terça-feira, 26 de maio de 2009

CAMPANHA “UFC SOLIDÁRIA” ARRECADA DONATIVOS PARA VÍTIMAS DAS CHUVAS NO ESTADO

Campanha UFC SOLIDÁRIA arrecada donativos para as vítimas das chuvas no Ceará e promove palestra sobre “Mudanças Climáticas & Sustentabilidade Ambiental”, com o Prof. Dr. José Antonio Puppim

A Universidade Federal do Ceará - UFC desde o início deste mês de maio está arrecadando donativos para as às vítimas das enchentes em todo o Ceará. É a campanha "UFC Solidária" que visa a arrecadação de alimentos, água potável, produtos de higiene e medicamentos. De acordo com boletim da Defesa Civil divulgado no ultimo dia 14 de maio, já haviam 24.609 desabrigados e 35.606 desalojados no Estado. Além disso, 23 municípios estavam em situação de emergência.

Na campanha “UFC Solidária” antes restrita a arrecadação em Fortaleza, agora se somam os campi do interior. Assim sendo, o Campus da UFC no Cariri passará a realizar uma série de ações objetivando arrecadar os donativos. O foco da coleta no Cariri está em Leite – principalmente longa vida (caixa), água potável, alimentos e fraldas descartáveis. A Direção do Campus da UFC no Cariri está sensibilizando professores, servidores técnico-administrativos e estudantes para doarem e formarem uma rede de colaboradores externos.

Uma das ações promovidas pela UFC no Cariri, dentro da campanha “UFC Solidária”, ocorrerá na próxima segunda-feira (01 de junho), as 18:30h, no Memorial Padre Cícero. Neste dia, será realizada a palestra “Mudanças Climáticas & Sustentabilidade Ambiental” pelo Prof. Dr. José Antonio Puppim, cuja inscrição será duas caixas de Leite Longa Vida a serem entregues no local. O Professor Dr. José Puppim possui graduação em Engenharia pelo ITA e doutorado em Planejamento pelo MIT (EUA), foi professor da Fundação Getulio Vargas – RJ, da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Atualmente ensina na Universidade de Londres (Inglaterra). Recentemente, o Prof. Puppim lançou o livro “Empresas na Sociedade: Sustentabilidade e Responsabilidade Social”.

Deste modo, a Direção do Campus da UFC no Cariri conclama os empresários de Juazeiro, Crato e Barbalha a participarem da campanha doando leite longa vida, água mineral, fraldas descartáveis e alimentos, assim como, convida a Sociedade Caririense a comparecer ao Memorial Padre Cícero, na noite de segunda-feira (01 de junho, as 18:30h) para ouvirem a palestra e participarem da campanha “UFC Solidária”.

A Universidade Federal do Ceará agradece a todos que se envolverem na campanha “UFC Solidária” e se solidarizarem com esta dificuldade momentânea pela qual passa parte da população Cearense.


Universidade Federal do Ceará - Campus do Cariri
Av. Tenente Raimundo Rocha, S/N, Universitários, 63.040-360, Juazeiro do Norte/CE
Fone: (88) 3572.7200

“O PIB precisa ser colocado no seu papel de coadjuvante”


25/05/2009 - 15:59:52

“Não podemos continuar a viver neste planeta com um consumo irresponsável por uma minoria da população, que consegue destruir as reservas e os recursos naturais que estão no planeta como se fossemos a última geração do mundo. Não dá para achar que este sistema é bom e deve voltar a funcionar porque vai aumentar o Produto Interno Bruto (PIB)”. A opinião é do professor Ladislaw Dowbor, do Programa de Pós Graduação em Administração da PUC-SP em entrevista a revista Desafios do IPEA, do mês de maio 2009.

O professor critica severamente a metodologia do PIB. Segundo ele, “na metodologia atual, a poluição aparece como sendo boa para a economia, enquanto que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) surge como o vilão que impede o Brasil de atingir o desenvolvimento pleno”.

Eis a entrevista:

A crise financeira internacional pode afetar a crença nas leis de mercado e no próprio sistema capitalista na mesma proporção em que a queda do muro de Berlim determinou os destinos do comunismo?

Há tantas refutações de que o mercado não funciona que é duvidoso. Ele simplesmente é necessário. Eu trabalhei na Polônia no âmbito da economia socialista. Havia mecanismos de mercado amplamente utilizados. Não estou falando do mercado no processo de concorrência entre uma série de produtores e pessoas que trocam valores com outros, permitindo a divisão de trabalho na sociedade. Isso é valioso e deve ser guardado. O que se confundiu foi o mecanismo de mercado com a regulação geral da sociedade.

Como assim?

O mecanismo de mercado protege para as trocas. Não protege o que produzimos, para quem e sobre quais custos tanto para a natureza quanto para a sociedade. Portanto, o que está acontecendo é que o mercado está perdendo sua capacidade reguladora na sociedade. O sistema de bancos no Brasil é essencialmente carteirizado. Na Inglaterra, o crédito pessoal no HSBC é de 6%, enquanto aqui passa de 60%. Se houvesse mecanismos de mercado, as pessoas iriam buscar capital lá ou aplicariam aqui. Ou seja, nas áreas carteirizadas, que pertencem às grandes corporações, deixou de funcionar o mercado.

O que fazer então?

É preciso ter sistemas de regulação equilibrados entre os intermediários financeiros, bancos centrais, governos e as organizações de usuários. O mercado não resolve tudo sozinho. Veja, por exemplo, o caso de grupos como as Casas Bahia, que trabalham frequentemente com taxas de juros de 100%. Uma pessoa de baixa renda paga o dobro do valor de um produto. Isso é extorsivo e se baseia na manutenção da desigualdade de renda, que força as pessoas sem dinheiro vivo a pagar em pequenas prestações o dobro do que pagaria uma pessoa com mais recursos. Existe um mecanismo financeiro de concentração de renda. São áreas comerciais que passaram, ainda que de forma não declarada, a ter uma atuação financeira. Assim, o acesso aos recursos e a distribuição equilibrada na sociedade está cada vez menos regulada com mecanismos de mercado. Além disso, o mercado é nocivo na exploração de bens naturais.

Como?

Basta observar o caso da pesca oceânica. Com o GPS e as novas tecnologias, se torna possível extrair o volume de peixes desejado. Virou um matadouro. E quanto mais avança a tecnologia, mais barato é capturar o peixe. No entanto, à medida que os peixes vão se esgotando, os preços sobem. O problema da água também está se tornando crítico para a humanidade. Com sistemas modernos se tornou viável bombear enormes quantidades de lençóis freáticos subterrâneos que se acumulam durante séculos. O processo funciona com extrema rapidez. Isso gera grandes fortunas para determinados grupos, que não arcaram com custos da sua produção. Por outro lado, liquida, a base de água e não gera emprego. Esse eixo é simplesmente destrutivo para as áreas de recursos limitados. Então, o mercado não tem capacidade para regular áreas que envolvem recursos naturais. Com a crise financeira internacional, há muitos especuladores à procura desesperada de onde aplicar seus recursos. Eles querem comprar imensas áreas de solo no Brasil de olho na pressão alimentar e na oportunidade de lucros com os bicombustíveis.

O governo brasileiro acertou então ao criar uma moratória de compra e venda de terras em áreas onde a água deveria ser canalizada?

Sim. Caso contrário você teria europeus, americanos e grupos de São Paulo comprando todas aquelas terras para revender ou aproveitar os seus eventuais benefícios. A capacidade reguladora do mercado se perdeu no momento em que cresce a pressão por recursos naturais, aumenta a população mundial, o nível de consumo e na medida em que se formam grandes conglomerados planetários. Isso já não é mercado. São sistemas de poder de grupos privados que exercem poder político sem serem eleitos. Por isso defendo que o mecanismo econômico tem de ser democratizado.

Qual sua avaliação sobre a declaração final do encontro do G-20 realizado em Londres no mês passado?

Tivemos um encontro do G-20 em novembro e, outro mais recente, em Londres. Não há uma diferença substantiva entre os dois. São declarações de intenções que se destinam basicamente a apaziguar a tensão, uma vez que centenas ou milhões de aposentados perderam sua aposentadoria e há um número crescente de desempregados. A tensão em torno destes problemas se tornou imensa. A declaração do G-20 de Londres é positiva em algum sentido. Primeiro porque se expandiu o número de países que participam do processo político. Tem um lado um pouco sem vergonha nisso porque quando as potências prosperavam era G-7. Quando estourou a crise, eles foram buscar sócios. De qualquer maneira, os 29 pontos da declaração são grandes princípios, além de positivos, sobretudo no que se refere ao meio ambiente, maior controle sobre o sistema financeiro, fim do protecionismo, mais poder ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e um aumento na participação de diversos países nas várias instituições internacionais.

O que poderia ter sido aprimorado?

Quase ninguém reparou que há um anexo de medidas financeiras na declaração de Londres, que foi feito rigorosamente por gente do chamado mercado financeiro. Por exemplo, as compensações para diretores e acionistas será responsabilidade deles próprios. Ou seja, não haverá nenhuma instituição para fiscalizá-los.

O senhor acredita que as propostas serão implementadas?
As propostas de arquitetura financeira mundial contidas nos acordos de Bretton Woods foram trabalhadas durante dois anos até a sua implementação. Eu, particularmente, estou cético e realista neste aspecto. Estamos começando um processo. Você não faz isso em três ou seis meses. Além disso, tudo vai depender da profundidade da crise, que ainda é completamente incerta. Ninguém sabe, nem mesmo o pessoal que criou esta crise. Mudanças mais profundas no sistema dependem da intensidade da crise. Se amanhã tudo voltar à normalidade, os especuladores, que criaram o problema, vão tentar manter as coisas como estão, esperando pela próxima crise. Isso já ocorreu antes com as crises na década de 1990. Estamos num limbo de regulação que é extremamente perigoso.

A dívida pública dos Estados Unidos ultrapassou o teto dos US$ 10 trilhões. As injeções de recursos no sistema financeiro pelo governo do presidente Barack Obama surtiram efeito?
Injetar dinheiro nos intermediários financeiros foi a primeira reação. Os bancos estão quebrando. Portanto, você coloca dinheiro para não quebrar. Contudo, a economia real começa a quebrar por falta de crédito. O que eles fizeram então? Injetaram mais dinheiro nos bancos, pensando que com mais liquidez eles passariam a oferecer crédito. Isso não aconteceu. No caso dos Estados Unidos, os bancos maiores estão comprando os pequenos para reforçar oligopólios. Há uma dimensão profundamente golpista neste sentido. Afinal, eles não querem mercado. No caso brasileiro, os cerca de R$ 100 bilhões que foram transferidos para os bancos via redução do compulsório e outros mecanismos, em vez de se transformarem em crédito para dinamizar a economia, estão sendo utilizados na compra de títulos do governo para depois serem remunerados pela taxa Selic. Ou seja, o sistema financeiro não está fazendo o seu papel de financiar a economia. Um papel, aliás, que está na Constituição.

O papel do Estado na economia deve ser rediscutido?

Estamos constatando a necessidade de fazer funcionar a economia com o interesse de uma sociedade socialmente equilibrada e com políticas ambientais que não destruam o planeta. Uma mudança de paradigma energético produtivo. Acho que o eixo é este. Em função destes objetivos, você tem que ter outro tipo de orientação da economia, com mudanças no papel do Estado. Não significa maior tamanho do Estado na economia. Significa que a regulação política dos processos econômicos tem que avançar. É importante resgatar a capacidade reguladora do Estado sobre o sistema empresarial e articular políticas públicas com organizações da sociedade civil. É um processo mais horizontal, democrático, e descentralizado, onde os interesses da população estejam em primeiro lugar.

E como fazer isso?

Eu sempre uso o exemplo do programa de expansão da Coréia do Sul. São investimentos de US$ 36 bilhões em energia limpa. A expectativa é de que, com o programa, serão criados 960 mil empregos. O emprego tira as pessoas do desespero e gera mais recursos na base da sociedade. Ocorre um impacto social de igualdade. Por outro lado, com esse dinheiro, a população consome e não aplica na bolsa. Isso é um processo anticíclico. O dinheiro que vem por parte do governo, em vez de ir para a especulação, como fazem os bancos privados, está aplicado em investimentos necessários para o país. Ao mesmo tempo em que melhora a situação do meio ambiente e oferece um equilíbrio social, o programa protege a Coréia do Sul da crise ao gerar emprego, demanda de consumo e de equipamentos para esses investimentos.

Como o senhor vê a questão da redução dos juros e do spread bancário no Brasil?

Repare que nos jornais só aparece a discussão sobre a taxa Selic. Agora, e as taxas de juros cobradas pelo sistema ao tomador final? A média para pessoa jurídica é de 68%, para pessoa física 110%, cheque especial 166%, no cartão 220%. Estamos falando de um assalto. Eu acho que o papel dos bancos oficiais é introduzir mecanismos de mercado neste processo para oferecer crédito a custos decentes. Temos que lembrar que o banco tem uma função social, de acordo com a Constituição. Mesmo o banco privado é uma carta patente que o autoriza a trabalhar com o dinheiro do público. Não é dinheiro do banco. Então, ele tem que responder a certas exigências. Como ele tem forte controle sobre o próprio Banco Central, então, aqui o sistema financeiro ficou sem regulação efetiva. Instituições como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, BNDES, que já fazem isso há bastante tempo, devem buscar novas formas de democratização de acesso ao crédito. O Brasil tem um volume de crédito da ordem de 37% do PIB. Isso é muito baixo. O crédito é bom, o sujeito quer abrir uma marcenaria, então precisa do crédito, mas não pode ser com essa taxa de juros. O papel do banco é isso. Estimular o empreendedorismo.

Muitos analistas apostam que o mercado interno será o motor da economia nacional neste ano. O senhor concorda?
É como se o governo Lula estivesse se protegendo de antemão. Houve uma convergência do aumento da capacidade de compra do salário mínimo na faixa de 51% a 53%. Isso é gigantesco. Atinge 26 milhões de assalariados e 18 milhões de aposentados. Você teve também nos últimos anos uma expansão no emprego na ordem de 11 milhões de pessoas. Isso gerou demanda na base da sociedade. Vale ressaltar ainda o crescimento do crédito rural. O Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] passou de R$ 2,5 bilhões para R$ 12,5 bilhões. Injeção de recursos no pequeno produtor rural, que representa 70% dos alimentos produzidos pelo País. Isso sem mencionar o Bolsa Família, responsável por tirar da miséria negra 50 milhões de pessoas. Este governo trabalha com cerca de 150 programas interministeriais. Isso gerou uma ampliação da demanda interna que casa com a crise da demanda externa. Veja o exemplo da carne. Com a crise no mercado externo, o setor está sendo obrigado a vender no mercado interno. Percebemos que tem muito mais carne nos açougues e os preços estão cada vez mais baixos. Houve uma reconversão. Parte do que era exportado, agora, está se voltando para o mercado interno.

O senhor disse em artigo recente que a crise é uma oportunidade para o Brasil. Por quê?

O grande problema do Brasil é a desigualdade social. Somos o segundo ou o terceiro pior país do mundo em termos de distribuição de renda. Quando o mercado externo está em crise, você é obrigado a se voltar para o mercado interno. Então, de repente, todas aquelas pessoas que falavam mal do Bolsa Família, agora acham o programa bom, pois ele gera mercado interno para os produtos que não estão sendo vendidos lá fora por causa da recessão. Ocorre uma convergência política de interesses na necessidade de fortalecer o mercado interno. Isso não é novo no Brasil. Nos anos 1930, com a crise de 1929, não dava para exportar café. E como não se exportava café, não havia divisas para importar todos os produtos. No mercado interno, ninguém sabia produzir esses bens. Então, os capitais, que estavam no café, vendo que o produto só dava perdas, fecharam as fazendas e saíram à procura de outras coisas para produzir. Esses capitais perceberam que já havia uma demanda preexistente de produtos que não estavam mais sendo importados. Por essa razão que os anos 1930 foram uma época de imensos avanços do aparelho produtivo brasileiro. O mecanismo é muito interessante e se for bem aproveitado, matamos três coelhos de uma vez.

De que maneira?

De um lado puxamos para cima nosso quarto mundo, que é a miséria do andar de baixo da economia. Depois reconvertemos os agroexportadores, que desmatam a Amazônia e contaminam os lençóis freáticos com agrotóxicos, com uma agricultura alimentar diversificada em um sistema de equilíbrio de longo prazo. Ao gerar esta dinâmica, estamos nos protegendo da crise. São políticas anticíclicas. Essa convergência que é o nó da oportunidade. Nas exposições que assisti do presidente Lula, dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), e até do Henrique Meirelles (presidente do Banco Central), a compreensão deste processo está clara. Este é um governo que tem uma linha de enfrentamento da crise.

Mesmo assim o setor exportador continuará em crise. Isso não é prejudicial?

O Brasil está numa situação particular. Temos, hoje, 13% da economia para a exportação. Isto é, o País não depende tanto assim da exportação. Além disso, diversificamos nossa pauta para diversos lugares do planeta. Atualmente, os Estados Unidos representam apenas 25% do nosso comércio exterior. Outro ponto extremamente importante é o crescimento das reservas internacionais do Brasil, que passaram de US$ 30 bilhões, em 2002, para cerca de US$ 200 bilhões. Isso equilibrou as relações externas. Agora, o setor exportador, é claro que está em crise. Primeiro, porque houve uma redução de demanda no nível internacional por conta da recessão. Segundo, porque com a crise financeira há muito menos acesso à credito de exportação. Exportação exige crédito. Essa dificuldade de comércio exterior vai se manter durante algum tempo, o que deve reforçar a idéia de reconversão em função do mercado interno.

Os emergentes não estão imunes à crise. Para o senhor, estes países podem ser transformar na locomotiva para a retomada do crescimento?

Eles podem constituir uma estratégia. Numa situação crítica de uns 30 anos atrás, o primeiro ministro da Alemanha Willy Brandt elaborou, na ocasião, um relatório chamado Norte-Sul. O documento dizia que a prosperidade no grupo dos países ricos da América do Norte, Europa Ocidental, Japão, Austrália e Nova Zelândia não se sustenta sem a abertura de uma nova fronteira de atividade de mercado. Ou seja, o conjunto de terceiro mundo, essas 4 bilhões de pessoas que não têm acesso ao consumo diversificado representam uma imensa fronteira anticíclica de dinamização da atividade. Por este motivo que um dos últimos documentos do Banco Mundial se chama os próximos 4 bilhões. Eles estão estudando como atingir os quatro bilhões, dois terços do planeta, que estão fora do sistema. Isso, na verdade, já era proposto pelo Willy Brandt há uns 30 anos.O caminho é o mesmo trilhado pelos países desenvolvidos. No pós-guerra, eles entraram em fortes processos de redistribuição de renda. O amplo mercado interno viabilizou um conjunto de atividades que gerou a prosperidade. A idéia é reproduzir isso em nível mundial. Neste sentido, acho coerente que o conjunto do terceiro mundo se forme como um elemento dinamizador da economia mundial.

Qual sua opinião sobre a proposta da China de trocar o dólar por uma nova moeda de circulação mundial?

Faz parte de um conjunto de medidas que estavam em discussão na reunião do G-20 de Londres. Você não pode continuar a dar a uma única nação, os Estados Unidos, a possibilidade de ser a moeda mundial, que eles emitem quando querem. Isso explica porque os norteamericanos se endividaram de maneira tão prodigiosa nos níveis público, privado e externo. Eles estão à vontade, emitindo dólares. Este tipo de irresponsabilidade financeira da direita norteamericana em definir o poder não pode continuar. A crise expôs os riscos de fazer o uso de apenas uma moeda. No encontro G-20, os chefes de Estado decidiram triplicar o caixa do Fundo Monetário Internacional ao repassar US$ 750 bilhões para a instituição. Isso não entra somente como dólar. Entra como direitos especiais de saque que são baseados numa cesta de moedas. O momento delicado é o seguinte: a China maneja cerca de US$ 2 trilhões em reservas. Os americanos estão emitindo dinheiro adoidado para alimentar bancos. Quando você emite muito dinheiro, a tendência é o papel perder valor. A China não vai querer perder dinheiro. Houve uma saída de papéis podres para o dólar, que é melhor. Mas na medida em que os Estados Unidos aprofundam seu déficit, sustentando a General Motors e os bancos, você tem cada vez mais papéis, e quando você emite muito mais papéis do que a riqueza que você tem, esse papel apodrece.
Por que não se tentou essa substituição antes?

Porque a China estava preocupada em não perder suas reservas com a desvalorização do dólar se de fato ocorresse uma troca da moeda norteamericana. A proposta é estrutural de que o dólar entre como uma das moedas da cesta. Ninguém está interessado em quebrar o dólar, os Estados Unidos ou qualquer coisa do gênero. O que não se pode é deixar só com os Estados Unidos o uso irresponsável da capacidade de emitir dinheiro para o seu uso. A economia se globalizou, virou planetária, mas não temos um governo planetário. O resultado é essas reuniões de chefe de Estado a toda hora para procurar um caminho.

É possível imaginar como será o póscrise em termos de regulamentação de mercado?

As pessoas pensam que a economia é como o mar, que sobe e desce. Não é o mar. Nossa cabeça trabalha naturalmente por analogia. Ninguém disse que quando se desce vai subir. A saída da crise de 1929 foi uma guerra catastrófica para todo o planeta. Por isso que eu digo desde o começo: como ninguém sabe a profundidade da crise, quanto mais se aprofunda, mais os impactos são estruturais. Não podemos continuar a viver neste planeta com um consumo irresponsável por uma minoria da população, que consegue destruir as reservas e os recursos naturais que estão no planeta como se fossemos a última geração do mundo. Não dá para achar que este sistema é bom e deve voltar a funcionar porque vai aumentar o Produto Interno Bruto (PIB).

Essa seria a principal lição desta crise?

Acho que sim. Estamos como que acordando de uma farra tecnológica financeira. Temos 4 bilhões pessoas que estão fora do sistema e sabem disso. Não é à toa que em toda América Latina estão se elegendo governos vinculados às propostas sociais e de distribuição de renda. Mas, ao mesmo tempo, esse novo sistema tem que ser economicamente viável. Não acho que é uma estatização que vai ajudar, mas articulações entre empresas, sociedade civil e Estado, de maneira muito equilibrada. Os últimos 30 anos foram dominados por grandes corporações. Além disso, o PIB não constitui um instrumento adequado de contabilidade.

Por quê?

O PIB é um cálculo incorreto e não constitui uma bússola adequada. Você tem que colocar como objetivo não o aumento do PIB ou o lucro dos bancos, mas a qualidade de vida da população. O comportamento econômico não pode ser levado em conta sem interesses da população e a sustentabilidade ambiental. Como dizer que a economia vai bem se o povo vai mal? Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Justamente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se elas são nocivas para o meio ambiente. As limitações do PIB aparecem através de vários exemplos. Tanto assim que, quando você exporta petróleo, você diz que aumentou o PIB. Na verdade, o país está reduzindo seu capital. A expressão “produtores de petróleo” é interessante, já que nunca ninguém conseguiu produzir petróleo. Este é um estoque de bens naturais. Sua extração é positiva, mas temos que lembrar que estamos reduzindo cada vez mais o estoque de bens naturais que iremos entregar aos nossos filhos. Atualmente, São Paulo anda em primeira e segunda. Isso provoca gastos com o carro, gasolina, seguro, doenças respiratórias e o tempo perdido. Se você observar atentamente, os quatro primeiros itens aumentam o PIB. O último, contudo, não é contabilizado. Ou seja, aumenta o PIB, mas reduz-se a mobilidade. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo boa para a economia, enquanto que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) surge como o vilão que impede o Brasil de atingir o desenvolvimento pleno. Desta forma, quem joga lixo nos rios contribui para a produtividade do País, pois o Estado é obrigado a contratar empresas para fazer o desassoreamento da calha.
Há alternativas?

Sem dúvida. O PIB merece ser colocado no seu papel de ator coadjuvante. O objetivo é vivermos melhor. A economia é apenas um meio. O nosso avanço para uma vida melhor é que deve ser medido.

(IHU On-Line/Revista Desafios)

sábado, 23 de maio de 2009

Redes internacionais já partem para o Interior

As redes multinacionais de supermercados devem ocupar todas as cidades com população acima de 100 mil habitantes — acredita Honório Pinheiro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL). A empreitada rumo ao interior do Ceará já começou. O grupo francês Carrefour inaugurou, mês passado, o Atacadão em Juazeiro do Norte. E deve abrir outra unidade com a mesma bandeira em Sobral. Aníbal Feijó, presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), acrescenta que, no caso de Fortaleza, os gigantes estão de olho no potencial de consumo da quinta maior cidade do País.

No Interior, o ganho de renda por conta do Bolsa-Família, das indústrias atraídas e dos pólos educacionais puxam os investimentos supermercadistas. “Teoricamente, as redes locais teriam espaço para expandir sua atuação pelo Interior. Mas os grandes chegaram antes”, comenta Pinheiro. O problema desta expansão, segundo ele, é que ela aumenta a concentração do faturamento. Hoje, na composição de receitas, Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar representam 52% do faturamento do setor.

Para o presidente da CDL de Fortaleza, as multinacionais investem porque acreditam no desenvolvimento do Nordeste. “Elas apostam nesses projetos estruturantes que, uma vez implantados, geram aumento do poder aquisitivo, em especial das classes C e D. Além disso, têm convicção plena de se instalarem onde querem, pois não há regulação”, reforça.

PROXIMIDADE QUE AGREGA - São Luiz figura entre os maiores do setor

A rede regional de maior destaque no ranking da revista Supermercado Moderno é o Mercadinho São Luiz. Em 2008, o grupo sofreu a perda do seu fundador, João Melo, mas não se deixou abater. Genuinamente cearense, a empresa — cuja razão social é Distribuidora de Alimentos Fartura Ltda. — ficou em 19º lugar entre as 70 companhias que mais cresceram em vendas com o mesmo número de lojas.

Ou seja, sem inaugurar uma nova unidade sequer, além das nove existentes, o São Luiz apresentou vendas de R$ 214,9 milhões — 23,9% a mais do que em 2007. Além disso, ficou em 26º lugar entre 77 companhias brasileiras de maior incremento de vendas por metro quadrado. As vendas por metragem somaram R$ 22,9 milhões — 23,9% a mais do que em 2007. O incremento real, descontada a inflação, foi de 17,2% em 2008.

A rede também aparece entre o seleto grupo de 33 companhias com maior faturamento por funcionário, ficando na 27ª posição. Com um total de 852 colaboradores, o faturamento alcançou R$ 252.255 por funcionário, no ano passado. Paulo Ângelo Cardillo, superintendente da Super Rede — central de negócios à qual o São Luiz pertence — afirma que o atendimento é um dos seus maiores diferenciais. “Existem poucas empresas no Brasil que o atendente conhece o cliente pelo nome. Por isso, o São Luiz tem o slogan ‘Me acostumei com você’. A proximidade agrega valor à rede”, diz.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Negócios - Fortaleza-CE, Domingo (24-05-09)
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=640982

III Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social (ENAPEGS)

Programação

Caminhando para se tornar uma tradição do ENAPEGS, o encontro vem ocorrendo nos três dias da ultima semana do mês de maio. Assim sendo, o III Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social (ENAPEGS) ocorrerá nos dias 28 (quinta), 29 (sexta) e 30 (sábado) de maio de 2009.

Os locais de realização serão as instalações do SENAI e a FACAPE, em Petrolina-PE e o Campus de Juazeiro/BA daUniversidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Eis os endereços dos locais, onde serão realizadas as atividades do III ENAPEGS. A programação provisória do encontro segue abaixo:

Local da Abertura Oficial do III ENAPEGS 2009 - 28 de Maio (quinta) - MANHÃ
SENAI - PETROLINA
Av. Monsenhor Ângelo Sampaio, 267, Vila Eduardo, Petrolina/PE, CEP: 56310-300, Fone: (87) 3202-1390, Fax: (87) 3202-1375

Local de Realização das Oficinas e Sessões de 29 de Maio (sexta) - TARDE E NOITE
FACULDADE DE CIENCIAS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA - FACAPE
Campus Universitário, S/N, Vila Eduardo, Petrolina/PE, CEP: 56328-903, Fone: (87) 3866-3200, Fax:(87) 3866-3253

Local da Sessão de Encerramento, Apresentações de Trabalhos, Credenciamento e demais Painéis
28 de Maio (quinta) - TARDE E NOITE
30 de Maio (sábado) - MANHÃ
CAMPUS DA UNIVASF EM JUAZEIRO/BAAvenida Antonio Carlos Magalhães, 510 - Santo Antônio, CEP: 48902-300 - Juazeiro/BA


Data: 28/05/2008 – Quinta-Feira – Manhã - SENAI-Petrolina/PE

08:00h - Credenciamento

09:00h - Apresentações Culturais - Maracatujabe

09:20h - Boas Vindas

09:30h - ABERTURA OFICIAL
Autoridades e Representantes da UNIVASF
Reitor da UNIVASF
Representante Regional do BNB
Representante da SETRE/Governo da Bahia
Presidente da Fundação Banco do Brasil
Coordenador do Curso de Administração da UNIVASF
Coordenadora Geral do Evento

10:30h - CONFERÊNCIA DE ABERTURA - Gestão Social e Políticas Públicas de Desenvolvimento
Coordenadora: Profª Ms Ariádne Scalfoni Rigo (NIGS/UNIVASF)
Palestrantes:

Prof. Dr. Fernando Guilherme Tenório (FGV-RJ/PEGS/EBAPE)

Prof. Dr. José Antônio Gomes de Pinho (CIAGS/UFBA)

12:00h - Intervalo para almoço


Data: 28/05/2008 – Quinta-Feira – Tarde - Campus Juazeiro/BA

14:00h - SESSÕES TEMATICAS EM GESTÃO SOCIAL

O Estado da Arte, Agenda de Pesquisa e Interfaces com Políticas Públicas

Sala 14 - Temática I: Redes, Arranjos e Desenvolvimento Sustentável
- Prof. Dr. Lamounier Villela (UNESA-RJ)
- Profa. Dra. Suely Chacon (CPPS/UFC Cariri)
- Prof. Dr. Luciano Junqueira (NEATS/PUC-SP)
- Dalberto Adulis (ABDL)
Sala 15 - Temática II: Responsabilidade Socioambiental e Regulação
- Prof. Dr José A Puppim de Oliveira (UCL-Inglaterra)
- Profa. Dra. Paula Schommer (ESAG/UDESC)
- Prof. Dr. Francisco Correia (UNIFOR)
- Comte. Helvetius Marques (72º BlMtz EXÉRCITO BRASILEIRO)

Sala 16 - Temática III: Empreendedorismo Social
- Prof. Esp. Deranor Gomes de Oliveira (NIGS/UNIVASF)
- Joaquim Melo (Instituto Palmas)
- Rodrigo Amaral (Petrobras/Biodiesel)
- Camila França (Cooperativa Jovens de Quixadá/CE)

Sala 18 - Temática IV: Inovação e Tecnologia Social
- Profa. Dra. Rosana Boullosa (CIAGS/UFBA)
- Jacques Pena (Fundação Banco do Brasil)
- Daniel Walker (Fundação Mussambê)

Sala 19 - Temática V: Economia Solidária e Cooperativismo
- Prof. Dr. Genauto França Filho (ITES/UFBA)
- Prof. Dr. Osmar de Sá Jr (ICPA/UFC)
- Prof. Ms. Airton Cançado (Nesol/UFT)
- Prof. Dr. José Roberto Pereira (UFLA)
- Tatiana Araújo Reis (SETRE/BA)

Sala 21 - Temática VI: Ensino e Pesquisa em Gestão Social
- Profa. Dra. Tânia Fischer (CIAGS/UFBA)
- Prof. Ms. Jeová Torres (LIEGS/UFC Cariri)
- Profa. Dra. Rosinha Carrion (NIPETS/UFRGS)
- Prof Dr Fernando Tenório (FGV-RJ/PEGS/EBAPE)

Sala 22 - Temática VII: Movimentos Sociais e Ações Afirmativas
- Prof. Ms. Edgilson Tavares (UNIJORGE)
- Profa. Dra. Joselina da Silva (N-BLAC/UFC Cariri)
- Profa. Ms. Margarida Silva dos Santos (UFAL)
- Profa Dra Lúcia Marisy R. Oliveira (UNIVASF)


16:00h - Coffee Break


16:20h - SESSÕES INTERATIVAS DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS I (Exposição Simultânea)

Sala 14 - Temática Gestão Social e Políticas Públicas – Sessão I
P270 - O Impacto das Políticas Públicas no Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais: o Caso do APL de Ovinocaprinocultura em Quixadá, Ceará
Alexandre Araújo Cavalcante Soares (UFC), Janayna Arruda Barroso (FAP) - Coordenadora da Sessão
P238 - Para uma Agenda de Desenvolvimento da Política de Turismo no Brasil: Um Estudo Teórico
Magnus Luiz Emmendoerfer (UFV), Luana Emmendoerfer (UFV), Fernanda Cristina da Silva (UFV)
P36 - Política de Desenvolvimento Territorial e a Questão Ambiental
Mário Lúcio Ávila (UnB), Silvia Regina Starling Assad Avila (UnB)
P224 - Políticas Públicas para a Regionalização do Turismo - Análise do Circuito Turístico Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais
Fernanda Cristina da Silva (UFV), Afonso Augusto Teixeira de Freitas (UFV), Magnus Luiz Emmendoerfer (UFV), Andréia Aparecida Albino (UFV)


Sala 15 - Temática Gestão Social e Políticas Públicas – Sessão II
P39 - Investigação dos Fatores Direcionadores da Transferência de Recursos de Programas Sociais no Brasil
Doraliza Auxiliadora Abranches Monteiro (UFV), Laís Atanaka Denúbila (UFV), Marco Aurélio Marques Ferreira(UFV) - Coordenador da Sessão
P41 - Indicadores Sociais brasileiros e Programas de Transferência de Renda: reflexões sobre o Programa Bolsa Família
Doraliza Auxiliadora Abranches Monteiro (UFV), Laís Atanaka Denúbila (UFV), Roberta Martins Xavier (UFV)
P117 - O Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação e o item “Diretrizes para a Gestão e o Financiamento da Educação”: o Processo de Descentralização do Sitema Educacional em Unidades Subnacionais e o FUNDEB
Nathalia Gomes (UFF)
P142 - Os Desafios da Participação Popular no Sistema Único de Saúde
Gabrielle Miranda Nunes (UNIVASF), Josenon Gomes Costa (UNIVASF), Marcio Manoel Teixeira (UNIVASF), Paulo Roberto Ramos (UNIVASF)
P243 - Centro de Referência da Assistência Social – CRAS: possibilidade de um novo paradigma para a Política da Assistência Social?
Mossicléia Mendes da Silva (FLS)


Sala 16 - Temática Redes, Arranjos Institucionais e Desenvolvimento Sustentável – Sessão I
P157 - Análise de um Projeto de Capacitação Empresarial Sob a Perspectiva das Comunidades de Prática
Carlos Roberto Thiengo Botelho (UNESA), Lamounier Erthal Villela (UNESA) - Coordenador da Sessão
P118 - Desenvolvimento local sustentável e o fenômeno cultural dos bois-bumbás de Parintins
Lydia Maria Pinto Brito (Universidade Potiguar), Edinelza Macedo Ribeiro (UEA)
P146 - O APL Moveleiro de Ubá: Formação de Grupos e Atuação Direcionada do Poder Público
Andréia A. A. (UFV), Afonso A. T. F. C. L (UFV), Ricardo R. B. (UFV), Fernanda Cristina da Silva (UFV)
P43 - Teoria Crítica e Redes Sociais na perspectiva da Teoria da Ação Comunicativa e Razão Substantiva.
Fabíola Vinhas (PUC-SP), Nathalie Perret (PUC-SP), Ana Flávia Teixeira (PUC-SP)


Sala 18 - Temática Responsabilidade Socioambiental – Sessão I
P161- Responsabilidade Social Empresarial na Mídia: avanços e desafios
Daniela Silva (UFBA), Paula Schommer (UDESC) - Coordenadora da Sessão
P296 - Diálogos em Responsabilidade Social: Owen e o Pensamento Contemporâneo.
Ana Patrícia Rodrigues Leite (UFRN), Catarina da Silva Souza (UFRN), Washington José de Souza (UFRN)
P111 - Inserção Profissional de Pessoas Com Deficiência nas Empresas: Responsabilidades, Práticas e Caminhos
Melissa Santos Bahia (UFBA), Paula Chies Schommer (UDESC)
P45 - Investimento Social Privado: o papel das fundações corporativas no panorama geral das políticas sociais
Luciano A. Prates Junqueira (PUC-SP), Nathalie Perret (PUC-SP), Fabíola Dapuzzo Vinhas (PUC-SP), Ana Flávia Teixeira (PUC-SP)
P313 - Investigação dos Impactos da Responsabilidade Social sobre Percepções de Consumo e Comportamento de Compra
Andreza de Fátima Coelho Garcia (UFV), Mariana Morais Pompermayer (UFV), Marco Aurélio Marques Ferreira (UFV), Karla Maria Damiano Teixeira (UFV)


Sala 19 - Temática Inovação e Tecnologias Sociais – Sessão I
P305 - A Relação entre Tecnologia Social e Desenvolvimento Local Participativo: a APAEB e o Instituto Palmas como Expressão destes Vínculos
Régio Hermilton Ribeiro Quirino (FAP), Rebeca da Rocha Grangeiro (UFC), Jeová Torres Silva Jr (UFC), Waleska James Souza Félix (UFC) - Coordenadora da Sessão
P104 - Proposta de um modelo de capacitação e enfoques multitemáticos da gestão de organizações não governamentais: Integração Teoria-Pesquisa no caso do Pró-Criança
Rezilda Rodrigues Oliveira (UFPE)
P143 - Efetivando o discurso da participação: Metodologias não Convencionais em duas Políticas Públicas no interior da Bahia
Valeria Giannella (UFBA), Cybele Amado (UFBA), Fábia Calasans (UFBA)
P160 - Avaliação Educadora
Daniel Brandão (Instituto Fonte), Rogério Silva (Instituto Fonte)


Sala 21 - Temática Economia Solidária e Cooperativismo – Sessão I
P114 - Incubação de Cooperativas Populares: uma experiência no Bico do Papagaio/TO
Anne Caroline Moura Guimarães Cançado (UFT), Helga Midori Iwamoto (UFT), Leonardo Conceição Cruz (UFT), Airton Cardoso Cançado (UFT) - Coordenador da Sessão
P256 - Autogestão: Estado ou Processo? (Re)refletindo as Experiências no Vale do São Francisco
Ariádne Scalfoni Rigo (UNIVASF), Ana Carolina Araújo de Almeida (UNIVASF)
P165 - Incubação de Redes de Economia Solidária: Limites e Possibilidades de uma Metodologia de Intervenção para o Desenvolvimento Local: o Caso Eco-Luzia
Eduardo Vivian da Cunha (UFBA)
P147 - Gestão de Cooperativas Populares em Minas Gerais: Uma Análise Comparativa
Mirella Caetano de Souza (UFLA), José Roberto Pereira (UFLA)
P299 - A Cooperação como Elemento para um novo Modelo de Gestão e Racionalidade
Luís Manoel Lopes (UFC), Naira Michelle Alves Pereira (UFC), Tatiane Pereira Jorge (UFC), Maria Vanderleia de Sousa (UFC)


Sala 22 - Temática Movimentos Sociais e Ações Afirmativas – Sessão I
P37 - A violência doméstica tratada pelos aparatos públicos: olhares sobre o Cariri
Nicácia Lina do Carmo (UFC), Marta Benjamim da Silva (UFC), Joselina da Silva (UFC) - Coordenadora da Sessão
P66 - Um Estudo das Representações Sociais que Professoras e Professores têm sobre Negritude: Uma Branca Trama um Negro Drama
Suzzana Alice Lima Almeida (UNEB), Viviane Brás dos Santos (UNEB)
P234 - A Luta de João Cândido na Efetivação dos Direitos Humanos e as Ações Afirmativas Como Consolidação desta Luta
Maria de Fátima Araujo Teles (FLS), Jucineia Tavares da Silva (FLS)
P50 - Entrecruzando Narrativas: Representações Sociais dos Adolescentes Negros Sobre Negritude e as Narrativas Curriculares da Escola que os Atende
Suzzana Alice Lima Almeida (UNEB), Fabiana da Cruz Lima (UNEB)


18:00h - Sala 28 - PAINEL 01 – AÇÕES


Gestão Social e Políticas Públicas de Desenvolvimento
Coordenador: Prof. Dr. Marco Aurélio Ferreira (UFV)

Ação Nacional - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Fátima Valéria de Souza (Secretaria de Articulação Institucional e Parcerias/MDS)

Ação Regional - Banco do Nordeste do Brasil - Representante do BNB

Ação Local – Companhia para o Desenvolvimento do Vale do São Francisco - Representante da CODEVASF

19:40h
Sala 28 - SESSÃO ESPECIAL I - Apresentação dos Roteiros de Metodologias Não Convencionais para a Gestão Social - Profa. Dra. Valéria Giannella (CIAGS/UFBA)


Data: 29/05/2008 – Sexta-Feira – Manhã

Centro de Convivência e Lazer da UNIVASF – Campus Juazeiro/BA
REUNIÃO DA REDE DE PESQUISADORES EM GESTÃO SOCIAL – RGS

Para Estudantes:
VISITA TÉCNICA À VINICOLA MIOLO – FAZENDA OURO VERDE, CASA NOVA/BA


Data: 29/05/2008 – Sexta-Feira – Tarde
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE


14:00h - SESSÕES DE OFICINAS (Exposição Simultânea)

P22 - Bancos Comunitários e Democracia Econômica

João Joaquim Melo Neto (INSTITUTO BANCO PALMAS), Sandra Magalhães (INSTITUTO BANCO PALMAS)



P158 - Transferência de Tecnologias Sociais à Luz dos seus Pressupostos: a Experiência do PEGS/FGV


Talita Trindade (PEGS/EBAPE/FGV), Felipe Zani (PEGS/EBAPE/FGV), Camila Rodrigues (PEGS/EBAPE/FGV), Anderson Dias (PEGS/EBAPE/FGV)



P261 - Oficina de Avaliação participativa de Propostas e Práticas Pedagógicas na Formação em Gestão Social: descobrindo olhares e construindo novos horizontes de pesquisa
Rosana de Freitas Boullosa (CIAGS/UFBA), Edgilson Tavares de Araújo (UNIJORGE), Vanessa Paternostro Melo Duarte (CIAGS/UFBA), Paula Chies Schommer (UDESC), Tânia Fischer (CIAGS/UFBA)


P282 - Diagnóstico Participativo em Cooperativas
José Roberto Pereira (UFLA)


P286 - Decisões Judiciais Pós Constituição de 1988 no Contexto das Políticas Públicas e da Gestão Social: A Democracia no Brasil está Ameaçada?
Magnus Luiz Emmendoerfer (UFV), Luís Filipe Trois Bueno e Silva (CESUSC)


P288 - Avaliação Participativa de Práticas de Ensino que Vinculam Intervenção e Pesquisa em Programas de Formação em Gestão Social
Tânia Fischer (CIAGS/UFBA), Rosana de Freitas Boullosa (CIAGS/UFBA), Edgilson Tavares de Araújo (UNIJORGE), Vanessa Paternostro Melo Duarte (CIAGS/UFBA), Mariana Leonesy da S. Barreto (CIAGS/UFBA)


P293 - Metodologia de Construção dos Critérios para a Avaliação de Processos Decisórios Participativos Deliberativos na Implementação de Políticas Públicas
Fernando Tenório (PEGS/EBAPE/FGV), Lamounier Villela (UNESA), Anderson Dias (PEGS/EBAPE/FGV), Mariana Lima (PEGS/EBAPE/FGV)


P400 - A Articulação em Rede no âmbito da Gestão Social: Quais são as possibilidades e as limitações?
Fu kei Lin (CEATS/USP), Dalberto Adulis (ABDL)


16:30h - Coffee Break


17:00h - PAINEL 02: ARTICULAÇÕES
Gestão Social e Políticas Públicas de Desenvolvimento
Coordenador: Profa Ms. Ruth de Souza Dias Ferreira (FACAPE)



Relação Empresas e Meio-Ambiente
Prof. Dr. José Antônio Puppim de Oliveira (UCL-Inglaterra)



Relação Empresas e Sociedade Civil
Rubén Peccio (Aliança Interage)



Parceria Público-Privada
Prof. Dr. Fernando Coelho (EACH/USP Leste)



19:00h - SESSÃO ESPECIAL II
Apresentação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009
Jefferson D'Ávilla de Oliveira
(Gerente de Parcerias, Articulações e Tecnologia Social – Fundação Banco do Brasil)


19:30h - PAINEL 03: AGENDA
Gestão Social e Políticas Públicas de Desenvolvimento
Coordenador: Prof. Ms. Jeová Torres Silva Jr. (LIEGS/UFC Cariri)

O Estágio Atual e o Futuro para a Gestão Social e as Políticas Públicas de Desenvolvimento
Prof. Dr. Ladislau Dowbor (PPGA/PUC-SP)

Profa. Dra. Tânia Fischer (CIAGS/UFBA)


Data: 30/05/2008 – Sábado – Manhã - Campus Juazeiro/BA
08:00h - SESSÕES INTERATIVAS DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS II (Exposição Simultânea)



Sala 15 - Temática Gestão Social e Políticas Públicas – Sessão III



P26 - Educação para o Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável: O que as Experiências Revelam
Eduardo Santiago (UFT) - Coordenador da Sessão
P251 - Gestão social: Caso de Inovação em Políticas Públicas ou mais um Enigma de Lampedusa?
Rosana de Freitas Boullosa (UFBA), Paula Chies Schommer (UDESC)
P21 - Desafios à Construção de um Projeto Democrático de Sociedade: Entre a Retórica e a Prática
Rosinha Carrion (UFRGS), Pedro Costa (FEEVALE)
P60 - Gestão territorial e políticas públicas: questões e desafios atuais
Margarida Santos (UFAL)


Sala 16 - Temática Gestão Social e Políticas Públicas – Sessão IV



P107 - Avaliação dos Efeitos da Lei sobre o Critério de Transferência do ICMS e o Impacto nos Serviços de Educação e Saúde em Minas
Luiz Antônio Abrantes (UFV), Marco Aurélio Marques Ferreira (UFV), Adriano Provezano Gomes (UFV), Antônio Carlos Brunozi Júnior (UFV) - Coordenador da Sessão
P190 - Análise da Focalização de Políticas Habitacionais: Investigação do Programa Carta de Crédito Associativo no Município de Cajuri/MG
Cássia do Carmo Pires Fernandes (UFV), Marco Aurélio Marques Ferreira (UFV), Suely de Fátima Ramos Silveira (UFV)
P59 - Ações Educativas nos Planos de Salvaguarda dos Bens de Natureza Imaterial: o Diálogo entre Educação e Patrimônio no Caso Jongo do Sudeste
Raquel Medeiros (CNFCP)
P16 - O Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará como Política de Atração e Desconcentração da Indústria da Região Metropolitana de Fortaleza – RMF
Luís Abel da Silva Filho (UFRN), Silvana Nunes de Queiroz (URCA)



Sala 17 - Temática Redes, Arranjos Institucionais e Desenvolvimento Sustentável – Sessão II



P268 - A Criação de Capital Social em Redes de PME’s: Evidências do Setor Varejista Farmacêutico
Janayna Arruda Barroso (FAP), Alexandre Araújo Cavalcante Soares (UFC) - Coordenador da Sessão
P145 - Informação e Acesso a Financiamentos no Banco do Brasil S/A, e seus Reflexos no Desenvolvimento Local, na opinião de empreendedores de micro e pequenas empresas integrantes dos APLs de Cabo Frio/RJ e Nova Friburg/RJ
Lamounier Erthal Villela (UNESA), Luiz Cláudio Soares (UNIFEI)
P242 - Associações de Produtores, Arranjo Produtivo e Desajuste Mercadológico: o caso da aqüicultura no Lago de Sobradinho (BA)
José Luiz Moreira de Carvalho (UNIVASF), Madileide Rocha dos Santos (UNIVASF)
P44 - Parcerias e Redes Sociais: A Busca pela Gestão Social Eficaz: Um Estudo de Caso.
Luciano Prates Junqueira (PUC-SP), Fabíola Vinhas (PUC-SP), Nathalie Perret (PUC-SP), Ana Flávia Teixeira (PUC-SP)



Sala 18 - Temática Responsabilidade Socioambiental – Sessão II



P63 - Gestão de Ações Sociais Corporativas: Análise das Ações Sociais do Banco Santander no Município com Mais Baixo IDH-M do Brasil
José Milton Sousa Filho (FAC), Rafael Lucian (UFPE), Lilian Soares Outtes Wanderley (UFPE), Nadir Raquel Cunha França (UFPE) - Coordenadora da Sessão
P259 - A Responsabilidade Social nas Universidades do Rio Grande Do Sul: Um estudo das suas concepções e práticas
Ana Lúcia Suárez Maciel (FIJO), Viviane Menezes (PUC-RS), Érica Bomfim Bordin (PUC-RS), Marisa Camargo (PUC-RS)
P86 - Responsabilidade Social nas Empresas de Pequeno Porte - Limitações e Perspectivas: uma análise em Minas Gerais
Simão Pereira da Silva Pereira (UFVJM), Kely Cristina Paradelo Gomes (FIC), Natália Mesquita (FIC)
P223 - Responsabilidade Social e Consciência Ambiental: Um Estudo de Caso na Cajuína São Geraldo
Eva Maria Campos (FLS), Cícera Eurislândia Oliveira (FLS), Luciana Sousa Remião Sá (FLS), José de Andrade Silva Filho (FLS)



Sala 19 - Temática Empreendedorismo Social– Sessão I



P266 - Empreendedorimos Social no Sertão Pernambucano: O caso das Mulheres Rendeiras
Celiane Dias (UNIVASF), Angelita Santos (UNIVASF), Alvany Santiago (UNIVASF) – Coorddenadora da Sessão
P137 - A Consultoria em ONGs: Um Estudo na Região Metropolitana de Recife
Naldeir dos Santos Vieira (UFVJM), Marcos Gilson Gomes Feitosa (UFPE), Fernanda Bruto da Costa Correia (UFPE)
P171 - Formação Empreendedora: Desenvolvimento Social e Sustentável através do protagonismo dos alunos na rede pública de ensino
Leane Nunes de Oliveira (UNIVASF), Italo Anderson dos Santos Araujo (UNIVASF), Deranor Gomes de Oliveira (UNIVASF)
P283 - Aplicação de Gerenciamento de Risco como Forma de Suporte a Iniciativas de Empreendedorismo Social
Luiz Cláudio Santos (UNIFEI), Vinícius Almeida (UNIFEI), Valéria Leite (UNIFEI)
P306 - Empreendedorismo Social e Terceiro Setor no Brasil: Contextualização Jurídica e Análise de suas Importâncias para o Desenvolvimento Socioambiental Sustentável
Virginia Cavalcante Coelho (UFC)



Sala 21 - Temática Economia Solidária e Cooperativismo – Sessão II



P82 - Economia solidária e comunidade cívica: dois lados de uma mesma moeda
Ataualpa Luiz Oliveira (UFLA), José Roberto Pereira (UFLA) - Coordenadora da Sessão
P285 - Análise da Viabilidade do Microcrédito as Mulheres Assistidas pela Associação Brasileira Beneficente Cultural Educativa Assistência á Família – ABBECAF
Emiliana Debetir (UDESC), Danilo Fontanesi (UDESC)
P58 - Idas e Vindas: Do Socialismo Utópico À Economia Solidária
Thiago Ferreira Dias (UFRN), Washington José de Souza (UFRN)
P69 – Microcrédito: Iniciativas do Governo Federal no Brasil, 1995-2006
Éder Leão (UFPE)



Sala 22 - Temática Ensino e Pesquisa em Gestão Social – Sessão I



P80 - Importância Percebida e Intenções de Envolvimento com a Gestão Social: uma Análise junto a Estudantes de Cursos de Administração
Ingrid Mazza (UECE), Leonel Gois Lima Oliveira (UECE), Francisco José da Costa (UECE), Roberto Rodrigues Ramos (UECE) - Coordenador de Sessão)
P279 - Paixão e Gestão Social: o Caso de um Projeto Educacional Baiano
Zélia Fajardini (UNEB), Eduardo Davel (TELUQ/UQAM)
P151 - O encontro das águas na(s) Amazônia (s): educação popular e gestão social pela via da experiência da UNIPOP
Eunápio Carmo (CESUPA), Francisco Silva (CESUPA), Simone Fonseca (CESUPA)
P312 - Aprendendo a ser Interdisciplinar: Reflexões e Experiências Vividas no Marsol
Paula Chies Schommer (UDESC), Iara Icó (UFBA), Angélica Maria Araujo Corrêa (UFBA), Miguel da Costa Accioly (UFBA)
P297 - Reflexões sobre a Ética nas Organizações: Uma Abordagem Inicial sobre a Eticidade nas Universidades Brasileiras
Ana Patrícia Rodrigues Leite (UFRN), Maria Arlete Duarte de Araújo (UFRN)



Sala 23 - Temática Movimentos Sociais e Ações Afirmativas – Sessão II



P289 - Filosofia da diferença, biopolítica e produção de subjetividade
Luiz Manoel Lopes (UFC) - Coordenador da Sessão
P311 - Por uma Gestão Social, Ética e Participativa: Construindo Alternativas para “Um Outro Mundo Possível”
Sarah Maria da Silva Gonçalves (UFC), Jeová Torres Silva Jr (UFC)
P215 - Identidade, Lutas e Resistências a partir do Movimento dos Atingidos por Barragem: O Caso da Comunidade Rural de Novo Pedro Velho em Aroeiras-PB?
Emeson Tavares (UEPB), Patricia Aragão (UEPB), Luciano Silva URCA)
P164 - Movimentos Sociais e Redes: Um Estudo de Caso
Júlio Cesar Andrade de Abreu (UFBA)



10:00h - Coffee Break


10:20h - Sala 28 - SESSÃO ESPECIAL III


Avaliação de Políticas Públicas
Rogério Silva (Diretor Executivo do Instituto Fonte)

Debatedor: Prof. Dr. Fernando Coelho (EACH/USP Leste)


11:20h - Sala 28 - SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Coordenador: Prof. Ms. Airton Cardoso Cançado (Nesol/UFT)


Sínteses do III ENAPEGS – Gestão Social e Políticas Públicas de Desenvolvimento - A definir

Avaliação do III ENAPEGS - Profa Dra Rezilda Rodrigues Oliveira (PROPAD/UFPE)


Anúncio dos Artigos Selecionados para as Revistas e Livro do III ENAPEGS e Anúncio da Instituição Organizadora/Cidade do IV ENAPEGS - Profa Ms Ariádne Scalfoni Rigo (NIGS/UNIVASF)

Fonte: http://www.rgs.wiki.br/index.php/enapegs/59-programacao.html

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Sertanejo e o Caminho das Águas

Olá pessoal!
Para quem me pediu para conhecer meu livro, aí vai a indicação da página do BNB. Lá vocês podem fazer o download do livro completo.

Título: O Sertanejo e o Caminho das Águas: políticas públicas, modernidade e sustentabilidade no semi-árido.
Coleção: Série BNB Teses e Dissertações Vol. 08.
Autora: Suely Salgueiro Chacon
Ano: 2007.

Capa do Livro
A NOTÍCIA ABAIXO, DA ÉPOCA DO LANÇAMENTO, TRAZ UM PEQUENO RESUMO DO LIVRO:
12 de julho de 2007. Fortaleza, Ceará
Suely Chacon
O BANCO DO NORDESTE LANÇA LIVRO DE SUELY CHACON, QUE FALA SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DE ÁGUAS NO SERTÃO DO CEARÁ

Nessa quinta-feira, 19/07, às 11:15hs, no Banco do Nordeste – Passaré, será lançado o livro O Sertanejo e o Caminho das Águas, da Profa. Suely Chacon.

O lançamento do livro faz parte das comemorações do aniversário de 55 anos do Banco do Nordeste, e acontecerá durante o Fórum BNB de Desenvolvimento e o XII Encontro Regional de Economia da ANPEC.

O livro é o 8º volume da Série BNB de Teses e Dissertações, e traz a íntegra da tese de Doutorado da autora, defendida no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. O livro conta ainda com o Prefácio escrito pelo Prof. Dr. Marcel Bursztyn, da UnB, que atualmente é Pesquisador Sênior da Universidade de Harvard, em Massachusetts - Estados Unidos.

O Sertanejo e o Caminho das Águas aborda uma temática atual, a gestão pública das águas, e alerta para a desmobilização crescente do Semi-árido. O conflito em relação ao acesso à água se sobressai, porém foi constatado que este é a representação de um conflito maior e mais complexo, que fica oculto e se refere à própria identidade do sertanejo. Ser ou não sertanejo é um conflito que se desenvolve historicamente e que, ao mesmo tempo, é influenciado e influencia as políticas públicas traçadas para o Sertão. Na medida em que estas políticas não respeitam o lugar e as pessoas, também não conseguem se traduzir em melhorias para vida neste lugar. E ainda contribuem para a desmobilização desta sociedade. O cenário apresentado pelo livro indica uma tendência de esvaziamento do Sertão. Com base nesse diagnóstico a autora aponta possíveis saídas que partem da valorização das riquezas locais.A Profa. Suely Chacon, que trabalha com os temas relativos às políticas públicas e à gestão ambiental há mais de 15 anos, é Economista, Mestre em Economia e Doutora em Desenvolvimento Sustentável e Gestão Ambiental.

Que tipo de crescimento queremos para nossa região?

Crescer economicamente é essencial para alcançarmos o desenvolvimento. Mas que tipo de crescimento queremos para nossa região?
Responder essa questão é fundamental nesse momento, quando o Cariri cearense passa por uma aceleração histórica nos seus índices de crescimento econômico e urbanização.
A preocupação ambiental, diferente do que muitos pensam, não é apenas a preocupação com o ambiente físico que nos rodeia, mas é também a preocupação com a vida das pessoas, a forma como se relacionam entre si e com o meio em que vivem.
Assim, ao ler a notícia abaixo espero que vocês reflitam sobre os caminhos do "desenvolvimento" do Cariri.
Abraço a todos!
Suely

21/05/2009 - 08h20
'Custo da poluição' é de R$ 14 por segundo, diz estudo

São Paulo - Os custos da poluição, pela primeira vez, foram mapeados fora das fronteiras de São Paulo. Estudo obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que são R$ 14 gastos por segundo (R$ 459,2 milhões anuais) para tratar sequelas respiratórias e cardiovasculares de vítimas do excesso de partícula fina - poluente da fumaça do óleo diesel. O valor é dispensado por unidades de saúde públicas e privadas de seis regiões metropolitanas do País.

A mesma pesquisa, produzida pelo Laboratório de Poluição da USP e seis universidades federais, mostra que, além dos paulistas, respiram ar reprovado pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) as regiões do Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. "A poluição não é mais privilégio de São Paulo e os impactos são diretos na saúde cardiovascular do brasileiro", diz Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Pelo ensaio científico, 8.169 pessoas são internadas anualmente com problemas cardíacos atribuídos à partícula fina.

As pesquisas em São Paulo incentivaram a produção em outras metrópoles. O cardiologista Evandro Mesquita, da Universidade Federal Fluminense, começou a cruzar os dados de arritmia e enfarte em dias marcados pelo excesso de poluentes. Quando o Instituto do Coração de SP (Incor) fez teste parecido no ano passado, encontrou aumento de 11% de morte por ocorrência cardíaca. No Rio, a pesquisa da USP mostra que são 1.434 pacientes do coração internados por ano.

A reportagem teve acesso ao estudo na ação civil pública que o Ministério Público de São Paulo move contra a Petrobras e 13 montadoras de veículos pedindo indenização para vítimas da poluição. Segundo o promotor do Meio Ambiente do MP, José Isamel Lutti, o valor indenizatório terá "como parâmetro" a pesquisa. Além das internações, também foram calculadas as mortes nas regiões: 11.559 pessoas com mais de 40 anos (31 vidas por dia). A Petrobrás, por meio de assessoria de imprensa, informou que não foi notificada sobre a ação, ajuizada em março deste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/05/21/ult4469u41529.jhtm

Território e desenvolvimento: sobre a igualdade de condições dos fenômenos naturais e a desigualdade do tratamento público


A notícia abaixo me fez refletir sobre a natureza das desigualdades regionais no Brasil. É uma circunstância que mais parece uma característica estrutural. Historicamente podemos identificar essas desigualdades em função do processo de crescimento econômico, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Consequentemente a distribuição dos benefícios desse crescimento também são destinados prioritariamente para essas regiões, preterindo especialmente o Norte e o Nordeste.

Recentemente escrevi aqui que a exclusão é uma das condições mais "democráticas" no nosso país, pois podemos identificá-la em qualquer uma das regiões, inclusive as mais ricas. Também as catástrofes naturais acontecem em todo o território nacional, sem distinção. Discutir suas causas enseja outras reflexões, contudo aqui quero enfatizar as consequencias dos fenômenos para cada espaço do nosso território.

Nesse momento acaba a "igualdade" de condições. Os recursos mais uma vez são concentrados e prioritariamente repassados para a região Sul, mesmo que no Nordeste tenhamos um contingente muito maior de pessoas atingidas pelas recentes enchentes. Vejam os dados abaixo e tirem suas conclusões.

Abraço a todos!
Suely


21/05/2009 - 09h45
Apesar de ter mais desalojados, NE recebe menos ajuda

São Paulo - Há seis meses Santa Catarina foi atingida por chuvas fortes e os morros inteiros desmoronaram, na segunda maior tragédia natural na história da região. O País acompanhou comovido histórias das familiares. Dezenas de helicópteros levavam doações, senadores faziam reuniões de emergência e toneladas de roupas e comida eram enviadas ao Estado. Comparando números da tragédia de SC com da que acontece agora no Nordeste, parece que o fato ocorre em países diferentes. Apesar de ter 4 vezes mais desalojados, a região conta com menos doações e a verba pública só foi liberada ontem.

Santa Catarina teve 63 cidades afetadas, 137 mortes, 51 mil desalojados e 27 mil desabrigados. No total, a estrutura de suporte para lidar com as enchentes contou com 24 helicópteros e 4 aviões da Força Aérea. Doações da sociedade totalizaram R$ 34 milhões e o governo federal e o Congresso Nacional prometeram a liberação de R$ 360 milhões. Apesar de registrar um número menor de mortos até o momento, 45, o Nordeste tem 299 cidades afetadas, 200 mil desalojados e 114 mil desabrigados.

Mesmo assim, com um número 4 vezes maior de pessoas que precisam urgentemente de ajuda, só 3 helicópteros e 3 aviões atuam na região. E as doações não alcançam R$ 4 milhões. Só ontem, quase dois meses após o início das tempestades, o governo federal destinou verba ao Nordeste, por meio de medida provisória assinada pelo presidente em exercício José Alencar, que liberou R$ 880 milhões - incluindo ajuda às vítimas da seca no Sul. As cidades atingidas ainda esperam repasse de R$ 23 milhões desde as enchentes do ano passado, referente a empenhos do Orçamento de 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/05/21/ult4469u41537.jhtm

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mantega espera crescimento de 3% a 4% para o País no último trimestre do ano




Ministro diz que BRICs devem comandar crescimento mundial, e admite que o Brasil pode ter sofrido recessão técnica


SÃO PAULO - A economia brasileira deverá apresentar crescimento entre 3% e 4% no último trimestre do ano frente ao mesmo período de 2008, foi o que declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante uma palestra no Fórum Nacional, nesta segunda-feira (18).

"A partir de março, já há sinais de recuperação no Brasil, estamos detectando alguns sinais de melhoria na economia brasileira", afirmou o ministro que, durante seu discurso, destacou sinais de recuperação na economia internacional e, principalmente, no Brasil, como a elevação no preço das commodities e dos níveis de crédito, a queda nas taxas de juros e o retorno da captação externa.

O ministro ressaltou ainda que o alto patamar das reservas internacionais, a posição de credor líquido em dólares e a inflação controlada deram condições ao governo de tomar medidas para amenizar os impactos da crise, como a redução dos depósitos compulsórios dos bancos, o corte da taxa de juros e a redução de impostos para o setor produtivo.

De acordo com Mantega, os países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) terão oportunidade de comandar o crescimento mundial nos próximos anos. "A crise financeira vai acelerar mudanças que já estavam em curso na economia mundial", afirmou o ministro.

Recessão técnica

Ao falar sobre a economia brasileira, o ministro admitiu que ela pode ter sofrido uma recessão técnica no primeiro trimestre do ano. "Provavelmente houve recessão técnica, ainda não temos o dado oficial, só poderemos saber no dia 9 de junho. (...) Se houve ou se não houve, que importância tem? Sabemos que o último trimestre do ano passado foi fraco e o primeiro trimestre também foi fraco, mas o segundo trimestre já está retomando", declarou.

Fonte: http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=19853418
Crédito da foto: Jornal do ABC Paulista - http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=19853418


domingo, 17 de maio de 2009

Ação da Petrobras lidera sugestões pelo décimo sexto mês consecutivo

Ação da Petrobras lidera sugestões pelo décimo sexto mês consecutivo

SÃO PAULO - As ações preferenciais da Petrobras receberam o maior número de recomendações nas carteiras dos analistas para maio, segundo levantamento realizado pela InfoMoney que incluiu 17 portfólios sugeridos por corretoras e bancos de investimentos.

As carteiras selecionadas neste mês são de: Ativa, BB Investimentos, Bradesco, Coinvalores, Credit Suisse, Fator, Omar Camargo, Pax, Pilla, Planner, Santander, SLW, Socopa, Spinelli, Tov, UBS e Win.

Petrobras: décimo sexto mês na liderança

Das 17 instituições pesquisadas, 13 listaram as ações da Petrobras entre suas sugestões, colocando a companhia no topo pelo décimo sexto mês consecutivo. Além do costumeiro potencial das novas reservas descobertas e dos sólidos fundamentos, o resultado acima das estimativas da estatal no primeiro trimestre do ano também rende elogios dos analistas.

"A Petrobras apresentou no primeiro trimestre resultados surpreendentemente elevados em termos de rentabilidade", afirmou a equipe do Bradesco. Entre os pontos positivos do balanço da petrolífera, que lucrou R$ 5,8 bilhões nos três primeiros meses de 2009, os especialistas apontaram a geração operacional de caixa, que atingiu R$ 13,4 bilhões no período, e a redução de alguns custos de produção.

Números a parte, cabe lembrar que a companhia já anunciou mais duas novas descobertas de petróleo nesta primeira metade de maio, ambas na Bacia do Espírito Santo. Além disso, foi considerada a quarta empresa mais respeitada do mundo, conforme pesquisa apresentada pela assessoria norte-americana RI (Reputation Institute).

Por outro lado, algumas instituições demonstram certa cautela com as recentes insinuações sobre o uso da estatal de manobras ou artifícios contábeis para redução de tributos, negadas "categoricamente" pela empresa, e também com os rumores envolvendo um possível aumento de capital usando parte da fatia do governo no campo de Tupi, com o objetivo de financiar o desenvolvimento do pré-sal no futuro.

Por último e voltando ao teor mais favorável da avaliação, a forte liquidez dos papéis da Petrobras continua sendo mencionada como um ponto positivo, assim como os múltiplos atrativos das ações da companhia.

Bradesco e Vale empatados em segundo

Na sequência, as ações preferenciais do Bradesco e as preferenciais classe A da Vale aparecem empatadas no segundo lugar, com 11 indicações cada. De um modo geral, os especialistas seguem afirmando que os sólidos fundamentos macroeconômicos do Brasil devem contribuir para a manutenção de bons resultados pelo banco, que lucrou R$ 1,7 bilhão entre janeiro e março deste ano.

Olhando para a performance da instituição no período, os analistas da Link elogiaram o incremento da margem financeira e lembraram que o lucro surpreendeu levemente suas projeções. Do lado negativo, demonstraram certa preocupação com o aumento da inadimplência e com a ligeira deterioração da qualidade da carteira de crédito.

Deixando o resultado de lado, a Socopa, continua avaliando que as instituições financeiras do País estão atrasadas em relação ao mercado, uma vez que contam com fortes fundamentos, bons níveis de capitalização, além de não apresentarem os complexos instrumentos financeiros que levaram à crise internacional.

Finalmente, a histórica fusão entre o Itaú e o Unibanco, além da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, seguem sendo lembradas de forma favorável ao setor. Para os analistas, as operações devem provocar uma motivação adicional ao Bradesco quanto a novas aquisições no mercado, a fim de enfrentar os novos gigantes do segmento.

Bons fundamentos da mineradora

Já com relação à mineradora, apesar do provável cenário de retração para a demanda por minério de ferro no próximo ano, os resistentes fundamentos de longo prazo ainda sustentam a boa colocação dos papéis. Destaque também para seus resultados referentes ao primeiro trimestre, quando alcançou um lucro de R$ 3,15 bilhões.

Conforme especificado pelo Citi, os destaques positivos do balanço da Vale, que ficou levemente abaixo de suas expectativas, foram os custos menores em relação à produção de minério de ferro, capex mais baixo e ganho de market share na China. Já do lado negativo, o banco apontou os descontos acima daqueles esperados nos preços do minério e os custos elevados na produção de níquel.

No caso dos fundamentos, o HSBC afirma que a empresa atua com baixa alavancagem e sólida situação financeira, com caixa de aproximadamente US$ 15 bilhões e dívidas com vencimento no longo prazo. A Coinvalores, por sua vez, destaca a ampliação da participação da companhia na produção em Carajás - o que significa um aumento na qualidade do minério de ferro - além da grande quantidade de volume vendido para a China.

Para encerrar, cabe lembrar que a investida da Vale em consórcios para exploração de gás natural nas bacias sedimentares brasileiras começou a dar frutos, com o anúncio de sua primeira descoberta de hidrocarbonetos na Bacia de Santos. "A atividade de exploração desenvolvida está alinhada com a estratégia de diversificar e otimizar a nossa matriz energética, utilizando carvão térmico, combustíveis renováveis e gás natural", afirmou a mineradora.

Fonte: http://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2009/05/15/ult4040u19368.jhtm

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, DA HISTÓRIA E DA CULTURA EM BARBALHA


O "pau sustentável" da festa de Santo Antonio em Barbalha - CE


Carregamento do pau da bandeira de Santo antonio é tradição em Barbalh (Foto: Antonio Vicelmo)


Olá amigos!

Esse post é especial. É uma homenagem a todo o povo de Barbalha, que preserva com fervor umas das mais importantes tradições na época das festas juninas no nosso Cariri.

Quero parabenizar o prefeito Zé Leite e seus acessores pelo cuidado com a cultura, a hisória e o meio ambiente. Dentre outras iniciativas, a nova administração convenceu o povo de Barbalha sobre a necessidade de se ter o cuidado devido com meio ambiente. O prefeito propôs o "pau sustentável", e agora os fiéis que mantem a tradição também se preocupam com a preservação da mata nativa. As notícias abaixo falam desse novo tempo em Barbalha.

E, em particular, quero homenagear todos os queridos alunos que vem todos os dias de Barbalha para assistirem as aulas em Juazeiro do Norte. E que não perdem a oportunidade de falarem dessa festa!

Abraço a todos e bom final de semana!
Suely


FESTA DE STO. ANTÔNIO
Copaíba será mastro para pau da bandeira

O ritual para corte e carregamento do pau da bandeira de Santo Antônio começa hoje, às 7 horas, na Igreja Matriz


Barbalha. Será cortado hoje o pau que servirá de mastro para a bandeira de Santo Antônio, padroeiro de Barbalha. Pela primeira vez, será utilizada uma copaíba, ou pau d’óleo, conhecido no sertão como “pau dóia”, uma árvore nativa que fornece um óleo com poder medicinal. Tradicionalmente, era utilizada uma aroeira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a copaíba não está na relação das espécies em extinção ou proibidas de corte.

Ao contrário dos anos anteriores, não houve polêmica em torno do corte do pau da bandeira. As negociações para a escolha da árvore começaram no mês de fevereiro entre a Prefeitura de Barbalha, o Ministério Público Federal e o Instituto Chico Mendes, que assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), regulamentando a utilização da árvore.

Entre as exigências colocadas pelos órgãos ambientais está a reserva de uma área para reflorestamento. O pau da bandeira de 32 capelas de Barbalha será itinerante, isto é, um único pau será utilizado como mastro da bandeira das festas religiosas do município. Outra exigência é o acompanhamento do Instituto Chico Mendes na escolha e no corte do pau.

Este ano, a única dificuldade é o acesso ao sítio São Joaquim, de onde será retirada a copaíba. O “Capitão do Pau”, Rildo Teles, que comanda o corte e o carregamento do mastro, adverte que, em consequência das chuvas, a estrada não oferece condições de tráfego para carros pequenos.

O ritual começa hoje, às 7 horas, com os cortadores do pau, rezando um “Pai Nosso” em frente à Igreja Matriz de Santo Antônio. Em seguida, eles serão transportados de caminhão para o sítio São Joaquim, no sopé da serra do Araripe, a sete quilômetros da cidade. Ali, à beira de um dos riachos, começa a festa popular. Cortadores e curiosos se confraternizam na sombra das árvores, em torno de churrascos e bebidas. O corte do mastro é antecedido de uma oração. Depois de cortada, a árvore é transportada para fora da mata e colocada na “cama”, local onde o tronco permanece secando até o dia da abertura da festa, dia 31 de maio.

A árvore é levada nos ombros dos devotos de Santo Antônio, do sítio São Joaquim até a Igreja Matriz, onde é erguida sob os aplausos da multidão.

Aberta oficialmente, a festa prossegue até o dia 13, data oficial de comemoração do padroeiro, com novenas, quermesses e shows com artistas regionais e nacionais. Durante as festividades em Barbalha, ocorrerá, simultaneamente, o II Congresso Cearense de Folclore e I Seminário sobre Cultura, Religiosidade e Festas Populares, abordando o tema “Festa Popular no Âmbito Privilegiado da Tradição”.

Programação

Os dois eventos cumprem programação no período de 27 a 31 de maio. A proposta é trazer para o centro das discussões o escritor paraibano Ariano Suassuna. As inscrições serão gratuitas, mas quem não estiver inscrito também poderá fazer parte do evento, mas não receberá certificado de participação ao final.

Está prevista a participação de representantes da área em todos Estados do Brasil, bem como do Ministério da Cultura e da Comissão Nacional de Folclore, que integram também as discussões em torno da organização dos eventos em Barbalha. As inscrições para apresentação de pesquisas nos grupos de trabalho do II Congresso Cearense de Folclore podem ser feitas pelo e-mail comissaocearensedefolclore@bol.com.br.


FIQUE POR DENTRO

Árvore tem diversas aplicações medicinaisA copaíba (Copaifera sp), ou copaibeira, é uma árvore de grande porte da família Leguminosae encontrada em todo o Brasil. Os habitantes da floresta a procuram como local de tocaia para pequenos animais silvestres que se alimentam de seus frutos. A árvore, também chamada de pau d´óleo, é facilmente encontrada na mata devido ao forte aroma de sua casca. Os índios a utilizavam, principalmente, como cicatrizante no umbigo de recém-nascidos para evitar o ´mal-dos-sete-dias´. Os guerreiros, quando voltavam de suas lutas, untavam o corpo com o óleo da copaíba e se deitavam sobre esteiras suspensas e aquecidas para curar eventuais ferimentos. Tudo indica que o uso deste óleo veio da observação do comportamento de certos animais que, quando feridos, esfregavam-se nos troncos das copaibeiras. Conforme a tradição e uso pelos povos ribeirinhos da Amazônia, o óleo de copaiba é eficiente em queimaduras, feridas, micoses, urticárias, cicatrização, furúnculos, inflamações, má digestão, intestino preso. Age sobre as vias respiratórias e urinárias e é um poderoso antisséptico.



Mais informações:

Ibama, escritório no Crato
Pça. Joaquim Fernandes Teles, 10, bairro Pimenta
(88) 3521.1529

Prefeitura de Barbalha
(88) 3532.1708


ANTÔNIO VICELMO
Repórter



Gabinete de Leitura, em Barbalha, comemora 120 anos!

MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE BARBALHA

Instituições são lembradas

Instituições que fazem parte da história do município de Barbalha estão recebendo comemorações


Barbalha - Instituições importantes na história da educação e da cultura do Cariri são lembradas em Barbalha. Os 92 anos da Liga Barbalhense Contra o Analfabetismo e os 120 anos do Gabinete de Leitura mereceram uma programação de debates, exibições de filmes, e posse do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio de Barbalha. As comemorações foram realizadas, ontem, no município. A iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura traz à tona um reavivamento dos debates culturais e questões regionais e até a possível criação da Academia Barbalhense de Letras.

Segundo a professora doutora Zuleide Queiroz, uma das palestrantes da programação, Barbalha traz exemplos de pioneirismo. Ela cita o Gabinete de Leitura e as primeiras aulas noturnas para trabalhadores, com a Liga. Para a docente, essa trajetória da educação regional representa um marco importante em termos de avanços que o Cariri obtém ao longo dos anos e faz parte de uma luta antiga. O coordenador do evento, Hugo Rodrigues, destaca a comemoração como um simbolismo de luta, mas ressalta a importância de se reavivar as manifestações intelectuais.

A programação iniciou às 8 horas, com hasteamento das bandeiras na Prefeitura e apresentação da Filarmônica São José. Em seguida, houve Exposição Literária e apresentações culturais na Praça Filgueira Sampaio. À tarde, aconteceu um “city tour” ao Sítio Pinheiro, Balneário do Caldas, Terreiro do Mestre Joaquim Mulato, Palácio 03 de Outubro, Casarão Hotel, Exposição Literária, Ateliê da Festa de Santo Antônio e Engenho Tupinambá.

Na noite de ontem, foi a posse do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio de Barbalha e encontro literário com representantes do Instituto Cultural do Vale Caririense, Instituto Cultural do Cariri, Fórum de Cultura e Turismo do Cariri, Instituto de Educação e Cultura Martins Filho, Academia dos Cordelistas do Crato, Centro Pró-Memória Josafá Magalhães, Centro de Melhoramentos de Barbalha, Universidade Regional do Cariri, Escola de Artes Reitora Violeta Arraes, Associação das Primeiras Damas dos Municípios do Ceará, Comissão dos Cem Anos de Juazeiro do Norte, secretarias de Cultura e Turismo de Barbalha, Crato e Juazeiro, Gabinete de Leitura e Liga Barbalhense Contra o Analfabetismo.

A sessão literária teve as presenças da professora doutora Maria Juracy Maia, professora doutora Zuleide de Queiroz, doutor Napoleão Tavares Neves, professor Francisco Adávio de Sá Barreto e professora Darcy Libório Sampaio.

Mais informações:

Secretaria de Turismo e Cultura
Rua Pinto Madeira, 149
Barbalha - Ceará
(88) 3532.1708


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=638420

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sobre Políticas de Rendas

13/05/2009 - 14:41:18

Economista analisa impactos da transferência de renda na sociedade brasileira

O impacto que os programas de transferência de renda está tendo no Brasil faz com que situações como concentração de produção e desigualdades sociais sejam minoradas. É um novo cenário social que se apresenta a partir dessa lógica onde obtenção de renda. O Nordeste é prova disso. Lá, segundo Isabel Ruckert, “aumentou o mercado interno com incremento das economias locais”. Isabel analisa, nesta entrevista que concedeu à IHU On-Line, por e-mail, os programas de transferência de renda e as mudanças possibilitadas por eles. “O país tem registrado nos últimos anos redução na desigualdade e para isso têm contribuído os programas como o Bolsa Família e a política de aumento real do salário mínimo”, disse ela.

Isabel Noemia Junges Ruckert é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também obteve o título de mestre em Economia. Na PUC-RS, onde atualmente é professora, realizou o doutorado em Serviço Social. Atua, também, como técnica da Fundação de Economia e Estatística (FEE). É uma das autoras de As finanças municipais e os gastos sociais no Rio Grande do Sul - 1995-1999 (Porto Alegre: Fundação de economia e estatística, 2002).

Confira a entrevista:

IHU On-Line - Quais são as mudanças mais significativas nas realidades das famílias brasileiras em função da questão de transferência de renda?
Isabel Ruckert - A renda recebida pelos beneficiários melhorou o consumo das famílias, elevando a demanda agregada, e, consequentemente, a situação econômica daqueles municípios mais pobres do país. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), em junho do ano passado, mostrou que os beneficiários do Bolsa Família utilizaram os recursos da transferência, sobretudo para comprar alimentos, material escolar, vestuário e remédios.

IHU On-Line - Essas políticas de transferência de renda também promoveram mudanças nas regiões? Que mudanças aparecem como estruturais?
Isabel Ruckert - Certamente dada a abrangência, sobretudo do Programa Bolsa Família, ocorreram mudanças nas regiões, principalmente no Nordeste, onde aumentou o mercado interno com incremento das economias locais.

IHU On-Line - Quando analisamos os programas de transferência de renda é preciso atentar para quais pontos ao observamos o caso brasileiro?
Isabel Ruckert - O contexto socioeconômico no país apresenta grandes desigualdades regionais, tais como a concentração da produção e desigualdades sociais com elevados níveis de pobreza. Os programas de transferência de renda representam um importante recurso para minorar esta situação. O impacto que políticas públicas de transferência de renda tem nas condições de vida das populações mais pobres pode ser verificado pela melhora na distribuição de renda medido pelo índice de Gini [1].

IHU On-Line - Com funcionam os processos de formação das pessoas que recebem essas rendas transferidas pela União, pelo estado ou município?
Isabel Ruckert - As famílias que recebem o Bolsa Família são muito pobres, tendo pouca qualificação para concorrer a um emprego, por isso é fundamental que também ocorram ações e programas de geração de trabalho e renda que se constituam numa “porta de saída” para essas famílias. O governo vem apresentando algumas medidas nesse sentido, tais como o Plano Setorial de Qualificação (Planseq), que se constitui num plano de capacitação dos beneficiários do programa para trabalhar nas obras (em ocupações como mestre de obras, eletricista) feitas através dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estas iniciativas de qualificação profissional poderão fazer com que os beneficiários dispensem os recursos do governo.

IHU On-Line - Para a senhora, o Bolsa Família está funcionando? Como a senhora analisa especificamente esse programa?
Isabel Ruckert - Sim. O Programa Bolsa Família constitui-se no maior programa de transferência de renda para famílias com renda muito baixa ou inexistente. E cumpre este objetivo, estando bem focalizado. O Programa Bolsa Família no país expandiu-se expressivamente passando de 3,5 milhões de famílias atendidas em 2003, para cerca de 11 milhões de famílias em 2008. Considerando uma média de quatro pessoas por família, teríamos cerca de 24% da população do país. Todavia, o programa não tem como resolver todas as questões relacionadas com a pobreza. São necessárias políticas públicas interligadas e mais efetivas que melhorem as condições de vida destas famílias (educação, saúde, saneamento, qualificação ao trabalho).
Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Social, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União, juntos, vêm monitorando e aperfeiçoando os seus controles, cancelando os benefícios pelos mais diversos motivos. Dentre eles, o fato de a família melhorar a sua renda e ultrapassar o critério do programa (renda superior a estipulada pelo programa).

IHU On-Line - O Nordeste é a região que mais recebe benefícios do Bolsa Família e o sul do país é a segunda região menos beneficiada. Como a senhora vê essa questão do ponto de vista estratégico e político?
Isabel Ruckert - Como o benefício é para aquelas famílias pobres com renda per capita de até R$137,00 mensais (atualizados em abril de 2009), é no Nordeste que se encontra o maior número destas famílias. Por exemplo, o Estado da Bahia mais de 1,4 milhão de famílias beneficiadas, o que representa 40% da população baiana e no Estado de Pernambuco, 43% da população é beneficiária do programa.
Somando os estados do Nordeste, são cerca de sete milhões de famílias beneficiadas. Estes números expressam a necessidade de auxílio por parte do governo para combater, em parte, a pobreza destes estados. Enquanto no RS as beneficiadas em 2008, foram 360 mil famílias, o que representou 3,5% do total.

IHU On-Line - As contrapartidas e condicionalidades exigidas por quem transfere renda (seja município, estado ou União) são mesmo necessárias? Como a senhora vê isso?
Isabel Ruckert - Acredito que as condicionalidades são importantes, pois pretendem garantir as condições necessárias para romper com o ciclo intergeracional de pobreza, e, de certa forma, induzir as famílias a buscar melhores condições de saúde da família e educação para as crianças e jovens até 17 anos, reforçando os seus direitos como cidadãos. O objetivo das condicionalidades não é punir as famílias que não as cumprem, mas buscar os motivos de tal fato e implementar políticas públicas para acompanhar estas famílias.

IHU On-Line - Para combater a desigualdade como deveria se constituir um projeto de transferência de renda? Como o salário mínimo poderia ser discutido dentro dessa mesma problemática?
Isabel Ruckert - O país tem registrado nos últimos anos redução na desigualdade e para isso têm contribuído os programas como o Bolsa Família e a política de aumento real do salário mínimo (com reajustes acima da inflação do período), o que também impacta na transferência do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este benefício é garantido pela Constituição e expresso na transferência de um salário mínimo para os idosos (com mais de 65 anos) e para as pessoas portadoras de deficiência que registram renda per capita mensal inferior a 1/4 do salário mínimo.

Nota [1] - O Coeficiente de Gini é comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser usada para qualquer distribuição.

Fonte:http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/economista-analisa-impactos-da-transferencia-de-renda-no-brasil/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mercado-etico-hoje