sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Censo 2010 - Tipo de empregos gerados no Brasil


63% das vagas pagam até 2 salários mínimos
Expansão do setor de serviços ampliou contratação de trabalhadores de baixa renda

MARIANA SCHREIBER
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A maior parte dos postos de trabalho gerados pelo crescimento da economia brasileira na última década foi preenchida por trabalhadores de baixa renda e com pouca qualificação.

A maioria das vagas criadas desde 2000 foi ocupada por trabalhadores com remuneração de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.244 a partir de janeiro.

Segundo dados preliminares do Censo divulgados pelo IBGE recentemente, a proporção de trabalhadores dessa faixa de remuneração na força de trabalho foi de 49% em 2000 para 63% em 2010.

Números do Ministério do Trabalho mostram que essa tendência continua em 2011. Até outubro, só houve geração de vagas com carteira assinada para quem aceitasse ganhar até dois mínimos.

Os trabalhadores desse grupo param menos tempo no emprego do que os de outros estratos de renda, de acordo com levantamento realizado pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) da Presidência da República.

Em 2010, de cada dez trabalhadores desligados de seus empregos, oito recebiam até dois mínimos e saíram da empresa porque foram mandados embora ou porque decidiram pedir demissão.

"A economia brasileira foi capaz de gerar empregos para pessoas de baixa qualificação e por isso reduzimos tanto a pobreza e a desigualdade", diz o economista Ricardo de Barros, da SAE. "Mas a alta rotatividade é ruim."

SETOR DE SERVIÇOS

De acordo com analistas, o aumento da proporção dos que ganham até dois salários mínimos está ligado à expansão do setor de serviços, que paga salários mais baixos.

Segundo o economista Samuel Pessoa, da FGV, o crescimento da renda da população elevou a demanda por profissionais como cabeleireiros, garçons e faxineiras.

A forte expansão do setor de construção civil, que paga salários mais baixos do que a indústria, também contribuiu para a tendência, diz o economista José Camargo, da Opus Investimentos.

O economista Naercio Menezes Filho, professor do Insper, observa que nos últimos anos o piso nacional subiu num ritmo mais acelerado que o dos salários maiores.

Isso tornou a distribuição de renda menos desigual, mas também gerou um efeito estatístico que contribuiu para aumentar a participação de trabalhadores de baixa renda na força de trabalho.

Um trabalhador que recebesse R$ 400 ganhava mais de dois salários mínimos em 2000. Se sua renda tiver dobrado na última década, hoje ele receberia menos de dois salários mínimos.

"Mas houve um aumento efetivo da demanda por pessoas de baixa qualificação, além desse efeito estatístico," ressalta Menezes Filho.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Projetos a serem votados na Câmara após recesso


26/12/2011 - 12h53

Marcos Chagas e Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil, em Brasilia

O primeiro projeto previsto para votação na Câmara depois do recesso parlamentar será o que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp). A proposta deverá ser analisada ainda em fevereiro, quando os deputados voltam do recesso.

O Funpresp estabelece novas regras para as aposentadorias dos servidores. O valor máximo será o teto pago pela Previdência Social aos trabalhadores celetistas, que hoje é R$ 3,6 mil. Para ter direito a um benefício maior, o servidor deverá aderir ao fundo. As novas regras, no entanto, só serão válidas para aqueles que ingressarem no serviço público depois da sanção e entrada em vigor da nova lei.

O novo Código Florestal também é considerado prioridade entre as votações no Congresso. A Câmara aprovou em maio o texto-base do novo Código, que regulamenta as áreas de proteção e preservação ambiental, impõe deveres aos produtores rurais em relação às áreas de mata das propriedades e define punições para os desmatadores. Como o projeto sofreu alterações no Senado, retornou à Câmara para apreciação final.

“É um assunto que vai render muito e que deveria ter sido aprovado ainda em 2011 pelo Congresso”, disse o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

O senador avalia que outra proposta já apreciada pelo Senado e que aguarda conclusão da votação pelos deputados é a que trata da distribuição dos royalties da exploração do petróleo da camada pré-sal. “Isso vai dar muito problema”, disse.

A matéria aprovada pela Câmara previa a distribuição dos recursos entre estados e municípios produtores e não produtores com base nos fundos de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM). Com a nova distribuição, estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, perderiam recursos. O Senado alterou a matéria e, por isso, o texto retornou para apreciação da Câmara.

Valdir Raupp alega, entretanto, que, em ano eleitoral, “é inviável” aprovar esse tipo de matéria. “Esse impasse causado pelo Rio de Janeiro e Espírito Santo foi pior para eles, que deveriam ter aprovado logo a distribuição proposta inicialmente”, completou.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse à "Agência Brasil" que as definições dos novos critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deverão tomar conta dos debates no primeiro semestre de 2012.

O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN), destacou que os trabalhos legislativos em qualquer ano eleitoral fatalmente ficam prejudicados. “Todo ano eleitoral compromete [as votações]. Quem diz que não compromete, desconhece o passado. Mas o que tiver de ser votado, nós votaremos”, comentou.

No Senado, um dos projetos que deverão ter votação polêmica, apesar de ainda estar tramitando em comissão temática, trata das concessões de exploração de energia elétrica que vencem em 2015.

“Os concessionários querem uma renovação automática e a lei em vigor prevê novas licitações, mas deixa brecha para essas renovações”, explicou Raupp. Ele admite que deputados e senadores serão pressionados pelas atuais concessionárias e o desafio é votar uma renovação que inclua o compromisso de redução no preço da tarifa de energia elétrica.

Outra proposta que deve enfrentar embates em plenário é a votação de matérias relativas à reforma tributária. Segundo Raupp, não existe um entendimento com governadores, o que dificulta a apreciação desses projetos.

Brasil se torna a 6a. Economia Mundial em termos de PIB


Brasil passa Reino Unido e inicia 2012 com 6º PIB e piso de R$ 622

Troca de posição é notícia na imprensa britânica. Motivo é a crise de 2008 e sua segunda fase em 2011, da qual os britânicos ainda sentem efeitos e Brasil supera. Em pronunciamento de fim de ano, Dilma disse que "no ano em que grandes potências mundiais estão tendo crescimento negativo, ou igual a zero, nós vamos ter um bom crescimento". Decreto reajusta salário mínimo para R$ 622 a partir de janeiro.

BRASÍLIA - Na última semana do ano, jornais britânicos tratam o Reino Unido como um país que derrotado na lista das maiores economias do mundo - o que significa uma vitória para o Brasil. Nesta segunda-feira (26), a imprensa britânica noticia que o estudo de uma entidade local chamada Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios mostra que o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido foi ultrapassado pelo brasileiro, que agora é o sexto do planeta.

A conquista pelo Brasil de uma posição no ranking tinha sido anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última quinta-feira (22), durante café da manhã de confraternização com jornalistas. Mas ele tinha se equivocado - e os jornalistas que noticiaram a informação também - ao dizer que o Brasil passaria a Itália, em vez de o Reino Unido. A economia italiana havia ficado para trás em 2010.

Segundo o estudo britânico, a troca de posição daquele país com o Brasil tem duas explicações básicas. Enquanto o Reino Unido ainda sofre até hoje com os efeitos da crise financeira que explodiu em 2008, o Brasil - como alguns outros países emergentes - está relativamente descolado e segue uma trajetória de crescimento.

O bom desempenho brasileiro em meio à crise global tinha sido destacada pela presidenta Dilma Rousseff em seu pronunciamento de fim de ano levado ao ar em cadeia de rádio e TV na última sexta-feira (23).

"Muitos anos atrás, boa parte do mundo progredia e o Brasil ficava parado, marcando passo. Agora, ao contrário, boa parte do mundo estagnou e o Brasil acelera", disse Dilma. 

"No ano em que grandes potências mundiais estão tendo crescimento negativo, ou igual a zero, nós vamos ter um bom crescimento. Porque ele está acompanhado de inflação baixa, de juros descendentes, aumento do emprego, distribuição de renda e diminuição de desigualdade."

No pronuncimento, Dilma afirmou também que esse descolamento vai continuar em 2012, pois o ano começará com "com forte aumento do salário mínimo, com redução de impostos com retomada do crédito, com aumento de investimento e mantendo a estabilidade fiscal".

Decreto assinado pela presidenta na sexta (23) e publicado nesta segunda-feira (26) no Diário Oficial da União formalizou o aumento e 14% do salário mínimo, que sobe de R$ 545 para R$ 622 a partir do dia 1º de janeiro.

O reajuste formaliza o que diz lei aprovada no primeiro semestre pelo Congresso. Pela lei, até 2015, o mínimo será reajustado com base no crescimento verificado dois anos antes mais a inflação.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Projeto de Fortalecimento dos Setores de Energia e Mineração


Banco Mundial empresta de 49,6 milhões de dólares para Brasil aplicar em sustentabilidade

21 de dezembro de 2011


Os setores de energia e de mineração do Brasil estão entre os maiores do mundo em desenvolvimento e têm contribuído significativamente para o crescimento do país. No entanto, ambos ainda enfrentam desafios para realizar seus plenos potenciais de desenvolvimento e promover a sustentabilidade ambiental e a inclusão social. Para apoiar os esforços do Brasil nesse sentido, o Banco Mundial aprovou nesta terça-feira (20/12) um empréstimo de 49,6 milhões de dólares para o Projeto de Fortalecimento dos Setores de Energia e Mineração.
O projeto beneficiará diretamente a população brasileira e especialmente os grupos mais pobres, que dependem mais de energia barata e da extração mineral. Estes segmentos terão acesso à eletricidade mais confiável e a preços mais baixos.
Também fornecerá assistência técnica para fortalecer a capacidade das principais instituições públicas para aumentar as contribuições do setor para um crescimento com menor emissão de carbono e que seja ambiental e socialmente sustentável. Isto será especialmente importante na medida em que o Brasil acelere seu crescimento econômico nos próximos anos e continue a expandir seu papel global nos setores minerais e energéticos.
“O Brasil tem uma das matrizes do mundo energéticas mais limpas do mundo e é um país líder em mineração, com larga experiência de regulamentação e implementação nesses setores. Isto tem chamado a atenção de outros países em desenvolvimento”, afirmou o Diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop. “O projeto vai ajudar a tornar esses conhecimentos disponíveis, ampliando o alcance de seus efeitos econômicos, sociais e ambientais positivos para países da África, América Latina e do Caribe.”

Sobre os BRICs


Sigla Bric conseguiu se estabelecer dez anos após sua criação



Um bom marketing é essencial. Disso, Jim O'Neill já sabia em 2001, quando anunciou a tese de que Brasil, RússiaÍndia e Chinadesempenhariam um papel importante no futuro. A partir das iniciais dos países, o então economista-chefe do grupo financeiroGoldman Sachs criou a sigla Bric e declarou os quatro como os tijolos (brick, em inglês) que construiriam a economia global.

O sucesso do neologismo de O'Neill foi imediato. Hoje, dez anos depois, a sigla é uma componente fixa das previsões econômicas e empresariais. Até mesmo pequenos investidores podem investir em fundos do Bric, oferecidos por quase todos os bancos.

APENAS UMA JOGADA DE MARKETING?

"Em termos de marketing foi algo muito inteligente", diz Markus Jäger, analista do centro de pesquisa Deutsche Bank Research em Nova York (EUA)), que elaborou diversos relatórios sobre o desenvolvimento dos países do Bric. "Mas há também algo por trás disso. Os países ganham cada vez mais importância, não apenas econômica, mas também política", diz Jäger.

No entanto, desde o início houve controvérsias sobre se há ou não sentido em reunir os quatro países em uma sigla. Juntos, eles respondem por 40% da população mundial e um quarto da superfície terrestre.

Os quatro Estados são, porém, economicamente muito diferentes, segundo Rolf Langhammer, professor e vice-presidente do Instituto de Economia Mundial de Kiel, no norte da Alemanha. "A China é um exportador de bens industriais, e a Rússia, um exportador exclusivo de matérias-primas. Em comparação com os demais, a Índia continua sendo uma economia fechada", explica. O Brasil, por sua vez, exporta tanto matérias-primas como bens industriais. "Esses países têm em comum o fato de serem países emergentes e mercados atraentes, já devido à sua dimensão. Trata-se de grandes economias", afirma Langhammer.

População numerosa e elevado crescimento econômico -- essa combinação torna os quatro países interessantes para os investidores. E justamente para investidores foi escrita a análise sobre os países doBric por O'Neil.

Desde a crise econômica de 2008, o crescimento nos países do Brictambém diminuiu. Porém, comparados com o crescimento das tradicionais nações industriais, os números dos emergentes ainda são impressionantes, considera Jäger. Para os próximos cinco a dez anos, ele prevê um crescimento anual de 8% para a China, 7% para aÍndia, e cerca de 4% para o Brasil e a Rússia. Em comparação, de acordo com cálculos do Banco Mundial, os países industriais crescem uma média de 1,6% neste ano.

CRESCIMENTO ELEVADO APESAR DA CRISE


A crise econômica mostrou que os países do Bricainda estão longe de assumir a liderança da economia mundial, diz o professor de economia Langhammer. Não é como se os quatro substituíssem os países industriais como motor de crescimento global.

"Isso não funcionou. Os países estão muito ligados à economia mundial e aos países industriais através dos fluxos financeiros", segundo Langhammer. "E a crise mostra que esses países ainda não têm mercados financeiros desenvolvidos o suficiente" para passar segurança aos investidores.

Cada um dos quatro países enfrenta problemas no momento. No Brasil, o crescimento estagnou. A Rússia é fortemente dependente de matérias-primas, e não tem uma indústria competitiva. A abertura econômica da Índia ocorre mais lentamente do que o esperado pelos investidores, como mostra a decisão contra investimentos estrangeiros diretos no comércio varejista. E, com suas exportações, a China é altamente dependente do desenvolvimento na Europa e nos Estados Unidos, além de seu mercado interno estar ameaçado por uma bolha imobiliária. Por isso, especialistas preveem para os quatro países emergentes um crescimento menor que anteriormente.

O criador da sigla Bric acredita, entretanto, que os quatro Estados em breve serão as potências econômicas mais importantes no cenário mundial. Isso acontecerá o mais tardar até 2050, talvez até antes.

China E OS DEMAIS

O problema em tais prognósticos é, porém, a dominância da China, aponta Jäger. "As exportações chinesas são maiores que as dos demais países do Bric juntos. A economia chinesa é maior que a dos demais países do Bric juntos. As reservas cambiais chinesas são maiores que as dos demais países do Bric juntos", diz.

Por isso, não seria apropriado falar de um grupo formado pelos quatro países. "Na realidade, trata-se da China e dos demais", considera Jäger. "Sem a China, os Bric são apenas Bri", afirma o analista norte-americano David Rothkopf.

Outros analistas argumentam que países emergentes em crescimento acelerado não são levados em consideração. Por exemplo, a Indonésia -- cuja economia com mais de 200 milhões de habitantes cresce em torno de 6% ao ano --, o Vietnã ou a Turquia. É improvável, porém que siglas como BricIVT tornem-se populares. "Uma vantagem da sigla Bric é que se pronuncia com facilidade", diz Langhammer.

O'Neill, o criador do Bric, acaba de escrever um livro sobre os grupos de países que ele nomeou. Ele já encontrou um nome para os 11 países que vê como as próximas estrelas do crescimento econômico: NextEleven (próximos onze, em inglês).

Desde 2006, os representantes dos países do Bric encontram-se em cúpulas do grupo. Em 2010, o bloco ganhou um novo membro, a África do Sul, cujo desempenho econômico corresponde a apenas um quarto da economia da Rússia -- até então o país mais fraco dos países doBric. Com a África do Sul, pelo menos a sigla permanece, ganhando apenas um S para o novo integrante: Brics.

FONTE

Deutsche Welle
Autor: Andreas Becker (lpf)
Revisão: Carlos Albuquerque

Links referenciados

Instituto de Economia Mundial de Kiel
www.ifw-kiel.de/kiel-institute-for-the-w
orld-economy/view?set_language=en

Deutsche Bank Research
www.dbresearch.com

Deutsche Welle
www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html

África do Sul
pt.wikipedia.org/wiki/África_do_Sul

Goldman Sachs
www2.goldmansachs.com

Rússia
pt.wikipedia.org/wiki/Rússia

Índia
pt.wikipedia.org/wiki/Índia

China
pt.wikipedia.org/wiki/República_Popular
_da_China

Bric
pt.wikipedia.org/wiki/BRIC

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bolsa Verde entra em operação no Brasil em abril de 2012


"Bolsa Verde" pode começar a  operar com carbono em abril
19 de dezembro de 201



JENIFER ROSA
Direto de São Paulo
A primeira "Bolsa Verde" do País deve entrar em operação em abril de 2012, às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A iniciativa visa desenvolver um mercado de ativos ambientais para promover a economia verde fluminense.
O primeiro passo para a operação do empreendimento resulta em um acordo de cooperação que será assinado nesta terça entre a Secretaria do Estado do Meio Ambiente, a Fazenda municipal e a BVRio.
"A bolsa é um espaço de transação, onde são negociados contratos. Quando uma empresa precisa de determinados ativos ela pode comprar de outra que os tenha" explica a subsecretária de Economia Verde, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio, Suzana Kahn. Entre os ativos, o carbono é o mais importante.
No caso do carbono, é estabelecido um teto de emissões de gases estufa para empresas. São, então emitidas licenças para emissões. "Queremos que as empresas fiquem dentro das metas de emissão e também possam diminui-las. Quem emitir menos ganha com isso vendendo para aquela que emitiu mais", diz Suzana. A ideia é a de que, no futuro, sejam incorporados negócios com energia renovável e biomassa.
As metas de emissão estão sendo definidas para indústrias do Rio de Janeiro por meio de encontros entre as empresas e os organizadores da Bolsa Verde. Está sendo avaliado o quanto cada empresa tem condição de reduzir na emissão de gases estufa e a que custo. Em janeiro será feita a primeira proposta de metas, quando definida, a empresa que não cumpri-la vai multada.
Há várias iniciativas similares à do Rio em estudo no Brasil. O governo federal há anos pesquisa o desenvolvimento de um mercado nacional, mas ainda não há previsão de uma data para seu funcionamento.

PEC que cria Zona Franca do Semiárido Nordestino tramita no Câmara dos Deputados


19/12/2011 20:23

Fabio Trad conduz aprovação de PEC que cria Zona Franca do Semiárido Nordestino



Assessoria / WQ



A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/11, do deputado Wilson Filho (PMDB-PB), que cria a Zona Franca do Semiárido Nordestino. A PEC altera artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCTs). O relator, deputado Fabio Trad (PMDB-MS), recomendou a aprovação da proposta.

A PEC prevê que a zona vai ter características de área de livre comércio, para exportação e importação, com incentivos fiscais pelo prazo de 30 anos. A proposta confere ao governo federal a atribuição de demarcar a área de forma contínua, com círculo de raio mínimo de 100 quilômetros e centro no município de Cajazeiras (PB). Além da Paraíba, a Zona Franca também beneficiará municípios de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do semiárido corresponda a aproximadamente 1/3 do PIB nordestino. A renda média do cidadão que habita a região, segundo o órgão, equivale a apenas 34% da renda média brasileira.

Tramitação

O texto agora será analisado por uma comissão especial e votado em dois turnos pelo Plenário.


Previsões do IPEA para 2012


Estudo do Ipea aponta cenário de preços reduzidos e crescimento para 2012

9/12/2011 14:24 - Portal Brasil
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação está controlada no Brasil, uma boa notícia, apesar de seus vilões freqüentes, como por exemplo, os preços de serviços como água, luz, gás e transportes, por conta da contaminação do aumento do preço dos combustíveis, ocorrido em trimestres anteriores. “É apenas um reflexo da política monetária corretamente adotada anteriormente”, afirmou o coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Ipea, Roberto Messenberg,  durante a apresentação da 15ª Carta de Conjuntura, na última quinta-feira (15), no Rio de Janeiro. A outra boa notícia presente no documento é a desaceleração do repasse da alta dos preços no atacado aos preços ao consumidor. 
Apesar dos dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) com crescimento nulo entre o segundo e o terceiro trimestres de 2011, o Brasil apresentou crescimento positivo e dentro do esperado ao longo do ano. “Mesmo que este último trimestre apresente crescimento zero, na média anual o crescimento seria da ordem de 2,8% a 3,0%, mas esperamos chegar aos 3,3%”, disse o economista Leonardo Carvalho, um dos colaboradores do estudo. 
O resultado do PIB no terceiro trimestre, o pior desde o primeiro trimestre de 2009, significou uma forte desaceleração em relação ao período imediatamente anterior, quando o mesmo havia crescido 0,7%.
Entre o terceiro e o segundo trimestres de 2011, a contenção do ritmo de crescimento da atividade econômica atingiu, principalmente, a indústria (-0,9%) e, secundariamente, o setor de serviços (-0,3). A agricultura, por sua vez, foi o único setor a registrar crescimento positivo (+3,2%), em função do aumento do acesso ao crédito no terceiro trimestre.
Segundo Messenberg, a crítica à atual política econômica se deve à histórica falta de alinhamento entre as políticas fiscal e monetária. Numa perspectiva histórica, declarou o coordenador, “o Plano Real foi uma boa tacada, mas deixou sequelas que sofremos até hoje”.
O desenvolvimento econômico no Brasil só ocorreu de fato, segundo Messenberg, após as políticas adotadas durante o governo Lula, e que se estendem até hoje, com o governo atual, principalmente com gestão do Banco Central. Nesse sentido, acrescentou, “a política econômica não deve olhar só para as metas de inflação, mas, analisar as trajetórias dos preços dos ativos, da inflação, do emprego, dos níveis do crédito e de atividade, entre outras variáveis.” De acordo com o coordenador, “ainda levará tempo para que a política fiscal ajuste-se à condução da monetária, mas estamos no caminho correto e não há nada nele que possa assustar os trabalhadores ou os consumidores”.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ceará - Crescimento Econômico


Economia do Ceará cresce 3,3% no terceiro trimestre



Desempenho no 3º trimestre deste ano superou, novamente, o crescimento da economia brasileira, que ficou em apenas 2,1% na comparação com igual período de 2010. Agropecuária e serviços foram os destaques


15.12.2011


A economia cearense, em 2011, continua crescendo a uma taxa superior a da nacional. O crescimento do estado, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, revelou que no 3º trimestre de 2011 a economia local cresceu 3,3% em relação a setembro de 2010, enquanto o País registrou incremento de apenas 2,1%.

Os resultados do PIB cearense foram apresentados, ontem, pelo secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag), Philipe Nottingham, e pelo diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Flávio Ataliba.

Este ano, o setor agropecuário desponta como uma surpresa, registrando crescimento de 39,4% no 3º trimestre. “Este foi um ano de boas chuvas no estado”, afirma Nottingham.

Mas é o setor de serviços, que responde por 70% do PIB estadual, que registra a segunda maior taxa de crescimento (3,4%) no 3º trimestre numa comparação com 2010. Nele está contido o comércio (varejista e atacadista).

“O Ceará, nos últimos anos, vem conseguindo vendas no comércio varejista superiores à média nacional. O estado fica, geralmente, no topo sendo, hoje, o segundo maior do Brasil”, diz a coordenadora de Contas Regionais do Ipece, Maria Eloísa Bezerra da Rocha. Este índice chega a 8,12% do volume total de vendas, atrás apenas do de Tocantins no mesmo período, que representou 14,61% do volume de vendas em comparação ao 3º trimestre de 2010.

Eloísa Bezerra lembra ainda que mais pessoas entraram no mercado consumidor e é esse consumo que está sustentando a nossa economia.

No setor de serviço, destacaram-se ainda as atividades de alojamento e alimentação (10,4%) e outros serviços (7%).

“Não estamos no paraíso. É claro que enfrentaremos uma desaceleração nesse crescimento, mas as políticas dos governos federal e estadual irão, de certo modo, mudar essa tendência de recessão”, avalia Adriano Sarquis, diretor de Estudos Econômicos do Ipece. O economista aposta em uma taxa de crescimento variando de 4,5% a 5% em 2012.

Recuperação
No que se refere a agropecuária, a produção de grãos promete fechar o ano com crescimento de 288,7%, ou 1,3 milhão de toneladas, estimativa ainda sujeita a revisão. 

São responsáveis também por este resultado as frutas frescas e frutos secos (estimativa de 2,52% de crescimento), com destaque para castanha de caju (182,16%), banana (11,02%), e melancia (12,47%). Uma queda de 6,34% na produção de melão impediu que essa taxa fosse maior.

As atividades de alojamento e alimentação, muito ligada ao turismo, registraram a segunda maior taxa de crescimento no 3º trimestre (10,4%) em comparação a igual período de 2010, reflexo do bom momento vivido pelo setor de hotéis, flats e pousadas, e pelo preparo de refeições para consumo imediato, muito influenciado pelo ganho salarial dos trabalhadores, de 2,6%.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O PIB trimestral é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo, com base nos resultados dos três setores que a compõem: agropecuária, indústria e serviços. Apenas os estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo elaboram o PIB Trimestral que indica, somente, uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia.

Números

4,7%
foi o crescimento da economia cearense no PIB, a preços de mercado, nos últimos quatro trimestres sobre os quatro trimestres anteriores

Rebecca Fontes

Estudo da CEPAL sobre economia da América Latina e do Carirbe


CEPAL apresenta balanço da economia da América Latina e do Caribe e Perspectivas para 2012

19 de dezembro de 2011

Relatório apresenta as últimas estimativas do crescimento econômico para os países da região em 2011 e estimativas para 2012.
Para o ano de 2012, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) prevê a desaceleração do crescimento da região, motivada pelas turbulências na economia internacional, principalmente nos países desenvolvidos.
A importância dos desafios da região para o próximo ano está também analisada no relatório Balanço preliminar das economias da América Latina e do Caribe 2011, que será apresentado na próxima quarta-feira, 21 de dezembro.
Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL apresentará o relatório em uma coletiva de imprensa às 12h do Chile (13h de Brasília) na sede da CEPAL em Santiago, Chile.
O estudo anual é um dos mais importantes da CEPAL e analisa os pontos mais destacados da evolução recente das economias da região, assim como os cenários para 2012. Seus principais pontos são:
· Projeções de crescimento da América Latina e do Caribe para 2011 e 2012, tanto em nível regional como para cada país.
· Um diagnóstico dos elementos de destaque do desempenho macroeconômico dos países da região.
· Uma análise dos principais desafios que estão enfrentando as economias da América Latina em um cenário caracterizado por um menor crescimento da economia mundial e uma elevada incerteza do setor externo.

Veja também:

CEPAL apresenta estudo econômico da América Latina e do Caribe 2010-2011

7 de julho de 2011
CEPAL apresenta estudo econômico da América Latina e do Caribe 2010-2011Coletiva de imprensa será em Santiago (Chile) na quinta (13/7), às 12h no horário de Brasília. Relatório anual faz uma análise do estado atual das economias da região e suas perspectivas futuras.
Segundo a CEPAL, a recuperação das economias da América Latina e do Caribe seguirá consolidando-se em 2011. As características específicas do desempenho econômico dos países da região são analisadas no relatório que será apresentado em Santiago (Chile) na quarta-feira, 13 de julho, às 12h no horário de Brasília.
No Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2010-2011, a CEPAL faz uma análise do estado atual das economias da região e suas perspectivas futuras. Será apresentado por Alicia Bárcena, Secretária Executiva da CEPAL, em uma coletiva de imprensa que será realizada na sede desta Comissão regional das Nações Unidas em Santiago, Chile.
O relatório tratará também, entre outros temas, dos desafios apresentados num contexto de ampla liquidez nos mercados financeiros internacionais e dos elevados preços dos produtos básicos mais importantes.
O Estudo Econômico e a apresentação da Secretária Executiva, Alicia Bárcena, estarão disponíveis no site da CEPAL (www.eclac.cl ou www.eclac.org). Também serão disponibilizados no site do Escritório da CEPAL no Brasil (www.cepal.org/brasil).

Mais informações

Meios de comunicação estão convidados a participar da coletiva de imprensa, que será realizada na sede da CEPAL (Av. Dag Hammarskjöld 3477, Vitacura, Santiago, Chile).
Para consultas e marcação de entrevistas, favor contactar a Unidad de Informação Pública e Internet da CEPAL. E-mail: dpisantiago@cepal.org; telefone: (56 2) 210 2040.
No Brasil entrar em contato com: Pulcheria Graziani – E-mail: pulcheria.graziani@cepal.org – telefones: (61) 3321-3232 ou (61) 3321-5494 – Celular: (61) 9976-8030.