O ritmo de crescimento da renda da população mais pobre do Brasil foi quase o triplo da média do país nos últimos oito anos.
Entre 2001 e 2008, enquanto a renda familiar per capita da população como um todo cresceu 2,8% ao ano, essa evolução entre os 10% mais pobres foi de 8,1% ao ano. O crescimento entre os 10% mais ricos atingiu 1,4% ao ano.
Apesar da melhora, o dinheiro no país continua altamente concentrado. A renda apropriada pelo 1% mais rico é igual à dos 45% mais pobres. O que um brasileiro pertencente ao 1% mais rico (isto é, que vive em uma família com renda per capita acima de R$ 4.400 por mês) pode gastar em três dias equivale ao que um brasileiro entre os 10% mais pobres levaria um ano para gastar.
Os dados constam de levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), baseado na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícílio), do IBGE.
De acordo com a Ipea, a melhora nos salários foi o principal fator para a redução da desigualdade, embora as políticas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, também tenham ajudado.
"O mercado de trabalho é responsável por 75% da renda das famílias", diz comunicado do Ipea, divulgado nesta quinta-feira. A evolução nos rendimentos acima de um salário mínimo foi responsável por 45% de toda a queda do coeficiente de Gini de 2001 até 2008. O Gini é uma medida que aponta a desigualdade na sociedade.
Programas sociais do governo tiveram participação de um terço da redução na desigualdade, diz o Ipea.
Boas e más notícias
"A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios mais uma vez trouxe boas notícias no que se refere à distribuição de renda no país. Apesar de o Brasil continuar um dos países mais desiguais do planeta, é claro que há uma tendência de queda continuada desde 1999 ou 2001", afirma o relatório distribuído pelo Ipea.
No entanto, o instituto, que é ligado ao governo, reconhece que a desigualdade é grande. "Falta muito até chegarmos a uma distribuição de renda civilizada", registra o documento, que também aponta avanços. "Após décadas de más notícias sobre a desigualdade, continuamos no caminho certo."
Para o Ipea, se 1/3 da renda nacional fosse perfeitamente distribuída, seria possível garantir a todas as famílias brasileiras a satisfação de todas as suas necessidades mais básicas.
Contudo, quase 50 milhões de pessoas ainda vivem em famílias com renda
abaixo desse nível (R$ 190 por mês). Para aliviar a extrema pobreza seria necessário contar apenas com 1% da renda dos 25% mais ricos do país, pelas contas do instituto.
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/24/ult4294u2977.jhtm
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Desemprego em agosto fica praticamente estável
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Os dados constam de levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), baseado na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícílio), do IBGE.
De acordo com a Ipea, a melhora nos salários foi o principal fator para a redução da desigualdade, embora as políticas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, também tenham ajudado.
"O mercado de trabalho é responsável por 75% da renda das famílias", diz comunicado do Ipea, divulgado nesta quinta-feira. A evolução nos rendimentos acima de um salário mínimo foi responsável por 45% de toda a queda do coeficiente de Gini de 2001 até 2008. O Gini é uma medida que aponta a desigualdade na sociedade.
Programas sociais do governo tiveram participação de um terço da redução na desigualdade, diz o Ipea.
Boas e más notícias
"A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios mais uma vez trouxe boas notícias no que se refere à distribuição de renda no país. Apesar de o Brasil continuar um dos países mais desiguais do planeta, é claro que há uma tendência de queda continuada desde 1999 ou 2001", afirma o relatório distribuído pelo Ipea.
No entanto, o instituto, que é ligado ao governo, reconhece que a desigualdade é grande. "Falta muito até chegarmos a uma distribuição de renda civilizada", registra o documento, que também aponta avanços. "Após décadas de más notícias sobre a desigualdade, continuamos no caminho certo."
Para o Ipea, se 1/3 da renda nacional fosse perfeitamente distribuída, seria possível garantir a todas as famílias brasileiras a satisfação de todas as suas necessidades mais básicas.
Contudo, quase 50 milhões de pessoas ainda vivem em famílias com renda
abaixo desse nível (R$ 190 por mês). Para aliviar a extrema pobreza seria necessário contar apenas com 1% da renda dos 25% mais ricos do país, pelas contas do instituto.
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/24/ult4294u2977.jhtm
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