PITTSBURGH (Reuters) - O G20, recém-saído de uma forte demonstração de unidade em Pittsburgh, tem à frente meses de acordos e comunicação com os mercados que vão testar sua credibilidade como principal fórum global de cooperação econômica.
O anfitrião da cúpula, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou a reunião como um sucesso para o comprometimento com um crescimento econômico global "equibilibrado e sustentável", e citou em particular um acordo para a eliminação progressiva de subsídios a combustíveis fósseis.
"Estou orgulhoso de as nações do G20 concordarem em eliminar subsídios sobre combustíveis fósseis no valor de 300 bilhões de dólares. Isso irá aumentar nossa segurança energética, reduzir as emissões de gás carbônico, combater a ameaça de mudança climática e ajudar a criar novos empregos e indústrias do futuro", disse em seu programa semanal de rádio neste sábado.
Os líderes concordaram que seus encontros vão substituir os do G7, como um alto conselho de formuladores de política, prometendo dar mais poder a potências emergentes como a China e a ter mais diálogo na reconstrução e condução da economia mundial.
Apesar de os países do G7 estarem certos em aceitar a inevitável dissolução de poder econômico por conta de uma acelerada industrialização dos países mais pobres, analistas dizem que o tamanho e a diversidade do grupo pode complicar a coordenação política.
"Há muitos cozinheiros na cozinha... Eu esperaria antes de declarar vitória", disse Simon Johnson, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Eles precisam provar seu valor e legitimidade."
Desafios ao novo grupo estão em toda parte, desde a inércia em relação a mudanças climáticas até o ceticismo dos mercados financeiros globais.
As nações do G20 continuarão no holofote nas reuniões do FMI em Istanbul no próximo mês, no encontro de ministros de Finanças do G20 na Escócia em novembro e nas conversações sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro.
Os mercados não devem reagir ao apoio em Pittsburgh para um esforço liderado pelos EUA para remodelar a economia global, reduzindo excessos de potências exportadoras como a China e os amplos déficits de grandes importadores como os Estados Unidos.
Fonte: Yahoo! Notícias
http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/090926/economia/negocios_gvinte_teste
Imagem: http://www.ruvr.ru
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