quinta-feira, 21 de maio de 2009

Que tipo de crescimento queremos para nossa região?

Crescer economicamente é essencial para alcançarmos o desenvolvimento. Mas que tipo de crescimento queremos para nossa região?
Responder essa questão é fundamental nesse momento, quando o Cariri cearense passa por uma aceleração histórica nos seus índices de crescimento econômico e urbanização.
A preocupação ambiental, diferente do que muitos pensam, não é apenas a preocupação com o ambiente físico que nos rodeia, mas é também a preocupação com a vida das pessoas, a forma como se relacionam entre si e com o meio em que vivem.
Assim, ao ler a notícia abaixo espero que vocês reflitam sobre os caminhos do "desenvolvimento" do Cariri.
Abraço a todos!
Suely

21/05/2009 - 08h20
'Custo da poluição' é de R$ 14 por segundo, diz estudo

São Paulo - Os custos da poluição, pela primeira vez, foram mapeados fora das fronteiras de São Paulo. Estudo obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que são R$ 14 gastos por segundo (R$ 459,2 milhões anuais) para tratar sequelas respiratórias e cardiovasculares de vítimas do excesso de partícula fina - poluente da fumaça do óleo diesel. O valor é dispensado por unidades de saúde públicas e privadas de seis regiões metropolitanas do País.

A mesma pesquisa, produzida pelo Laboratório de Poluição da USP e seis universidades federais, mostra que, além dos paulistas, respiram ar reprovado pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) as regiões do Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. "A poluição não é mais privilégio de São Paulo e os impactos são diretos na saúde cardiovascular do brasileiro", diz Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Pelo ensaio científico, 8.169 pessoas são internadas anualmente com problemas cardíacos atribuídos à partícula fina.

As pesquisas em São Paulo incentivaram a produção em outras metrópoles. O cardiologista Evandro Mesquita, da Universidade Federal Fluminense, começou a cruzar os dados de arritmia e enfarte em dias marcados pelo excesso de poluentes. Quando o Instituto do Coração de SP (Incor) fez teste parecido no ano passado, encontrou aumento de 11% de morte por ocorrência cardíaca. No Rio, a pesquisa da USP mostra que são 1.434 pacientes do coração internados por ano.

A reportagem teve acesso ao estudo na ação civil pública que o Ministério Público de São Paulo move contra a Petrobras e 13 montadoras de veículos pedindo indenização para vítimas da poluição. Segundo o promotor do Meio Ambiente do MP, José Isamel Lutti, o valor indenizatório terá "como parâmetro" a pesquisa. Além das internações, também foram calculadas as mortes nas regiões: 11.559 pessoas com mais de 40 anos (31 vidas por dia). A Petrobrás, por meio de assessoria de imprensa, informou que não foi notificada sobre a ação, ajuizada em março deste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/05/21/ult4469u41529.jhtm

6 comentários:

  1. Ao tratarmos desse aspecto “Desenvolvimento Econômico” chega-se quase que instantaneamente a grandes estimativas de Poluição e Degradação ambiental decorrente de poluentes lançados ao ar pelo grande número de automóveis (que utilizam o óleo diesel), bem como outros gases lançados pelas indústrias, em fim percebemos a contrariedade existente entre os interesses financeiros e ecológicos, contrariedade esta que está nos mostrando cada vez mais lamentáveis conseqüências, entretanto deve-se salientar sempre que não é impossível conseguir conciliar estes interesses a ponto de se chegar ao desenvolvimento econômico sem destruir o meio ambiente e nem prejudicar as gerações futuras. Contudo a solução para este problema encontra-se intrinsecamente ligada a educação, pois só ela pode mudar de forma definitiva e conscientizadora, estabelecendo novas práticas que farão com que estes interesses passam entrar em comunhão, sendo este o desenvolvimento que queremos para o Cariri, para que possamos nos destacar tanto economicamente como ecologicamente.

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  2. É notorio que para haver desenvolvimento é necessario crescer economicamente porém deve-se perceber que crescer não é o mesmo que densenvolver, principalmente quando os resultados desse crescimento estão concentrados nas mãos de poucos e a massa populacional sofre as consequencias, com o aumento da poluição, a falta de estrutura para agregar a população que sai do interior pra as metropoles em buca de melhor qualidade de vida. O Cariri cearence está passando por uma fase de crescimento economico e urbanização em que já se fala na criação de uma metropole na em torno do triangulo Crajubar para atender a alta demanda de exôdo do interior para as regiões mais favorecidas, todavia deve-se avaliar quais os impactos que essa mudança acarretariam para a região de Cariri, como o meio ambiente se comportaria mediante essas alterações, pois com o crescimento desenfreado a poluição, a marginalização , a falta de estrutura, etc, tendem a aumentar fazendo com que a qualidade de vida, principalmente dos menos favorecidos,seja afetada diretamente. Dessa forma não se deve falar apenas em crescimento mas tambem em desenvolvimento para a região do Cariri para que não aconteça com a mesma o que é visto nos locais onde houve apenas crescimento, como é o caso da Cidade de São Paulo.

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  3. Vimos em aula a diferença entre Crescimento e Desenvolvimento. Sempre que há desenvolvimento, também existe crescimento, porém pode haver crescimento sem desenvolvimento e, isso é o que tememos para nossa região, haja vista, as já notórias consequências das mudanças que vêm ocorrendo nos últimos anos, principalmente com relação segurança pública. A região está crescendo em número de habitantes, o mercado imobiliário disparado, Juazeiro, por exemplo já está com sua área em 95% urbanizada.
    Existem preocupações e/ou condições ambientais para imobiliárias que estão loteando os 5% restante dessa área?
    Qual seria uma alternativa viável para que esse crescimento nos trouxesse também desenvolvimento e melhores condições de vida e trabalho?
    Não é nada simples!!!!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Como foi discutido em sala a diferença entre Crescimento e Desenvolvimento. Crescer, que é o que foi destacado que ocorreu na cidade de São Paulo, é simplesmente crescer economicamente, ignorando outras questões tão importantes, como o social e o ambiental, o que pode trazer riscos. Diferentemente, o desenvolver envolve também distribuir os resultados do crescimento e outras responsabilidades. Assim, o crescimento é importante para se conseguir chegar ao desenvolvimento, mas o crescimento sozinho não basta. Dessa forma, para a nossa Região, não queremos só o crescimento, que já está acontecendo em alguns setores na economia regional, mas também o desenvolvimento, a preocupação principalmente com o social para que se possa evitar consequencias indesejáveis.

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  6. A poluição é um tema que costumeiramente vem sendo discutido pela sociedade, mas infelizmente ainda convivemos com este mal. Diariamente passamos por indústrias pesadas, nos deparamos com carros que aparentam ser movido a lenha, e mesmo com dejetos plásticos jogados nas ruas e em rios. Antes de se criar projetos para uma melhor destinação do lixo (reciclagem e aterros sanitários), devemos estimular práticas educativas que orientem as pessoas na destinação de seus dejetos. A luta contra a poluição é semelhante a luta contra o desperdício de água ou energia, deve ser diária, pois não adianta se economizar durante um dia, e no outro relaxar e gastar dobrado. A consciência ambiental vem aumentando, algumas empresas adotam práticas de reflorestamento, cooperativas de reciclagem diminuem o desperdício, e grandes indústrias são multadas por catástrofes e poluição dos mares, rios e do ar, mas ainda estamos longe de atingir um nível satisfatório de harmonia com a natureza, e a grande solução para este mal, deverá começar com a educação e conscientização da população, acompanhada de boa vontade e de práticas em conformidade com aquilo que aprendemos ser ambientalmente correto.

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