http://www.upacifico.edu.ec/Templates/cladeaecuador.html

Datas importantes
Data de início de recepção de resumos e trabalhos completos: 02 de março de 2009
Data limite de recepção de resumos: 05 de junho de 2009
Data de divulgação de resultados de resumos selecionados: 30 de junho de 2009
Data limite de recepção de trabalhos completos: 03 de Agosto de 2009
Data de divulgação de resultados: 16 de Setembro de 2009


Marina Silva pede para Lula vetar MP que legaliza ocupação de terras na Amazônia

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

04/06/2009 - 19h14

A senadora Marina Silva (PT-AC) pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vetar parte da medida provisória que legaliza a ocupação de terras públicas na Amazônia Legal. Com o apoio da bancada do PT no Senado, Marina Silva encaminhou carta ao presidente pedindo a revogação de três artigos da MP que, na sua opinião, trazem prejuízos à floresta.

A MP aprovada pelo Senado nesta quarta-feira permite a legalização de 67,4 milhões de hectares de terras públicas da União na Amazônia, para doação ou venda sem licitação, até o limite de 1.500 hectares.

Empresas que ocuparam terras públicas até 2004 também terão direito às propriedades. Os donos das terras poderão revendê-las três anos após a concessão dos títulos, no caso de imóveis médios e grandes. Os pequenos poderão ser vendidos após dez anos.

Marina quer impedir a venda dos terrenos no período de dez anos após a regularização, assim como a possibilidade de pessoas que não ocupam diretamente as terras serem beneficiadas. "Um dos artigos amplia extraordinariamente as possibilidades de legalização de terras griladas, permitindo a transferência de terras da União para pessoas jurídicas, para quem já possui outras propriedades rurais e para a ocupação indireta", argumenta Marina.

A senadora também pediu veto do artigo que prevê apenas uma declaração do ocupante da terra como requisito para a regularização fundiária. Marina Silva quer que o governo realize vistorias nas pequenas propriedades rurais antes de conceder a regularização da terra.

Na opinião da ex-ministra do Meio Ambiente, da forma como foi aprovada na Câmara e no Senado a medida provisória representa a "legalização da grilagem" ao não separar o "joio do trigo" entre as propriedades que serão regularizadas.

"O maior problema da MP são as brechas criadas para anistiar aqueles que cometeram o crime de apropriação de grandes extensões de terras públicas e agora se beneficiam de políticas originalmente pensadas para atender apenas aqueles posseiros de boa-fé", afirma Marina.
Defesa

A expectativa é que o presidente Lula se reúna com os ministros responsáveis pela regularização fundiária na Amazônia para discutir os vetos à MP.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) admitiu hoje que o Congresso retirou do texto artigos que prejudicam a preservação ambiental na Amazônia. Mas comemorou o fato de deputados e senadores terem mantido, no texto, a determinação de perda das terras para aqueles que desmatarem a região.

"Isso agora vai ser objeto de reunião ministerial. Eu vou me reunir com os ministros e com o presidente para ver como proceder em relação a isso [vetos]. A regularização fundiária é muito importante. Só depois da reunião com o ministro vamos pedir ou deixar de pedir alguma coisa ao presidente", afirmou Minc.

Fonte: Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u576783.shtml

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Exportações cearenses despencam quase 30%


As vendas do Ceará para o exterior podem arrefecer ainda mais, se o dólar continuar em trajetória de queda.

Após um mês atípico, em que as exportações bateram a casa dos US$ 100 milhões, o Ceará voltou a registrar queda em suas vendas para o exterior. Em maio, foram exportados US$ 71 milhões, retração de 29,4% sobre o resultado de abril e de 21,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

´A alta de abril foi conjuntural, não uma tendência consolidada´, diz Eduardo Bezerra, superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN). Segundo ele, não é possível saber o que causou esse comportamento da balança comercial. Uma possibilidade é que os países desenvolvidos tenham reabastecido seus estoques.

No acumulado de janeiro a maio, as exportações também arrefeceram 16,7%, somando US$ 410,7 milhões, contra os US$ 493,2 milhões em igual período do ano passado. Um cenário que pode se agravar, se o dólar continuar sua trajetória de queda. ´O câmbio a menos de R$ 2,00 é uma calamidade para o exportador´, frisa Bezerra, para quem o patamar ideal fica entre R$ 2,20 e R$ 2,50.

A situação do Ceará é um pouco melhor do que a verificada nas exportações nordestinas, que foram 52,1% menores do que em maio de 2008. No total do País, as vendas somaram US$ 11,98 bilhões — queda de 37,9% sobre US$ 19,3 bilhões no mesmo mês do ano passado. Nos cinco primeiros meses do ano, o acumulado no Brasil é de US$ 55,48 bilhões, 23% abaixo dos US$ 72 bilhões do mesmo período em 2008.

Importações

No mês de maio, o Ceará importou US$ 97,7 milhões, 32,7% abaixo do apurado em abril e 20,2% inferior ao mesmo mês de 2008. Apesar disso, é superior ao valor adquirido no exterior no começo do ano (US$ 81,6 milhões, em janeiro, e US$ 56,2 milhões, em fevereiro). No acumulado, a queda é de 10,7% (passando de US$ 571,4 milhões para US$ 510,1 milhões).

´O montante ainda é alto e supera as exportações. Mas não é ruim porque mostra que o programa de investimentos no Estado não foi severamente afetado pela crise´, argumenta Eduardo Bezerra, que destaca as compras de equipamentos para a geração de energia térmica e eólica. A balança comercial cearense segue negativa em maio (-US$ 26,7 milhões) e no ano (-US$ 99,4 milhões).

As importações brasileiras foram de US$ 9,33 bilhões (queda de 38,7%), em maio, e de US$ 46,12 bilhões no acumulado (-27,3%). O saldo comercial, porém, se mantém superavitário em US$ 2,65 bilhões e US$ 9,36 bilhões, respectivamente. Na comparação com maio de 2008, os dados são distorcidos por uma greve que provocou acúmulo de exportações naquele mês.

MÔNICA LUCAS
Repórter

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza-CE, 02-06-09
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=643374