Ação da Petrobras lidera sugestões pelo décimo sexto mês consecutivo
SÃO PAULO - As ações preferenciais da Petrobras receberam o maior número de recomendações nas carteiras dos analistas para maio, segundo levantamento realizado pela InfoMoney que incluiu 17 portfólios sugeridos por corretoras e bancos de investimentos.
As carteiras selecionadas neste mês são de: Ativa, BB Investimentos, Bradesco, Coinvalores, Credit Suisse, Fator, Omar Camargo, Pax, Pilla, Planner, Santander, SLW, Socopa, Spinelli, Tov, UBS e Win.
Petrobras: décimo sexto mês na liderança
Das 17 instituições pesquisadas, 13 listaram as ações da Petrobras entre suas sugestões, colocando a companhia no topo pelo décimo sexto mês consecutivo. Além do costumeiro potencial das novas reservas descobertas e dos sólidos fundamentos, o resultado acima das estimativas da estatal no primeiro trimestre do ano também rende elogios dos analistas.
"A Petrobras apresentou no primeiro trimestre resultados surpreendentemente elevados em termos de rentabilidade", afirmou a equipe do Bradesco. Entre os pontos positivos do balanço da petrolífera, que lucrou R$ 5,8 bilhões nos três primeiros meses de 2009, os especialistas apontaram a geração operacional de caixa, que atingiu R$ 13,4 bilhões no período, e a redução de alguns custos de produção.
Números a parte, cabe lembrar que a companhia já anunciou mais duas novas descobertas de petróleo nesta primeira metade de maio, ambas na Bacia do Espírito Santo. Além disso, foi considerada a quarta empresa mais respeitada do mundo, conforme pesquisa apresentada pela assessoria norte-americana RI (Reputation Institute).
Por outro lado, algumas instituições demonstram certa cautela com as recentes insinuações sobre o uso da estatal de manobras ou artifícios contábeis para redução de tributos, negadas "categoricamente" pela empresa, e também com os rumores envolvendo um possível aumento de capital usando parte da fatia do governo no campo de Tupi, com o objetivo de financiar o desenvolvimento do pré-sal no futuro.
Por último e voltando ao teor mais favorável da avaliação, a forte liquidez dos papéis da Petrobras continua sendo mencionada como um ponto positivo, assim como os múltiplos atrativos das ações da companhia.
Bradesco e Vale empatados em segundo
Na sequência, as ações preferenciais do Bradesco e as preferenciais classe A da Vale aparecem empatadas no segundo lugar, com 11 indicações cada. De um modo geral, os especialistas seguem afirmando que os sólidos fundamentos macroeconômicos do Brasil devem contribuir para a manutenção de bons resultados pelo banco, que lucrou R$ 1,7 bilhão entre janeiro e março deste ano.
Olhando para a performance da instituição no período, os analistas da Link elogiaram o incremento da margem financeira e lembraram que o lucro surpreendeu levemente suas projeções. Do lado negativo, demonstraram certa preocupação com o aumento da inadimplência e com a ligeira deterioração da qualidade da carteira de crédito.
Deixando o resultado de lado, a Socopa, continua avaliando que as instituições financeiras do País estão atrasadas em relação ao mercado, uma vez que contam com fortes fundamentos, bons níveis de capitalização, além de não apresentarem os complexos instrumentos financeiros que levaram à crise internacional.
Finalmente, a histórica fusão entre o Itaú e o Unibanco, além da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, seguem sendo lembradas de forma favorável ao setor. Para os analistas, as operações devem provocar uma motivação adicional ao Bradesco quanto a novas aquisições no mercado, a fim de enfrentar os novos gigantes do segmento.
Bons fundamentos da mineradora
Já com relação à mineradora, apesar do provável cenário de retração para a demanda por minério de ferro no próximo ano, os resistentes fundamentos de longo prazo ainda sustentam a boa colocação dos papéis. Destaque também para seus resultados referentes ao primeiro trimestre, quando alcançou um lucro de R$ 3,15 bilhões.
Conforme especificado pelo Citi, os destaques positivos do balanço da Vale, que ficou levemente abaixo de suas expectativas, foram os custos menores em relação à produção de minério de ferro, capex mais baixo e ganho de market share na China. Já do lado negativo, o banco apontou os descontos acima daqueles esperados nos preços do minério e os custos elevados na produção de níquel.
No caso dos fundamentos, o HSBC afirma que a empresa atua com baixa alavancagem e sólida situação financeira, com caixa de aproximadamente US$ 15 bilhões e dívidas com vencimento no longo prazo. A Coinvalores, por sua vez, destaca a ampliação da participação da companhia na produção em Carajás - o que significa um aumento na qualidade do minério de ferro - além da grande quantidade de volume vendido para a China.
Para encerrar, cabe lembrar que a investida da Vale em consórcios para exploração de gás natural nas bacias sedimentares brasileiras começou a dar frutos, com o anúncio de sua primeira descoberta de hidrocarbonetos na Bacia de Santos. "A atividade de exploração desenvolvida está alinhada com a estratégia de diversificar e otimizar a nossa matriz energética, utilizando carvão térmico, combustíveis renováveis e gás natural", afirmou a mineradora.
Fonte: http://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2009/05/15/ult4040u19368.jhtm
Nenhum comentário:
Postar um comentário