Pesquisa do IBGE sobre setor de serviços confirma dinamismo do Nordeste
Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE indica que em 2009 o Nordeste possuía 13,8% dos trabalhadores brasileiros naquele setor, ante 12,9% em 2007 – um aumento de 7%. Apesar do avanço, concentração ainda é grande no Sudeste – seis em cada dez trabalhadores da área estão na região.
Marcel Gomes
Data: 27/08/2011SÃO PAULO – Mais um estudo confirma o dinamismo econômico do Nordeste brasileiro quando comparado às outras regiões do país. A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2009, divulgada na sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a região possuía naquele ano 13,8% dos trabalhadores brasileiros no setor, ante 12,9% em 2007 – um aumento de 7%.
No mesmo período, o Sudeste e o Sul reduziram sua participação, respectivamente, de 61% para 60,7% e de 16,4% para 15,5%. Já o Centro-oeste e o Norte ampliaram sua parcela, mas menos intensamente do que os nordestinos – de 6,9% para 7% e de 2,8% para 3%, respectivamente. A PAS desconsidera os serviços financeiros em seus cálculos. Excluído esse setor, havia 9,7 milhões de trabalhadores em companhias de serviços no país em 2009.
Os ramos de atividade estudados pelo IBGE são serviços de alimentação, educação, hotelaria, comunicação, viagens, transporte e técnicos em geral, entre tantos outros. Nesta radiografia do setor, a PAS revela que em 2009 havia 918,2 mil empresas de serviços não financeiros no país, que geraram uma receita de R$ 745,4 bilhões e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.
O dinamismo econômico da região Nordeste tem sido comprovado pelos dados de criação de vagas divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em junho e julho, a região ultrapassou o Sul e assumiu o posto de segundo maior celeiro de empregos formais, atrás do Sudeste. No período, a economia nordestina criou o dobro de vagas abertas no Sul – 66 mil ante 33 mil, respectivamente, de acordo com a pesquisa mensal do ministério.
Concentração persiste
Apesar do avanço dos Estados nordestinos, o grau de concentração das empresas de serviços no Sudeste ainda é alto. Seis em cada dez trabalhadores e empresas estão na região. O Sudeste ainda é responsável por 66,4% da receita bruta apurada pelo setor e por 67,2% dos salários e outras remunerações pagos. No lado oposto, a região Norte registrou participação na receita de apenas 2,8% e de 2,4% nos salários.
O estudo do IBGE revelou ainda que, apesar de serviços como alimentação e hotelaria terem o maior número de empresas no conjunto pesquisado (288.286 empresas, ou 31,4% do total), as atividades profissionais, administrativas e complementares, como viagens, escritório em geral e vigilância responderam pela maior parcela do pessoal ocupado (3,89 milhões de pessoas, ou 40,2% do total) e da massa salarial (R$ 49,3 bilhões, ou 34,3%).
Outra informação trazida pela pesquisa diz respeito aos setores que mais geraram receita em 2009. Foram três: os “serviços de informação e comunicação” (R$ 214,4 bilhões), os “serviços dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” (R$ 208,4 bilhões) e os “serviços profissionais, administrativos e complementares” (R$ 188,3 bilhões). Esses três segmentos, em conjunto, representaram 82,1% do total da receita operacional líquida gerada pelo setor de serviços não financeiros no Brasil em 2009.
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Nordeste: o mais dinâmico e confiante, em dias de incertezas globais
No mesmo período, o Sudeste e o Sul reduziram sua participação, respectivamente, de 61% para 60,7% e de 16,4% para 15,5%. Já o Centro-oeste e o Norte ampliaram sua parcela, mas menos intensamente do que os nordestinos – de 6,9% para 7% e de 2,8% para 3%, respectivamente. A PAS desconsidera os serviços financeiros em seus cálculos. Excluído esse setor, havia 9,7 milhões de trabalhadores em companhias de serviços no país em 2009.
Os ramos de atividade estudados pelo IBGE são serviços de alimentação, educação, hotelaria, comunicação, viagens, transporte e técnicos em geral, entre tantos outros. Nesta radiografia do setor, a PAS revela que em 2009 havia 918,2 mil empresas de serviços não financeiros no país, que geraram uma receita de R$ 745,4 bilhões e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.
O dinamismo econômico da região Nordeste tem sido comprovado pelos dados de criação de vagas divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em junho e julho, a região ultrapassou o Sul e assumiu o posto de segundo maior celeiro de empregos formais, atrás do Sudeste. No período, a economia nordestina criou o dobro de vagas abertas no Sul – 66 mil ante 33 mil, respectivamente, de acordo com a pesquisa mensal do ministério.
Concentração persiste
Apesar do avanço dos Estados nordestinos, o grau de concentração das empresas de serviços no Sudeste ainda é alto. Seis em cada dez trabalhadores e empresas estão na região. O Sudeste ainda é responsável por 66,4% da receita bruta apurada pelo setor e por 67,2% dos salários e outras remunerações pagos. No lado oposto, a região Norte registrou participação na receita de apenas 2,8% e de 2,4% nos salários.
O estudo do IBGE revelou ainda que, apesar de serviços como alimentação e hotelaria terem o maior número de empresas no conjunto pesquisado (288.286 empresas, ou 31,4% do total), as atividades profissionais, administrativas e complementares, como viagens, escritório em geral e vigilância responderam pela maior parcela do pessoal ocupado (3,89 milhões de pessoas, ou 40,2% do total) e da massa salarial (R$ 49,3 bilhões, ou 34,3%).
Outra informação trazida pela pesquisa diz respeito aos setores que mais geraram receita em 2009. Foram três: os “serviços de informação e comunicação” (R$ 214,4 bilhões), os “serviços dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” (R$ 208,4 bilhões) e os “serviços profissionais, administrativos e complementares” (R$ 188,3 bilhões). Esses três segmentos, em conjunto, representaram 82,1% do total da receita operacional líquida gerada pelo setor de serviços não financeiros no Brasil em 2009.
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