sexta-feira, 25 de setembro de 2009

G20 aumenta em 5% o poder de voto dos emergentes no FMI

A Cúpula do G20, que reúne potências industrializadas e principais países emergentes, realizada nesta sexta-feira, em Pittsburgh (EUA), decidiu transferir "ao menos 5%" do poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) e 3% no Banco Mundial para os países emergentes, "refletindo o peso econômico relativo de seus membros".

"É uma vitória extraordinária", disse presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem as conclusões da Cúpula demonstram que "o mundo está caminhando rapidamente para uma nova ordem econômica mundial".


Os países emergentes queriam a transferência de 7% dos votos no FMI e de 6% no Banco Mundial, mas Lula disse que ficou satisfeito e afirmou que o resultado constitui uma "demonstração de flexibilidade" para os que acreditavam que, apesar da crise, "não ia ocorrer nada no mundo".

"Nas desgraças de uma crise, surge a possibilidade de se fazer coisas que de outro modo não faríamos".

A Cúpula de Pittsburgh substituiu o G8, dos países ricos, pelo G20, agregando os principais emergentes na coordenação das grandes questões econômicas mundiais.

O encontro de Pittsburgh foi a terceira cúpula em um ano do G20, que afirmou ser agora o "fórum principal" para cooperação econômica, suplantando o G7 e o G8, dominados pelo Ocidente e que havia décadas eram os fóruns internacionais mais importantes.

A ação foi um claro reconhecimento de que países em rápida expansão, como Brasil, China e Índia, agora desempenham um papel muito mais importante no crescimento mundial.

"Este movimento em direção ao G20, e se distanciando do G7, está reconhecendo realidades econômicas. Não se pode falar sobre a economia mundial sem ter na mesa as grandes economias emergentes e dinâmicas", disse à TV Reuters o vice-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional, John Lipsky.

(Com informações de AFP e Reuters)
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/25/ult4294u2982.jhtm

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