quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os BRICs podem salvar o mundo da crise econômica (?)


13/09/2011 - 11h19 / Atualizada 13/09/2011 - 11h45

Brasil e países do Brics vão discutir ajuda a Europa, diz Mantega

Do UOL Economia, em São Paulo



BRASÍLIA, 13 de setembro (Reuters) - O Brasil deve discutir com outros países emergentes, na semana que vem nos Estados Unidos, ideias para ajudar a Europa a sair da atual crise da dívida, disse nesta terça-feira (13) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"A gente (países do Brics) vai se reunir semana que vem em Washington e vai discutir como fazer para ajudar a União Europeia a sair dessa situação", disse Mantega ao chegar ao Ministério da Fazenda.

O Brics é formado pelo Brasil, pela Rússia, pela Índia, pela China e pela África do Sul e tem se destacado pela maneira como tem conseguido, desde 2008, enfrentar a crise. A alternativa que poderá ser discutida no encontro em Washington é a elevação da participação de títulos em euros nas reservas internacionais desses países.

Na semana que vem, entre os dias 23 e 25, presidentes de bancos centrais e ministros de Finanças estarão reunidos em Washington para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Eles vão discutir a crise global, principalmente a situação da Europa, com destaque para a Grécia.

Ontem (12), técnicos do FMI admitiram que previsões mais bem elaboradas poderiam ter alertado com maior antecedência para a crise da dívida grega. Segundos os técnicos do fundo, os estudos devem levar em conta a preocupação com a sustentabilidade dos débitos --se os países têm condições de arcar com o endividamento.

Para Merkel, Grécia não vai quebrar

Mais cedo, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou estar "muito otimista" e ter certeza de que os países da zona do euro "encontrarão um caminho" para que a Grécia receba o segundo pacote de resgate.
A chanceler sustentou que "a Grécia não vai quebrar", mas ressaltou que a recuperação da competitividade no conjunto da zona do euro e do saneamento das contas públicas é um processo "longo", "lento" e "trabalhoso".

Líderes da zona do euro precisam agir contra crise, diz Obama

Os líderes da zona do euro precisam mostrar aos mercados que estão se responsabilizando por sua crise de dívida e definir como combinar a união monetária com uma política orçamentária, disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
A Grécia é a preocupação imediata, mas um problema ainda maior é o que pode acontecer se os mercados pressionarem as economias maiores, como Espanha e Itália, disse Obama a jornalistas espanhóis em Washington.
"É difícil coordenar e acertar uma rota comum quando se tem tantos países com políticas e situações econômicas diferentes", afirmou Obama, de acordo com o site do jornal "El Mundo".
"No final, os grandes países da Europa, os líderes da Europa precisam se reunir e tomar uma decisãou sobre como coordenar a integração monetária com uma política fiscal coordenada mais eficaz", recomendou o presidente.
Obama disse, também, que a fraqueza da economia global continuará até que a crise da zona do euro seja resolvida.
Uma solução de longo prazo, segundo Obama, é possível se os mercados acreditarem que os países do euro com superávits orçamentários estejam dispostos a ajudar seus colegas no bloco monetário.
Os EUA estão profundamente envolvidos em consultas com a zona do euro sobre como resolver a crise, disse Obama, acrescentando que os problemas da região serão um dos principais assuntos da reunião do G20 na França, em novembro.
(Com informações da Reuters, Efe e Agência Brasil)

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