quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PIB dos EUA tem queda de 0,7% no 2º trimestre após revisão

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,7% no segundo trimestre de 2009, em taxa anualizada. Este é o resultado final para o período, de acordo com os dados do Departamento do Comércio do país nesta quarta-feira (30). O resultado foi melhor do que o esperado pelos analistas, que apostavam em contração de 1,2% no período.

Com o resultado do segundo trimestre de 2009, a economia norte-americana teve retração por quatro trimestres consecutivos, algo que não acontecia desde 1947, de acordo com dados do governo. De acordo com analistas, esta deve ser a última retração trimestral da economia americana antes do início da recuperação. Os EUA estão em recesão desde dezembro de 2007.

Consumo

A primeira e a segunda estimativas da atividade econômica entre abril e junho apontaram retração de 1%. De acordo com o governo americano, os gastos do consumidor não foram tão fracos como o calculado anteriormente, o que explica a melhora no resultado.

A taxa de retração também é bem menor do que as vistas em trimestres anteriores. Nos três primeiros meses de 2009, por exemplo, a economia americana teve contração real de 6,4%. Nos três últimos meses de 2008, a queda foi de 5,8%.


Fonte: Portal G1 Economia e Negócios

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1323754-9356,00-PIB+DOS+EUA+TEM+QUEDA+DE+NO+TRIMESTRE+APOS+REVISAO.html

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

28/09/2009 - 10h48 Mercado eleva previsão para PIB, inflação e juros em 2010, diz Banco Central

O mercado elevou as previsões para PIB (Produto Interno Bruto), inflação e taxa de juros em 2010. As informações constam do boletim Focus publicado nesta segunda-feira pelo Banco Central.

A expectativa é que a economia cresça 4,5% no ano que vem. Na pesquisa anterior, a previsão era de crescimento de 4,2%.
Para 2009, a mediana das expectativas de cerca de cem consultados aponta para crescimento zero em 2009, mesmo resultado visto na pesquisa da semana retrasada.

A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) -índice que baliza o regime de metas do governo - do ano que vem passou de 4,30% para 4,40%. A previsão para 2009 teve uma queda marginal, de 4,31% para 4,30%.

Nos demais índices inflacionários considerados pela pesquisa, as projeções ficaram estáveis de uma semana para outra, com exceção do IGP-DI de 2009. Neste indicador, a mediana das expectativas dos consultados aponta agora deflação de 0,16%, menor do que a deflação de 0,20% prevista na semana retrasada.

Para 2009, os analistas esperam queda de 0,61% no IGP-M e alta de 4,20% no IPC da Fipe. Para 2010, o mercado aguarda variação de 4,5% no IGP-M e no IGP-DI, e inflação de 4,45% pelo IPC-Fipe.

Para setembro, os agentes elevaram as projeções dos índices gerais de preços - os que consideram atacado, varejo e construção. No IGP-DI, a estimativa foi de 0,27% para 0,35% e, no IGP-M, de 0,31% para 0,40%. As previsões para os índices ao consumidor ficaram estáveis, em 0,25% no IPCA e em 0,30% no IPC-Fipe.

Com o aumento dos prognósticos de inflação e de atividade econômica para 2010, o mercado também elevou sua previsão de juro básico no próximo ano.

Depois de oito semanas estável em 9,25% anuais, a projeção para a taxa Selic ao fim de dezembro de 2010 subiu para 9,50%. Uma vez que a previsão da Selic no fim de 2009 permanece em 8,75% (estacionada há 14 semanas), os analistas financeiros consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus passaram a estimar elevação de 0,75 ponto percentual no juro básico durante o próximo ano.

(Com informações do Valor Online)
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/28/ult4294u2985.jhtm

domingo, 27 de setembro de 2009

Sete países firmam acordo para criar Banco do Sul


Instituição terá US$ 20 bilhões - o dobro do anunciado antes - para investir em infraestrutura e integração regional

Depois de meses de impasse, sete presidentes sul-americanos fecharam no sábado o acordo de criação do Banco do Sul, instituição concebida para financiar projetos de desenvolvimento em infraestrutura e de integração comercial regional.

De acordo com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, o banco contará com capital inicial de US$ 20 bilhões, o dobro do que havia sido acordado em março.

A instituição financeira é uma iniciativa lançada em 2007 pelo presidente venezuelano, com a qual ele diz pretender fazer frente aos organismos multilaterais de financiamento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird).

"(O Banco do Sul) será nosso banco para trazer nossas reservas depositadas (nos bancos do hemisfério) norte, que eles usam para dar crédito a nós mesmos", afirmou Chávez, durante discurso na II Cúpula América Latina-África.

Participam da iniciativa os governos de Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. O Chile, por enquanto, será membro observador. Agora, o projeto será levado aos respectivos Congressos para a aprovação final.

Impasse

O impasse sobre o peso dos países na tomada das decisões vinha atrasando a criacao da instituição.

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconí, disse à BBC Brasil que os países-membros concordaram em uma "fórmula mista" que delimita o poder de decisão de cada país para a aprovação de empréstimos.

A posição do Brasil era de que os votos dos países que mais aportassem capital no banco deveriam ter maior peso nas decisões.

Essa proposta era rejeitada principalmente pelo Equador, que teria argumentado que essa prática é a mesma aplicada pelo Banco Mundial, organismo reiteradamente criticado pela maioria dos países membros do Banco do Sul.

O Equador saiu em defesa da equação um país, um voto, independentemente do aporte financeiro destinado à instituição.

A fórmula que havia sido acordada há meses contemplava as duas posições divergentes, ao estabelecer dois tipos de empréstimo, um "simples" e outro "complexo", com patamares de financiamento diferenciados.


Fonte: G1 Economia e Negócios

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1319913-9356,00-SETE+PAISES+FIRMAM+ACORDO+PARA+CRIAR+BANCO+DO+SUL.html

Imagem: O Berro da Formiga
http://oberrodaformiga.blogspot.com/2008/10/unasul-cria-o-banco-do-sul.html

sábado, 26 de setembro de 2009

G20 enfrenta teste de credibilidade nos mercados

PITTSBURGH (Reuters) - O G20, recém-saído de uma forte demonstração de unidade em Pittsburgh, tem à frente meses de acordos e comunicação com os mercados que vão testar sua credibilidade como principal fórum global de cooperação econômica.

O anfitrião da cúpula, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou a reunião como um sucesso para o comprometimento com um crescimento econômico global "equibilibrado e sustentável", e citou em particular um acordo para a eliminação progressiva de subsídios a combustíveis fósseis.

"Estou orgulhoso de as nações do G20 concordarem em eliminar subsídios sobre combustíveis fósseis no valor de 300 bilhões de dólares. Isso irá aumentar nossa segurança energética, reduzir as emissões de gás carbônico, combater a ameaça de mudança climática e ajudar a criar novos empregos e indústrias do futuro", disse em seu programa semanal de rádio neste sábado.

Os líderes concordaram que seus encontros vão substituir os do G7, como um alto conselho de formuladores de política, prometendo dar mais poder a potências emergentes como a China e a ter mais diálogo na reconstrução e condução da economia mundial.

Apesar de os países do G7 estarem certos em aceitar a inevitável dissolução de poder econômico por conta de uma acelerada industrialização dos países mais pobres, analistas dizem que o tamanho e a diversidade do grupo pode complicar a coordenação política.

"Há muitos cozinheiros na cozinha... Eu esperaria antes de declarar vitória", disse Simon Johnson, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Eles precisam provar seu valor e legitimidade."

Desafios ao novo grupo estão em toda parte, desde a inércia em relação a mudanças climáticas até o ceticismo dos mercados financeiros globais.

As nações do G20 continuarão no holofote nas reuniões do FMI em Istanbul no próximo mês, no encontro de ministros de Finanças do G20 na Escócia em novembro e nas conversações sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro.

Os mercados não devem reagir ao apoio em Pittsburgh para um esforço liderado pelos EUA para remodelar a economia global, reduzindo excessos de potências exportadoras como a China e os amplos déficits de grandes importadores como os Estados Unidos.


Fonte: Yahoo! Notícias

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/090926/economia/negocios_gvinte_teste

Imagem: http://www.ruvr.ru

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CE lidera venda de calçados ao exterior

INDÚSTRIA CALÇADISTA do Ceará exportou 2,7 milhões de pares em agosto, queda de 18,77% ante julho (Foto: Silvana Tarelho)

O Ceará continua na liderança das exportações de calçados em volume físico, entre os estados brasileiros, no ano. De janeiro a agosto, foram enviados ao mercado internacional 32,9 milhões de pares. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, embarcando para o exterior 24,6 milhões de pares, em igual período. A Paraíba fica em terceiro no ranking, ultrapassando tradicionais exportadores como São Paulo e Bahia. As fábricas paraibanas venderam ao exterior 14,9 milhões de pares no acumulado do ano. A quarta posição pertence a São Paulo, que vendeu 4,7 milhões. Na quinta posição está a Bahia, com a comercialização de 4,5 milhões de pares. Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos números fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Esses cinco primeiros lugares em volume físico não se mantém nesta ordem quando se refere ao valor das vendas. Em relação aos calçados exportados nos oito meses, a liderança cabe ao Rio Grande Sul que somou US$ 533,3 milhões, seguido por Ceará (US$ 190,6 milhões), São Paulo (US$ 76,7 milhões), Paraíba (US$ 47,4 milhões) e Bahia (US$ 46,4 milhões).

O desempenho do Ceará indica quedas de 15,7% no número de pares e de 14,4% no faturamento, no acumulado no ano. Somente em agosto, foram 2.763.946 pares exportados, o segundo maior resultado no mês, um recuo de 18,77% ante julho. Este volume negociou US$ 19,3 milhões, retração de 24,13% frente ao mês anterior.

País em baixa

No País, o mês de agosto seguiu o compasso que vem sendo marcado desde o início de 2009, acumulando queda de 33,6% na balança comercial. Nos oito meses do ano, as exportações de calçados (incluindo suas partes) acumularam queda de 28,8% e as importações apresentaram 2,8% negativos, o que resultou em valores também negativos para a corrente de comércio, que atingiu -25,4%.

O volume exportado dos calçados, sem suas partes, reduziu em 24,4% de janeiro a agosto, comparado ao mesmo período do ano passado. Este ano, as fábricas brasileiras embarcaram 86 milhões de pares, com faturamento de US$ 926,7 milhões, contra 113,3 milhões de pares exportados no ano passado, cuja receita foi de US4 1,3 bilhão. Neste período, as divisas indicam redução de 29%.

O Rio Grande do Sul teve queda de 33,9% em pares e 33,2% em faturamento. Em São Paulo, a queda foi de 38,1% e 39,5%, enquanto na Paraíba foi de 9,9% e 7,7%. Na Bahia, os números despencaram 21,3% e 21,2%, respectivamente.

Observando os principais compradores do calçados Made in Brazil por continente, a América do Sul é a responsável pela aquisição do maior número de pares. De janeiro a agosto deste ano, o continente sul-americano absorveu 27,3 milhões de pares do total exportado. Em faturamento, porém, figura em terceiro lugar, sendo responsável pela entrada de US$ 196,3 milhões no país. O preço médio de exportação para a América do Sul é de US$ 7,2.

O segundo lugar, levando-se em conta a quantidade embarcada, fica com a América do Norte, cujo principal comprador é os Estados Unidos e que adquiriu 22,8 mil pares ao longo deste ano. O faturamento proveniente da América do Norte também mantém esta região na segunda posição, com a soma de US$ 262,6 milhões e preço médio de US$ 11,5 por par.

A Europa, por sua vez, é a terceira principal compradora em termos de volume, porém a primeira em faturamento, uma vez que o preço médio pago pelo par é de US$ 17. Este ano, os europeus adquiriram 21,1 milhões de pares, pelos quais pagaram US$ 360 milhões.

Os calçados sintéticos representam a maior parte no total da quantidade embarcada para o exterior de janeiro a agosto. Foram 54,8 milhões de pares desta categoria (do total de 86 milhões de pares exportados).

CAROL DE CASTRO
REPÓRTER

Fonte: Caderno Negócios - Diário do Nordeste
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=674182


G20 aumenta em 5% o poder de voto dos emergentes no FMI

A Cúpula do G20, que reúne potências industrializadas e principais países emergentes, realizada nesta sexta-feira, em Pittsburgh (EUA), decidiu transferir "ao menos 5%" do poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) e 3% no Banco Mundial para os países emergentes, "refletindo o peso econômico relativo de seus membros".

"É uma vitória extraordinária", disse presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem as conclusões da Cúpula demonstram que "o mundo está caminhando rapidamente para uma nova ordem econômica mundial".


Os países emergentes queriam a transferência de 7% dos votos no FMI e de 6% no Banco Mundial, mas Lula disse que ficou satisfeito e afirmou que o resultado constitui uma "demonstração de flexibilidade" para os que acreditavam que, apesar da crise, "não ia ocorrer nada no mundo".

"Nas desgraças de uma crise, surge a possibilidade de se fazer coisas que de outro modo não faríamos".

A Cúpula de Pittsburgh substituiu o G8, dos países ricos, pelo G20, agregando os principais emergentes na coordenação das grandes questões econômicas mundiais.

O encontro de Pittsburgh foi a terceira cúpula em um ano do G20, que afirmou ser agora o "fórum principal" para cooperação econômica, suplantando o G7 e o G8, dominados pelo Ocidente e que havia décadas eram os fóruns internacionais mais importantes.

A ação foi um claro reconhecimento de que países em rápida expansão, como Brasil, China e Índia, agora desempenham um papel muito mais importante no crescimento mundial.

"Este movimento em direção ao G20, e se distanciando do G7, está reconhecendo realidades econômicas. Não se pode falar sobre a economia mundial sem ter na mesa as grandes economias emergentes e dinâmicas", disse à TV Reuters o vice-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional, John Lipsky.

(Com informações de AFP e Reuters)
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/25/ult4294u2982.jhtm

Professores doutores do Campus da UFC no Cariri contemplados com Bolsa de Produtividade do CNPq

Escrito pelo Prof. Ricardo Ness, Diretor do Campus da Universidade Federal do Ceará no Cariri

No dia 22 do corrente mês a Diretoria Executiva do CNPQ divulgou o resultado do Edital CNPq-MCT 03/2009. O objetivo do edital é contribuir para a fixação de recursos humanos e consolidação de novos campi e novas universidades, por meio da concessão de bolsas ao pesquisador, incentivando a produção científica por doutores das novas universidades e novos campi das IFES. Cada professor receberá uma Bolsa PQ e taxa de bancada para conduzir seu projeto de pesquisa aprovado.

Quatro professores doutores do Campus da UFC no Cariri tiveram propostas aprovadas. São eles:

Prof. Carlos Wagner Oliveira (Projeto: Estimativa da evapotranspiração na região do Cariri através de sensoriamento remoto orbital);

Profª Celme Torres Ferreira da Costa (Projeto: Investigação e modelagem dos processos de contaminação da água subterrânea por derivados de petróleo na bacia sedimentar do Araripe/CE);

Prof. Luiz Alberto Ribeiro Mendonça (Projeto: Avaliação da capacidade de infiltração de solos submetidos a manejo florestal na Chapada do Araripe.) e

Profª Suely Salgueiro Chacon (Projeto: Construção dos indicadores de sustentabilidade da região do Cariri Cearense).

O mérito dos projetos aprovados e o trabalho compromissado dos professores-pesquisadores envolvidos muito contribuirão para o avanço, com qualidade, do ensino de graduação e de pós-graduação na nossa instituição. A direção do Campus da UFC no Cariri parabeniza os professore contemplados e deseja-lhes muito sucesso na condução dos projetos.


Fonte: UFC-Cariri
http://www.cariri.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=233&Itemid=1

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Renda dos pobres cresce 3 vezes mais rápido que a média, diz Ipea

O ritmo de crescimento da renda da população mais pobre do Brasil foi quase o triplo da média do país nos últimos oito anos.

Entre 2001 e 2008, enquanto a renda familiar per capita da população como um todo cresceu 2,8% ao ano, essa evolução entre os 10% mais pobres foi de 8,1% ao ano. O crescimento entre os 10% mais ricos atingiu 1,4% ao ano.


Apesar da melhora, o dinheiro no país continua altamente concentrado. A renda apropriada pelo 1% mais rico é igual à dos 45% mais pobres. O que um brasileiro pertencente ao 1% mais rico (isto é, que vive em uma família com renda per capita acima de R$ 4.400 por mês) pode gastar em três dias equivale ao que um brasileiro entre os 10% mais pobres levaria um ano para gastar.

Os dados constam de levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), baseado na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícílio), do IBGE.

De acordo com a Ipea, a melhora nos salários foi o principal fator para a redução da desigualdade, embora as políticas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, também tenham ajudado.

"O mercado de trabalho é responsável por 75% da renda das famílias", diz comunicado do Ipea, divulgado nesta quinta-feira. A evolução nos rendimentos acima de um salário mínimo foi responsável por 45% de toda a queda do coeficiente de Gini de 2001 até 2008. O Gini é uma medida que aponta a desigualdade na sociedade.

Programas sociais do governo tiveram participação de um terço da redução na desigualdade, diz o Ipea.

Boas e más notícias
"A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios mais uma vez trouxe boas notícias no que se refere à distribuição de renda no país. Apesar de o Brasil continuar um dos países mais desiguais do planeta, é claro que há uma tendência de queda continuada desde 1999 ou 2001", afirma o relatório distribuído pelo Ipea.

No entanto, o instituto, que é ligado ao governo, reconhece que a desigualdade é grande. "Falta muito até chegarmos a uma distribuição de renda civilizada", registra o documento, que também aponta avanços. "Após décadas de más notícias sobre a desigualdade, continuamos no caminho certo."

Para o Ipea, se 1/3 da renda nacional fosse perfeitamente distribuída, seria possível garantir a todas as famílias brasileiras a satisfação de todas as suas necessidades mais básicas.

Contudo, quase 50 milhões de pessoas ainda vivem em famílias com renda
abaixo desse nível (R$ 190 por mês). Para aliviar a extrema pobreza seria necessário contar apenas com 1% da renda dos 25% mais ricos do país, pelas contas do instituto.
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/09/24/ult4294u2977.jhtm

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Governo discute medida que pode aumentar preços dos derivados de trigo 23-09-2009

O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) discutiu ontem (22) a possível elevação da alíquota do Imposto de Importação na compra de trigo, nos termos da proposta do ministro da Agricultura e Abastecimento, Reinhold Stephanes. A decisão, no entanto, foi transferida para grupo técnico que será instalado hoje (23).

O ministro Stephanes chegou à reunião da Camex com o pleito de aumentar a alíquota dos atuais 10% para 35% em compras de trigo vindo de fora do Mercosul, o que afeta o Canadá e os Estados Unidos, principalmente.

O argumento do ministro é que é preciso proteger o produtor brasileiro, que está em fase de conclusão da colheita de trigo, e garantir o preço do produto nacional. Ele considera a alíquota de 10% muito baixa, por causa dos subsídios dados à produção de trigo por outros países.

“A discussão é delicada”, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, depois da reunião da Camex.

Ele acha justa a preocupação do ministro da Agricultura, no sentido de defender a produção nacional de trigo, mas ressalta também a preocupação do governo em não deixar faltar o produto.

Barral disse que o consumo nacional está em torno de 12 milhões de toneladas anuais, das quais o Brasil importa de 6 a 7 milhões de toneladas, em grande parte da Argentina. Parte do trigo importado vem também do Uruguai e do Paraguai.

Ele disse que, além da colheita atual, os estoques de trigo estão em “nível confortável”, uma vez que o Brasil já importou, neste ano, 3,8 milhões de toneladas (2,4 milhões da Argentina). O problema, acrescentou, é que “não pode entrar [no país] tanto trigo que prejudique a produção nacional, nem pouco trigo que afete o abastecimento”.

A reunião de ontem teve a participação dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo; e da Agricultura. Também integram o Conselho de Ministros da Camex representantes das Relações Exteriores, Fazenda, Desenvolvimento Agrário e Casa Civil. (Agência Brasil)

http://www2.uol.com.br/canalexecutivo/notasemp09/emp230920091.htm

Superávit da balança é de US$ 556 milhões na terceira semana de setembro 21/09/2009

O saldo da balança comercial brasileira (diferença entre exportações e importações) da terceira semana de setembro de 2009 (14 a 20), com cinco dias úteis, fechou em US$ 556 milhões (média diária de US$ 111,2 milhões). A corrente de comércio do período (soma das exportações e importações) ficou em US$ 6,436 bilhões (média diária de US$ 1,287 bilhão).

Nos cinco dias úteis, as exportações acumularam US$ 3,496 bilhões (média diária de US$ 699,2 milhões). Esse desempenho foi 6,4% maior à média diária das exportações acumulada nas duas primeiras semanas do mês (US$ 657 milhões). Nessa comparação, aumentaram as vendas brasileiras de: manufaturados (+9,2%) – por conta de óleos combustíveis, automóveis de passageiros, açúcar refinado, gasolina, celulares, etanol, motores e geradores elétricos e veículos de carga –; básicos (+4,8%) – principalmente minério de ferro, soja em grão, petróleo em bruto, farelo de soja, fumo em folhas e café em grão –; e semimanufaturados (+0,8%) – com destaque para açúcar em bruto, ferro fundido, ferro-ligas, catodos de cobre e óleo de soja em bruto.

As importações, na terceira semana de setembro, totalizaram US$ 2,940 bilhões, com média diária de US$ 588 milhões. Em relação ao desempenho médio diário registrado no mês até a segunda semana (US$ 556,15 milhões), houve crescimento de 5,7%, por conta de equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, produtos químicos e instrumentos de ótica e precisão.

Mês

No acumulado do mês de setembro, com 13 dias úteis, a balança fechou com superávit de US$ 1,363 bilhões (média diária de US$ 104,8 milhões). Pelo critério da média diária, o superávit caiu 16,4%, em relação a setembro do ano passado (média diária de US$ 125,4 milhões) e de 28,4% sobre agosto de 2009, quando a média diária foi de US$ 146,4 milhões.

As exportações do acumulado do mês somaram US$ 8,752 bilhões, com média diária de US$ 673,2 milhões. Esse desempenho ficou 26% abaixo da média diária registrada em setembro de 2008 (US$ 909,9 milhões), por conta de retração nas exportações de produtos das três categorias: manufaturados (-31,5%) – principalmente aviões, tratores, calçados, etanol, pneus, celulares, autopeças, veículos de carga, bombas e compressores e automóveis –; semimanufaturados (-27,6%) – por conta de óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, couros e peles, celulose e ferro fundido –; e básicos (-18%) – devido a carnes suína, bovina e de frango, minério de ferro, petróleo em bruto, algodão em bruto e café em grão.
Em relação a agosto deste ano, a média diária das exportações em setembro de 2009, até a terceira semana, apresentou crescimento de 2,1% por conta de alta no desempenho das exportações de manufaturados (+8,8%) e semimanufaturados (+1,9%). Entretanto, na mesma comparação, houve queda nos embarques de básicos (-4,4%).

As importações, nas três primeiras semanas do mês, somaram US$ 7,389 bilhões, com média diária de US$ 568,4 milhões. Esse valor foi 27,5% menor que o registrado em setembro do ano passado (US$ 784,5 milhões) devido a retração nas compras brasileiras de adubos e fertilizantes (-54,3%), combustíveis e lubrificantes (-43,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (-24,4%), equipamentos mecânicos (-22,4%) e produtos farmacêuticos (-20,4%).

Na comparação com agosto de 2009 (média diária de US$ 512,7 milhões), as importações cresceram 10,9%, com destaque para equipamentos elétricos e eletrônicos (+26,2%), combustíveis e lubrificantes (+15,4%), produtos plásticos (+14,6%), instrumentos de ótica e precisão (+12,7%) e veículos automóveis (+10,6%).

Ano

De janeiro à terceira semana de setembro (179 dias úteis), a balança comercial ficou superavitária em US$ 21,331 bilhões (média diária de US$ 119,2 milhões), valor 12,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 106,1 milhões).

As exportações de janeiro até a terceira semana de setembro somaram US$ 106,687 bilhões, com média diária de US$ 596 milhões. Em relação ao mesmo período de 2008, houve queda de 25,1%. As importações alcançaram o valor de US$ 85,356 bilhões (média diária de US$ 476,8 milhões), desempenho que representou uma retração de 30,8% sobre o resultado apresentado de janeiro até a terceira semana de 2008 (média diária de US$ 689,6 milhões).

A corrente de comércio no período chegou a US$ 192,043 bilhões (média diária de US$ 1,073 bilhão), desempenho 27,8% menor que o verificado de janeiro à terceira semana de 2008, quando a média diária do fluxo comercial brasileiro foi de US$ 1,485 bilhão.

Clique aqui e veja os números.

Mais infortmações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027.7190 e 2027.7198
ascom@mdic.gov.br
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=9342

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Para 52% dos brasileiros, ação na crise foi ótima ou boa

A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira (22) constatou que, para 52% dos brasileiros, a atuação do governo no combate à crise foi ótima ou boa, um porcentual inferior ao registrado no levantamento de junho, de 61%. Para 33%, no entanto, a ação do governo na crise foi regular e, para 9%, foi ruim ou péssima.

De acordo com a pesquisa, também diminuiu a percepção sobre a gravidade da crise econômica. Para 20% dos entrevistados, ela é muito grave - um índice que era de 26% em junho e de 37% em março deste ano. Para 51%, a crise é grave, enquanto outros 19% a avaliam como pouco grave. Para 4%, ela é "nada grave".

O Ibope também questionou os entrevistados sobre o impacto da crise na economia. Vinte e sete por cento das pessoas ouvidas disseram que a economia será muito prejudicada. O indicador era de 30% em junho e de 40% em março. Dos entrevistados, 51% disseram que a economia será pouco prejudicada pela crise. Para outros 16%, a economia não será prejudicada.

A pesquisa tentou ainda captar os impactos da crise nos hábitos de consumo. Para 52% das pessoas, a crise não alterou e nem causará alterações nos hábitos de consumo. Em junho, o índice era de 53% e, em março, de 45%. Segundo o levantamento, 18% disseram que a crise ainda não alterou os hábitos de consumo, mas deve alterar. Outros 25% disseram que ela já mudou os hábitos de consumo ou de planejamento financeiro.

Trinta e quatro por cento dos entrevistados acham que a crise vai acabar em 2010, um porcentual que era de 33% em junho. Para 29%, ela vai acabar depois de 2010. Outros 13% avaliam que isso vai ocorrer no segundo semestre de 2009, enquanto 11% disseram não ter previsão. Para 2%, a crise já foi superada.

Inflação

As expectativas econômicas para os próximos seis meses melhoraram, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope. Segundo o levantamento, houve queda nas expectativas de alta da inflação. Para 9%, os preços vão aumentar muito (ante os 10% na pesquisa anterior) e para 36%, a inflação vai aumentar (41% de antes). Trinta e sete por cento disseram ainda que a inflação não vai mudar e 11% que vai diminuir 11%. Para 1%, a inflação vai diminuir muito.

As expectativas em relação ao desemprego também melhoraram. O índice de pessoas que disseram que o desemprego vai aumentar muito nos próximos seis meses caiu de 12% para 8%. Para 32%, o desemprego vai aumentar e para 30% não vai mudar. Para 24%, o desemprego vai diminuir. Um por cento disse que o indicador vai diminuir muito.

No caso da renda, 5% dos entrevistados disseram que a renda vai aumentar muito. Para 33%, a renda vai aumentar e para 49% ela não sofrerá mudanças. Para 8%, a renda vai diminuir e, para 1%, vai diminuir muito.


Fonte: Diário do Nordeste
Caderno Economia
http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=270760&modulo=968


Imagem: Associação Brasileira de Recursos Humanos
http://abrhnacional.org/2009/04/13/para-rh-crise-vai-ate-final-do-ano/

domingo, 20 de setembro de 2009

O Pré-Sal no Ceará

ROYALTIES E FUNDO SOCIAL - Pré-sal pode revolucionar realidade do CE
Estados brasileiros brigam por participação na distribuição dos royalties do petróleo do pré-sal

Petróleo do pré-sal do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo está localizado a seis mil metros abaixo do nível do mar. Estados são vencedores dos royalties pela atual legislação (Foto: AFP)


O Ceará quer garantir a sua parcela do tal "bilhete premiado", que foi como o presidente Lula denominou a nova província petrolífera descoberta no País, o agora tão falado pré-sal. Além dos repasses que advirão do planejado Fundo Social, a ser criado com as riquezas que surgirão desse petróleo, o Estado quer ter sua parcela também dos royalties dessa exploração. E não é só o Ceará que deseja isso. A briga por quem terá mais direito a esse bilhete bilionário ferve, cada vez mais.

As variações no preço do barril de petróleo, as flutuações do câmbio, assim como as incertezas sobre o volume de produção a ser alcançado no pré-sal, impossibilitam a precisão sobre o montante de recursos a serem enviados aos estados, por meio de royalties, com a exploração da nova província petrolífera brasileira. Mas uma coisa é certa: os recursos serão vultosos.

Expectativa

Como a expectativa é de que o volume de petróleo produzido hoje no Brasil possa dobrar com a entrada do óleo do pré-sal, uma equação direta a simples, ainda que não precisa, seria duplicar os recursos hoje distribuídos de royalties no Brasil.

"Hoje, o que é feito de partilha de royalty é algo em torno de R$ 10 bilhões, se não me engano. A gente pode estimar, seguramente, que (com o pré-sal) é algo equivalente. Mais R$ 10 bilhões, ou mais. Dependendo do preço (do barril de petróleo), essa coisa pode ir a 20 bilhões de reais, o que é praticamente todo o montante de recursos que a União tem pra investimentos no orçamento", analisa o governador Cid Gomes.

O incremento da arrecadação estadual e municipal com esses recursos é vista, pelo governador, como a oportunidade de gerar uma revolução na realidade do Estado. As estimativas são grandes.

Pela partilha

Outros governantes seguem o mesmo pensamento, e querem garantir a partilha. O Nordeste vem encampando a disputa por essas compensações, a qual, de acordo com a atual legislação, já teria os seus vencedores: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, estados onde será explorado o petróleo, que está localizado a mais de seis mil metros abaixo do nível do mar. As regras para a distribuição dos royalties da atual produção petrolífera não são questionadas, mas governadores nordestinos, e de outras regiões também, assim como algumas lideranças políticas, querem modificar a forma de repassar os novos recursos que hão de vir com o pré-sal. "Que é preciso uma partilha mais igualitária, isso já é consenso entre a maioria, na Câmara e no Senado. A questão é como será feita essa partilha. Quanto a isso, ainda não há entendimento", explica o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Distribuição atual

Os royalties de petróleo são distribuídos hoje entre dez estados, incluindo o Ceará. Por aqui, apesar de o volume não ser tão significativo, se comparado com outros estados, representa uma das principais fontes de recursos nos caixas de vários municípios pelo Interior.

E é por esse potencial de intervenção pública através de investimentos nas localidades, chamado de "passaporte para combater a pobreza" pela ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, que as unidades federativas brigam. O debate, ao que parece, ainda vai ser longo.

FIQUE POR DENTRO

Royalties são uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro e são distribuídos aos Estados, Municípios, ao Comando da Marinha, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Fundo Especial administrado pelo Ministério da Fazenda, que repassa aos estados e municípios de acordo com os critérios definidos em legislação específica. Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados para a Secretaria do Tesouro Nacional - STN, até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção.

A STN repassa os royalties aos beneficiários com base nos cálculos efetuados pela ANP de acordo com o estabelecido pelas Leis nº 9.478/97 e nº 7.990/89, regulamentadas, respectivamente, pelos Decretos nº 2.705/98 e nº 01/91.

SÉRGIO DE SOUSA
REPÓRTER

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PARTICIPAÇÃO DO ESTADO - Recursos ainda são ínfimos

PETRÓLEO DO Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil, abocanha 70,6% dos royalties repassados de janeiro a agosto deste ano, o Ceará ficou com apenas 0,4% (Foto: Agência Brasil)
O Ceará recebe uma fatia bastante modesta do total de royalties distribuídos no País. Enquanto que o Estado do Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil, abocanhou 70,6% do total repassado às unidades federativas de janeiro a agosto desse ano, o Ceará ficou com apenas 0,4%. Esse porcentual representa, em números absolutos, um montante de R$ 6,8 milhões, diante dos R$ 1,4 bilhões distribuídos no período aos estados brasileiros.

Se levado em consideração o volume de compensações pela exploração destinadas aos municípios brasileiros, a participação cearense cresce um pouco, mas continua ínfima: 1,1% de R$ 1,6 bilhão entregues entre janeiro e agosto, o que significa recursos da ordem de R$ 19,1 milhões. "Os royalties, hoje, não representam recursos muito significativos no Ceará, a não ser para alguns municípios cearenses. Para os demais, é bem modesto", avalia o consultor econômico-financeiro da Associação de Prefeitos do Ceará (Aprece), José Irineu Carvalho. Ele destaca que, no ano passado, foram repassados R$ 49,5 milhões aos municípios cearenses por meio dos royalties de petróleo, enquanto que, no mesmo período, as administrações locais receberam R$ 2,5 bilhões através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Concentração

"Hoje, os royalties são muito concentrados. Só no Rio de Janeiro, foram R$ 2,4 bilhões para os municípios no ano passado", compara Irineu. Entretanto, ele não desvaloriza os repasses: "Tudo o que vem é importante. Esses recursos são utilizados nas administrações locais em obras de infraestrutura, o que deve ser levado em conta".

Já avaliando o que pode vir com as novas reservas de petróleo na camada pré-sal, o consultor analisa que os recursos, assim, passam a ser significativos. "Esses novos recursos devem ser distribuídos em todo o país, e podem ser utilizados em infraestrutura, mas, além disso, também na área social.

O País aplica hoje 4% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação. O ideal era que chegasse aos 7%, mas ainda há uma distância grande. Mas, caso parte desses recursos fosse aproveitada nesse objetivo, daria para chegar nos 7%". (SS)

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COM QUEDA DO PREÇO DO BARRIL - Ceará já perdeu R$ 16,54 mi este ano

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO no Ceará ainda não recuou. Está estável, segundo a Petrobras (Foto: Silvana Tarelho)

A grande redução no preço do barril de petróleo nos últimos meses tem se revertido em menos recursos, por meio de royalties, para os estados e municípios brasileiros esse ano. Somente no Ceará, a redução chegou a mais de 35%, entre janeiro e agosto desse ano.

Somando o montante de compensações enviados ao Estado e aos 83 municípios recebedores, o valor caiu de R$ 41,59 milhões para R$ 26,05 milhões, ou seja, R$ 16,54 milhões a menos.

Nos oito primeiros meses do ano, o valor repassado ao Estado foi de R$ 6,89 milhões, quando, no mesmo período do ano passado, foram R$ 10,59 milhões. Já aos municípios cearenses, a redução foi bem mais representativa, passando de R$ 31,00 milhões para R$ 19,16 milhões. A queda, entretanto, não foi sentida somente no Ceará. No Brasil, a monta de R$ 4,84 bilhões aponta um decréscimo de R$ 1,43 bilhão em relação a igual período de 2008.

Outros fatores também influenciaram nos números, mas foi mesmo a queda lancinante do preço do barril que impactou de forma mais intensa na redução das compensações por exploração. No ano passado, o barril chegava a ser comercializado a aproximadamente de US$ 140 e, na semana passada, era vendido no mercado internacional pela metade deste preço.

Influência

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) explica que três elementos influenciam nos valores repassados por meio de royalties: o preço do barril de petróleo, o câmbio e a produção.

Alem do preço do barril, o câmbio também puxou a redução, já que o petróleo é comercializado em dólares, e, nesse período, o real se valorizou diante da moeda norte-americana. Já em relação à produção, no caso do Ceará, não houve redução, segundo garante o gerente regional do Ativo de Produção da Petrobras, César Miranda. "A produção no Ceará vem se mantendo estável nesse ano, em relação ao ano passado", diz.

"Ela está em cerca de 10 mil barris equivalentes por dia (boe)", garante.

QUEM JÁ GANHA
83 municípios têm compensação

A produção de petróleo no Ceará se dá somente em três municípios: Aracati, Icapuí e Paracuru, sendo os dois primeiros em plataformas no mar, e o último em terra. Apesar disso, 83 administrações municipais cearenses recebem royalties por essa produção no Estado, por estarem em áreas de influência da exploração de petróleo.

Aracati é o município que mais recebe compensações no Estado. De janeiro a agosto desse ano, foram R$ 5,3 milhões que chegaram aos cofres públicos da localidade.

Diferente de uma grande parte de municípios beneficiados, em Aracati os recursos vindos dessa exploração representam boa parte do caixa reservado a investimentos no local. Segundo o município, o pagamento de royalties representa pelo menos 25% de toda a disponibilidade financeira de caixa. Os royalties também apresenta importância relevante nas contas públicas dos municípios de São Gonçalo do Amarante (R$ 4,7 milhões nos oito primeiros meses), Maracanaú (R$ 4,6 milhões) e Horizonte (R$ 4,6 milhões). Este último recebe royalties por abrigar instalações chamadas city gates, que recebem o gás natural proveniente da exploração no Ceará e no Rio Grande do Norte.

Fortaleza, de janeiro a agosto desse ano, recebeu R$ 1,0 milhão por abrigar as instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural.

Ao todo, chegaram aos cofres dos municípios cearenses, por meio de royalties, uma quantia de R$ 31,0 milhões no acumulado deste ano.

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ROYALTIES DO PRÉ-SAL - É preciso resolver como será feita a partilha

Recursos de royalties poderiam permitir a realização de obras importantes nos estados e municípios (Foto: Thiago Gaspar)


Já existe uma maioria na Câmara e no Senado a favor da partilha dos royalties do pré-sal entre todos os estados brasileiros. Que é preciso dividir, portanto, não é mais a maior questão que está sendo feita. O que precisa ser resolvido agora é: como será feita essa partilha?

Várias soluções já foram apresentadas, e ainda não há consenso entre nenhuma delas. "Existem várias propostas, e, entre elas, existe a ideia de partilhar de acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios. Também há quem defenda que a divisão se dê de acordo com os investimentos em educação em estados e municípios", cita o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

"As discussões no Congresso Nacional são na tentativa de encontrar uma unidade, mas já um entendimento de que a regra que existe de concentrar os royalties majoritariamente onde está a riqueza é um modelo saturado", avalia.

Proporcionalidade

A proposta do governador Cid Gomes é de que os royalties sejam distribuídos no País de forma proporcional à população e inversamente proporcional à renda per capita. "E isso não é nada de ovo de Colombo, o FPE (Fundo de Participação dos Estados) já é feito dessa forma", avalia o governador. Entretanto, o chefe do Executivo estadual ainda irá afinar o discurso com os outros governantes nordestinos e de outras regiões, interessados na partilha.De acordo com o senador Inácio, a distribuição dos royalties do pré-sal poderá servir como fundo de investimentos permanente para estados e municípios. Segundo ele, muitas vezes, administrações públicas não conseguem contrair empréstimos para investimentos por não possuírem capital para entrar com contrapartida.

Os recursos de royalties, segundo o senador Inácio Arruda, poderiam resolver esse problema, permitindo a realização de obras importantes nos estados e municípios.


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EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO - Novas áreas no Ceará são estudadas

Região do Cariri seria a beneficiada com o aporte de compensações financeiras pela exploração da bacia do Araripe


A atividade de exploração envolve riscos às empresas, e esses riscos são menores à medida que se tem um maior conhecimento dos campos explorados. Campos próximos àqueles que já produzem o "ouro preto", portanto, envolvem menor risco.

Por esta razão, é nestas áreas onde estão focados os maiores investimentos na ampliação da exploração no Ceará. Entretanto, novas áreas, englobando municípios ainda não produtores, estão em estudo pela Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo (ANP), e podem incrementar a atividade em terras cearenses, elevando o volume de recursos aos caixas municipais por meio dos royalties. Ainda este ano, uma cifra que pode variar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões deve ser investida no Estado pela ANP para estudar novas áreas em solo e litoral, onde se acredita haver existência de petróleo e gás economicamente viável para produção.

Bacias

Duas bacias estão em análise: Ceará e Araripe. A do Ceará já produz no litoral de Paracuru, mas a ideia é pesquisar novas províncias na bacia ao longo do litoral oeste, estendendo-se até o Piauí. Neste processo, o investimento estimado é de cerca de R$ 20 milhões.

A Bacia do Ceará também está no foco da Petrobras, que deve elevar as perfurações na área em poços de águas profundas, com 1200 a 2000 metros de profundidade, até 2011. Hoje, a produção marítima cearense encontra-se em águas rasas, com até 50 metros de profundidade. O licenciamento ambiental para tais perfurações encontra-se em processo. A Petrobras prevê investir quase R$ 150 milhões na perfuração de novos poços, incluindo-se ainda a bacia Potiguar, que abrange os estados do Rio Grande do Norte e Ceará.

Já na parte terrestre, os estudos na Bacia Araripe podem gerar uma nova área de produção em solo cearense. A região do Cariri seria a beneficiada com o aporte de compensações financeiras pela exploração.

Amostras

Dentro do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP, serão coletadas 2 mil amostras de solo na área, em seguida, serão analisadas em laboratórios e interpretados os dados geoquímicos. Se comprovada a viabilidade de exploração, os novos campos estarão no próximo leilão da ANP.

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ENTREVISTA - CID FERREIRA GOMES, governador do Ceará

´Não vai pensando que será fácil´ diz Cid sobre royalties´

Riqueza excedente: partilha de royalties de petróleo, segundo o governador, é algo em torno de R$ 10 bilhões. Após explorações do pré-sal, estimativa é que esse valor seja duplicado. R$ 20 bilhões é quase o montante que a União investe no orçamento (Foto: Alex Costa)

Em sua residência, Cid Gomes falou ao Diário sobre a polêmica da distribuição dos royalties do pré-sal. Ele foi um dos primeiros governadores a desaprovar o modelo apresentado e adianta que quer mobilizar o Congresso para que todos os estados sejam contemplados na partilha

"Eles fizeram uma ameaça, uma chantagem e foram atendidos. Fiquei indignado com isso e em sinal de protesto, me retirei do encontro". Reclamou o governador Cid Gomes ao chegar em Fortaleza após participar do encontro em que o presidente Lula apresentou aos governadores o novo marco regulatório do pré-sal, em Brasília, no dia 31 de agosto último. O governador Cid Gomes foi um dos primeiros a expressar a sua desaprovação com o fato de não ter sido apresentado, junto com o marco regulatório, um novo sistema de distribuição dos royalties que privilegiasse todas unidades da Federação brasileira, e não somente Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o governador explicou, em sua residência, como acredita que deve ser a partilha dessas compensações, e como está mobilizando outros governadores em prol do projeto.

Governador, qual a proposta para a divisão dos royalties entre estados e municípios?

A discussão dos royalties está dividida em dois momentos. Primeiro, que não há questionamento mais forte ao sistema de compensação dos municípios e estados que têm jazidas, para exploração mineral, de petróleo. Eles têm direito ao crédito. O que está sendo discutido é em relação a essa nova riqueza, o pré-sal, que tem características diferentes, tanto que terá um marco regulatório específico para a sua exploração. A proposta para o pré-sal, na questão da exploração, é um modelo de partilha. A União continuará dona do petróleo e vai abrir a participação societária para as empresas irem explorar, também com risco deles, mas o petróleo vai ser da União e a União vai pagar a empresa pela exploração. Eu só tô dizendo isso porque, da mesma forma que vai ter uma nova regulamentação para a questão da exploração, o que eu pessoalmente entendo é que é muito razoável que você tenha um novo modelo de partilha dessas compensações. Até porque, essas compensações, o nome tá dizendo, são pra indenizar o Município, Estado, por danos no seu território. Isso vale pra exploração mineral, pra energia, e vale pro petróleo também. Então, se é uma coisa numa plataforma continental, distante, a uma profundidade violenta, não tem uma influência direta sobre eles... Esses estados já têm um grande volume de royalties no modelo atual, e vão continuar. Por que concentrar, manter uma concentração dessas compensações dessa nova riqueza pra três estados do Brasil? A Constituição fala cinco vezes em ser papel da União reduzir as desigualdades regionais. O que eu particularmente defendo é que isso seja partilhado com o país inteiro. São Paulo, Rio, Espírito Santo vão ter direito, mas o Acre, o Piauí, Tocantins, Roraima, Rondônia, o Ceará vão ter direito também. E eu vou mais além, eu defendo que isso seja feito proporcional à população e inversamente proporcional à renda per capita, e isso não é nada de ovo de Colombo, o FPE (Fundo de Participação dos Estados) já é feito dessa forma.

O presidente Lula, ao falar de pré-sal, diz que este seria o um "bilhete premiado". O senhor acredita que, dentro dessa discussão, esse prêmio realmente vai ser distribuído pra todos os estados?

O petróleo vai ser da União. A União vai ter uma riqueza e vai estar no modelo, no marco regulatório, a criação de um fundo, que vai ser prioritariamente investido em educação, em ciência e tecnologia, em cultura e em combate à pobreza. O que eu estou falando é a questão dos royalties, isso ficou omisso. Mas a União vai ter uma riqueza grande, porque o Brasil já se tornou autossuficiente em petróleo. A possibilidade aí é de mais do que duplicar a produção brasileira, é um excedente, um excedente que vai ficar na propriedade da União. É uma riqueza da União. Diferente do modelo atual, que é Petrobras ou concessões. Os exploradores vão receber um valor para explorar, mas o patrimônio, diferentemente do atual, vai ser da União. É uma riqueza a mais que vai ser utilizada de várias formas. Afora isso, os royalties, aí é uma compensação que deve ser paga.

Já foi percebida alguma sensibilidade do governo federal em rever essa questão dos royalties?

O governo federal preferiu (não apresentar proposta sobre os royalties), diante de pra ele ser mais importante a questão do modelo de exploração, do fundo, a ampliação da participação acionária do governo federal na Petrobras e a definição da Petrobras como já ser integrante sempre de qualquer exploração - qualquer bloco de pré-sal vai ter que ter necessariamente a participação da Petrobras junto. Tô frisando isso porque as pessoas ainda não se deram conta. Vai ter muita resistência. Não podemos ser ingênuos, e eu não sou ingênuo, de achar que não vai ter resistência. A rigor, a Petrobras, inicialmente, reagia a essa proposta do governo, a própria Petrobras. Aí o governo fez uma concessão assegurando a ela 30% da participação em todas as explorações. Aí ela se aquietou. Mas a Esso, a Shell, enfim, todos os outros que estão atualmente em exploração de petróleo no Brasil, vão reagir. E esse povo têm poder. E não jogam aberto não, eles jogam nos bastidores, o que é pior. É chute na canela. Então, o governo vai ter muito problema, não vai pensando que será fácil não. O Senado até imagino que não vai ser muito complicado, mas eu prevejo dificuldades na Câmara. A maioria do governo é mais frágil, e vai ter uma atuação dos que acham bom o atual modelo, vai ter uma resistência lá. Então, o governo, diante dessa discussão, preferiu não polemizar mais, deixou a questão dos royalties pra depois. Não mandou, lavou as mãos.

E o que o senhor acha de deixar essa questão pra depois?

Veja bem, é muito fácil você de um lado falar do que está do outro lado. Não sei, acho que o governo deu prioridade àquilo que considerou prioridade, que são os interesses da União. Isso é certo ou errado? Cada um julga, eu não vou julgar. Sinceramente. O governo priorizou aqueles projetos que são mais importantes e que dão o start do modelo. A exploração de petróleo, quando de fato se terá o eventual royalty, a compensação, é só daqui a quatro anos. Não tem essas urgências todas. Eu pessoalmente teria achado muito melhor se tivesse ido tudo junto. Não estou falando de bem nem de mal, cada um faz o seu julgamento.

Essa semana, acredito, o senhor já estava em conversações com os governadores dos estados do Nordeste pra marcar a próxima reunião dos chefes de Estado da região, a ocorrer em Fortaleza. Essa discussão dos royalties deve estar em pauta. O que vai ser levado a eles?

Com certeza. No dia do evento lá (apresentação do marco regulatório), eu conversei com o Jaques Wagner (governador da Bahia), com o Eduardo (Campos, governador de Pernambuco), com o Wellington (Dias, governador do Piauí), com os três, e todos três têm a mesma opinião minha. E acho que já deram declarações públicas nessa direção. Eu vou fazer aqui, tá vindo na terça feira, 22, a vice-presidente do Banco Mundial. Ela vem lá dos Estados Unidos e vai visitar uns projetos que teve o financiamento do banco e, no dia, na segunda, terça-feira, a gente vai fazer uma reunião, e eu chamei os três estados do Nordeste que têm, além do Ceará, projetos do Banco Mundial, que são o Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe.

Essa mobilização que o senhor está fazendo vai ser especificamente com os estados do Nordeste, ou fará contatos com outras regiões?

Eu acho que, claro, a gente deve mobilizar... O fórum que tem já instalado aí, que eu participo, é o Fórum de Governadores do Nordeste. Agora, eu sei que há um fórum de governadores na região Norte, que certamente deve ser mobilizado, e há também um do Sul, não sei se tem do Centro-Oeste também. Mas não sou eu quem vai definir estratégia não. Eu vou acertar a pauta nessa reunião.

Quais são os planos?

O plano é isso, é mobilizar. Pode ter certeza que na Câmara dos deputados já deve ter uns 30 projetos tratando dos royalties. Aí, a gente, depois de ver, examinar todos, vai centrar fogo num. Aí, é trabalho de política.

O senhor acha que existe a possibilidade de a Constituição, diante dessas discussões, ainda continuar do jeito que está?

Rapaz, a interpretação da Constituição é controversa. Eu, por exemplo, tenho um parecer aqui de um renomado jurista, que mostra, à luz da Constituição, essa informação que eu tinha dado a você, de cinco referências a combater desigualdades regionais, é constitucional também. Ele entende que constitucionalmente não tem nenhum problema, pode ter um novo modelo, pelas características que são, pela plataforma não ser no território do Estado, ser da União, e é perfeitamente possível que a compensação seja feita à totalidade dos estados.

E o que os royalties do pré-sal representariam para o Nordeste, e para o Ceará?

Eu, sinceramente, não sei, acho que ninguém sabe, a exata monta do que é que tem de petróleo explorável no pré-sal e o preço que o barril de petróleo vai estar. O barril do petróleo já esteve a 140 dólares, e hoje está a 60. Então, tudo isso influencia. Se fizer uma média aí, são bilhões. Hoje, o que é feito de partilha de royalty é algo em torno de R$ 10 bilhões, se não me engano. A gente pode estimar, seguramente, que é algo equivalente. Mais R$ 10 bilhões, ou mais. Dependendo do preço, essa coisa pode ir a 20 bilhões de reais, o que é praticamente todo o montante de recursos que a União tem pra investimentos no orçamento. Se tirar aí as empresas, Petrobras e Eletrobras, do orçamento da União, 20 bilhões é o que ela tem pra investir no Brasil inteiro. Isso significa dobrar a capacidade de investimento. E se você faz isso considerando essas questões das desigualdades regionais, de renda per capita, isso pode significar, fora o fundo, que é dinheiro de outra fonte, e não de royalty, isso pode triplicar. Pode acontecer com isso a verdadeira revolução social no Brasil.

O senhor acredita que até quando a gente pode ter uma resposta de como vai ficar a resolução sobre a partilha?

Isso é um processo. A primeira etapa do processo é tentar na Câmara dos Deputados já aprovar um projeto. Eu defendo a tese de que seria importante que caminhassem todos juntos, já que não partiu do Executivo. Acho que no Senado, diferente das outras matérias, acho até que será uma coisa mais pacífica, porque o Senado é a casa da Federação. E se você tem lá 27 estados, e 24 defendem um modelo e três só defendem outro, vai ser mais fácil. O fato de não ir agora, ninguém deve nunca dar por perdido, acho que tem condição de ganhar, botar 24 governadores pra convencer os deputados, eu acho que consegue. Os partidos não vão ter coragem de fechar a questão, não creio. Mas também não será a única oportunidade. Esperar um novo Congresso, politizar essa discussão nas eleições agora seria uma segunda estratégia. Se você não aprovar esse ano, dificilmente o ano que vem será votada alguma coisa de maior importância no Congresso. Você politiza e leva pro debate eleitoral, botar os candidatos pra se comprometerem. Vamos lá: o que é que o candidato daqui, de Pernambuco, do Maranhão, vai fazer? Vamos ter que fixar posição em relação a isso.

SÉRGIO DE SOUSA
REPÓRTER

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=672636

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza, 20 de setembro de 2009.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CEARÁ - MELHOR DESEMPENHO DO ANO - Mercado ganha força e cria 13,7 mil vagas no CE


Com saldo de 13.790 novas vagas em agosto, o Estado alcançou o 5º melhor resultado do País e o 2º no Nordeste

O mercado de trabalho no Ceará alcançou o melhor resultado do ano na geração de empregos formais. Foram criados 13.790 novos postos em agosto passado, o que também representa o melhor desempenho para o mês desde 1999. É ainda o 2º maior saldo da região Nordeste - só perdendo para Pernambuco (18.990 vagas)-, e o 5º lugar no ranking nacional por Estado em agosto. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados ontem. O saldo é a diferença entre as 39.267 admissões e 25.477 desligamentos no mês passado. Houve um crescimento de 44,8% na geração de novas vagas, em relação a julho (9.523) e de 38,6% ante agosto do ano passado (9.947).

Ritmo mantido

Para o assessor da Secretaria do Desenvolvimento Econômico de Fortaleza (SDE), Inácio Bessa, os números indicam um crescimento expressivo do mercado de trabalho no Estado, no entanto, ainda não recuperou as vagas perdidas por conta da crise econômica financeira. "Na passagem de julho para agosto do ano passado, o mercado de trabalho recuou 6,41%", compara. "Neste ano, este período mostrou um forte incremento". Na opinião de Bessa, a tendência é que este ritmo de crescimento continue de setembro a novembro deste ano. "2009 deve fechar com a reposição de boa parte das vagas perdidas com a crise", projeta. Em 8º lugar no ranking nacional, de janeiro a agosto, o Ceará acumula saldo de 28.486 postos de trabalho, queda de 8,28% ante igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, foram criadas 38.867 vagas, baixa de 22,95%.

Indústria é destaque

Em agosto, o maior gerador de postos de trabalho no Estado foi a indústria de transformação, com 5.201 novos empregos formais. Em seguida, vem o setor de serviços (2.631), agricultura (2.086), comércio (1.658), serviços industriais de utilidade pública (24), administração pública (8), atividade extrativa mineral (5). Na indústria de transformação, o maior número de novas contratações foi no segmento de calçados (3.322), seguido por alimentos e bebidas (614), têxtil e vestuário (574), minerais não-metálicos (236), borracha, fumo e couros (127), metalurgia (122), químico e farmacêutico (109), mecânica (71), papel e papelão (70), material de transporte (49). Houve perdas de postos no setor de material elétrico (-83) e madeira e mobiliário (-10).

RMF e municípios

Na Região Metropolitana de Fortaleza, foram gerados 6.645 novos postos, aumento de 1,05%. Este foi o melhor desempenho de toda a série histórica do Caged para o período. Desse total, 2.044 empregos foram do setor de serviços; 1.983, na indústria; 1.355, na construção civil; 1.167, no comércio; 68, na agropecuária; 12, no extrativismo mineral. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, Fortaleza ficou em 6º lugar no ranking nacional na evolução do emprego, com saldo de 4.374 vagas, o 6º maior desempenho. Sobral ficou na 14ª posição com saldo de 2.307 novos empregos em agosto, concentrando 2.107 postos na indústria de transformação.

CAROL DE CASTRO
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza, 17 de setembro de 2009
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671739

BRASIL - 7º MÊS DE EXPANSÃO

País surpreende e gera 242 mil empregos

SETOR DE SERVIÇOS - foi o que mais empregou no País em agosto deste ano. Abriu mais de 85 mil vagas

Brasília - O mercado formal brasileiro registrou a criação de 242.126 empregos no mês de agosto, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. É o melhor resultado do ano e o sétimo mês em que há crescimento de vagas. O saldo é melhor do que o registrado em agosto do ano passado, antes da crise econômica, quando foram criados 239.123 vagas.

O número é 0,75% maior do que o registrado em julho. Nos oito primeiro meses de 2009, foram criados 680.034 vagas e, nos últimos 12 meses, 328.509 postos. Em agosto, foram contratadas 1,45 milhão de pessoas e demitidas 1,21 milhões.

Setores

O setor de serviços foi o que abriu mais vagas, com 85.568 postos. É o segundo maior saldo da série (desde 1992) para o mês e o melhor resultado para o ano. Em seguida vem a indústria de transformação (vestuário, automóveis, alimentos e outros), com 66.564 postos, também o segundo melhor resultado da série e o melhor do ano.

O comércio registrou a criação de 56.813 postos e a construção civil 39.957, resultados recordes para a série. A administração pública criou 3.305 empregos em agosto.

Lula

O número supera de forma significativa a informação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o mês havia registrado a criação de 150 mil vagas. Lula afirmou que o ano terminará com a geração de 1 milhão de novos empregos.

Em julho deste ano, o Caged registrou a criação de 138.402 vagas formais.

O presidente avaliou que a geração de 242.126 empregos formais, em agosto "é a prova contundente de que a atividade econômica voltou a funcionar a todo vapor". Lula disse que está feliz com resultado "extraordinário" do nível de emprego no País. "Isso significa que podemos continuar crescendo e que setembro será muito bom", disse Lula, que, durante a semana, chegou a anunciar o aumento de 150 mil vagas em agosto.

Ele lembrou que o resultado excepcional de geração de empregos foi em pleno período de crise financeira global. "Vamos ultrapassar 1 milhão de empregos, num ano que estávamos em crise profunda", disse. "Aqueles que apostaram na desgraça, espero que reflitam muito bem, antes de fazerem novas avaliações", afirmou.

Crise compensada

A geração de empregos entre fevereiro e agosto deste ano praticamente zeraram as perdas ocorridas entre novembro de 2008 e janeiro deste ano, auge da crise no Brasil.

Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas 797.515 vagas com carteira assinada. Desde que os empregos voltaram a subir, foram 781.782 vagas criadas. A recuperação começou a partir de fevereiro, quando foram criados 9.179 empregos. Em março, foram abertos 34.818 postos; em abril, 106.205. Em maio, o número chegou a 131.557 vagas e, em junho, a 119.495. O melhor resultado até agora, em 2009, era o de julho (138.402 vagas).

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza, 17 de setembro de 2009.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671743

Organizações da sociedade civil questionam Banco Mundial

Mary Tharin, da IPS
16/09/2009 - 17:49:31

O Banco Mundial exortou ontem os paises ricos a liderarem os esforços para reduzir as emissões de carbono, mas organizações da sociedade civil questionam o papel da instituição na luta contra a mudança climática. O “Informe sobre o desenvolvimento mundial 2010: Desenvolvimento e mudança climática”, apresentado nesta terça-feira pelo Banco, tem potencial para afetar as negociações da 15ª Conferência das Partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que acontecerá em dezembro em Copenhague.

“Os paises em desenvolvimento se veem afetados pela mudança climática de forma desproporcional; trata-se de uma crise pela qual não são responsáveis e para a qual são os menos preparados. Nesse sentido, é de vital importância conseguir um acordo eqüitativo em Copenhague”, disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, no comunicado de imprensa que acompanha o informe. Por sua vez, o conselheiro sobre mudança climática da Oxfam Internacional, Antonio Hill, reiterou a necessidade de vincular o desenvolvimento a uma política efetiva sobre a mudança climática. Hill elogiou o documento do Banco por abordar “como a resposta mundial à mudança climática pode fortalecer, em lugar de enfraquecer, o desenvolvimento nos paises mais pobres”.

Karen Orenstein, coordenadora de campanhas financeiras internacionais na organização Amigos da Terra, concordou que os países industrializados devem se comprometer mais com a redução das emissões contaminantes. “O que as nações industrializadas colocam atualmente sobre a mesa é completamente inadequado para fazer frente à mudança climática”, disse à IPS. As negociações prévias à reunião de Copenhague estão caracterizadas pelo conflito entre paises ricos e pobres, cada parte reclamando que a outra assuma maiores objetivos de redução das emissões.

As nações em desenvolvimento afirmam que as industrializadas têm a obrigação histórica de assumir a responsabilidade, por serem as que mais contribuíram com o aquecimento do planeta. Por sua vez, os paises ricos dizem que a mitigação é mais rentável nas nações menos adiantadas, e que, portanto, os esforços para reverter a tendência deveriam começar por ali.

Em seu informe o Banco Mundial recomenda um pacto que permita aos paises do Sul realizar mudanças na política nacional em lugar de se comprometerem com objetivos rígidos de redução de emissões. Segundo Elliot Diringer, vice-presidente de estratégias internacionais no Centro Pew sobre Mudança Climática Global, este enfoque mais flexível permitiria aos paises do Sul “apresentar compromissos que se ajustem melhor às suas agendas de desenvolvimento”. Tais opções podem incluir objetivos em matéria de energias renováveis ou redução de desmatamento.

Atualmente, o Banco opera como agente de boa par te das finanças climáticas do mundo, e continua expandindo esta capacidade. Porem, organizações ambientalistas criticam o papel que desempenha na mitigação dos efeitos do aquecimento global. “O Banco Mundial é a instituição equivocada para manejar as finanças climáticas”, afirmou Orenstein. Muitos líderes do mundo em desenvolvimento exigem a criação de uma nova instituição. Administrada pela Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, para financiar iniciativas neste campo.

“Os paises em desenvolvimento têm boas razoes para desconfiar de instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial, e não querem que sejam intermediárias deste acordo climático”, acrescentou Orenstein. O informe do Banco promove o fortalecimento dos mecanismos financeiros existentes em relação ao clima que atualmente são manejados pela instituição, entre eles o muito controverso Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Previsto no Protocolo de Kyoto, o MDL é um instrumento pelo qual as nações ricas podem superar suas cotas de emissões de gás estufa se financiarem projetos para reduzi-las nos paises em desenvolvimento. Mas, cerca de dois terços dos projetos que recebem financiamento no contexto do MDL não contribuem realmente para a redução das emissões mundiais desses gases, segundo a cientista climática Payal Parekh, da organização não-governamental International Rivers.

Estes projetos carecem de “adicionalidade”, ou provas de que o investimento pelo MDL é um requisito para a redução de emissões. As evidências mostram que muitos projetos financiados por esse instrumento, como as grandes hidrelétricas na china, teriam sido construídos do mesmo jeito, inclusive sem o aporte do Mecanismo. O Banco Mundial pressiona para que o MDL seja reformado e ampliado, mas Parekh discorda. “Se o conceito fundamental de um programa é defeituoso, a reforma é impossível”, disse à IPS. Segundo Parekh, o MDL não conseguir reduzir as emissões mundiais, proporcionando em troca “subsídios extras para projetos que de qualquer maneira seriam realizados”.

O informe do Banco também destaca a importância de um adequado manejo de recursos, já que a mudança climática torna mais escassas a água, a terra e a energia. O estudo recomenda implementar métodos de agricultura sustentável, incluída a “eco-agricultura”, ou reservar terras para promover a biodiversidade. Alem disso, propõe três estratégias políticas principais para promover a conservação energética: aumentos no preço da energia, incentivos para que as empresas públicas aumentem sua eficiência e transferência de tecnologias limpas para o mundo em desenvolvimento.

Talvez, o aspecto mais controverso do debate sobre os recursos seja a posição do Banco sobre a conservação da água. O informe defende dois projetos de represas como maneira de fornecer energia hidrelétrica e proteger contra secas e inundações. Porém, os impactos sociais e ambientais negativos dos projetos hidrelétricos em grande escala ficam expostos caso após caso, segundo Orenstein. Alem disso, as grandes represas em zonas tropicais produzem quantidades significativas de metano, um dos gases causadores do efeito estufa.

Um estudo feito no Brasil concluiu que 52 mil grandes represas do mundo contribuem com cerca de 4% do aquecimento da Terra induzido pelo ser humano. Isto converte as represas em “uma fonte importante de contaminação (que contribui) para a mudança climática”, disse o diretor-executivo da International Rivers, Patrick McCully. O informe tem um importante papel na busca de uma solução global para a mudança climática, afirmou Diringer. “O documento é um reflexo do que agora se compreende amplamente: que o clima e o desenvolvimento estão intrinsecamente ligados e que devemos abordar

Fonte: Mercado Ético
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/clima-sociedade-civil-questiona-o-banco-mundial/

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Balança da segunda semana de setembro tem saldo positivo de US$ 327 milhões 14/09/2009

Balança da segunda semana de setembro tem saldo positivo de US$ 327 milhões

A balança comercial da segunda semana de setembro de 2009 (7 a 13), com quatro dias úteis, fechou com superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 327 milhões (média diária de US$ 81,8 milhões). A corrente de comércio (soma de exportações e importações) do período foi de US$ 4,709 bilhões (média diária de US$ 1,177 bilhão).

A média diária das exportações brasileiras na segunda semana de setembro (US$ 629,5 milhões) foi 8% menor que à verificada na primeira semana do mês (US$ 684,5 milhões). Nessa comparação, foram observadas retrações nos embarques de manufaturados (-24,8%) – principalmente, etanol, autopeças, automóveis, aviões, açúcar refinado, aparelhos celulares, polímeros de etileno, motores e geradores elétricos.

No entanto, cresceram as vendas brasileiras de bens semimanufaturados (+6,9%), com aumento dos seguintes itens: açúcar de cana em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro e aço, alumínio em bruto, ferro-ligas, óleo de soja em bruto e borracha sintética e artificial. As exportações de básicos, no período, também registraram alta (+3,3%), por conta de petróleo em bruto, minério de ferro, fumo em folhas, minério de cobre, milho em grão e carne suína.

As importações na segunda semana de setembro, também pela média diária, caíram 3%, em relação à primeira semana do mês, por conta da diminuição de compras brasileiras de combustíveis e lubrificantes, químicos orgânicos e inorgânicos, produtos siderúrgicos e de borracha.

Mês

No acumulado do mês, o saldo comercial apresenta superávit de US$ 807 milhões, com média diária de US$ 100,9 milhões. Esse desempenho é 19,5% menor que o verificado em setembro do ano passado, quando a média diária do superávit chegou a US$ 125,4 milhões e 31,1% menor que a média diária do saldo comercial registrada em agosto de 2009 (US$ 146,4 milhões).

Pelo desempenho médio diário, as exportações, nas duas primeiras semanas de setembro (US$ 5,256 bilhões, com média diária de US$ 657 milhões) ficaram 27,8% abaixo da performance média diária em setembro do ano passado, por conta de retração nos embarques das três categorias de produtos: manufaturados (-33,8%), semimanufaturados (-27,8%) e básicos (-19,5%).

Entre os produtos manufaturados foram observadas quedas nas exportações de etanol, aparelhos celulares, veículos de carga, aviões, autopeças, automóveis, bombas e compressores, calçados e partes de motores para automóveis. No grupo dos semimanufaturados houve reduções dos embarques de ferro fundido, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro e aço e couros e peles. Na categoria de básicos diminuíram, principalmente, as vendas brasileiras de minério de ferro, petróleo em bruto, minério de manganês, algodão em bruto, carne bovina, café em grão e carne de frango.

Em relação a agosto de 2009, as exportações nas duas semanas de setembro retraíram 0,3%, em virtude de recuo nos embarques de básicos (-6,2%). As exportações de manufaturados e de semimanufaturados, no entanto, apresentaram crescimento de 5,1% e 1,6%, respectivamente.

Nas duas primeiras semanas de setembro as importações totalizaram US$ 4,449 bilhões, com média diária de US$ 556,1 milhões. Em relação a setembro do ano passado, pela média diária, houve queda de 29,1% no desempenho das importações brasileiras por conta de siderúrgicos (-42,4%), adubos e fertilizantes (-42,2%), combustíveis e lubrificantes (-41,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (-29,0%), farmacêuticos (-26,8%), equipamentos mecânicos (-26,6%), veículos automóveis e partes (-19,3%) e instrumentos de ótica e precisão (-19,2%).

Sobre agosto deste ano – quando a média diária das importações somou US$ 512,7 milhões – foi registrado aumento de 8,5% nas importações em setembro. Nessa comparação cresceram as aquisições brasileiras de: aviões e partes (+37,3%), adubos e fertilizantes (+30,9%), equipamentos eletroeletrônicos (+30,5%), cereais (+28,1%) e combustíveis e lubrificantes (+19,5%).

Ano

No ano, até a segunda semana de setembro (174 dias úteis), as exportações brasileiras somam US$ 103,191 bilhões, com média diária de US$ 593,1 milhões, cifra 25,3% menor que a verificada no mesmo período de 2008, quando as exportações chegaram a US$ 140,468 bilhões, com média diária a US$ 793,6 milhões.

As importações totalizaram, no mesmo período, US$ 82,416 bilhões, com uma média diária de US$ 473,7 milhões. Esse desempenho foi 31,3% menor que o verificado no mesmo período do ano passado, quando as importações atingiram US$ 121,988 bilhões, com média diária de US$ 689,2 milhões.

O saldo comercial até a segunda semana de setembro de 2009 chegou a US$ 20,775 bilhões (média diária de US$ 119,4 milhões), valor 14,4% maior que o observado no mesmo período de 2008, quando o saldo totalizou US$ 18,480 bilhões, com média diária US$ 104,4 milhões.

Clique aqui e veja os números.


Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2109.7190 e 2109.7198
ascom@mdic.gov.br

http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=9320


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Projetos em Cooperação com a Comissão Europeia

A União Européia é fruto do processo de integração, iniciado após a II Guerra Mundial, que tem como objetivo assegurar a paz no continente europeu. Possui uma grande diversidade cultural, que está distribuída nos seus 25 Estados-membros, os quais estão unidos sob os mesmos valores de liberdade, democracia, manutenção da paz, progresso social e econômico, respeito à pessoa e primazia do direito sobre a força.

Entre os Estados-membros da UE há livre circulação de bens, pessoas e capitais, graças ao esforço conjunto em alcançar políticas comuns. A introdução do Euro como moeda única em 12 Estados da União foi outro fator de unidade intra-bloco, rumo a uma maior integração econômica e política.

Para garantir a execução das metas almejadas e assegurar seu pleno funcionamento, a UE conta com uma série de instituições como a Comissão Européia, o Conselho da União Européia, o Parlamento Europeu, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e o Banco Central Europeu. Sua estrutura é semelhante a um Estado. Porém, cabe ressaltar, a soberania de cada Estado-membro é preservada.

O mercado consumidor europeu atinge aproximadamente 500 milhões de habitantes. A UE é o destino mais importante para as exportações do Brasil, e o maior investidor no país. A UE vem igualmente afirmando-se no cenário mundial como um importante bloco político, no momento em que seus 25 Estados-membros falam através de uma só voz.

Em relação à cooperação com os demais países, a UE está consciente dos desafios relativos aos seus objetivos de obtenção da paz e progresso num mundo com tantas desigualdades. Por este motivo, a UE atua intensamente em projetos que buscam acelerar o desenvolvimento econômico, cultural e social dos povos, em todos os cantos do mundo, inclusive no Brasil.

A cooperação entre a União Européia e o Brasil possibilita a realização de vários projetos em temas prioritários como o desenvolvimento social, fortalecimento das relações empresariais e a proteção ambiental. Destacam-se o apoio ao Programa Piloto para Conservação das Florestas Tropicais Brasileiras (PPG7), a ajuda técnica e financeira às populações desfavorecidas das regiões norte e nordeste e de grandes cidades brasileiras, projetos de desenvolvimento em ciência e tecnologia e o apoio à internacionalização às pequenas e médias empresas brasileiras.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através da Secretaria de Tecnologia Industrial, conduz a implementação de dois projetos oriundos dessa cooperação:

  • a) Redes de Centros Tecnológicos e Apoio às PME Brasileiras: objetiva intensificar o intercâmbio e a cooperação entre parceiros tecnológicos e empresariais brasileiros, e entre estes e entidades homólogas européias, com vista ao aumento da qualidade e inovação tecnológica de produtos e processos nos setores industriais de plásticos e eletroeletrônicos,
  • b) Apoio à Inserção Internacional das PMEs Brasileiras: objetiva promover e apoiar a expansão e a diversificação das exportações das PME's brasileiras, com ênfase particular em produtos de maior conteúdo tecnológico.

Para obter informações adicionais sobre a União Européia: acesse o "link":www.delbra.cec.eu.int.


Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=3&menu=744