quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Concentração de renda no Brasil


12/12/2012 - 10h00

Seis municípios concentram 25% da geração de renda do país, aponta IBGE

Do UOL, em São Paulo

Seis municípios concentram cerca de 25% de toda a geração de renda do país. São Paulo fica no topo da lista, com 11,8% de participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). Juntas, as seis capitais representam 13,5% da população.

Os dados, divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fazem parte de uma pesquisa que avaliou o PIB dos municípios brasileiros em 2010. Os dados são de 2010, mas foram divulgados somente agora.
No total, o Brasil registra 5.565 municípios.

Novidade em relação ao ano anterior é Manaus

Em relação à mesma pesquisa de 2009, a novidade fica por conta de Manaus, que entrou para a lista dos municípios brasileiros que concentraram grande parte da geração de renda em 2010.
Em comum, segundo o IBGE, os municípios têm a maior concentração da atividade de serviços, exceto Manaus, cuja economia apresenta maior equilíbrio entre as atividades de indústria e de serviços. 

Maior PIB per capita é de São Francisco do Conde (BA)

São Francisco do Conde, na Bahia, é o município com maior resultado per capita (PIB dividido pelo número de habitantes), com R$ 296.884,69. Esse valor é 15 vezes a média nacional, que foi de R$ 19.766,33 em 2010.
O município abriga a segunda maior refinaria de petróleo em capacidade instalada de refino do país.
Porto Real (RJ) e Louveira (SP) ocupam a segunda e a terceira posição, respectivamente.

Menor PIB per capita é de Curralinho, no arquipélago do Marajó (PA)

Já o menor PIB per capita em 2010 (R$ 2.269,82) foi verificado no município paraense de Curralinho.
Localizado no arquipélago do Marajó, o município sustentava-se, segundo o IBGE, pela transferência de recursos federais: a administração pública participou com 61% do valor total.

Sobem exploradores do minério de ferro; descem produtores de soja

Segundo o IBGE, as principais mudanças de participação do PIB entre municípios em 2010 estão ligadas aos produtos agrícolas e minerais.
Os baixos preços dos produtos agrícolas impactaram principalmente os municípios produtores de soja, causando perda de participação no país, enquanto os altos preços dos produtos minerais, principalmente do minério de ferro, resultaram em maior participação dos municípios exploradores dessas atividades.

Maior queda: São Salvador do Tocantins (TO); maior alta: Catas Altas (MG)

Considerando-se o ranking de participação de todos os municípios do país no PIB total, a maior perda de posição de 2009 para 2010 ocorreu em São Salvador do Tocantins (TO), que passou da posição 2.616 para 4.295. A queda foi causada pelo encerramento das obras de uma usina hidroelétrica no município vizinho de Paranã.
O maior ganho de posição (de 2.973 para 1.119) foi registrado no município de Catas Altas (MG), onde as operações de extração de minério de ferro têm crescimento contínuo desde 2006. Em 2010, o alto preço do minério provocou aumento substancial da produção, segundo o IBGE.
Fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/12/12/seis-municipios-concentram-25-da-geracao-de-renda-do-pais-aponta-ibge.jhtm

CEPAL - previsão de crescimento para o Brasil em 2013


Brasil vai crescer 4% em 2013, diz CEPAL; índice de 2012 foi de 1,2%

11 de dezembro de 2012



Secretária-Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena. UN PhotoApesar das incertezas que ainda persistem a nível mundial — sobretudo as dificuldades que enfrentam a Europa, os Estados Unidos e a China – o Brasil deve ter um crescimento de 4% em 2013. Junto com a Argentina, o país irá impulsionar uma aceleração do crescimento econômico de toda a região da América Latina e o Caribe. É isto o que prevê as novas estimativas apresentadas hoje (11) em Santiago, Chile, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
De acordo com o Relatório Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2012, divulgado em uma coletiva de imprensa pela Secretária-Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, a região apresentará no próximo ano um crescimento em torno de 3,8%. A recuperação das maiores economias da região e a manutenção do dinamismo da demanda interna, com crescimento dos níveis reais de salários em vários países, são as principais razões desse crescimento.
A região encerrará 2012 com uma expansão de seu produto interno bruto (PIB) de 3,1%, maior do que o crescimento mundial esperado (2,2%), ainda que menor que os 4,3% obtidos em 2011.
O principal impacto da crise econômica global na América Latina e no Caribe refletiu-se no âmbito comercial, já que o crescimento do valor das exportações da região desacelerou-se acentuadamente, de 22,3% em 2011 para uma estimativa de 1,6% em 2012.
Entretanto, a melhora nos indicadores do mercado de trabalho, o aumento do crédito bancário ao setor privado e dos preços das matérias-primas que não sofreram quedas significativas adicionais — apesar da elevada incerteza externa — fizeram com que a região não fosse tão afetada pela crise externa e devem continuar a beneficiar o crescimento no próximo ano.
Segundo o estudo, os países do Caribe continuarão mostrando uma fragilidade fiscal, o que requer reformas acompanhadas de apoio externo para assegurar trajetórias sustentáveis de consolidação fiscal.
“Persiste na América Latina e no Caribe o desafio de aumentar e estabilizar o crescimento do investimento, e não depender somente do consumo, como meio para impulsionar a mudança estrutural com igualdade, incorporar o progresso técnico e dar sustentabilidade ao crescimento”, afirmou Alicia Bárcena na apresentação do estudo.
http://www.onu.org.br/brasil-vai-crescer-4-em-2013-diz-cepal-indice-de-2012-foi-de-12/