quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dívida Interna

Pagamento de juros da dívida pública é recorde no ano

29/09/2010 - 15:00 
Agência Estado

Relatório mensal divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central mostra que as contas públicas amargaram novos recordes negativos. O pagamento de juros em agosto, por exemplo, foi o mais elevado para o mês desde o início da série, em 2001. No mês passado, foram desembolsados R$ 15,698 bilhões para pagamento aos credores da dívida. Também foram recordes os valores desembolsados no acumulado do ano (R$ 123,796 bilhões) e em 12 meses (R$ 184,626 bilhões).
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, explicou que o pagamento de juros aumentou por uma série de fatores, como a apropriação de juros à dívida pública, elevação da participação de títulos prefixados, o fim da rentabilidade gerada pelos contratos de swap cambial (que geraram receita em 2009) e a inflação.
Ele citou como exemplo o fato de que de janeiro a agosto de 2009 os contratos de swap geraram receita de R$ 3,2 bilhões aos cofres do Tesouro Nacional. Em 2010, não houve ganho financeiro. Outro exemplo é a inflação, que remunera parte relevante dos títulos públicos. De janeiro a agosto de 2009, o IPCA teve alta de 2,97%. Em igual período de 2010, a inflação já está em 3,14%. No IGP-M, a oscilação é ainda maior: de uma deflação de 2,02% para alta de 6,66% entre os dois anos.
Outro recorde foi registrado no déficit nominal do mês passado, que somou R$ 10,476 bilhões, o pior saldo para os meses de agosto desde o início da série histórica. Em oito meses, o rombo soma R$ 76,015 bilhões e atinge R$ 115,804 bilhões no acumulado em 12 meses. Nos dois casos, novos recordes históricos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crescimento Econômico no Brasil em 2010


Desaceleração do PIB avança para o terceiro semestre

28 de setembro de 2010 - 11:13 - Por TM

Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, recuou 0,2% em julho de 2010 10 frente ao mês de junho
Related Posts with Thumbnails
Foto: Divulgação
Após ter reduzido a sua taxa de expansão de 2,7%, no 1º trimestre de 2010, para 1,2% no 2º trimestre, a economia brasileira abriu o terceiro trimestre reforçando tal trajetória de desaceleração. O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, recuou 0,2% em julho de 2010 10 frente ao mês imediatamente anterior.
Na comparação com o mês de julho de 2009, o crescimento do PIB brasileiro atingiu 6,5% fazendo com que, no acumulado dos primeiros sete meses de 2010, a expansão da atividade econômica registrasse 8,5% em relação período de janeiro a julho de 2009.
Pelo lado da oferta agregada, o recuo de 0,2% em julho foi determinado pela queda de 1,2% na atividade do setor industrial e, em menor escala, pelo recuo de 0,1% do setor de serviços. Somente o setor agropecuário exibiu desempenho positivo no mês de julho de 2010, um crescimento de 1,7% frente a junho.
Sob o prisma da demanda agregada, os investimentos (formação bruta de capital fixo), recuando 1,9%, e as exportações de bens e serviços (queda de 1,8%) foram os responsáveis pela retração da atividade econômica em julho/10.
Nos doze meses encerrados em julho de 2010, o crescimento econômico atingiu 5,8%, também determinado, em maior escala, pelo crescimento de 7,3% da atividade industrial neste mesmo critério de comparação.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Crescimento Econômico no Brasil em 2010

20/09/2010 10:57:12

Estimativa de crescimento do PIB tem terceiro aumento seguido

Kelly Oliveira, da Agência Brasil
A estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia este ano subiu pela terceira semana seguida. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 7,42% para 7,47%. Para 2011, estimativa é mantida em 4,5%, há 41 semanas. A projeções constam do boletim Focus, publicação semanal do BC elaborada com base em estimativas para os principais indicadores da economia.
A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, passou de 11,34% para 11,37%. Para o próximo ano, a previsão de expansão foi mantida em 5%.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB caiu de 40,80% para 40,60%, em 2010, e de 39,45% para 39,20%, em 2011.
A expectativa para a cotação do dólar também caiu, de R$ 1,77 para R$ 1,75, ao final deste ano, e de R$ 1,81 para R$ 1,80, ao fim de 2011.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permaneceu em US$ 15 bilhões, neste ano, e passou de US$ 9,56 bilhões para US$ 9,90 bilhões, em 2011.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa permaneceu em US$ 50 bilhões, este ano, e passou de US$ 59,90 bilhões para US$ 60 bilhões, em 2011.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 30 bilhões, este ano, e foi alterada de US$ 38,20 bilhões para US$ 38 bilhões, em 2011.
(Agência Brasil)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Política Fiscal - Arrecadação de tributos no Brasil

16/09/2010 - 14h49

Arrecadação cresce 15% em agosto e atinge recorde de R$ 62,7 bi

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

A arrecadação federal de impostos e contribuições bateu em agosto deste ano o recorde histórico para o mês ao atingir R$ 62,721 bilhões, informou nesta quinta-feira a Receita Federal.

O resultado representou uma alta nominal de 20,5% ante mesmo mês do ano passado e avanço real (com correção pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 15,32%.

Com o resultado de agosto, a arrecadação acumula no ano R$ 510,185 bilhões, um avanço nominal de 18,07% ante os oito primeiros meses de 2009. Corrigida pela inflação, a arrecadação do ano acumula R$ 513,816 bilhões, uma alta real de 12,59% ante igual período do ano passado.

Apesar do bom resultado em agosto, a arrecadação do mês ficou abaixo da registrada em julho, quando foram arrecadados, ao todo, R$ 67,973 bilhões. O recuo de agosto ante julho é da ordem de 7,76% em termos reais e de 7,73% em termos nominais.

Em todos os meses deste ano houve avanço na arrecadação na comparação com igual mês do ano anterior.

A Receita Federal atribui esse resultado especialmente à recuperação de indicadores macroeconômicos que influenciam a arrecadação de tributos, como a produção industrial, a venda de bens e a massa salarial, que influenciam diretamente IPI, PIS/Cofins e contribuição previdenciária.

TRIBUTOS

Em relação aos tributos, as receitas que mais puxaram o crescimento nesse período foram o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com alta de R$ 2,368 bilhões em relação ao ano passado. As receitas da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), imposto ligado às vendas e ao faturamento, subiram R$ 2,368 bilhões.

Em termos percentuais, no entanto, o imposto com maior alta na arrecadação foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com aumento de 39,51%. De acordo com a Receita, o principal fator para essa variação foi a taxação de IOF sobre o capital estrangeiro que entra no país, em vigor desde outubro do ano passado.

No acumulado do ano, as receitas que mais cresceram foram a da Cofins e do PIS/Pasep, com alta de R$ 15,593 bilhões. Em seguida, vêm as receitas previdenciárias, com incremento R$ 14,075 bilhões, e o Imposto sobre Operações Financeiras, que subiram R$ 4,237 bilhões de janeiro a agosto.


Com Agência Brasil

Geração de Empregos no Brasil

16/09/2010 - 11h18

Brasil bate recorde de emprego formal no ano e se aproxima de 2 mi de novas vagas

THAIS BILENKY
DE BRASÍLIA

Depois de dois meses menos aquecidos, o Brasil voltou a ter geração recorde de empregos com carteira assinada em agosto, com 299 mil novas vagas, informou, nesta quinta-feira, o Ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

No acumulado do ano, já são 1,95 milhão de novos postos, superando o mesmo período de 2008, antigo recorde da série histórica, iniciada em 1991.

O resultado de agosto representa crescimento de 23,7% ante o mesmo mês do ano passado, que havia tido o melhor resultado da série para o mês até então (242.126 postos). Esse é a quarta maior geração mensal de empregos com carteira assinada na história do Caged.

O ministro Carlos Lupi manteve a meta de 2,5 milhões de vagas formais para 2010 e previu mais um recorde para setembro.

O melhor desempenho foi, novamente, o do setor de serviços, com criação de 128 mil postos, segundo o Caged. Nos subsetores, as instituições financeiras foram as únicas que não bateram recorde.

RIO

Os preparativos para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 ajudaram o Estado do Rio de Janeiro a registrar o melhor saldo de geração de empregos desde 1992. Quase 25 mil pessoas conseguiram vagas com carteira assinada, e de acordo com Lupi, o resultado está relacionado aos dois eventos.

O ministro disse que há forte investimento nas áreas de construção civil, comércio e serviço. A expansão fluminense de 0,77%, porém, é menor que a média nacional, de 0,86%.


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/799737-brasil-bate-recorde-de-emprego-formal-no-ano-e-se-aproxima-de-2-mi-de-novas-vagas.shtml

Boletim do Banco Central sobre Economia Brasileira - Setembro de 2010

Boletim do Banco Central sobre Economia Brasileira - Setembro de 2010
http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20100910.pdf

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Brasil foi responsável por 60% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento na América Latina, segundo BID

15/09/2010 13:06:47

Brasil lidera em inovação tecnológica na América Latina

Carolina Pimentel, da Agência Brasil
Dados recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostram que o Brasil foi responsável por 60% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em 2007, entre os países da América Latina e do Caribe. É o único país da região que destina acima de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a inovação.
Segundo o BID, um dos pontos fortes do Brasil é dispor de mecanismos de fomento à pesquisa tecnológica. Porém, assim como os vizinhos, a burocracia e a falta de articulação com os empresários impedem o crescimento da inovação brasileira e uma melhora na posição do país no ranking mundial.
“Em termo de disponibilidade de instrumentos para fomento da inovação, o Brasil, provavelmente, tem mais instrumentos do que qualquer outro país da América Latina. Quando fui aos estados e conversei com o setor empresarial, escutei queixas de que eles [mecanismos] são burocráticos, lentos e não tem suficiente informação”, afirmou Flora Painter, chefe de Divisão de Ciência e Tecnologia do BID.
A representante do banco de fomento participa de um seminário sobre sistemas regionais de inovação, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. Os estudo do banco será divulgado no encontro.
Um dos mecanismos governamentais para estimular a inovação empresarial é a chamada subvenção econômica - recursos liberados em edital por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia. De acordo com o ministério, desde 2006, foram liberados mais de R$ 1,7 bilhão. No entanto, as empresas reclamam que a liberação em forma de edital não acompanha o fluxo industrial.
Outro problema detectado pelo banco é que os empresários não apontam como os instrumentos de apoio podem atender suas demandas. “Os empresários também não apresentam conhecimento necessário para expressar quais são suas necessidades e formular projetos”.
De acordo com o estudo do banco, a participação da iniciativa privada é pequena na América Latina e no Caribe no montante de recursos para inovação. Enquanto no Brasil e no restante dos países latino-americanos e caribenhos, 60% dos recursos são provenientes dos governos. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a contrapartida pública é de 36%.
Para Flora Painter, o aporte menor de recursos por parte das empresas brasileiras pode estar relacionado a uma insegurança jurídica e econômica. “Para qualquer empresa, o investimento tem que se dar em um ambiente cômodo e estável. O Brasil teve avanços na estabilidade econômica e de políticas. No entanto, o país tem grandes problemas de financiamento com uma taxa de juros razoável para as empresas”, explicou.
A opinião é compartilhada pelo diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi. Segundo ele, as multinacionais, por exemplo, temem em investir no Brasil e, depois, terem de pagar grande volume de impostos por conta desses investimentos.
A representante do banco de fomento participa de um seminário sobre sistemas regionais de inovação, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. Os estudo do banco será divulgado ao final do encontro.
No seminário, foi apresentado um diagnóstico sobre inovação empresarial em quatro estados (Alagoas, Paraíba, Santa Catarina e Minas Gerais), que está na fase de implantação um projeto-piloto para um sistema regional de inovação. A pesquisa apontou como algumas das dificuldades das empresas para inovar: demanda concentrada por financiamento, falta de conhecimento sobre serviços tecnológicos e ausência de comunicação entre universidade e setor empresarial.
(Agência Brasil)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Diminui a inadimplência em Fortaleza

Inadimplência no País sobe; Fortaleza na contramão

14/9/2010 Clique para Ampliar
Parte dos consumidores que compraram produtos de maior valor agregado na Copa não conseguiu honrar pagamento 
FOTO: KIKO SILVA
A alta na quantidade de pessoas com dívidas em atraso não subiu na mesma proporção das vendas em Fortaleza

Fortaleza/São Paulo. A inadimplência do brasileiro saltou 11,5% em agosto, na comparação com igual mês do ano anterior - o maior crescimento na relação anual desde 2005, segundo o indicador da Serasa Experian, divulgado ontem. Porém, na contramão dessa tendência nacional, a Capital cearense vem se destacando. Em similar comparação, agosto de 2009 e de 2010, o percentual de fortalezenses que disseram não ter condições de honrar seus compromissos retrocedeu de 8,46% para 6,65%, conforme levantamento mensal do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), ligado à Fecomércio-CE.

Isso quer dizer que, enquanto, na avaliação dos economistas da Serasa, o consumidor no resto do País aproveitou a Copa do Mundo para comprar produtos de maior valor agregado e, com o acúmulo de dívidas, não conseguiu pagá-las; em Fortaleza, o mesmo não ocorreu com tanta veemência, apesar de as bases de pesquisa do Serasa Experian e IPDC serem distintas.

Na opinião do vice-presidente da Fecomércio-CE, Ranieri Leitão, o fenômeno crescente da inadimplência no Brasil não se confirmou em Fortaleza. "Naquele período (de abril/ maio/ junho), muitos consumiram produtos eletroeletrônicos. O endividamento, portanto, subiu bastante, mas não a quantidade de inadimplentes na mesma proporção na Capital cearense", afirma, ressaltando a diferença entre as duas nomenclaturas.

"O endividamento é quando o consumidor assume um compromisso, mas isso não quer dizer que não vai honrá-la. O que é bom para confiança e otimismo do mercado. Já a inadimplência é quando ele não tem como pagar a dívida", resume. "No momento, estamos confiantes e otimistas para o Dia das Crianças e o fim de ano", complementa Ranieri.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, o avanço de pessoas negativas no Serasa no País também não se confirmou na Capital do Ceará.

Apesar de não repassar nenhum dado estatístico, Cid assinala que o mês passado não foi espetacular para o varejo, pelo contrário, não existiram problemas na maior parte dos setores. Além disso, segundo ele, esse quadro não se traduziu em elevação de pessoas com contas em atraso. "Em relação a outros anos, agosto de 2010 foi até melhor que os demais. E a inadimplência não cresceu no mesmo ritmo das vendas", avalia Cid Alves.

Em contrapartida, no Brasil, segundo o indicador Serasa Experian , no confronto com julho, a inadimplência apresentou expansão de 1,8% e, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, de 0,2%. Os Cartões de crédito e financeiras são consideradas as principais responsáveis por esse fenômeno de alta de 5,9%, seguida de bancos, com 1,1%.

Consultas subiram

Um outro importante termômetro do varejista e da análise de intenção de compra do consumidor, a quantidade de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cresceu na média do País. O avanço foi de 10,5% em agosto sobre igual intervalo de 2009. Nesse aspecto, em Fortaleza, a elevação na quantidade de consultas ao serviço prestado aos comerciantes foi de 19% no acumulado de todo o ano. O que reflete a ida de clientes ao setor varejista. Destes, outros 19% apresentaram restrições. Dentro da média, segundo a CDL.

Entretanto, um ponto desfavorável no oito primeiros meses de 2010, divulgado semana passada pelo órgão, é que, no mês anterior, um número menor de fortalezenses retirou o nome do banco de dados do SPC em relação a semelhante intervalo do ano passado. A retração foi de 12%. Todavia, a quantidade de inclusões de registros de inadimplentes na lista também diminui em igual período. Queda 5%. Para o superintendente da entidade, Antônio Carlos Rodrigues, a avaliação desse quadro é confortável o suficiente para assegurar equilíbrio na maior cidade do Estado. "Não há motivos para sustos. A inadimplência está sob controle".

Usina Solar no Ceará

Usina solar de Tauá deve iniciar nesta quinta-feira

14/9/2010 Clique para Ampliar
A capacidade instalada da usina, que terá 4.400 painéis fotovoltaicos, distribuídos por uma área de 12 mil m², é suficiente para a atender cerca de 1.500 residências 
FOTO: DIVULGAÇÃO
Primeiro projeto comercial de geração solar do País deverá ser concluído dentro de oito a nove meses

A construção da usina solar da MPX, no município de Tauá - a 344 km de Fortaleza - deverá ter início nesta quinta-feira, dia 16, de acordo com informação da assessoria de comunicação da empresa do empresário Eike Batista. A expectativa inicial era de que a primeira fase do empreendimento se realizasse em abril último, no entanto, conforme explicação da assessoria, durante esse tempo, foram negociadas melhorias na oferta dos fornecedores de serviço e adianta mento do trabalho de engenharia. A implantação do equipamento deve demorar de oito a nove meses.

A SOL Tauá, como é denominado o empreendimento da MPX, braço de energia elétrica do Grupo EBX, será o primeiro projeto comercial de geração solar do Brasil, com 1 MW de capacidade instalada.

A empresa já está avaliando propostas para venda da energia produzida no mercado livre. O investimento nesta primeira fase é de R$ 10 milhões, ocupando uma área de dois hectares.

A empresa dispõe de uma área total superior a 200 hectares, e poderá utilizar 150 deles caso a usina chegue aos 50 MW planejados no início do projeto, cujo investimento total seria de US$ 250 milhões.

A SOL Tauá também conta com um programa de incentivo fiscal do governo estadual: o Fundo de Incentivo à Energia Solar (Fies).

Este é o primeiro instrumento de incentivo à energia solar no Brasil, e foi essencial para a viabilização do projeto da MPX no Ceará. Até o fim do ano, é possível que este fundo some a quantia de R$ 12 milhões para subsidiar o setor.

O fundo tenta cobrir a diferença existente entre o valor de compra da energia de fonte solar das outras fontes, tornando-a viável financeiramente. Para isso, ele possui várias formas de capitalização. A ampliação da usina solar de Tauá também depende dessa capitalização: quanto maior o volume de recursos com que o fundo conta, maior pode ser a capacidade de produção da energia.

A usina aproveita a luz solar que incide sobre painéis fotovoltaicos, que são responsáveis pela transformação da radiação em energia.

A energia elétrica é então conduzida por cabos até caixas de controle e monitoramento. Após concentrada, toda essa energia é enviada por cabos subterrâneos para uma sala onde ocorre a transformação da energia em corrente contínua para corrente alternada.

Conjuntura Econômica

14/09/2010 - 10h21

Atacado acelera, varejo sobe e IGP-M avança 0,99%

SÃO PAULO (Reuters) - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou fortemente, pressionada por um avanço dos custos no atacado, em razão do reajuste do minério de ferro e de uma pressão dos preços agrícolas, e pela reversão da queda no varejo.



O indicador subiu 0,99 por cento na primeira prévia de setembro, contra alta de 0,42 por cento em igual período de agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam 0,72 por cento, segundo a mediana de 10 respostas que ficaram entre 0,25 e 0,92 por cento.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 1,44 por cento na primeira leitura de setembro, ante 0,75 por cento na primeira de agosto.

O IPA agrícola saltou 2,28 por cento nesta leitura, contra queda de 0,53 por cento na anterior, enquanto o IPA industrial teve alta de 1,17 por cento, similar ao avanço de 1,16 por cento antes.

As maiores altas individuais de preços no atacado foram minério de ferro --de 4,98 por cento nesta leitura ante 16,92 por cento na anterior--, algodão em caroço, milho em grão, carne bovina e óleo de soja refinado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,16 por cento na primeira prévia deste mês, contra queda de 0,40 por cento na primeira de agosto.

Os custos do grupo Alimentação tiveram oscilação positiva de 0,01 por cento agora, contra baixa anterior de 1,58 por cento. Vestuário também passou para alta, de 0,33 por cento, após recuo anterior de 1,31 por cento.

As principais elevações individuais de preços no varejo foram de refeição em restaurante, banana prata, pão francês, tomate e plano e seguro saúde.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,08 por cento na primeira prévia de setembro, comparado à elevação anterior de 0,27 por cento.

No ano, o IGP-M acumula alta de 7,72 por cento e nos últimos 12 meses, de 7,60 por cento.
O IGP-M da primeira prévia de setembro mediu os preços de 21 a 31 de agosto.

(Reportagem de Vanessa Stelzer)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Orçamento e Dívidas

Educação financeira: lição para a vida

5/9/2010 Clique para Ampliar
Controle orçamentário é recurso essencial para a não proliferação de inúmeros problemas socioeconômicos

Há 35 anos, a letra da música "Pecado Capital", composta e interpretada pelo sambista carioca Paulinho da Viola, já corroborava com o pensamento de que a qualidade de vida de uma pessoa no futuro próximo dependerá (e muito) de como ela gasta seu dinheiro hoje. Os versos "dinheiro na mão é vendaval/ é vendaval/ na vida de um sonhador/ de um sonhador/ quanta gente aí se engana/ e cai da cama com toda a ilusão que sonhou/ e a grandeza se desfaz/ quando a solidão é mais/ alguém já falou" expõem, em formato de canção, o provável fim trágico de quem não possui algo básico para a sobrevivência: educação financeira.

Sem fugir do trocadilho, a canção remete a um tipo de sacrilégio (o descontrole orçamentário) bem comum na sociedade extremamente consumista em que vivemos. Para se ter uma ideia, no mês passado, só em Fortaleza, 37,6% das pessoas admitiram ter dívidas a pagar por conta da falta de gerenciamento das suas finanças. Esta foi a principal causa mencionada, à frente, inclusive, do desemprego e gastos repentinos com doenças ou prejuízos materiais, com 34,6% e 25,6%, respectivamente.

Além disso, a média anual (de janeiro a agosto) de fortalezenses sem condições de honrar seus compromissos é de 20,2%. Os dados são do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), entidade ligada à Fecomércio-CE.

O fenômeno não é verificado apenas na Capital cearense, estende-se por todo o País. De acordo com um estudo realizado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), com 400 consumidores distribuídos pelas principais cidades brasileiras, cerca de 37% dos entrevistados apontaram a inabilidade no uso com dinheiro o primeiro motivo para o acúmulo de dívidas. Ausência de emprego (25%), gastos inesperados (6%) vieram logo, em seguida.

Para diversos estudiosos do assunto, a educação financeira é um recurso essencial para a não proliferação de inúmeros problemas socioeconômicos que advêm da falta de controle no orçamento. Além disso, analistas da área reforçam que a própria aceleração do crescimento da economia e avidez dos consumidores - que aumentaram seu poder de compra - em consumir podem prejudicar aqueles que não estiverem preparados para esse novo cenário econômico do Brasil.

Em 2000, havia 48 milhões de correntistas ativos no País. Em apenas nove anos, esse número praticamente dobrou para 90 milhões. Também houve avanço na participação das pessoas físicas do crédito no PIB, em igual intervalo. Passou de ínfimos 3,7% para 15% em 2009. Essa evolução é boa para a economia, no entanto, também pode trazer problemas, caso não haja conscientização na hora de comprometer a renda familiar por parte dos consumidores. Nesse aspecto, o Governo Federal, em parceria com diversas instituições ligadas ao mercado financeiro, resolveu capacitar os jovens dentro do próprio ambiente escolar, com orientações para o uso do dinheiro de forma mais rentável.

Educar para poupar

No mês passado, teve início um programa experimental em cerca de 450 escolas da rede pública de ensino de estados como o Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. A ideia do governo é repassar conhecimentos na área de finanças para 15 mil alunos, entre 15 e 17 anos.

O piloto de "Educação Financeira na Escola" é divido em três módulos, e deve ser concluído no fim de 2011. A pretensão do governo é de ampliar, posteriormente, a ação para 200 mil instituições educacionais, envolvendo não só o ensino médio, mas também o para aqueles do ensino fundamental. Culturalmente, no Brasil, essas noções sempre foram repassadas pelos próprios pais, muitas vezes, de forma inadequada.

Em outras ocasiões, o aprendizado é praticamente autodidata e se dá mediante as circunstâncias da vida, de forma, por assim dizer, completamente experimental.

O que é uma novidade para os brasileiros, há décadas é feito nos colégios dos Estados Unidos e de alguns países da Europa. O objetivo de se levar o tema para as instituições educacionais é auxiliar o estudantes com práticas e conceitos financeiros para se evitar, no futuro, o desarranjo das finanças na família. 

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER

sábado, 4 de setembro de 2010

Política monetária - Taxa de juros

02/09/2010 10:29:10

Copom interrompe trajetória de alta da taxa Selic

Stênio Ribeiro, da Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) definiu há pouco que a taxa básica de juros (Selic) deve permanecer no patamar de 10,75% ao ano, em vigor desde 21 de julho. Com isso, o colegiado finalizou o processo de aperto monetário adotado nas três últimas reuniões, quando elevou a taxa de 8,75% para 9,50%, em abril, depois para 10,25%, em junho, e para 10,75%, em julho.

A decisão do Copom veio em sintonia com as expectativas da maioria dos analistas financeiros, que, há duas semanas, alegam haver condições favoráveis no mercado para o BC encerrar o ciclo de ajustes da Selic. O principal motivo apontado pelo mercado é a inflação ter entrado em declínio nos três últimos meses. Além disso, argumentaram os analistas, não existem sinais de pressão de preços no horizonte, a médio prazo. As projeções de inflação para o final do ano têm caído gradativamente e já se aproximam do centro da meta de 4,5%.
Segundo o boletim Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (30), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as correções oficiais, deve encerrar 2010 em 5,07%. Apesar de o crescimento interno continuar sólido, com expansão da renda e do crédito, o comportamento mais ameno da inflação contribuiu para o fim do processo de alta da taxa Selic, de acordo com o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto.
Há, no entanto, quem acompanhe a cena econômica com alguma desconfiança, como a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli. Embora admita que todas as sinalizações de mercado apontavam para uma tendência de manutenção do nível atual da Selic, antes mesmo da decisão do Copom, Maristella considera que o ritmo de reajustes de preços dos gêneros alimentícios pode voltar a aumentar já neste mês. A economista acredita que haverá pressão inflacionária, por causa dos reajustes salariais programados para os próximos meses.
(Agência Brasil)