segunda-feira, 28 de junho de 2010

Crise financeira na Europa

20/06/2010

Como os gregos quebraram a Europa

Prospect
Bronwen Maddox
A Grécia é minúscula, sua economia responde por apenas 3% da UE. Mas exatamente quando parecia que o mundo estava se arrasando para fora do turbilhão financeiro e da recessão no começo de 2010, a Grécia lembrou os mercados de que os países, assim como os bancos, também pode ruir. “Um Lehman Brothers cercado de águas azul-turquesa”, foi uma das descrições usadas.
“Contágio”, a metáfora lacônica dos mercados, dificilmente traduz a velocidade com que os temores de insolvência se espalharam por toda a Europa, para Portugal, Espanha, Itália, depois Irlanda e até Inglaterra. Durante um final de semana agitado de maio, a corrida para elaborar o gigantesco acordo de resgate de 750 bilhões de euros exigiu a atenção urgente de todos os líderes da UE, do presidente Barack Obama e do Fundo Monetário Internacional.
O plano de resgate salvou o euro por enquanto, e a moeda mostrou alguns sinais de recuperação desde que atingiu sua maior baixa em quatro anos em relação ao dólar na semana passada. Mas isso destruiu as regras pelas quais o Banco Central Europeu comanda o bloco de 16 países que usam o euro. E a crise tampouco terminou. Ainda não está claro se a Grécia e seus vizinhos do Mediterrâneo conseguirão fazer as mudanças que a Europa está finalmente exigindo deles. A comparação com a Irlanda, que enfrentou problemas parecidos, oferece alguma esperança, mas também sugere que os problemas da Grécia sejam arraigados demais para serem resolvidos.
O drama começou em outubro, quando George Papandreou, primeiro-ministro socialista do país, disse à nação que as finanças da Grécia estavam bem piores do que os governos conservadores anteriores haviam declarado. Um homem alto e curvado, com um bigode preto bem aparado e um jeito reservado, vindo de uma dinastia familiar que dominou a política grega por muito tempo, Papandreou disse que a Grécia estava com um déficit anual de 12,7% de seu PIB.
Isso era duas vezes mais do que o governo anterior havia dito à comissão europeia, e quatro vezes mais do que o limite oficial para a eurozona. O país também acumulou dívidas de 300 bilhões de euros, equivalente a mais de 100% do PIB. Enquanto os títulos gregos começavam a afundar, a comissão enviou equipes de auditores para Atenas, para descobrir que o número verdadeiro era ainda pior – perto de 14%.
As raízes do problema datam das forças que moldaram a Grécia moderna. A dificuldade grega de desenvolver o aparato de um Estado moderno aumentou durante a guerra civil de 1946-1949 entre os comunistas e as forças conservadoras apoiadas pelos EUA. A guerra destruiu as poucas partes do governo que ainda funcionavam depois da ocupação alemã na 2ª Guerra Mundial, e provocou uma polarização amarga na vida política. O surgimento de um establishment fortemente anticomunista pavimentou o caminho para o governo militar de 1967 a 1974.
As decisões que levaram aos níveis atuais de dívida foram tomadas no começo dos anos 80, quando o pai de George Papandreou, Andreas, que liderou a política grega durante 15 anos, começou a estabelecer as fundações de um Estado social-democrata tão amplo que marcaria o fim desse episódio traumático.
Mas o setor público que ele construiu se tornou muito caro. Mesmo agora, ele continua extravagantemente generoso para os padrões europeus. O horário de trabalho costuma ser das 7h30 às 14h30, os empregados recebem um bônus de um salário extra duas vezes por ano e alguns podem se aposentar com 53 anos. Os jornais gregos têm observado ironicamente o “problema de Édipo” do primeiro-ministro do país: ele precisa “matar” as políticas de seu pai para salvar o país.
Nem o setor privado oferece um antídoto saudável. As empresas familiares respondem por três quartos do setor, e mutias não são nem competitivas nem inovadoras. A burocracia é “estranguladora”, argumenta Loukas Tsoukalis, professor da Universidade de Atenas e conselheiro de Jose Manuel Barroso, presidente da comissão europeia. “Temos um sistema capitalista com um Estado soviético.”
A Grécia tinha problemas bem piores quando requisitou juntar-se ao euro. Embora a economia, erguida com subsídios da UE, estivesse crescendo 3% ao ano, o país não conseguiu cumprir com as condições estabelecidas pela Alemanha para a dívida e a inflação quando o euro foi lançado em 1º de janeiro de 1999. O país conseguiu dois anos depois, apresentando números que diziam que seu déficit orçamentário estava dentro das regras, e que sua dívida, que não estava, não era pior do que a da Itália.
Quando a Grécia revelou a verdadeira situação de suas finanças em outubro passado, isso causou alarme, e depois pânico, nos mercados. Surgiram temores de que a Grécia não seria capaz de pagar dezenas de bilhões de euros em abril e maio, e ninguém queria emprestar 45 bilhões de euros a mais para cobrir os gastos do país até o final do ano. Os banqueiros começaram a falar em inadimplência e em recalcular. Até mesmo o maior tabu – mencionar que a Grécia pode deixar o euro – foi quebrado, uma vez que alguns políticos alemães declararam abertamente que este era o único remédio.
O medo era de que o problema se espalhasse para Portugal, Itália, Irlanda e Espanha. Em negociações frenéticas durante as 40 horas seguintes, que terminaram às 2h da manhã do dia 10 de maio em Bruxelas, a UE, o ECB e o FMI formularam juntos o regate de 750 bilhões de euros. Eles obrigaram Papandreou a concordar em reduzir o déficit para menos de 3% dentro de três anos, começando com cortes de salários e pensões – e com a restrição de impostos. Protestos na Grécia contra os vários pacotes de austeridade se estenderam durante semanas, enchendo as ruas de Atenas de pneus queimados e gás lacrimogênio; três pessoas foram mortas por um coquetel Molotov num banco.
Os protestos agora estão menos frequentes. Apesar da violência nas ruas houve uma pequena maioria nas urnas a favor dos vários planos de austeridade desde o começo da crise. Papandreou não tem uma oposição real, e muitos líderes sindicais apoiam seu partido. Mas outros são céticos. “Será que a Grécia conseguirá de fato lidar com seus problemas? Tenho minhas dúvidas”, disse Josef Ackermann, diretor-executivo do Deutsche Bank, um dos que planejaram o pacote de ajuda. Outros alertam que os cortes afundarão a Grécia na recessão, tornando mais difícil que o país pague suas dívidas. A melhor esperança, diz Tsoulakis, é que “numa crise você pode fazer coisas que acharia impensáveis nos tempos normais”. A comparação com a Irlanda dá esperança – mas apenas até certo ponto. No ano passado, a Irlanda começou a atacar problemas financeiros que pareciam no mínimo tão ruins quanto os da Grédia. Mas a Irlanda começou com uma situação financeira melhor, com um débito total de apenas 60% do PIB, cerca de metade do da Grécia. Também é mais fácil fazer mudanças radicais num pais com apenas 5 milhões de habitantes, em comparação com os 11 milhões da Grécia. A cultura política também é um fator importante – a Irlanda não tem a polarização entre esquerda e direita que a Grécia tem.
Mas a Irlanda ainda não está a salvo, e a Grécia menos ainda – e o resgate deixou efeitos colaterais no coração da Europa. Na verdade, a crise evidenciou a pouca convergência que há na eurozona. Longe de tornar as economias menores mais competitivas, o euro serviu como uma espécie de abrigo sob o qual a Grécia, e outros países, usaram o benefício das taxas de juros baixas para alimentar bolhas financeiras sem reformar suas economias. A França, e muitas pessoas no ECB, agora acreditam que se o euro quiser sobreviver será necessária uma governança econômica bem mais coordenada para evitar os desequilíbrios. A Alemanha quer regras bem mais rígidas para limitar os déficits orçamentários. Mas será que os países irão tolerar a invasão de sua soberania que isso exigiria? Parece pouco provável.
A alternativa para essa convergência – e o resultado mais provável – é a separação da eurozona. A própria Grécia ainda pode precipitar isso. A menos que ela comece a crescer rápido, é difícil ver como ela poderá pagar as dívidas sem ter de postergá-las – de fato isso exigiria um ajuste maior do que qualquer outro já feito na história do FMI. E ainda assim é difícil ver um crescimento rápido sem desvalorização, e isso significaria trazer de volta o dracma. Não há mecanismo para deixar o euro. Qualquer saída terá que ser feita da noite para o dia, para evitar uma corrida aos bancos. Falando legalmente, seria muito bagunçado, mas não é mais impossível imaginar – de fato, em toda a Europa, banqueiros e advogados estão começando a testar a ideia.
Mesmo que a Grécia desvalorize sua moeda, ainda enfrentaria os problemas econômicos. O turismo beneficiaria o país, que por outro lado é fraco no setor de exportações (“azeitonas, barcos e sol”, disse um banqueiro inglês com desdém). Os mercados permitiram que o governo emprestasse apenas com taxas de juros punitivas. Acima de tudo, a saída do euro seria um golpe para o país. A ideia de deixar o euro passou por muitas conversas em Atenas antes do pacote de ajuda, mas, por enquanto, ela desapareceu.
Nem tanto na Alemanha. O debate sobre se o euro ainda beneficia a Alemanha, o país que fez mais do que qualquer outro para criar a moeda, teria sido impensável há um ano. Mas está acontecendo agora, à medida que os alemães se concentram na ideia de que a união em torno da moeda exigirá uma transferência contínua de seus superávits conquistados com suor para o sul.
A crise mudou as perspectivas não só para o euro mas para a UE propriamente dita. Depois da longa disputa do Tratado de Lisboa, muitas pessoas esperavam que a UE pudesse olhar para fora novamente, mas em vez disso ela voltou para os anos das cúpulas de emergência e acordos de ajuda. A crise também deve impedir a expansão futura, porque ela expôs os limites da disposição dos países ricos em pagar pelos mais pobres. Pode ser que Turquia e a Ucrânia, ambas grandes e pobres, tenham agora que buscar uma parceria mais próxima em vez do status de membros. Mas no momento em que a Rússia está procurando reconstruir sua influência em lugares como a Bulgária e a Ucrânia, a Europa sofrerá por dar a impressão de estar se retirando.
É fácil esquecer, na UE moderna, quando é possível tomar voos baratos por todo o continente e morar e trabalhar em qualquer lugar, como suas nações-membro são diferentes. Além disso, a UE mudou seus membros mais pobres mais do que seus fundadores imaginam. A crise que começou em Atenas em outubro provocou um choque profundo a esta visão da UE – e acima de tudo, à ideia alemã sobre seu papel na Europa. A falha da comissão, e especialmente da França e da Alemanha, em insistir que os países observassem as regras, veio de seu entusiasmo pelo projeto europeu e do desejo de satisfazer os países menores e mais pobres.
Talvez a crise – a mais séria da UE desde sua criação, de acordo com Angela Merkel – finalmente convencerá a Grécia, e outras economias mais fracas, a fazer as reformas que evitaram desde que se juntaram ao euro. O caminho mais fácil chegou ao fim, uma vez que a realidade econômica se impõe sobre o sonho político de uma moeda pan-europeia. No caso da Grécia, isso exigirá mudanças profundas numa cultura cujas raízes estão profundamente entranhadas na sociedade. Enquanto isso, a crise já tem consequências bem mais sérias – e que ameaçam a saúde de toda a União.
(Bronwen Maddox é correspondente estrangeiro chefe do Times de Londres e autor de “In Defense of America”.)
Tradução: Eloise De Vylder

sábado, 26 de junho de 2010

AEROPORTO DE JUAZEIRO do Norte


Ampliação de terminal começa no mês de agosto

26/6/2010 Clique para Ampliar
AEROPORTO ORLANDO Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, a cada ano, recebe um número maior de passageiros. Por isso, são necessárias melhorias no local 
ELIZÂNGELA SANTOS
As reclamações dos passageiros em relação ao desconforto são constantes, por conta das instalações precárias

Juazeiro do Norte. Mesmo não sendo o investimento previsto, com a possível construção de um novo terminal do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, neste Município, será investido cerca de R$ 2,8 milhões para instalação dos Módulos Operacionais. Em agosto, as reformas para ampliação dos terminais de passageiros de embarque e desembarque serão iniciadas. O processo está em fase de licitação, para escolha da empresa responsável pela obra. A obra deverá ser concluída até dezembro. Os módulos operacionais terão uma ampliação para uma área de 1.089 m².

Com a ampliação, de acordo com o gerente operacional do aeroporto, Fernando Carneiro, a capacidade do aeroporto passará de 60 pessoas para 187 usuários dos serviços. O módulo de embarque passará a ter uma área de 613m² e o desembarque de 476m². Atualmente, esses espaços são de 110m² e 190m², respectivamente.

O gerente afirma que serão instaladas estruturas metálicas. Ao final da obra, serão anexadas ao terminal. Atualmente, o espaço reservado para o terminal se resume a uma área de pouco mais de 900 m². Apenas um desembarque é necessário para lotar o terminal. As reclamações dos passageiros em relação ao desconforto são constantes, por conta do aperto.

Vários problemas já foram solucionados em virtude da falta de condições de espaço. Até a esteira, por ser pequena, ocasionava um atraso na entrega das bagagens. Houve um pequeno aumento, mas com a ampliação, haverá mais uma melhora. Além das áreas de embarque e desembarque, serão construídos novos banheiros, a área receberá mais lojas e uma lanchonete ou restaurante. No momento, conta apenas com uma. O aeroporto ganhará mais em segurança, segundo Carneiro, e um ambiente climatizado.

A previsão era de que fosse investido cerca de R$ 30 milhões num novo terminal, mas, com o pregão de licitação realizado no início deste mês, os investimentos estarão voltados para o Aeroporto de Juazeiro - apenas na áreas de embarque e desembarque -, e o Senador Petrônio Portela, de Teresina, no Piauí, que terá um montante de R$ 3,7 milhões.

A iniciativa de construção dos Módulos Operacionais nos dois aeroportos tem como objetivo atender à crescente demanda da atividade aeroportuária e garantir o conforto dos usuários, explica a estatal por meio de um comunicado. Em Teresina, o módulo terá uma área de 1.350 m² e contará com áreas de embarque e desembarque, além de, também, espaço para lojas de conveniências.

Somente este ano, a previsão de crescimento do Aeroporto de Juazeiro do Norte em relação ao número de embarques e desembarques é de 6%. Ano passado, passaram pelo local 247 mil pessoas, e a perspectiva é fechar este ano com 260 mil. Até o mês de maio passado, foram contabilizados 100 mil usuários.

Com as melhorias, serão mais dois ou até três anos até que se possa construir um novo espaço. Segundo Fernando Carneiro, isso não chega a resolver totalmente, mas dá uma condição de melhor funcionamento. Para melhorar a situação atual, alguns guichês chegaram a ser deslocados para a área externa do aeroporto. Há também uma grande dificuldade na área de estacionamento, que frequentemente, principalmente no início da tarde, período de maior movimentação durante o dia, fica lotado. Atualmente o aeroporto conta com quatro voos.

Em novembro de 2009, o aeroporto recebeu a visita do presidente da Infraero, Murilo Barbosa. Ele veio conhecer o local. Como a previsão era fechar o ano de 2009 com pelo menos 230 mil passageiros, a ideia era ampliar o espaço pelo menos para 200 mil por ano. O movimento médio diário do aeroporto regional é de, em média, 700 passageiros. A capacidade oficial do terminal em número de passageiros por ano é de 50 mil. Com a reforma, segundo Carneiro, a meta é dar suporte a pelo menos ao número previsto de lotação. A ideia era de investir na área no segundo semestre deste ano, segundo a gerência do aeroporto, pelo menos R$ 5 milhões. A reforma do aeroporto ocorre após várias reivindicações, principalmente com interferência do Ministério Público. Um dos principais problemas que vinha inviabilizando as reformas por parte da Infraero - mas que já foi resolvido - era a doação definitiva de toda a área do aeroporto pelo Estado, incluindo o terreno em vista, possibilitando as reformas e ampliações e até a construção de um novo terminal no futuro.

Conforto

"A ampliação possibilitará mais dois ou três anos de operação com conforto maior no aeroporto"
Fernando Carneiro
Gerente de Operações

MAIS INFORMAÇÕES 
Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. Avenida Virgílio Távora, 4000, Bairro Aeroporto
(88) 3572.0700 / 3572. 2118

Elizângela Santos
Repórter

Política Monetária

Agência Estado - 25/06/2010 - 19:59

BC eleva compulsório e reduz exigência em crédito rural


Banco Central informou nesta sexta-feria (25) a elevação do recolhimento compulsório sobre depósitos à vista combinada com a redução da exigência de aplicação de recursos no crédito rural. De acordo com nota à imprensa divulgada pela autoridade monetária, a alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista (conta corrente), atualmente em 42%, passará em julho deste ano para 43%, subindo para 44% em julho de 2012 e para 45% em julho de 2014.
"O primeiro ajuste resultará em acréscimo no valor recolhido de R$ 1,6 bilhão. O impacto financeiro da alteração ocorrerá no dia 7 de julho", diz o BC na nota. No total, considerando a manutenção do atual nível de depósitos à vista, o ajuste levaria a um recolhimento adicional de R$ 4,7 bilhões, segundo o BC.
Ao mesmo tempo em que vai elevar o compulsório sobre os depósitos à vista, o BC está reduzindo a exigência dos bancos aplicarem recursos de depósitos à vista em crédito rural, atualmente em 30%. Nesse caso, o cronograma prevê que no mês que vem a exigência caia para 29%, recuando um ponto porcentual a cada ano até atingir, em julho de 2014, 25% dos depósitos à vista.
O cronograma de redução do direcionamento para o crédito rural já existia desde março do ano passado, quando o BC elevou essa exigência para 30% para garantir recursos financeiros para o setor rural que também estava sendo afetado pela crise internacional.
A elevação do compulsório anunciada nesta sexta busca adequar a situação de liquidez da economia à implementação desse cronograma de redução da exigibilidade de direcionamento para o crédito rural. Sem isso, o menor direcionamento para o crédito rural aumentaria a disponibilidade de recursos para os bancos emprestarem para outros segmentos ou aplicarem em títulos públicos, em um contexto em que o BC está subindo os juros para conter a atividade econômica.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Operações no Mercado de Futuros, que negocia alimentos, carecem de regulação

Mercados de futuros necesitan algún tipo de regulación


23 de junio, 2010  


La Organización de la ONU para la Agricultura y la Alimentación (FAO) señaló que los mercados de futuros de productos básicos necesitan algún tipo de regulación.
En un informe de Política lanzado hoy, la FAO sostuvo -sin embargo-, que esa intervención debería realizarse con cautela, ya que podría traer más inconvenientes que ventajas.
El documento asegura que el alza mundial de los precios de los alimentos ocurrida hace dos años pudo verse amplificada por la especulación en los mercados de futuros organizados.
La FAO indicó que los contratos de futuros conllevan la obligación formal de vender o comprar una cantidad determinada de productos básicos en un momento y precio específicos.
Por tanto suponen para los agricultores y los comerciantes un instrumento importante de defensa o “cobertura” frente a las fluctuaciones de los precios, agregó el organismo de la ONU.
Sin embargo, subrayó que solamente el 2% de los contratos de futuros finalizan realmente con la entrega de la mercancía física, ya que en general suelen negociarse antes de su fecha de caducidad. 
Por eso, explica la FAO, este tipo de contratos atrae cada vez más a un número creciente de especuladores financieros e inversores.



http://www.un.org/spanish/News/fullstorynews.asp?newsID=18630&criteria1=&criteria2=

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Brasil - Crédito e Taxa de juros

23 de junho de 2010 - 12:25 - Por Agência Brasil

Crédito: juros para empresas sobem mais do que para famílias

Segundo o Banco Central (BC), as taxas de juros cobradas nos empréstimos subiram em maio
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Foto: blog o gestor
As taxas de juros cobradas nos empréstimos subiram em maio, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (23). A maior alta foi para as empresas (27% ao ano), com elevação de 0,7 ponto percentual. Para as famílias, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, passando para 41,5% ao ano. Com isso, a taxa geral subiu 0,6 ponto percentual e foi para 34,9% ao ano.
Essas elevações vieram depois de alta na taxa básica, a Selic, que serve de referência para os juros cobrados nos empréstimos. Em abril, o BC elevou a Selic de 8,75% ao ano para 9,50% ao ano e neste mês, para 10,25% ao ano.
O spread, diferença entre o que o banco paga aos investidores e cobra dos tomadores de financiamentos, teve alta de 0,1 ponto percentual para empresas e para famílias e ficou em 16,9 e 29,6 pontos percentuais, respectivamente.
A inadimplência, que são os atrasos superiores a 90 dias, só subiu ligeiramente para as empresas. A elevação foi de 0,1 ponto percentual, e ficou em 3,7%. Para as famílias, permaneceu em 6,8%.

IBGE - Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009

23/06/2010 - 10h00

Um terço passa fome "às vezes" ou "normalmente", diz IBGE

Armando Pereira Filho
Editor do UOL Economia

Mais de um terço dos brasileiros declara que não come o suficiente “às vezes” ou “normalmente”. No total, 35,5% das pessoas se classificam nessa situação de fome.
A situação mais grave (os que “normalmente” não comem o suficiente) afeta 9,2% dos brasileiros. Os que “às vezes” passam fome somam 26,3%. Os que “sempre” comem o suficiente são 64,5%.
Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre a última pesquisa, de 2002/2003 e a apresentada agora, houve redução entre os que disseram ter fome "às vezes" ou "normalmente". Em 2002/03, eram 46,7% da população, caindo agora para 35,5%.
Mas ainda assim há muita gente nessa situação. No Norte e Nordeste do país, o drama é pior: cerca de 50% das famílias se referiram a insuficiência na quantidade de alimentos consumidos.
Na região Sudeste a proporção das famílias que apontaram quantidades insuficientes foi pouco acima de 29%. Na Região Sul, esse percentual se aproxima de 23%, e, no Centro-Oeste, é de 32%.
Segundo o IBGE, 64,5% das famílias declararam ter alimentos suficientes para chegar ao fim do mês, contra 53% na pesquisa feita em 2002/03.
Entre moradores de Estados brasileiros que manifestaram expressiva satisfação na quantidade de alimentos consumidos, destacam-se os de Rio Grande do Sul e Santa Catarina onde as proporções da resposta quantidade “sempre” suficiente foram 80,7% e 78,1%,
respectivamente.
Na região Sudeste, os maiores percentuais de suficiência plena de quantidades foram apontados em São Paulo e Minas Gerais (ambos perto de 72%).
A POF 2008-2009 também investigou qual a opinião das famílias quanto ao tipo de alimento consumido. Para o total do Brasil, 51,8% das famílias afirmaram que os alimentos consumidos nem sempre eram do tipo preferido.
Considerando-se também as famílias que declararam raramente consumir os alimentos preferidos, observa-se que 65% das famílias no Brasil declararam algum grau de insatisfação com o tipo de alimento que consomem.

Economia do Cariri - Cesta Básica

22/06/2010 (10:54)
CURSO DE ECONOMIA DA URCA REGISTRA QUEDA NA CESTA BÁSICA DO CARIRI

Por: Luciano Augusto


O preço da cesta básica na Região Metropolitana do Cariri registrou queda de 4,7% no mes durante os meses de abrio e maio.  O valor de R$ 172,34, foi menor do que o custo da cesta básica registrado em Fortaleza (R$ 185,73). Dos municípios pesquisados no Cariri, o maior gasto para aquisição da Cesta Básica foi registrado em Crato (R$ 181,24), e o menor custo em Jardim (R$ 135,44). Embora, nesta última cidade, 3 dos 12 produtos pesquisados não estivessem disponíveis no período de realização da pesquisa.
A pesquisa é coordenada pelo professor José Micaelson Lacerda Morais, da Universidade Regional do Cariri - URCA, e vem sendo realizada de forma voluntária por estudantes do Curso de Economia: Ednaldo Jose; Janaina; Genys; Ismael; Otácio; Illydio; Francisco Isidio; José Alex; Anderson Ferreira; Jaqueline; Jose Cristofer; Francilene; Josefa Eliene; Elder Menezes; Maria das Dores; Renan Diniz; Isabel Cristina, Gabriel e Fernanda.

Geração de Empregos no Ceará - 2010

JANEIRO A MAIO

23.792 novos postos formais no CE

22/6/2010 Clique para Ampliar
Apenas em maio, o setor da Construção Civil gerou 1.688 novas vagas de trabalho formal no Estado 
KID JÚNIOR

Clique para Ampliar



O número de empregos com carteira assinada neste ano é 2,59% maior do que em igual período de 2009

De janeiro a maio deste ano, 23.792 pessoas no Ceará conquistaram a tão sonhada vaga no mercado formal de trabalho. O número de novos postos ofertados para o Estado é 2,59% maior do que o registrado em igual intervalo de 2009.

O resultado coloca o Ceará com o segundo melhor saldo dentre os estados do Nordeste (atrás apenas da Bahia, com saldo de 57.629 postos) e o décimo no ranking do País. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Apenas em maio, foram abertos 6.325 postos de trabalho com carteira assinada no Estado (incremento de 0,68% na comparação com abril). O resultado é considerado o melhor de toda a série histórica do Caged para o período.

No mês, os setores que mais ofertaram vagas formais no Estado foram: Serviços, com 3.366 postos, Construção Civil, com 1.688 postos e Comércio, com 1.128 postos.

Das vagas abertas no último mês, um total de 5.030 destinaram-se à Fortaleza. Na sequencia aparecem os seguintes municípios: Horizonte (653), Maracanaú (297), Eusébio (266), Caucaia (169), São Gonçalo do Amarante (144), Tianguá (84), Maranguape (79), Santa Quitéria (75) e Barbalha. No total, as novas vagas contemplaram trabalhadores de outras 39 cidades do interior cearense.

Em sentido oposto, cidades como Sobral (-792), Russas (-176) e Limoeiro do Norte (-98) tiveram saldo negativo na geração de empregos apurada no 5º mês deste ano.

Em 12 meses, verifica-se uma expansão de 10,40% no nível de emprego no Ceará, o que representa 88.807 novas vagas de trabalho.

RECORDE
1,26 milhão de empregos no Brasil

A previsão do ministro do Trabalho Carlos Lupi é de que ao fim do ano sejam gerados 2,5 milhões de novos postos

São Paulo Sem crise, a economia brasileira registrou a criação de 298.041 postos de trabalho com carteira assinada em maio, novo recorde para o mês, segundo informou ontem o Ministério do Trabalho e Emprego, através dos dados do Caged.

No acumulado do ano, o número de vagas criadas no País é de 1.260.368, também o melhor resultado da série histórica para o período. O número é resultado de cinco recordes seguidos registrados desde o início do ano.

Ao fim de abril, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, elevou para 2,5 milhões a previsão de novos empregos formais a serem gerados neste ano.

A projeção oficial anterior era de 2 milhões, mas o ministro já vinha afirmando que esse número seria revisado para cima diante do resultado dos primeiros meses de 2010.

Se a previsão do governo se concretizar, 2010 entrará para história com número recorde de geração de empregos formais. O ano de 2007 ainda guarda a maior marca: 1,617 milhão de vagas com carteira.

Opinião do especialista
Reflexo da estabilidade da economia

Antenor Tenório
Intermed. Mão-de-obra do Sine/IDT

O resultado apresentado pelo Caged deve-se a estabilidade econômica, aumento no consumo e facilidade de acesso ao crédito. No setor de Serviços, projetos do Governo Federal estimulando viagens na baixa estação e o turismo de negócios, influenciaram contratações na baixa temporada. Na Construção Civil, com a economia estável e investimentos em obras públicas, houve mais postos gerados. No Comércio, existe um pequeno crescimento na força salarial, o que faz com que o consumo seja impulsionado e o setor seja mais demandado.


LÍVIA BARREIRA
REPÓRTER

terça-feira, 22 de junho de 2010

PETROBRAS - novo Plano de Negócios

21/06/2010
Novo plano de negócios tem por objetivo dobrar o tamanho da Petrobras em dez anos

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Ao prever investimentos de US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos, média de US$ 44,8 bilhões ao ano, o Plano de Negócios 2010-2014 anunciado hoje pela Petrobras objetiva dobrar o tamanho da empresa nos próximos dez anos, elevando a produção diária de petróleo e gás da companhia no Brasil e no exterior para 5,4 milhões barris correspondentes (contra os atuais 2,7 milhões de barris).
A informação foi dada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, ao destacar as principais características embutidas no novo Plano de Negócios, apresentado ao mercado nesta segunda-feira (21). Do montante aprovado, que representa um aumento de 20% em relação ao plano anterior, US$ 31,6 bilhões são referentes a novos projetos, dos quais 62% ( 19,7 bilhões) dedicados para a área de Exploração e Produção (E&P).
“O novo plano mantém as metas de crescimento para a companhia, incluindo os recursos necessários para a exploração e o desenvolvimento das descobertas já licitadas do pré-sal. A nossa intenção é, além de aumentar a produção, ao mesmo tempo aumentar também as reservas, o que justifica a concentração de recursos na atividade de E&P”.
No total, o segmento de E&P receberá investimentos de US$ 118,8 bilhões, 14% a mais em relação ao Plano de Negócio 2009-2013. Na avaliação de Gabrielli, esse dinheiro vai “garantir a descoberta e a apropriação de novas reservas, além de desenvolver a produção do pré-sal da Bacia de Santos e viabilizar a intensificação dos esforços exploratórios nas outras áreas do pré-sal e em novas fronteiras no Brasil e no Exterior”.
Para o pré-sal, a estatal prevê investimentos de US$ 33 bilhões, dos quais 83% (US$ 25,8 bilhões) serão destinados ao desenvolvimento da produção e US$ 4,3 bilhões (14%), ao de exploração. Os dados indicam, ainda, que para a área do pós-sal estão previstos recursos que totalizam US$ 75,2 bilhões, sendo 67% (US$ 52,1 bilhões) para o desenvolvimento da produção e 18% (US$ 13,7 bilhões) para a área de exploração.
O segmento Refino, Transporte e Comercialização (segunda maior área em investimentos) deve receber US$ 73,6 bilhões. Neste caso, a empresa manteve a estratégia de expandir a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo, adequando as refinarias para atender aos níveis de qualidade dos produtos e ao crescimento do mercado interno.

Edição: Vinicius Doria